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Noções de Administração p/

Escrivão da Polícia Federal


Teoria e Questões Comentadas
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 04

AULA 4: Receita Pública


SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do tema 1
Classificação por Natureza da Receita (Categorias) 3
Classificação por Fontes (ou por Destinação de Recursos) 15
Classificação da Receita por Identificador de Resultado Primário 17
Classificação da Receita por Grupos 18
Outras Classificações 19
Dívida Ativa 23
Mais Questões de Concursos Anteriores 32
Memento (resumo) 50
Lista das questões comentadas nesta aula 54
Gabarito 64

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter
um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma
pessoa para atingir uma meta.

Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela


pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida.
Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio.

Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu


objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido
— faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em
um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e
dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome
na lista de aprovados.

Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os


mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas
otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que
todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto
da Simplus, com adaptações).

Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar nesta aula a Receita Pública.

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A palavra receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para


evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do
aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita
pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito
(stricto).
Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são
todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo
período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou
não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no
passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de
crédito por antecipação de receita, cauções etc.
Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas
ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se
incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior.
Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais etc.

No processo orçamentário, é notável a relevância da receita pública, cuja


previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a despesa pública
e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da
execução orçamentária da despesa.

A receita está envolvida em situações singulares na Administração Pública,


como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o
estabelecimento de limites legais impostos pela lei de responsabilidade fiscal.
Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e análises
acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da sociedade.

O conhecimento dos conceitos e da classificação da receita possibilita a


cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo
controle social sobre as contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e
Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento
das receitas públicas, principalmente em face da LRF, contribui para a
transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de
melhor qualidade aos diversos usuários.
As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental
importância para a transparência das operações constantes de um orçamento.
Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de
classificação. Ademais, é por meio das várias classificações, ainda, que se
implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da ação
pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando,
desse modo, o direcionamento político da ação governamental.

Nesta aula abordaremos as classificações da Receita Pública. Na seguinte,


trataremos das classificações da Despesa Pública. Em ambos falaremos
bastante do que está previsto no atual MCASP, no atual MTO e nas
Portarias que regem as classificações.

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1. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS)

As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que


ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de
informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo,
portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações.
Em face da necessidade de constante atualização e melhor identificação dos
ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado
em níveis, que formam o código identificador da natureza de receita:
 1.º Nível: Categoria Econômica
 2.º Nível: Origem
 3.º Nível: Espécie
 4.º Nível: Rubrica
 5.º Nível: Alínea
 6.º Nível: Subalínea

X Y Z W TT KK

Categoria
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea
Econômica

1.º nível - Categoria econômica da receita

Receitas correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas


do poder impositivo do Estado – tributária e de contribuições; da exploração de
seu patrimônio – patrimonial; da exploração de atividades econômicas –
agropecuária, industrial e de serviços; as provenientes de recursos financeiros
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a
atender despesas classificáveis em despesas correntes – transferências
correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores –
outras receitas correntes.

Receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos


financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital
e, ainda, o superávit do orçamento corrente.
Em geral, as receitas de capital são representadas por mutações patrimoniais
que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de
elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de

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recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio


em troca de recursos financeiros).

Na Lei 4320/1964:

Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:


Receitas Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições,
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital
e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do orçamento corrente resulta do


balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não
constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla
contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo,
ao final de 2011, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes
arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de
R$ 8 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de
capital.

O superávit do orçamento corrente é receita


de capital, porém não é receita
orçamentária.

Receitas intraorçamentárias: são receitas oriundas de operações realizadas


entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do
orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São
chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de
discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos,
autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras
entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social.
O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria
Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de
aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos
e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”.

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As receitas intraorçamentárias são receitas


oriundas de operações realizadas entre órgãos e
demais entidades da Administração Pública
integrantes do Orçamento Fiscal e da
Seguridade Social de uma mesma esfera de
governo.
Receitas Intraorçamentárias Não inclui o Orçamento de Investimento das
Estatais.

As novas naturezas de receitas intraorçamentárias são constituídas


substituindo-se o primeiro nível (categoria econômica “1” ou “2”) pelos dígitos
“7”, se receita corrente intraorçamentária, e “8”, se receita de capital
intraorçamentária, mantendo-se o restante da codificação.

As classificações incluídas não constituem novas categorias econômicas de


receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de capital, a
fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias
e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas.

1) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013)


Segundo as categorias econômicas, as receitas podem ser classificadas
em receitas correntes ou receitas de capital.

A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas


Correntes e Receitas de Capital (art. 11, caput, da Lei 4320/1964).
Resposta: Certa

2) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) Apesar de não constituir item


de receita orçamentária, o superávit do orçamento corrente deve ser
considerado no cômputo da receita de capital.

O superávit do Orçamento Corrente resulta do balanceamento dos totais das


receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita
orçamentária (art. 11, §3º, da Lei 4.320/1964).
Resposta: Certa

2.º nível - Origem

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É a subdivisão das categorias econômicas que tem por objetivo identificar a


origem das receitas no momento em que estas ingressam no patrimônio
público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato
gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e
outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se
as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das
atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias,
industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio
patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao
atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das
receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da
alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências
destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros
ingressos de capital.

Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são:

ORIGENS DAS RECEITAS

RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

1. Receita Tributária
2. Receita de Contribuições 1. Operações de Crédito
3. Receita Patrimonial 2. Alienação de Bens
4. Receita Agropecuária 3. Amortização de Empréstimos
5. Receita Industrial 4. Transferências de Capital
6. Receita de Serviços 5. Outras Receitas de Capital
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes

2.1 Origens das receitas correntes

2.1.1 Receitas tributárias

Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos
financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3º do
Código Tributário Nacional – CTN:
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”

Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo


é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e

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suficiente à sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a


destinação legal do produto de sua arrecadação.

O art. 5º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e


contribuições de melhorias:

 Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem


por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à Administração Tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
 Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição”. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
 Contribuição de melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de
melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e
como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para
cada imóvel beneficiado”.

Nas classificações orçamentárias, os impostos,


taxas e contribuições de melhorias são
receitas tributárias.
As demais contribuições são receitas de
contribuições.
Contribuição de melhoria

2.1.2 Receitas de contribuições

As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de


contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e para o custeio de
serviço de iluminação pública, como instrumento de intervenção nas
respectivas áreas. Exemplos: contribuição para o salário-educação,
contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias),
contribuição para o fundo de saúde das Forças Armadas etc. Apesar da

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controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da


seguinte forma:

 Contribuições sociais (1210.00.00): destinadas ao custeio da


seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a
assistência social.
 Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (1220.00.00):
a CIDE é classificada no orçamento público como uma espécie de
contribuição que atinge um determinado setor da economia, com
finalidade qualificada em sede constitucional, instituída mediante um
motivo específico. Essa intervenção se dá pela fiscalização e por
atividades de fomento, como, por exemplo, desenvolvimento de
pesquisas para crescimento do setor e oferecimento de linhas de crédito
para expansão da produção. Um exemplo de CIDE é o Adicional sobre
Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, voltado à suplementação
tarifária de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio
potencial de tráfego.
 Contribuição para o Custeio de Serviço de Iluminação Pública
(1230.00.00): sob a ótica da classificação orçamentária, também é
espécie da origem Contribuições, que integra a categoria econômica
Receitas Correntes. Foi instituída pela Emenda Constitucional nº 39, de
19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à CF/1988, e
possui a finalidade de custear o serviço de iluminação pública. A
competência para instituição é dos Municípios e do Distrito Federal.

As Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou


Econômicas se caracterizam por atender a determinadas categorias
profissionais ou econômicas, vinculando sua arrecadação às entidades que as
instituíram. Não transitam pelo orçamento da União. Essas contribuições
são destinadas ao custeio das organizações de interesse de grupos
profissionais, como, por exemplo, Ordem dos Advogados do Brasil – OAB,
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, Conselho Regional de
Medicina – CRM, entre outros.

2.1.3 Demais origens

 Receita patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre


investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades
em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de
ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos,
como o que acontece quando se arrenda os terrenos da União, em que
o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno
mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial.
Outros exemplos: aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de
imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de
assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos

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bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de


saldos de recursos não desembolsados.
 Receita agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da
exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa
classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do
solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais
de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação
de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios
estabelecimentos.
 Receita industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de
extração mineral, de transformação, de construção e outras,
provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
 Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços
de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de
inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias
e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços.
 Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes.
 Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de
outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: recebimento
de dívida ativa, multas em geral, restituições etc.

Das “demais origens”, a mais cobrada em provas é a receita patrimonial!

Mas afinal, o que é laudêmio?

Para responder a pergunta tema desta página é necessário fazermos um breve


esclarecimento sobre o instituto da enfiteuse, também conhecido pelo nome de
aforamento, pois o laudêmio advém desse instituto que é o mais amplo dos
direitos reais sobre coisa alheia. Para que todos possam entender a enfiteuse,
quando dizemos "todos" incluímos os que não são operadores do direito,
citemos um simples contrato de locação de imóvel como exemplo para uma
analogia. No contrato de locação de imóvel temos o "locador", proprietário, e o
"locatário", pessoa que alugou o imóvel para fins residenciais ou comerciais,
obrigando-se a pagar um aluguel àquele. No contrato de enfiteuse temos o

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"senhorio direto", proprietário, e o "enfiteuta" (ou "foreiro"), este pessoa que


adquiriu o domínio útil do imóvel e se obrigou a pagar uma pensão anual (foro)
àquele. Fazendo uma analogia entre os dois contratos, no de locação o prazo é
determinado, no de enfiteuse é perpétuo, no de locação o locatário não pode
alienar (vender) os direitos que exerce sobre a propriedade, já no de enfiteuse
o enfiteuta pode alienar o domínio útil do imóvel.

À vista da analogia acima feita entre os dois contratos, observamos que o


enfiteuta pode alienar os seus direitos porque adquire uma parte do domínio
do imóvel chamada de útil, que significa, de forma simplória, o direito de
usufruir o imóvel do modo mais completo. O senhorio direto conserva uma
outra parte para si do imóvel denominada domínio direto. Pois bem, unindo-se
o domínio direto com o útil temos o domínio pleno, que é exatamente o tipo de
domínio que permanece com o locador no contrato de locação.

A partir deste ponto, deixemos de lado o contrato de locação. Pois bem, para o
enfiteuta alienar o seu domínio útil deverá primeiramente consultar o senhorio
direto, pois este tem preferência na compra. Uma vez que o senhorio declina
no seu direito de preferência e deixa de consolidar o domínio pleno do imóvel
em suas mãos, surge a obrigação do enfiteuta de pagar o LAUDÊMIO. O
mesmo é devido somente nas transações onerosas, portanto, nas transações
não onerosas inexiste a obrigação do pagamento de laudêmio. Os foreiros ou
ocupantes de imóvel da União com renda familiar inferior ou igual a cinco
salários mínimos, podem requerer a isenção do pagamento.

O laudêmio não é tributo, portanto, não é imposto. Trata-se de uma


contraprestação pecuniária em que se obrigou o particular (foreiro) quando
firmou o contrato de enfiteuse com o proprietário (senhorio direto) do imóvel.
A obrigação não nasce diretamente da lei como no caso do tributo, tem origem
numa relação contratual. O mesmo diga-se do ocupante de terra que foi
autorizado a ocupar.

Fonte: ENTENDA O QUE É LAUDÊMIO. Desenvolvido por Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues.
Esclarecimentos sobre a cobrança de laudêmio. Disponível em: http://www.laudemio.com.br. Acesso em:
09/11/2012.

3) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Considere
que, devido à reestruturação de determinado órgão público, algumas
unidades imobiliárias originalmente ocupadas e pertencentes ao
Estado deixem de ser utilizadas. Para evitar a degradação dos
edifícios, e sem nova função programada para eles, suponha que a
autoridade governamental os venda mediante os instrumentos legais
apropriados. Nessa situação hipotética, as receitas obtidas pela

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conversão em espécie desses bens são classificadas como receitas de


capital.

Trata-se de uma alienação de bens, portanto, receita de capital.


Resposta: Certa

4) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – 2013) O


Estado somente pode exigir taxa em virtude da utilização efetiva do
serviço público pelo contribuinte, como a taxa de emissão de
passaportes.

De acordo com o art. 77 do CTN, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou
a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”.
Resposta: Errada

2.2 Origens das receitas de capital

 Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de


títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos
internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para
efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios
também são classificados como operações de crédito.
 Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de
componentes do ativo imobilizado ou intangível. Exemplos:
privatizações, venda de um prédio público etc.
 Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento
de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou
contratos.
 Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.
 Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de
outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização
de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e
remuneração das disponibilidades do tesouro.

Transferência corrente ≠ Transferência de capital.

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O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e


não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será
transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será
transferência corrente.

5) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade - TRE/RJ – 2012)


Amortização de empréstimos é a receita proveniente do ingresso de
recursos referentes ao recebimento de empréstimos ou financiamentos
concedidos e classificada como receita de capital.

A origem “Amortização de Empréstimos”, a qual compõe a categoria


econômica das receitas de capital, corresponde ao ingresso referente ao
recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em
títulos ou contratos.
Resposta: Certa

6) (CESPE – Técnico Científico – Contabilidade – Banco da Amazônia -


2012) Deve-se classificar como ‘outras receitas de capital’ a receita da
remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional, dadas suas
características, que não permitem seu enquadramento nas demais
classificações da receita de capital.

A origem “Outras Receitas de Capital” corresponde aos ingressos de capital


provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Um exemplo é
a remuneração das disponibilidades do tesouro nacional.
Resposta: Certa

7) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A


classificação de receitas por categoria econômica visa permitir a
identificação dos recursos em função do seu fato gerador, sendo
sempre classificadas como receitas de capital as receitas financeiras
provenientes de outras pessoas de direito publico ou privado.

Vamos entender a diferença entre as duas origens:


_ Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora
ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições
preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja
a aplicação em despesas correntes. É uma origem das receitas
correntes.
_ Transferência de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora
ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições

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preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja


a aplicação em despesas de capital. É uma origem das receitas de
capital.

Logo, o recurso financeiro proveniente de outra pessoa de direito público pode


ser classificado como receita de capital, caso se enquadre como uma
transferência de capital. Também pode ser classificado como receita corrente,
caso se enquadre como uma transferência corrente.
Resposta: Errada

3.º nível - Espécie

É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos que


permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais
receitas. Por exemplo, dentro da origem receita tributária (receita proveniente
de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e
contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo
cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais.

4.º nível - Rubrica

É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de


cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas
receitas com características próprias e semelhantes entre si.

5.º nível - Alínea

Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o


nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de
recursos financeiros.

6.º nível - Subalínea

Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor,


pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior
detalhamento da alínea.

Detalhamento de código

Para atender às necessidades internas, a União, os estados, o Distrito Federal


e os municípios poderão detalhar as classificações orçamentárias a partir do
nível ainda não detalhado, sendo que, se o detalhamento ocorrer no nível de
alínea (quinto e sexto dígitos) ou subalínea (sétimo e oitavo dígitos), deverá
ser a partir do 51. A administração dos níveis já detalhados cabe à União.
Poderá haver um sétimo nível (nono e décimo dígitos), denominado de
detalhamento facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente.

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Exemplo de uma estrutura completa da natureza da receita:


1112.04.10

1 – Categoria Econômica: Receitas Correntes


1 – Origem: Receitas Tributárias
1 – Espécie: Impostos
2 – Rubrica: Impostos sobre o Patrimônio e a Renda
04 – Alínea: Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza
10 – Subalínea: Pessoas Físicas
Detalhamento de código: não há.

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2. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS)

É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a


classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do
recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de
classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados.

As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de


naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação
legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.
É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo
a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e
da despesa.

A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos,


sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e
terceiro, a especificação das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos
identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao
exercício corrente ou a exercícios anteriores.

1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS

1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente

2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente

3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores

6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores

9 – Recursos Condicionados

Definições:
 Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo
Poder Executivo, que detém a responsabilidade e o controle sobre as
disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá,
normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a
STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e
entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas
disponibilidades e nos objetivos estratégicos do Governo.
 Recursos de outras fontes: são aqueles arrecadados e controlados de
forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a responsabilidade
desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de
autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor
desses valores. De forma geral, esses recursos têm origem no esforço
próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de
serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio.
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 Exercício corrente e exercícios anteriores: corresponde à


segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles
arrecadados em exercícios anteriores, informação importante, uma vez
que os recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual
foram reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art.
8º da LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para
registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base
para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações das
destinações de recursos.
 Recursos condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita
orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na
legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais
proposições, os recursos são remanejados para as destinações
adequadas e definitivas.

Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a


fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.°
dígito.

Exemplos de fontes:
 Fonte 100: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos
Ordinários (00);
 Fonte 152: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Resultado do
Banco Central (52);
 Fonte 150: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos
Próprios Não Financeiros (50);
 Fonte 250: Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente (2); Recursos
Próprios Não Financeiros (50);
 Fonte 300: Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores (3); e Recursos
Ordinários (00).

O MCASP traz algumas observações importantes:

 Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de


destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução
orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade
de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas
despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a
origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código
utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também
é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa
orçamentária.
 A destinação de recursos é o processo no qual os recursos públicos são
correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a
efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em
destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o

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processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em


atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a
destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a
aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades.
 O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de
garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja
para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautado em
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro
tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de
empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade
específica.
 Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica
a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos
valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual
sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a
interligação entre a receita e a despesa.
 Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita
classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo
possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo
gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, conforme
vinculações estabelecidas.
 Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de
recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua
execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos
recursos orçamentários.

3. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO


PRIMÁRIO

A receita é classificada, ainda, como primária (P), quando seu valor é incluído
na apuração do resultado primário no conceito acima da linha, e não primária
ou financeira (F), quando não é incluída nesse cálculo.

As receitas financeiras surgiram com a adoção, pelo Brasil, da metodologia


de apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário
Internacional – FMI. Desse modo, passou-se a denominar como receitas
financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do
resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou
da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de
privatizações, entre outras. Outro bom exemplo são as receitas oriundas de
operações de crédito.
As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais,
agropecuárias, industriais e de serviços, são classificadas como primárias.

Critérios “abaixo da linha” e “acima da linha”: a apuração do resultado


primário pode ocorrer pelos critérios “abaixo da linha” ou “acima da linha”. O

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critério “abaixo da linha” leva em conta a variação do endividamento no


período considerado. Por exemplo, a variação da dívida em 2012 será o valor
apurado em 31 de dezembro de 2012 menos o valor em 31 de dezembro de
2011. Não permite conhecer os fatores que levaram ao resultado.
Já o critério “acima da linha” ocorre por meio da análise das receitas e
despesas do setor público. Permite conhecer os fatores que levaram ao
resultado.

Em princípio, os dois critérios são equivalentes, e deveriam chegar aos


mesmos números. Entretanto, podem ocorrer discrepâncias estatísticas em
decorrência de questões específicas relacionadas à abrangência e/ou período
da compilação.

4. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR GRUPOS

Esta classificação por grupos raramente cai em provas. Vamos abordá-la


apenas para não sermos pegos de surpresa na prova.

A classificação da receita por grupos procura identificar quais são os agentes


arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o nível de
vinculação das mesmas. São eles:

1 – Receitas próprias: classificam-se, nesse grupo, as receitas cuja


arrecadação tem origem no esforço próprio dos órgãos e demais entidades nas
atividades de fornecimento de bens ou serviços facultativos e na exploração
econômica do patrimônio remunerada por preço público ou tarifas, bem como
o produto da aplicação financeira desses recursos (Portaria SOF 10, de 22 de
agosto de 2002, art. 4º). Geralmente, são receitas que têm como fundamento
legal os contratos firmados entre as partes, amparados pelo Código Civil e pela
legislação correlata. São receitas que não possuem destinação específica,
sendo vinculadas à unidade orçamentária arrecadadora. Geralmente são
arrecadadas por meio de Guia de Recolhimento da União – GRU e centralizadas
numa conta de referência do Tesouro Nacional mantida junto ao Banco do
Brasil. O banco tem dois dias para repassar os recursos para a conta única do
Tesouro.

2 – Receitas administradas: são as receitas auferidas pela Secretaria da


Receita Federal do Brasil, com amparo legal no Código Tributário Nacional e
leis afins, órgão que detém a competência para fiscalizar e administrar esses
recursos. São receitas arrecadadas por meio de Documento de Arrecadação de
Receitas Federais (DARF) ou Guia da Previdência Social (GPS), utilizando-se
dos bancos arrecadadores credenciados pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil – SRFB. A partir da data em que o contribuinte paga o tributo, ou seja,
da data de arrecadação (D), o banco tem um dia útil (D+1) para repassar os
recursos para a conta única do Tesouro (data de recolhimento).

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3 – Receitas de operações de crédito: são as receitas provenientes de


colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e
financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas.

4 – Receitas vinculadas: são os recursos oriundos de concessões,


autorizações e permissões para uso de bens da União ou para exercício de
atividades de competência da União. Fazem parte desse grupo as receitas
vinculadas por determinação legal, cuja fiscalização, administração e manuseio
ficam a cargo das entidades com autorização legal para arrecadar. São receitas
que apresentam destinação previamente estabelecida, em função da legislação
(vinculadas a uma finalidade específica).

5 – Demais receitas: grupo destinado ao atendimento das receitas previstas


em lei ou contrato, e que não estão enquadradas em nenhum dos grupos
anteriores.

5. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

Segundo a doutrina, a receita pública pode ainda ser classificada nos seguintes
aspectos: forma de ingresso ou natureza, coercitividade, poder de tributar,
entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e regularidade:

Forma de ingresso ou natureza:

 Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para


financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público.
Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas,
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não
previstas no orçamento.

A receita pública pode ser considerada


orçamentária mesmo se não estiver
incluída na lei orçamentária anual.
São chamadas também de ingressos
orçamentários.
Receita orçamentária

 Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e


constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento
não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem
caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São
chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de
receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de
receitas orçamentárias – ARO, consignações diversas, cancelamento de
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restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no


ativo e passivo financeiros.

operações de crédito ≠ operações de crédito por ARO

As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de


crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias.

Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por


exemplo, pode ser exigido de um licitante um depósito em caução para a
participação em uma licitação. O depósito em caução é uma receita
extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance
vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do
Erário, que a incorporará como receita orçamentária.

Vários autores utilizam o termo “natureza” nessa classificação. Atente para não
confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo
“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso.

Coercitividade:
 Originárias: denominadas também de receitas de economia privada ou
de direito privado. Correspondem àquelas que provêm do próprio
patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços
colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e
valores.
 Derivadas: denominadas também de receitas de economia pública ou de
direito público. Correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua
autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela
exigência do Estado para que o particular entregue de forma compulsória
uma determinada quantia na forma de tributos, de contribuições ou de
multas.

Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar


que compete a cada ente da Federação, considerando e distribuindo as receitas
obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo
Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal.

Entidades executoras do orçamento:


 Receita orçamentária pública: aquela executada por entidades
públicas.

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 Receita orçamentária privada: aquela executada por entidades


privadas e que consta na previsão orçamentária aprovada por ato de
conselho superior ou outros procedimentos internos para sua
consecução.

Afetação patrimonial:
 Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem
correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes,
com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato
permutativo e, assim, é não efetiva.
 Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao
patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações
compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas todas
as receitas de capital, com exceção do recebimento de transferências de
capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é efetiva.

Regularidade ou periodicidade:
 Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com
arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e
possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR,
ICMS, IPVA, IPTU etc.
 Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de
caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as
provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado etc.

8) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita
orçamentária é definida como o ingresso de recursos financeiros
durante determinado exercício orçamentário, sendo um novo elemento
para o patrimônio público.

As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para


financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Segundo
o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita orçamentária,
sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as
provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento.
Resposta: Certa

9) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2012) No que se refere a


administração financeira e orçamentária, julgue o item que se segue.
A alienação de bem da administração pública não é classificada como
receita efetiva.

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De fato a alienação de bem da administração pública não é classificada como


receita efetiva. É classificada como não efetiva (ou por mutação patrimonial),
pois nada acrescentam ao patrimônio público, já que se referem às entradas
ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem.
Resposta: Certa

10) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) A operação de crédito por


antecipação de receita orçamentária (ARO) é uma receita
orçamentária de capital.

A operação de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO) é uma


receita extraorçamentária.
Resposta: Errada

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6. DÍVIDA ATIVA

Neste tópico, selecionei os principais pontos do tema abordado no MCASP e na


legislação que o rege. São várias páginas no Manual, mas a maior parte se
refere aos lançamentos contábeis. Logo, serão abordadas as partes
relacionadas à AFO e que foram ou podem ser cobradas nas provas de nossa
matéria.

No art. 39 da Lei 4.320/1964:

Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza


tributária ou não tributária, serão escriturados como
receita do exercício em que forem arrecadados, nas
respectivas rubricas orçamentárias.

§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo


para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida
Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a
respectiva receita será escriturada a esse título.

§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza,


proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e
multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as
tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos,
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia,
de contratos em geral ou de outras obrigações legais.

§ 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será


convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial,
para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade
administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo,
a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo
com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários.

§ 4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos


anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização
monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do
Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº
1.645, de 11 de dezembro de 1978.

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§ 5º A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da


Fazenda Nacional.

Assim o crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da


dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo
como título de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da
Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal
relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos
e multas tributárias) ou não tributária (demais créditos da Fazenda Pública)
exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. As receitas
decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas
como “outras receitas correntes”. Considerando o enfoque orçamentário,
a dívida ativa é uma exceção ao regime de caixa da receita. O
reconhecimento da receita ocorre no momento da inscrição, por ser um direito
líquido e certo, e não no momento da arrecadação, como acontece com as
demais receitas orçamentárias.

As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não


tributária devem ser classificadas como “outras
receitas correntes”.

A dívida ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde
a Lei 4.320/1964, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira
resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros
textos legais.

O conjunto de procedimentos de registro e acompanhamento dos créditos da


dívida ativa buscou, a partir da tradição patrimonialista, tratar contabilmente
os créditos desde a efetivação até o momento da inscrição propriamente dita
em dívida ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do ente público responsável
pelo crédito a iniciativa dos lançamentos contábeis. O envio dos valores para o
órgão ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência
de gestão de créditos, ainda no âmbito de um mesmo ente federativo.

A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e


liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas
aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto
positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo
contabilmente alocada no ativo.

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A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública (Passiva),


que representa as obrigações do Ente Público para com
terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da
Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por
não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas.

A inscrição em dívida ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito
em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários
requisitos jurídicos para as ações de cobrança.

No âmbito federal, os créditos inscritos em dívida ativa compõem o Cadastro


de Dívida Ativa da União. A competência para a gestão administrativa e judicial
da dívida ativa da União é da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN.
As autarquias e fundações públicas federais devem manter cadastro e controle
próprio dos créditos inerentes às suas atividades. A competência para a
apuração de certeza e liquidez, inscrição em dívida ativa e gestão
administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral Federal – PGF.

Assim, como regra geral, as competências são distribuídas do seguinte modo:


 Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN: é responsável
pela apuração da liquidez e da certeza dos créditos da União, tributários
ou não, a serem inscritos em dívida ativa, e pela representação legal da
União.
 Procuradoria-Geral Federal – PGF: é competente para apurar a
certeza e a liquidez dos créditos das autarquias e fundações públicas
federais, inscrevê-los em dívida ativa e proceder à cobrança amigável e
judicial, bem como pela representação judicial e extrajudicial dessas
entidades. Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais
previdenciárias e a representação do Banco Central do Brasil.

As demais esferas governamentais, estados, Distrito Federal e municípios,


disporão sobre competências de órgãos e entidades para gestão administrativa
e judicial da dívida ativa pertinente.

A execução judicial para cobrança da dívida ativa da União, dos estados, do


Distrito Federal, dos municípios e respectivas autarquias será regida pela Lei
6.830, de 22 de setembro de 1980, conhecida como Lei de Execuções Fiscais –
LEF, e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.
O art. 2º da referida lei dispõe que cabe ao órgão competente apurar a liquidez
e certeza dos créditos, qualificando a inscrição como ato de controle
administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto, que os entes públicos
deverão outorgar a um órgão a competência para este procedimento,
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dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em dívida ativa e a


origem desse crédito.

A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da


legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e
certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta
ocorrer antes de findo aquele prazo.

A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem


equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao
ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa
do processo judicial de execução.

A presunção de certeza e liquidez da dívida


ativa, no entanto, é relativa, pois pode ser
derrogada por prova inequívoca, cuja
apresentação cabe ao sujeito passivo.
Presunção de certeza e liquidez

A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária,


juros, multa e demais encargos previstos. Portanto, a incidência desses
acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/1964, é legal e de ocorrência natural,
cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e
emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de
acordo com o art. 39 da LEF.

A dívida ativa compreende, além do valor principal,


atualização monetária, juros, multa e demais
encargos previstos.

Os créditos de natureza tributária, regularmente inscritos em dívida ativa, não


estão submetidos a sigilo fiscal. Segundo o § 3º do art. 198 do CTN, não é
vedada a divulgação de informações relativas a:
I – representações fiscais para fins penais.
II – inscrições na dívida ativa da Fazenda Pública.
III – parcelamento ou moratória.

As baixas da dívida ativa podem ocorrer pelo recebimento, pelos abatimentos


ou anistias previstos legalmente, e pelo cancelamento administrativo ou
judicial da inscrição.

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As formas de recebimento da dívida ativa são definidas em lei, destacando-se


duas: em espécie ou na forma de bens, tanto pela adjudicação quanto pela
dação em pagamento. A receita relativa à dívida ativa tem caráter
orçamentário, e pertence ao exercício em que for realizada (arrecadada). No
caso de recebimento de dívida ativa na forma de bens, caso haja previsão de
receita orçamentária específica para esta transação, haverá registro de receita
orçamentária mesmo que não tenha havido o ingresso de recursos financeiros.

Alternativamente ao recebimento, existe ainda a possibilidade de compensação


de créditos inscritos em dívida ativa com créditos contra a Fazenda Pública. A
compensação de créditos inscritos em dívida ativa com créditos contra a
Fazenda Pública também é orientada na forma da lei específica, porém não
resulta em ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro
do patrimônio do ente público.

O abatimento ou anistia de quaisquer créditos a favor do Erário depende de


autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo em
programas de recuperação de créditos, observando o art. 14 da LRF, que trata
da renúncia de receitas.
O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do crédito inscrito em dívida
ativa representa a sua extinção e provoca diminuição na situação líquida
patrimonial, relativamente à baixa do direito que é classificado como variação
patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária ou
simplesmente variação passiva extraorçamentária. Da mesma forma são
classificados os registros de abatimentos, anistia ou quaisquer outros valores
que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em dívida
ativa, mas não decorram do efetivo recebimento.

Na ótica contábil, todos os valores inscritos em dívida ativa são créditos


vencidos a favor da Fazenda Pública. Nessa condição, a dívida ativa encontra
abrigo nas Normas Internacionais de Contabilidade e nos Princípios
Fundamentais de Contabilidade como integrante do ativo do ente público.
No Brasil, por força do texto legal, ainda atende a requisitos jurídicos de
legalidade e transparência.

Tribunal de Contas da União

O Plenário do TCU manifestou-se que: “na verdade, os débitos e multas


impostas pelo Tribunal não necessitam inscrição prévia na Dívida Ativa
para serem executados como salientado pelo Procurador-Geral em razão de
dispositivo constitucional e legal. Por outro lado, tendo-se em vista as outras
finalidades da inscrição dos diversos débitos para com a Fazenda Nacional,
conforme apontado pelo Secretário da ADCON, há que se proceder à inscrição
de todo e qualquer débito de natureza, tributário ou não. Nesse sentido,

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correto o entendimento do titular da referida unidade no sentido de que as


multas e débitos imputados por esta Corte de Contas também devem
ser objeto de inscrição na Dívida Ativa, procedimento regular em atenção
do disposto no § 1º do art. 39 da Lei nº 4.320/64. (Decisão 472/2002 –
Plenário – DC-0472-14/02-P).” (Grifos nossos)

Vou explicar esse julgado. O art. 71 da CF/1988 garante aos acórdãos da corte
de contas a natureza de título executivo (“§ 3º As decisões do Tribunal de
que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo”). Assim, os créditos oriundos do TCU podem ser imediatamente
cobrados, sendo desnecessária a inscrição em dívida ativa e a abertura de
novo processo administrativo.
No entanto, nos casos em que a Administração Pública já possui um título
executivo devidamente constituído, ela pode optar, de acordo com a situação
concreta, pela inscrição do crédito em dívida ativa ou pelo ajuizamento de ação
de cobrança.
Assim, no caso dos acórdãos do TCU, a inscrição em dívida ativa não se dá
com o objetivo de criação de um título executivo, mas sim para a utilização de
um rito de execução privilegiado, bem como um acompanhamento mais
apurado acerca dos créditos da Fazenda Pública.

Superior Tribunal de Justiça

Segundo o STJ, o INSS tem, sem sombra de dúvidas, o direito de ser


ressarcido por danos materiais sofridos em razão de concessão de
aposentadoria fraudulenta, devendo o beneficiário responder, solidariamente,
pela reparação dos referidos danos. No entanto, o conceito de dívida ativa
não tributária, embora amplo, não autoriza a Fazenda Pública a tornar-
se credora de todo e qualquer débito. A dívida cobrada há de ter relação
com a atividade própria da pessoa jurídica de direito público. In casu, pretende
o INSS cobrar, por meio de execução fiscal, prejuízo causado ao seu
patrimônio, apurados em “tomada de contas especial”. A apuração de tais
fatos deve ser devidamente feita em processo judicial próprio,
assegurado o contraditório e a ampla defesa. Inexistência de discussão se
a Lei 4.320/1964 excetua ou inclui como dívida ativa não tributária os valores
decorrentes de indenizações e restituições.

(CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos


Deputados – 2012) Julgue os itens a seguir, relativos aos créditos da
fazenda pública e à dívida ativa.
11) A cobrança de atualização monetária, multa e juros de mora deve
ser considerada no valor da receita da respectiva dívida ativa.

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A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária,


juros, multa e demais encargos previstos.
Resposta: Certa

12) Os créditos de natureza não tributária devem ser escriturados


como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas
rubricas orçamentárias. Em relação aos créditos de natureza tributária,
por sua vez, deve-se aguardar parecer da procuradoria da fazenda,
para se efetuarem esses registros.

Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária,


serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas
respectivas rubricas orçamentárias (art. 39, caput, da Lei 4320/1964).
Resposta: Errada

13) Após apurada a sua liquidez e certeza, os créditos da fazenda


pública exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento devem ser
inscritos em registro próprio como dívida ativa.

Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para
pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa,
em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva
receita será escriturada a esse título (art. 39, § 1º, da Lei 4320/1964).
Resposta: Certa

14) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A dívida
ativa é constituída por valores cuja liquidez e certeza foram apuradas,
sendo uma possível fonte de receitas por meio da recuperação dos
créditos nela registrados.

A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e


liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas
aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto
positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo
contabilmente alocada no ativo.
Resposta: Certa

15) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Incluem-


se tanto na natureza tributaria da divida ativa quanto na não tributaria
os creditos da fazenda publica provenientes de obrigações legais
relativas a tributos e respectivas multas.

Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza,


proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos
adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da

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Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios,


contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza,
exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação,
custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos
públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia,
de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei
4320/1964).
Resposta: Errada

16) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012)


Considerando que determinado gestor público tenha sido julgado em
alcance pelo Tribunal de Contas da União, por não ter arrecadado as
taxas atribuídas pela legislação ao órgão que ele dirigia, o montante
definido para ressarcimento ao erário, se não for pago até o
vencimento fixado, constituirá dívida ativa não tributária.

Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza,


proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e
multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as
tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos,
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia,
de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei
4320/1964).
Resposta: Certa

17) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Quando


determinado órgão publico inscreve uma obrigação legal relativa a
tributos na divida ativa, todos os respectivos adicionais e multas
correspondentes a essa obrigação integram o conceito de divida ativa
tributária.

Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza,


proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e
multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as
tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos,
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis

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definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em


moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia,
de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei
4320/1964).
Resposta: Certa

18) (CESPE – Agente - Polícia Federal – 2009) Ao elaborar o


planejamento orçamentário do seu órgão, o agente público deve
considerar que as obrigações de seu ente público com terceiros
compõem a dívida ativa da União.

A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública, que representa as


obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas,
por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas.
Ao elaborar o planejamento orçamentário do seu órgão, o agente público deve
considerar que as obrigações de seu ente público com terceiros compõem a
dívida pública da União.
Resposta: Errada

(CESPE – QOBM – Ciências Contábeis – 2011) No que concerne à


classificação e emissão de certidão da dívida ativa, julgue os próximos
itens.
19) A emissão da certidão de dívida ativa da fazenda pública da União,
inscrita na forma da lei, com validade de título executivo, confere à
certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, admitindo, contudo,
prova em contrário.

A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem


equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao
Ente Público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa
do processo judicial de execução. A presunção de certeza e liquidez da dívida
ativa, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca,
cuja apresentação cabe ao sujeito passivo.
Resposta: Certa

20) Tanto as receitas decorrentes da dívida tributária como as receitas


decorrentes da dívida não tributária devem ser classificadas como
outras receitas correntes.

As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser


classificadas como “outras receitas correntes”.
Resposta: Certa

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

Classificação por Natureza da Receita

21) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita
pública deve ser classificada nas categorias econômicas receitas
correntes e receitas de capital.

A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas


Correntes e Receitas de Capital (art. 11, caput, da Lei 4320/1964).
Resposta: Certa

22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita
patrimonial auferida de locação do patrimônio público à iniciativa
privada é classificada como receita de capital.

A receita patrimonial auferida de locação do patrimônio público à iniciativa


privada é classificada como receita corrente.
Resposta: Errada

23) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) As receitas provenientes de


rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações
de disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos
oriundos de renda de ativos permanentes devem ser classificadas
como receitas correntes.

As receitas provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo


permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e de
outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes são receitas
patrimoniais e, assim, devem ser classificadas como receitas correntes.
Resposta: Certa

24) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) Os impostos se caracterizam por serem tributos
cujos fatos geradores não correspondem a uma prestação do Estado
especifica em benefício do contribuinte.

O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
Resposta: Certa

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25) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) As receitas orçamentárias na esfera


econômica serão classificadas em receitas correntes e receitas de
capital. Receitas correntes são aquelas provenientes de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas, ao passo que as de
capital originam-se dos tributos arrecadados pelo Estado.

Na Lei 4320/1964:
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:
Receitas Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições,
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes;
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital
e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

Logo, a questão inverteu os conceitos. Receitas de capital são aquelas


provenientes de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas, ao
passo que as correntes originam-se dos tributos arrecadados pelo Estado.
Resposta: Errada

26) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) Classificam-se como


receitas correntes as receitas patrimoniais obtidas com os
rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações
de disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos
oriundos de renda de ativos permanentes.

A origem receita patrimonial, que integra a categoria econômica das receitas


correntes, corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos sobre
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em
operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos
permanentes.
Resposta: Certa

27) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) O produto da


arrecadação de multas resultantes das atividades exercidas pela
ANCINE integra a receita corrente dessa agência.

A multa é uma receita de caráter não tributário. É penalidade pecuniária


aplicada pela Administração Pública aos administrados e depende, sempre, de
prévia cominação em lei ou contrato. Podem decorrer do regular exercício do

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poder de polícia por parte da Administração (multa por auto de infração), do


descumprimento de preceitos específicos previstos na legislação, ou de mora
pelo não pagamento das obrigações principais ou acessórias nos prazos
previstos. Multas são receitas correntes.
Resposta: Certa

28) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Quanto às


categorias econômicas, as receitas podem ser correntes e de capital.

A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas


Correntes e Receitas de Capital (art. 11, caput, da Lei 4320/1964).
Resposta: Certa

(CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008)

Considerando o exemplo acima de natureza de receita, julgue o item


subsequente.
29) O exemplo trata de uma receita corrente cuja origem classifica-se
como tributária e, por tratar-se de tributo, a espécie de receita
relaciona-se a um dos diferentes tipos previstos na Constituição
Federal, imposto.

O exemplo trata de uma receita corrente cuja origem classifica-se como


tributária e, por tratar-se de tributo, a espécie de receita relaciona-se a um
dos diferentes tipos previstos na Constituição Federal, neste caso, o imposto.
Resposta: Certa

30) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os recursos


recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado,
quando destinados a atender despesas correntes, nem sempre são
classificados como receitas correntes.

Os recursos recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado,


quando destinados a atender despesas correntes, sempre são classificados
como receitas correntes. Caso o recurso financeiro proveniente de outra

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pessoa de direito público seja destinado a atender despesas de capital, será


classificado como receita de capital.
Resposta: Errada

(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A tabela a seguir


apresenta algumas informações relativas à arrecadação estadual do
Espírito Santo, em janeiro de 2010.

Com base nas informações da tabela acima, julgue os itens seguintes,


acerca das receitas públicas.
31) A receita agropecuária, a industrial e a de serviços contribuíram
com R$ 3.083 mil para o montante arrecadado com as receitas
correntes.

A questão parece assustadora, não é? Mas este item é bem simples: basta
extrair da tabela, sem a necessidade de maiores conhecimentos. Os valores
estão em R$ mil.
Receita Agropecuária .....10
Receita Industrial ........2799
Receita Serviços ...........274
Total = R$ 3.083 mil

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Resposta: Certa

32) O montante da receita tributária arrecadada pelo governo do


Espírito Santo, em janeiro de 2010, totalizou R$ 583.534 mil, enquanto
as receitas de capital alcançaram R$ 70.249 mil.

Este item já exige um conhecimento maior da classificação. Podemos extrair


da tabela o seguinte, lembrando que os valores estão em R$ mil:
Receitas Tributárias:
IR..............40.109
IPVA ..........6.286
ITCMD........1.862
ICMS......510.159
Taxas.......25.118
Total = R$ 583.534 mil

Receitas de Capital:
Operações de Crédito Internas .......35.953
Operações de Crédito Externas ......25.407
Alienação de Bens ................. .................8
Amortização de Empréstimos ..................4
Transferências de Capital ....................135
Outras Receitas de Capital .............. 8.742
Total = R$ 70.249 mil

Logo, o montante da receita tributária arrecadada pelo governo do Espírito


Santo, em janeiro de 2010, totalizou R$ 583.534 mil, enquanto as receitas de
capital alcançaram R$ 70.249 mil.
Resposta: Certa

33) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2006) As receitas


patrimoniais são parte das receitas de capital.

As receitas patrimoniais são parte das receitas correntes.


Resposta: Errada

34) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) No


orçamento de determinado ente, a diferença entre as receitas
correntes, no valor de R$ 6,5 bilhões, e as despesas correntes, de R$
6,0 bilhões, é considerada receita de capital.

O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita


orçamentária. Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do Orçamento Corrente
resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém
não constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla
contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Na nossa

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questão, a diferença entre as receitas correntes arrecadadas, no valor de R$


6,5 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de R$ 6,0 bilhões, é
considerada superávit do orçamento corrente e receita de capital.
Resposta: Certa

35) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Aluguéis,


arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis,
juros de títulos de renda, dividendos, participações, remuneração de
depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e
remuneração de saldos de recursos não desembolsados são
classificados como receita patrimonial, pois resultam da fruição de
elementos patrimoniais.

A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos


sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades
em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos
permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos de terrenos
da União, que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um
terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial.
Outros exemplos: aluguéis, arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de
ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações,
remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e
remuneração de saldos de recursos não desembolsados.
Resposta: Certa

36) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A receita de


serviços de publicidade legal decorrentes das atividades de
agenciamento de publicidade é classificada como receita corrente.

A origem “Receita de Serviços”, como os serviços de publicidade legal, integra


a categoria econômica das receitas correntes.
Resposta: Certa

37) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) O 1.º nível da codificação da


natureza da receita é utilizado para mensurar o impacto das decisões
do governo na economia nacional.

A categoria econômica da receita, 1º nível, obedece ao critério econômico. É


utilizada para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia
nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc).
Resposta: Certa

38) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Os impostos, as


taxas e as contribuições de melhoria são receitas correntes.

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Os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria são receitas correntes


tributárias.
Resposta: Certa

39) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) Receitas imobiliárias e


de valores mobiliários constituem receita patrimonial, que se classifica
como receita corrente, para qualquer esfera da administração.

As receitas patrimoniais são aquelas provenientes de rendimentos sobre


investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em
operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos
permanentes. Exemplos: receitas imobiliárias e de valores mobiliários. As
receitas patrimoniais são receitas correntes.
Resposta: Certa

40) (CESPE -Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-


2008) Caso a União tenha recebido recursos oriundos das receitas
correntes e deseje transferir parcela do montante recebido para
determinado município construir um posto de saúde, essa operação
deve ser classificada, na contabilidade da União, como transferência de
capital.

Caso a União tenha recebido recursos oriundos das receitas correntes e deseje
transferir parcela do montante recebido para determinado município construir
um posto de saúde, ou seja, para a realização de uma despesa de capital, essa
operação deve ser classificada, na contabilidade da União, como transferência
de capital. Repare que o enunciado trata de receitas correntes para confundir
com as transferências correntes. No entanto, nesse caso, o que interessa é a
aplicação da receita e não sua procedência. Se for aplicada em despesas
de capital, é transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, é
transferência corrente.
Resposta: Certa

41) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Classificam-


se na categoria de receitas correntes outras receitas que são oriundas
do poder impositivo do Estado, tais como as receitas provenientes da
alienação de bens.

Classificam-se na categoria de receitas correntes outras receitas que são


oriundas do poder impositivo do Estado, como a Tributária e de
Contribuições.
Cuidado: a receita de Alienação de Bens corresponde ao ingresso
proveniente da alienação de componentes do ativo imobilizado ou intangível. É
uma das origens das Receitas de Capital. Não se confunde com a origem
receitas patrimoniais, a qual pertence às receitas correntes.
Resposta: Errada

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42) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) O recurso financeiro


proveniente de outra pessoa de direito público pode ser classificado
como receita de capital.

Vamos entender a diferença entre as duas origens:


 Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. É uma
origem das receitas correntes.
 Transferência de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. É uma
origem das receitas de capital.

Logo, o recurso financeiro proveniente de outra pessoa de direito público pode


ser classificado como receita de capital, caso se enquadre como uma
transferência de capital. Também pode ser classificado como receita corrente,
caso se enquadre como uma transferência corrente.
Resposta: Certa

43) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As receitas


intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e
se referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos
orçamentos fiscal e da seguridade social da mesma esfera
governamental.

As receitas intraorçamentárias têm a função de se contrapor às despesas


intraorçamentárias para se anularem e evitar a dupla contagem. São oriundas
de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração
Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma
esfera de governo. Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às
operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas
estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da
seguridade social.
Resposta: Certa

44) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Uma das


modalidades de receita pública é o imposto, que constitui
contraprestação específica do Estado ao cidadão.

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O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte. Já as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição. Logo, é a taxa que exige
contraprestação específica do Estado ao cidadão.
Resposta: Errada

45) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010)


Considere que a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS) tenha aumentado durante o último
exercício financeiro da União. Nesse caso, é correto afirmar que houve
aumento do montante da receita tributária da União no último ano.

Se houve aumento da arrecadação de uma contribuição social durante o


último exercício financeiro da União, é correto afirmar que houve aumento do
montante da receita de contribuições e não da receita tributária.
Resposta: Errada

46) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita


patrimonial é considerada receita corrente.

A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos


sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades
em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos
permanentes. A origem “Receita Patrimonial” compõe a categoria econômica
das receitas correntes.
Resposta: Certa

47) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Se a União recebe


recursos para a amortização de um empréstimo concedido a terceiros,
o valor deve ser classificado como receita corrente, no agrupamento
correspondente à receita patrimonial.

A origem amortização de empréstimos, que compõe a categoria econômica


das receitas de capital, corresponde ao ingresso referente ao recebimento de
parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou
contratos. Logo, se a União recebe recursos para a amortização de um
empréstimo concedido a terceiros, o valor deve ser classificado como receita
de capital, no agrupamento correspondente à receita de amortização de
empréstimos.
Resposta: Errada

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48) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Uma receita relativa


a multas aplicadas pela administração tributária pode ser classificada
como receita corrente, pois o seu recebimento, considerado ingresso
extraorçamentário, não altera o patrimônio líquido, em face de
constituir um ingresso extraorçamentário.

Multas em geral são classificadas em “outras receitas correntes”, portanto são


receitas correntes e orçamentárias.
Resposta: Errada

49) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) As receitas são


classificadas em dois segmentos: receitas correntes e receitas de
capital. Essa divisão obedece a um critério econômico, dentro da idéia
de demonstrar a origem das diversas fontes. As receitas de capital
derivam do exercício de poder, próprio do Estado, de tributar as
pessoas e agentes econômicos ou do exercício da atividade econômica.

As receitas estão classificadas, segundo a Lei 4.320/1964, em dois segmentos:


Receitas Correntes e Receitas de Capital, divisão essa que obedece a um
critério econômico, dentro da ideia de demonstrar a origem das diversas
fontes, conforme derivem do exercício de poder próprio do Estado, de tributar
as pessoas e agentes econômicos ou do exercício de atividade econômica.
Essas são as Receitas Correntes, sendo Receitas de Capital aquelas que
procedem do endividamento ou da transformação de ativos físicos ou
financeiros em moeda.
Resposta: Errada

50) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) As receitas de capital


podem ser provenientes da realização de recursos financeiros oriundos
de constituição de dívidas.

As receitas de capital são aquelas provenientes da realização de recursos


financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital
e, ainda, o Superávit do Orçamento Corrente
Resposta: Certa

51) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) A origem, segundo nível


da codificação da receita orçamentária, é utilizada para mensurar o
impacto das decisões do governo na economia nacional.

A categoria econômica, primeiro nível da codificação da receita


orçamentária, é utilizada para mensurar o impacto das decisões do governo na
economia nacional.
Resposta: Errada

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52) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde -


2008) Na classificação da receita, as contribuições sociais constituem
receita tributária e a alienação de bens imóveis, receita patrimonial.

A contribuição de melhoria é receita tributária e as demais contribuições


(sociais, de intervenção no domínio econômico e de Custeio de Serviço de
Iluminação Pública) são receitas de contribuições. Logo, as contribuições
sociais não constituem receita tributária.
A receita de Alienação de Bens corresponde ao ingresso proveniente da
alienação de componentes do ativo imobilizado ou intangível. É uma das
origens das Receitas de Capital. Não se confunde com a origem receitas
patrimoniais, a qual pertence às receitas correntes.
Já viu que essas duas trocas são muito comuns em provas. Olho nelas!
Resposta: Errada

53) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) A


importância auferida pela União em decorrência da cobrança do
imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários (IOF) é considerada receita corrente.

Os impostos são receitas correntes.


Resposta: Certa

54) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas


tributárias, de contribuições, agropecuárias, patrimoniais e o superavit
do orçamento corrente são considerados receitas correntes.

As receitas tributárias, de contribuições, agropecuárias e patrimoniais são


consideradas receitas correntes. No entanto, o superávit do orçamento
corrente é receita de capital.
Resposta: Errada

Demais Classificações

55) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) As operações de credito devem ser classificadas
como ingressos extraorçamentários quando corresponderem a
antecipação de receita orçamentária.

As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem


passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito
à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não
se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos
extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito
em caução, antecipação de receitas orçamentárias – ARO, consignações

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diversas, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda e outras


entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.
Resposta: Certa

56) (CESPE – Analista Legislativo – Direito – ALCE – 2011) A lei de


orçamento de competência da União compreenderá as emissões de
papel-moeda, por se tratar de operação de crédito autorizada em lei.

As emissões de papel-moeda são receitas extraorçamentárias.


Resposta: Errada

57) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Por não ser possível
prever no orçamento todos os casos em que o órgão público fará a
alienação de algum bem do seu patrimônio, a receita proveniente das
alienações pode ser classificada como orçamentária ou
extraorçamentária.

As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para


financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Serão
classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as
receitas arrecadadas ainda que não previstas no Orçamento.
Resposta: Errada

58) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17ª Região - 2009) No conceito


de receita orçamentária, estão incluídas as operações de crédito por
antecipação de receita, mas excluídas as emissões de papel-moeda e
outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

No conceito de receita orçamentária, também estão excluídas as operações


de crédito por antecipação de receita. São exemplos de receitas
extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas
orçamentárias – ARO, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda e
outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.
Resposta: Errada

59) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) A


legislação classifica como receitas orçamentárias as operações de
crédito, ainda que não previstas no orçamento, inclusive as
decorrentes de antecipação de receita.

As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de


crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias.
Resposta: Errada

60) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se um


cidadão deseja fazer uma doação em dinheiro para o governo e se essa

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espécie de receita não está prevista na lei orçamentária, o governo


deve arrecadá-la, todavia, será ela contabilizada como orçamentária.

Se um cidadão deseja fazer uma doação em dinheiro para o governo e se essa


espécie de receita não está prevista na lei orçamentária, o governo deve
arrecadá-la, todavia, será ela contabilizada como orçamentária. Isso ocorre
porque o que caracterizam as receitas orçamentárias são entradas de recursos
que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do
Poder Público, independente de constar ou não no Orçamento.
Resposta: Certa

61) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17ª Região - 2009) A receita


pública somente pode ser considerada orçamentária se estiver incluída
na lei orçamentária anual.

A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver


incluída na lei orçamentária anual.
Resposta: Errada

62) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas


auferidas nas situações em que o Estado atua em condição de
igualdade com os particulares, sem o uso do poder de império, são
consideradas receitas originárias, como é o caso da receita de
serviços.

As receitas originárias correspondem àquelas que provêm do próprio


patrimônio do Estado. O Estado não utiliza sua autoridade coercitiva. São
resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos
usuários ou da cessão remunerada de bens e valores.
Resposta: Certa

63) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-


2008) Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, a
parcela correspondente ao imposto é dita receita originária, enquanto
a multa de mora e os juros sobre o atraso são considerados receita
derivada.

Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, tanto a parcela


correspondente ao imposto quanto a multa de mora e os juros sobre o atraso
são consideradas receitas derivadas.
Resposta: Errada

(CESPE – Contador – IBRAM/DF - 2009) No setor público, a receita


orçamentária corrente é classificada como receita originária ou receita
derivada. Acerca das características das receitas originárias, julgue o
item abaixo.

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64) São obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva,


mediante a arrecadação de tributos e multas.

As receitas derivadas é que são obtidas pelo Estado em função de sua


autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.
Resposta: Errada

65) (CESPE – Analista Administrativo – IBRAM/DF - 2009) As receitas


correntes originárias são obtidas pelo Estado em função de sua
autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.

As receitas correntes derivadas são obtidas pelo Estado em função de sua


autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.
Resposta: Errada

66) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Impostos, taxas e


contribuições são considerados receitas originárias.

As receitas derivadas correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante


sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela
exigência do Estado para que o particular entregue de forma compulsória uma
determinada quantia na forma de tributos, de contribuições ou de multas.
Logo, impostos, taxas e contribuições são considerados receitas derivadas.
Resposta: Errada

67) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) O imposto de


renda é um exemplo de receita pública efetiva.

As receitas públicas efetivas contribuem para o aumento do patrimônio líquido,


sem correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, com
exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato permutativo e,
assim, é não efetiva. Logo, os impostos, que são receitas correntes, são
exemplos de receitas públicas efetivas.
Resposta: Certa

Classificação por Fontes

68) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A classificação por


fontes inclui-se entre os critérios de classificação das receitas
públicas.

A classificação por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da


receita e da despesa.
Resposta: Certa

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69) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Na execução


orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a
vinculação, evidenciando-se, a partir do ingresso, as destinações dos
valores. Ao se realizar despesa, deve-se demonstrar a sua fonte de
financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se, desse modo, a
interligação entre receita e despesa.

O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de


garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja para
entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em mandamentos legais
que regulamentam a aplicação de recursos. Outro tipo de vinculação é aquela
derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos
recursos são obtidos com finalidade específica.
Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a
vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores.
Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de
financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligação entre a
receita e a despesa.
Resposta: Certa

70) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das


disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser
feito apenas durante a execução orçamentária.

O controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito
desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o
ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários.
Resposta: Errada

71) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) A


classificação por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação
da receita e da despesa.

A classificação por fontes é válida tanto para a receita como para a despesa.
Resposta: Certa

72) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) No momento do


recolhimento/recebimento dos valores é feita a classificação por
natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível a
determinação da disponibilidade para alocação discricionária pelo
gestor público, exceto daquelas reservadas a finalidades específicas,
conforme vinculações estabelecidas.

No momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita classificação por


natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível determinar a

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disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela


reservada para finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas.
Resposta: Errada

73) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O código


de classificação de fontes de recursos é composto por três dígitos,
sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o
segundo e terceiro, a especificação das fontes de recursos. O indicador
de grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é ou não
originário do Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a
exercícios anteriores.

A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos,


sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e
terceiro, a especificação das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos
identifica se o recurso é originário do Tesouro Nacional ou de outras fontes e
se pertence ao exercício corrente ou não.
Resposta: Certa

Dívida ativa

74) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Os créditos


do estado do Espírito Santo, relativos ao ICMS, antes de serem
encaminhados à cobrança executiva, devem ser inscritos em dívida
ativa, e sua cobrança é efetuada pela Procuradoria Geral do Estado. A
dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e de
liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.

A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem


equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. No âmbito federal, a
competência para a apuração de certeza e liquidez, inscrição em Dívida Ativa e
gestão administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional – PGFN. No âmbito estadual, cobrança é efetuada pela
Procuradoria Geral do Estado.
Resposta: Certa

75) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A prescrição do


crédito tributário não pode ser interrompida se a inscrição da dívida
ativa for efetivada por órgão incompetente.

A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade,


será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e
suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até
a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
Logo, a prescrição do crédito tributário não pode ser interrompida se a
inscrição da dívida ativa for efetivada por órgão incompetente.

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Resposta: Certa

76) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A dívida ativa


constitui-se dos passivos da fazenda pública, para com terceiros, não
pagos no vencimento, que são inscritos em registro próprio, após
apurada sua exigibilidade.

A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública, que representa as


obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas,
por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas.
Resposta: Errada

77) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Os créditos da fazenda


pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
nas respectivas rubricas orçamentárias como receita do exercício em
que forem inscritos.

Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão


escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas
respectivas rubricas orçamentárias (art. 39, caput, da Lei 4320/1964).
Resposta: Errada

78) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) Para inscrição na dívida ativa, o valor do crédito em
moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda
nacional a taxa cambial oficial, para venda, na data da inscrição da
dívida ativa. A partir da conversão, essa dívida estará sujeita a
atualização monetária e juros de mora, de acordo com preceitos legais
pertinentes aos débitos tributários.

O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido


ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para
compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela
autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida
Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de
mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários (art.
39, § 3º, da Lei 4320/1964).
Resposta: Errada

79) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A


inscrição na divida ativa, que representa fato permutativo resultante
do não recebimento de um valor no prazo estabelecido, não inclui o
registro de juros e atualização monetária aplicados sobre o valor
inscrito, que serão posteriormente definidos pela justiça.

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A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária,


juros, multa e demais encargos previstos.
Resposta: Errada

80) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) As receitas da dívida ativa são decorrentes de
créditos da Fazenda Pública, exigíveis em virtude do transcurso do
prazo para pagamento, e classificadas como outras receitas de capital.

As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser


classificadas como “outras receitas correntes”.
Resposta: Errada

E assim terminamos a aula 4.

Na próxima aula trataremos da Despesa Pública.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO IV

CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA

1.º nível: Categoria Econômica da Receita

1. Receitas Correntes;
2. Receitas de Capital;
7. Receitas Correntes Intraorçamentárias;
8. Receitas de Capital Intraorçamentárias.

Na Lei 4320/1964:

Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas


Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial,
agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a
atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do
Orçamento Corrente.

2.º nível: Origens

Receitas Correntes Receitas de Capital

1. Receita Tributária
2. Receita de Contribuições
1. Operações de Crédito
3. Receita Patrimonial
2. Alienação de Bens
4. Receita Agropecuária
3. Amortização de Empréstimos
5. Receita Industrial
4. Transferências de Capital
6. Receita de Serviços
5. Outras Receitas de Capital
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes

Origens das Receitas Correntes:

Tributária: receita proveniente das seguintes espécies:


 Impostos: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
 Taxas: cobradas por União, Estados, DF ou Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
 Contribuição de Melhoria: cobrada por União, Estados, DF ou Municípios, no

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âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de


obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
Contribuições: receita proveniente de contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e para o custeio de serviço de iluminação pública;
Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos
do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e
outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Exemplos:
arrendamento, aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de
títulos de renda, dividendos, participações, bônus de assinatura de contrato de
concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e
remuneração de saldos de recursos não desembolsados.
Agropecuária: receita proveniente de produção vegetal, produção animal e derivados
e outras;
Industrial: receita proveniente da indústria extrativa mineral, de transformação e de
construção;
Serviços: transporte, comunicação, armazenagem e outros;
Transferências Correntes: receita proveniente de transferências
intergovernamentais, de instituições privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e
para o combate à fome;
Outras Receitas Correntes: receitas provenientes de multas e juros de mora,
indenizações e restituições, dívida ativa, entre outras.

Origens das Receitas de Capital:

Operações de Crédito: receita proveniente de operações de crédito internas e


externas;
Alienação de Bens: receita proveniente da alienação de bens móveis e imóveis;
Amortizações de Empréstimos: recebimento do principal de um empréstimo
concedido;
Transferências de Capital: receita proveniente de transferências intergovernamentais,
de instituições privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome;
Outras Receitas de Capital: receita proveniente da integralização do capital social, da
remuneração das disponibilidades do Tesouro e outras.

3.º nível: Espécie

4.º nível: Rubrica

5.º nível: Alínea

6.º nível: Subalínea

CLASSIFICAÇÃO POR FONTES

As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de


receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para
indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.

É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a

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determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da


despesa.

1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS

1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente

2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente

3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores

6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores

9 – Recursos Condicionados

FORMA DE INGRESSO:

Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus
gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Segundo o art. 57 da Lei
4.320/1964, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias,
todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda
que não previstas no Orçamento.

Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem


passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à
autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se
incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos
extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em
caução, antecipação de receitas orçamentárias – ARO, consignações diversas,
cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias
no ativo e passivo financeiros.

PODER DE TRIBUTAR:

Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal

QUANTO ÀS ENTIDADES EXECUTORAS DO ORÇAMENTO:

Receita Orçamentária Pública e Receita Orçamentária Privada

QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL:

Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem correspondência no


passivo. São efetivas todas as receitas correntes, com exceção do recebimento de
dívida ativa, que representa fato permutativo e, assim, é não efetiva.

Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao patrimônio


público, pois se referem às entradas ou alterações compensatórias nos elementos que
o compõem. São não efetivas todas as receitas de capital, com exceção do
recebimento de transferências de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim,
é efetiva.

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QUANTO À REGULARIDADE (OU PERIODICIDADE):

Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com arrecadação


regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e possuem característica de
continuidade, como a maioria dos tributos: IR, ICMS, IPVA, IPTU, etc.

Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de caráter não


continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as provenientes de guerras,
doações, indenizações em favor do Estado, etc

COERCITIVIDADE:

Originárias: receitas que provêm do próprio patrimônio do Estado.

Derivadas: receitas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013) Segundo as


categorias econômicas, as receitas podem ser classificadas em receitas
correntes ou receitas de capital.

2) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) Apesar de não constituir item de receita


orçamentária, o superávit do orçamento corrente deve ser considerado no
cômputo da receita de capital.

3) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade


Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Considere que, devido à
reestruturação de determinado órgão público, algumas unidades imobiliárias
originalmente ocupadas e pertencentes ao Estado deixem de ser utilizadas.
Para evitar a degradação dos edifícios, e sem nova função programada para
eles, suponha que a autoridade governamental os venda mediante os
instrumentos legais apropriados. Nessa situação hipotética, as receitas obtidas
pela conversão em espécie desses bens são classificadas como receitas de
capital.

4) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – 2013) O Estado


somente pode exigir taxa em virtude da utilização efetiva do serviço público
pelo contribuinte, como a taxa de emissão de passaportes.

5) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade - TRE/RJ – 2012) Amortização


de empréstimos é a receita proveniente do ingresso de recursos referentes ao
recebimento de empréstimos ou financiamentos concedidos e classificada como
receita de capital.

6) (CESPE – Técnico Científico – Contabilidade – Banco da Amazônia - 2012)


Deve-se classificar como ‘outras receitas de capital’ a receita da remuneração
das disponibilidades do Tesouro Nacional, dadas suas características, que não
permitem seu enquadramento nas demais classificações da receita de capital.

7) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A classificação de


receitas por categoria econômica visa permitir a identificação dos recursos em
função do seu fato gerador, sendo sempre classificadas como receitas de
capital as receitas financeiras provenientes de outras pessoas de direito publico
ou privado.

8) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade


Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita orçamentária é definida
como o ingresso de recursos financeiros durante determinado exercício
orçamentário, sendo um novo elemento para o patrimônio público.

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9) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2012) No que se refere a administração


financeira e orçamentária, julgue o item que se segue.
A alienação de bem da administração pública não é classificada como receita
efetiva.

10) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) A operação de crédito por antecipação


de receita orçamentária (ARO) é uma receita orçamentária de capital.

(CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos Deputados


– 2012) Julgue os itens a seguir, relativos aos créditos da fazenda pública e à
dívida ativa.
11) A cobrança de atualização monetária, multa e juros de mora deve ser
considerada no valor da receita da respectiva dívida ativa.

12) Os créditos de natureza não tributária devem ser escriturados como


receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas
orçamentárias. Em relação aos créditos de natureza tributária, por sua vez,
deve-se aguardar parecer da procuradoria da fazenda, para se efetuarem
esses registros.

13) Após apurada a sua liquidez e certeza, os créditos da fazenda pública


exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento devem ser inscritos em
registro próprio como dívida ativa.

14) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A dívida ativa é
constituída por valores cuja liquidez e certeza foram apuradas, sendo uma
possível fonte de receitas por meio da recuperação dos créditos nela
registrados.

15) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Incluem-se tanto


na natureza tributaria da divida ativa quanto na não tributaria os creditos da
fazenda publica provenientes de obrigações legais relativas a tributos e
respectivas multas.

16) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012)


Considerando que determinado gestor público tenha sido julgado em alcance
pelo Tribunal de Contas da União, por não ter arrecadado as taxas atribuídas
pela legislação ao órgão que ele dirigia, o montante definido para
ressarcimento ao erário, se não for pago até o vencimento fixado, constituirá
dívida ativa não tributária.

17) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Quando


determinado órgão publico inscreve uma obrigação legal relativa a tributos na
divida ativa, todos os respectivos adicionais e multas correspondentes a essa
obrigação integram o conceito de divida ativa tributária.

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18) (CESPE – Agente - Polícia Federal – 2009) Ao elaborar o planejamento


orçamentário do seu órgão, o agente público deve considerar que as
obrigações de seu ente público com terceiros compõem a dívida ativa da
União.

(CESPE – QOBM – Ciências Contábeis – 2011) No que concerne à classificação


e emissão de certidão da dívida ativa, julgue os próximos itens.
19) A emissão da certidão de dívida ativa da fazenda pública da União, inscrita
na forma da lei, com validade de título executivo, confere à certidão da dívida
ativa caráter líquido e certo, admitindo, contudo, prova em contrário.
20) Tanto as receitas decorrentes da dívida tributária como as receitas
decorrentes da dívida não tributária devem ser classificadas como outras
receitas correntes.

21) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita pública
deve ser classificada nas categorias econômicas receitas correntes e receitas
de capital.

22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita patrimonial
auferida de locação do patrimônio público à iniciativa privada é classificada
como receita de capital.

23) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) As receitas provenientes de


rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de
disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos oriundos
de renda de ativos permanentes devem ser classificadas como receitas
correntes.

24) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) Os impostos se caracterizam por serem tributos cujos fatos geradores
não correspondem a uma prestação do Estado especifica em benefício do
contribuinte.

25) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) As receitas orçamentárias na esfera


econômica serão classificadas em receitas correntes e receitas de capital.
Receitas correntes são aquelas provenientes de recursos financeiros oriundos
de constituição de dívidas, ao passo que as de capital originam-se dos tributos
arrecadados pelo Estado.

26) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) Classificam-se como receitas


correntes as receitas patrimoniais obtidas com os rendimentos sobre
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em

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operações de mercado e de outros rendimentos oriundos de renda de ativos


permanentes.

27) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) O produto da


arrecadação de multas resultantes das atividades exercidas pela ANCINE
integra a receita corrente dessa agência.

28) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Quanto às categorias


econômicas, as receitas podem ser correntes e de capital.

(CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008)

Considerando o exemplo acima de natureza de receita, julgue o item


subsequente.
29) O exemplo trata de uma receita corrente cuja origem classifica-se como
tributária e, por tratar-se de tributo, a espécie de receita relaciona-se a um
dos diferentes tipos previstos na Constituição Federal, imposto.

30) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os recursos recebidos de


outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, quando destinados a
atender despesas correntes, nem sempre são classificados como receitas
correntes.

(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A tabela a seguir


apresenta algumas informações relativas à arrecadação estadual do Espírito
Santo, em janeiro de 2010.

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Com base nas informações da tabela acima, julgue os itens seguintes, acerca
das receitas públicas.
31) A receita agropecuária, a industrial e a de serviços contribuíram com R$
3.083 mil para o montante arrecadado com as receitas correntes.

32) O montante da receita tributária arrecadada pelo governo do Espírito


Santo, em janeiro de 2010, totalizou R$ 583.534 mil, enquanto as receitas de
capital alcançaram R$ 70.249 mil.

33) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2006) As receitas patrimoniais são


parte das receitas de capital.

34) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) No orçamento


de determinado ente, a diferença entre as receitas correntes, no valor de R$
6,5 bilhões, e as despesas correntes, de R$ 6,0 bilhões, é considerada receita
de capital.

35) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Aluguéis,


arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de
títulos de renda, dividendos, participações, remuneração de depósitos
bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de

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recursos não desembolsados são classificados como receita patrimonial, pois


resultam da fruição de elementos patrimoniais.

36) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A receita de serviços de


publicidade legal decorrentes das atividades de agenciamento de publicidade é
classificada como receita corrente.

37) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) O 1.º nível da codificação da natureza


da receita é utilizado para mensurar o impacto das decisões do governo na
economia nacional.

38) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Os impostos, as taxas e


as contribuições de melhoria são receitas correntes.

39) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) Receitas imobiliárias e de


valores mobiliários constituem receita patrimonial, que se classifica como
receita corrente, para qualquer esfera da administração.

40) (CESPE -Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008)


Caso a União tenha recebido recursos oriundos das receitas correntes e deseje
transferir parcela do montante recebido para determinado município construir
um posto de saúde, essa operação deve ser classificada, na contabilidade da
União, como transferência de capital.

41) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Classificam-se na


categoria de receitas correntes outras receitas que são oriundas do poder
impositivo do Estado, tais como as receitas provenientes da alienação de bens.

42) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) O recurso financeiro proveniente


de outra pessoa de direito público pode ser classificado como receita de
capital.

43) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As receitas


intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e se
referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos
fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental.

44) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Uma das modalidades de


receita pública é o imposto, que constitui contraprestação específica do Estado
ao cidadão.

45) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) Considere


que a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS) tenha aumentado durante o último exercício financeiro da União.
Nesse caso, é correto afirmar que houve aumento do montante da receita
tributária da União no último ano.

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46) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita patrimonial é


considerada receita corrente.

47) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Se a União recebe recursos


para a amortização de um empréstimo concedido a terceiros, o valor deve ser
classificado como receita corrente, no agrupamento correspondente à receita
patrimonial.

48) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Uma receita relativa a


multas aplicadas pela administração tributária pode ser classificada como
receita corrente, pois o seu recebimento, considerado ingresso
extraorçamentário, não altera o patrimônio líquido, em face de constituir um
ingresso extraorçamentário.

49) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) As receitas são classificadas em


dois segmentos: receitas correntes e receitas de capital. Essa divisão obedece
a um critério econômico, dentro da idéia de demonstrar a origem das diversas
fontes. As receitas de capital derivam do exercício de poder, próprio do Estado,
de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do exercício da atividade
econômica.

50) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) As receitas de capital podem


ser provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição
de dívidas.

51) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) A origem, segundo nível da


codificação da receita orçamentária, é utilizada para mensurar o impacto das
decisões do governo na economia nacional.

52) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)


Na classificação da receita, as contribuições sociais constituem receita
tributária e a alienação de bens imóveis, receita patrimonial.

53) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) A importância


auferida pela União em decorrência da cobrança do imposto sobre operações
de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) é
considerada receita corrente.

54) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas tributárias, de


contribuições, agropecuárias, patrimoniais e o superavit do orçamento corrente
são considerados receitas correntes.

55) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) As operações de credito devem ser classificadas como ingressos

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extraorçamentários quando corresponderem a antecipação de receita


orçamentária.

56) (CESPE – Analista Legislativo – Direito – ALCE – 2011) A lei de orçamento


de competência da União compreenderá as emissões de papel-moeda, por se
tratar de operação de crédito autorizada em lei.

57) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Por não ser possível prever
no orçamento todos os casos em que o órgão público fará a alienação de
algum bem do seu patrimônio, a receita proveniente das alienações pode ser
classificada como orçamentária ou extraorçamentária.

58) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17ª Região - 2009) No conceito de


receita orçamentária, estão incluídas as operações de crédito por antecipação
de receita, mas excluídas as emissões de papel-moeda e outras entradas
compensatórias no ativo e passivo financeiros.

59) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TJCE - 2008) A legislação


classifica como receitas orçamentárias as operações de crédito, ainda que não
previstas no orçamento, inclusive as decorrentes de antecipação de receita.

60) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se um cidadão


deseja fazer uma doação em dinheiro para o governo e se essa espécie de
receita não está prevista na lei orçamentária, o governo deve arrecadá-la,
todavia, será ela contabilizada como orçamentária.

61) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17ª Região - 2009) A receita pública
somente pode ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei
orçamentária anual.

62) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas auferidas nas


situações em que o Estado atua em condição de igualdade com os particulares,
sem o uso do poder de império, são consideradas receitas originárias, como é
o caso da receita de serviços.

63) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-2008)


Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, a parcela
correspondente ao imposto é dita receita originária, enquanto a multa de mora
e os juros sobre o atraso são considerados receita derivada.

(CESPE – Contador – IBRAM/DF - 2009) No setor público, a receita


orçamentária corrente é classificada como receita originária ou receita
derivada. Acerca das características das receitas originárias, julgue o item
abaixo.
64) São obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva, mediante
a arrecadação de tributos e multas.

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65) (CESPE – Analista Administrativo – IBRAM/DF - 2009) As receitas


correntes originárias são obtidas pelo Estado em função de sua autoridade
coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.

66) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Impostos, taxas e


contribuições são considerados receitas originárias.

67) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) O imposto de renda é um


exemplo de receita pública efetiva.

68) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A classificação por fontes


inclui-se entre os critérios de classificação das receitas públicas.

69) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Na execução


orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação,
evidenciando-se, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Ao se
realizar despesa, deve-se demonstrar a sua fonte de financiamento (fonte de
recursos), estabelecendo-se, desse modo, a interligação entre receita e
despesa.

70) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das


disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito
apenas durante a execução orçamentária.

71) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) A classificação


por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da
despesa.

72) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) No momento do


recolhimento/recebimento dos valores é feita a classificação por natureza de
receita e destinação de recursos, sendo possível a determinação da
disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, exceto
daquelas reservadas a finalidades específicas, conforme vinculações
estabelecidas.

73) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O código de


classificação de fontes de recursos é composto por três dígitos, sendo que o
primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a
especificação das fontes de recursos. O indicador de grupo de fontes de
recursos identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se
pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores.

74) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Os créditos do


estado do Espírito Santo, relativos ao ICMS, antes de serem encaminhados à
cobrança executiva, devem ser inscritos em dívida ativa, e sua cobrança é

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efetuada pela Procuradoria Geral do Estado. A dívida regularmente inscrita


goza da presunção de certeza e de liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída.

75) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A prescrição do crédito


tributário não pode ser interrompida se a inscrição da dívida ativa for efetivada
por órgão incompetente.

76) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A dívida ativa


constitui-se dos passivos da fazenda pública, para com terceiros, não pagos no
vencimento, que são inscritos em registro próprio, após apurada sua
exigibilidade.

77) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Os créditos da fazenda pública, de


natureza tributária ou não tributária, serão escriturados nas respectivas
rubricas orçamentárias como receita do exercício em que forem inscritos.

78) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) Para inscrição na dívida ativa, o valor do crédito em moeda estrangeira
será convertido ao correspondente valor na moeda nacional a taxa cambial
oficial, para venda, na data da inscrição da dívida ativa. A partir da conversão,
essa dívida estará sujeita a atualização monetária e juros de mora, de acordo
com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários.

79) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A inscrição na


divida ativa, que representa fato permutativo resultante do não recebimento
de um valor no prazo estabelecido, não inclui o registro de juros e atualização
monetária aplicados sobre o valor inscrito, que serão posteriormente definidos
pela justiça.

80) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) As receitas da dívida ativa são decorrentes de créditos da Fazenda
Pública, exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento, e
classificadas como outras receitas de capital.

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C C C E C C E C C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E C C E C C E C C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E C C E C C C C E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C C E C C C C C C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E C C E E C E E E C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E E C E C E E E E C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E C E E E E C C C E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C E C C C E E E E E

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