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Fenomenológicas
Análise Bioenergética
Alexander Lowen foi um psicanalista estadunidense de orientação freudiana. Seguiu os
princípios reichianos de couraça, de fluxo energético. Seu diferencial é o conceito de
Grounding: esse trabalho com as pernas proporciona ao paciente uma sustentação, que o
significado é sustentar seus próprios sentimentos, suas ações, “ser adulto precisa estar bem
implantado”.
A análise bioenergética tem como fundamento a ação das emoções sobre o físico e a energia
vital. Analisa e trata o efeito nocivo da repressão emocional que desencadeia tensões na
musculatura do corpo. A terapia analisa a postura do corpo e as reações que ocorrem nele, com
a finalidade de corrigir e ativar o fluxo energético e renovar a energia vital do indivíduo.
Couraças: Reich (1998), propôs uma compreensão da energia circulante no corpo em sete
segmentos. Estas zonas de anéis ou segmentos de tensão estão dispostas de modo perpendicular
ao eixo céfalo-caudal, funcionando de maneira circular e abrangendo órgãos e grupos musculares
entre si.
Quanto aos anéis de encouraçamento, Reich identificou sete principais e seu posicionamento:
1. Na cabeça e pescoço localizam-se os anéis ocular, oral e cervical;
2. Na região do tronco e dos membros se encontram outros grupos de anéis: torácico,
diafragmático, abdominal e pélvico.
Para cada um desses segmentos, existem exercícios que são aplicados para diluir as
couraças, isso quer dizer que, não é possível a remoção da couraça pelo fato de ser a defesa do
indivíduo e que o indivíduo ser encouraçado significa que passou por uma série de questões para
tornar-se o que é.
Psicodrama
O lugar do nascimento do psicodrama foi um teatro dramático de Viena. O médico romeno
Jacob Levy Moreno, criador do Psicodrama. Foi o marco do nascimento de uma nova
modalidade de expressão catártica que, instrumentada pelo exercício da espontaneidade e
sustentada na teoria dos papeis, viria a se constituir o método psicodramático de abordagem
dos conflitos interpessoais, cujo âmbito natural é o grupo.
A ação dramática permite insights profundos por parte do paciente e/ou do grupo a respeito do
significado dos papeis assumidos durante a vida. Para o psicodrama, toda ação é interação por
meio de papéis.
O psicodrama é uma forma de representação dramática na qual o cliente (podendo ser uma
pessoa ou um grupo) traz suas questões conflituosas para serem transformadas em cenas que
serão dramatizadas de forma espontânea por quem delas participar. Os envolvidos
expressarão, por meio da dramatização, seus papéis privados e sociais num contexto diferente do
qual estão acostumados em seu dia a dia.
Moreno diz que o ego de cada pessoa é formado por diversos papéis que desempenham na
vida, como por exemplo: o de filho, amigo, pai, mãe, profissional, etc. Tais papéis podem estar
bem organizados e harmoniosos entre si ou podem estar em conflito e desarmonia, o que
geraria sofrimento no indivíduo.
Sendo assim, o psicodrama interfere exatamente nesses papéis que a pessoa exerce durante
a vida, dando espaço para que, através da dramatização, o indivíduo consiga reconhecer e
transformar esses conflitos de forma que desempenhem melhor seus papéis cotidianos.
Abordagem Centrada na
Pessoa
“Esta nova abordagem coloca um peso maior sobre o impulso individual em direção ao
crescimento, à saúde e ao ajustamento. [A terapia] é uma questão de libertar [o cliente] para um
crescimento e desenvolvimento normais.”
“Esta terapia dá muito mais ênfase ao aspecto afetivo de uma situação do que aos aspectos
intelectuais.”
O terapeuta ouve as ideias do cliente sobre suas dificuldades e ambas aceitam o cliente como
capaz de compreender seus próprios problemas.
Rogers reforma a distinção freudiana entre consciente e inconsciente em termos de
percepção. A percepção que o homem tem da realidade apresenta gradações segundo um
continuum. Há coisas que estão no foco da nossa atenção e notamos a figura delas. Há coisas
que estão em segundo plano, no fundo das coisas principais. E há ainda aquelas coisas que estão
o mais longe possível da nossa atenção por acharmos que a percepção delas desestabilizaria
nossa vida.
Self: Dentro do campo de experiência está o self. O self não é uma entidade estável,
imutável; entretanto, observado num dado momento, parece ser estável. Rogers usa o termo para
se referir ao contínuo processo de reconhecimento. É esta diferença de outros autores, esta
ênfase na mudança e na flexibilidade, que fundamenta sua teoria e sua crença de que as pessoas
são capazes de crescimento, mudança e desenvolvimento pessoal. O self ou autoconceito é a
visão que uma pessoa tem de si própria, baseada em experiências passadas, estimulações
presentes e expectativas futuras.
Self Ideal: é “o conjunto das características que o indivíduo mais gostaria de poder reclamar
como descritivas de si mesmo” (Rogers, 1959, p. 165 na ed. bras.). Assim como o self ele é uma
estrutura móvel e variável, que passa por redefinição constante. A extensão da diferença entre
o self e o self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas. O self
ideal é o que a pessoa deseja que ela fosse.
Tendência à Auto Atualização: Há um aspecto básico da natureza humana que leva uma
pessoa em direção a uma maior congruência e a um funcionamento realista. Além disso, este
impulso não é limitado aos seres humanos; é parte do processo de todas as coisas vivas. O
impulso em direção à saúde não é uma força esmagadora que supera obstáculos ao longo da
vida; pelo contrário, é facilmente embotado, distorcido e reprimido. Rogers o vê como a força
motivadora dominante numa pessoa que está “funcionando de modo livre”, não paralisada
por eventos passados ou por crenças correntes que mantêm a incongruência.
Condição de valor: são caracterizadas pela crença de que “preciso ser respeitado ou amado
por todos aqueles com quem estabeleço contato”. As condições de valor criam uma
discrepância entre o self e o autoconceito. Para mantermos uma condição de valor temos que
negar determinados aspectos de nós mesmos.
Não Diretividade: pode ser entendida como uma forte subscrição do conceito de Tendência
Atualizante na medida em que "É uma confiança de que o cliente pode tomar as rédeas, se
guiado pelo técnico, é a confiança de que o cliente pode assimilar insight se lhe for inicialmente
dado pelo técnico, pode fazer escolhas". (Rogers, citado por Raskin, 1998:76).
A força do terapeuta se concentra na pessoa se insere com o intuito de trazer um novo olhar
acerca do que é o ser humano, o processo passa a cooperar entre terapeuta e cliente afim de
liberar o núcleo de personalidade, estimulando ao amadurecimento emocional buscando
desenvolver suas potencialidades em conjunto, o terapeuta e o cliente vão estar se envolvendo
juntos, os dois interagindo na construção da potencialidades de ambos.
Gestalt
Perls descreveu a Gestalt-terapia como uma terapia existencial, baseada na filosofia
existencial e utilizando-se de princípios em geral considerados existencialistas e
fenomenológicos.
O princípio mais importante da abordagem da gestalt é o de propor que uma análise das partes
nunca pode proporcionar uma compreensão do todo, uma vez que o todo é definido pelas
interações e interdependências das partes. As partes de uma gestalt não mantêm sua
identidade quando estão separadas de sua função e lugar no todo.
Perls sugeria que para cada indivíduo existem três zonas de consciência: consciência de si
mesmo, consciência do mundo e consciência do que está “entre”, um tipo de zona
intermediária da fantasia.
O ponto crucial para Perls é que podemos escolher a maneira como nos relacionamos com
o meio; somos auto-apoiados e auto-regulados quanto ao fato de que reconhecemos nossa
própria capacidade de determinar como nos apoiamos e regulamos dentro de um campo que
inclui muito mais do que nós mesmos.
Perls sugere que as filosofias orientais, a filosofia Zen em particular, têm muito a nos ensinar
a respeito da experiência do nada, positiva e geradora de vida, e a respeito da importância de
permitirmos a experiência do nada sem interrompê-la.