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CURITIBA
2013
1
RODRIGO RAFFAELLI YAGNYCZ
CURITIBA
2013
2
“O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”
Albert Einstein (1879-1955)
3
RESUMO
4
LISTA DE FIGURAS
5
Figura/Gráfico 4 - Comparativo de massa entre TC ópticos e convencionais. Pág.
49
Figura/Gráfico 5 – Comparativo de massa entre TP óptico e convencionais. Pág.
50
Figura 39 – TCs ópticos de 138 kV instalados na posição horizontal. Pág. 51
Figura 40 – TCs ópticos de 362 kV instalados invertidos. Pág. 51
Figura 41 – Resultados dos ensaios de precisão de um TC óptico. Pág. 52
Figura 42 – Resultados de um ensaio de precisão de um TP óptico. Pág. 53
Figura 43 – Diagrama fasorial das tensões e correntes primárias e secundárias. Pág.
58
Figura/Gráfico 6 – Comparativo dos custos entre TCs convencionais e ópticos. Pág.
62
Figura 44 – Esquema de instalação do Sistema Carrier. Pág. 62
Figura 45 – Modulação da senóide. Pág. 63
Figura 46 – Filtros e processadores separam a informação da energia elétrica. Pág.
64
Figura 47 – Divisor Capacitivo de Potencial. Pág. 66
Figura 48 – Divisor de Tensão Capacitivo em vazio. Pág. 67
Figura 49 – Divisor de Tensão Capacitivo com carga. Pág. 68
Figura 50 – Circuito equivalente. Pág. 68
Figura 51 – Circuito equivalente simplificado. Pág. 68
Figura 52 – Diagrama fasorial do circuito equivalente. Pág. 69
Figura 53 – Divisor Capacitivo de Potencial. Pág. 70
Figura 54 – Circuito simplificado de um DCP. Pág. 70
Figura 55 - Circuito equivalente do DCP. Pág. 71
6
LISTA DE TABELAS
7
Sumário
RESUMO ................................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 10
1 - TRANSFORMADORES .................................................................................................... 11
1.1 – História: ....................................................................................................................... 11
1.1.1 - Guerra das Correntes: ................................................................................................ 13
1.1.2 – Primeiro dispositivo prático de transformação de energia elétrica: .......................... 16
1.2 - Características construtiva: ........................................................................................... 17
2 - Transformador de Potencial – TP: ...................................................................................... 18
2.1 - Constituição do equipamento: ...................................................................................... 19
2.2 - Princípios de funcionamento: ....................................................................................... 21
2.3 - Principais aplicações: ................................................................................................... 24
3 - Transformador de corrente (TC): ........................................................................................ 25
3.1 - Constituição do equipamento: ...................................................................................... 26
3.1.1 - Transformador de Corrente Tipo Barra: .................................................................... 26
3.1.2 - Transformador de Corrente Tipo Enrolado: .............................................................. 27
3.1.3- Transformador de Corrente Tipo Janela: .................................................................... 27
3.1.4 - Transformador de Corrente Tipo Bucha: .................................................................. 28
3.1.5 - Transformador de Corrente de núcleo divido: .......................................................... 28
3.1.6 - Transformador de Corrente com vários enrolamentos primários: ............................. 29
3.1.7 - Transformador de Corrente com vários núcleos secundários: .................................. 29
3.1.8 - Transformador de corrente com vários enrolamentos secundários: .......................... 30
3.1.9 - Transformador de corrente tipo derivação no secundário: ....................................... 30
3.2 - Características Elétricas:............................................................................................... 31
3.3 - Correntes nominais: ...................................................................................................... 32
3.4 - Cargas nominais ........................................................................................................... 33
3.5 - Fator de sobrecorrente: ................................................................................................. 34
3.6 - Corrente de magnetização: ........................................................................................... 35
3.7 - Tensão secundária: ....................................................................................................... 37
3.8 - Corrente térmica nominal ............................................................................................. 38
3.9 - Tensão Suportável a Frequência Industrial: ................................................................. 39
4 - Transformadores Ópticos: .................................................................................................. 40
4.1 - Transformador de Potencial Óptico: ............................................................................ 41
4.2 - Transformador de Corrente Óptico: ............................................................................. 45
4.3 - Análise Comparativa Técnica dos Tis ópticos: ............................................................ 49
4.4 – Facilidade de manutenção e maior segurança:............................................................. 53
8
4.5 - Elevada precisão: .......................................................................................................... 53
4.6 - Estimativas do prejuízo devido a falhas de um TI: ...................................................... 55
4.7 - Redução dos Custos de Manutenção: ........................................................................... 56
4.8 - Influência da classe de exatidão na receita das empresas:............................................ 57
4.9 - Estimativa dos Custos de Aquisição dos TIs: ............................................................... 61
5 - SISTEMA CARRIER – PLC (POWER LINE COMMUNICATION) .............................. 63
6 - DIVISORES CAPACITIVOS DE POTENCIAL ............................................................... 67
6.1 - Divisor de Tensão Capacitivo em Vazio: ..................................................................... 68
6.2 - Divisor de Tensão Capacitivo com Carga: ................................................................... 68
6.3 - Principio do Divisor Capacitivo de Potencial: ............................................................. 70
7 – CONCLUSÕES .................................................................................................................. 73
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 74
9
INTRODUÇÃO
10
1 - TRANSFORMADORES
1.1 – História:
11
corrente elétrica e campo magnético. Esta conclusão
foi muito importante para o desenvolvimento do
transformador elétrico anos mais tarde.
Outro estudioso que colaborou
consideravelmente não apenas para a elaboração do
transformador foi o cientista Simon Ohm, que dentre
outras descobertas apresentou a Lei de Ohm, que, em
palavras breves, consiste em dizer que a força
eletromotriz total é igual ao produto do fluxo de carga
da seção transversal do condutor e a sua respectiva
resistência.
Após estas criações ocorreu então a invenção
lâmpada elétrica pelo empresário e inventor Americano
Thomas Alva Edison (1847 – 1931). Criada a partir do
Figura 2 - Michael Faraday desejo de utilizar pequenas lâmpadas domesticamente
(1791-1867)
para substituir o gás, a lâmpada se originou de um
filamento de carbono e terminou com algodões carbonizados. Foi então que Edison
fez, finalmente, a luz por mais de 40 horas. Tal descoberta foi realizada no ano de
1879.
A primeira demonstração pública da invenção do sistema de Edison foi em
dezembro do mesmo ano, quando o laboratório Menlo Park ganhou um sistema
completo e complexo de energia. Não satisfeito, Edison passou os próximos anos
desenvolvendo sistemas para o setor. Influenciado profundamente pela vida
moderna, criou também a vitrola e a câmera de cinema. Durante sua vida, teve mais
de 2000 patentes e divulgou diversas de suas invenções em público.
Com a descoberta da lâmpada que funcionava com corrente continua, Edison
desenvolveu um sistema de distribuição de energia elétrica. Tal sistema era
limitado, pois necessitava vários centros de geração. A resposta de Edison às
limitações do sistema de corrente contínua foi simplesmente gerar energia nos locais
próximos ao consumidor, que hoje chamado de geração distribuída, além de instalar
condutores de grandes dimensões para lidar com a crescente demanda de
eletricidade. Porém, tal solução mostrou-se dispendiosa (especialmente em zonas
rurais que não podiam conceder recursos para a construção de uma estação
local ou pagar pela grande quantidade de grossos fios de cobre), não prática
(incluindo, mas não se limitando, uma ineficiente conversão de voltagem), e de difícil
manejo. Edison e seus sócios, no entanto, teriam se beneficiado amplamente a partir
da construção de um grande número de usinas elétricas, necessárias para a
introdução da eletricidade em várias comunidades.
A corrente contínua não podia ser facilmente alterada para uma tensão menor
ou maior. Isto significava que linhas elétricas tinham de ser instaladas
separadamente, a fim de prover energia para aparelhos que funcionavam a
diferentes tensões, por exemplo, a iluminação e os motores elétricos. Isso levou a
um aumento do número de cabos para instalação e sustentação, desperdiçando
dinheiro e introduzindo riscos desnecessários. Um certo número de mortes
da Grande Nevasca de 1888 foi atribuído ao desabamento dos cabos suspensos de
energia em Nova York.³
12
Já a corrente alternada podia ser conduzida: a longas distâncias em altas
tensões e a baixas correntes, utilizando condutores mais finos (portanto, com maior
eficiência de transmissão), e depois era convenientemente diminuída para baixas
tensões, para a utilização em residências e fábricas. Quando Tesla introduziu o
sistema de geradores, transformadores, motores, fios e luzes a corrente alternada,
em novembro e dezembro de 1887, tornou-se claro que esse tipo de corrente era o
destino futuro para a distribuição de energia elétrica, embora o sistema contínuo
fosse utilizado nos centros das áreas metropolitanas por décadas subsequentes.
Após o acontecido mencionado acima, onde foi determinado que com corrente
alternada seria muito mais fácil a transmissão da energia elétrica em grandes
distâncias com maior eficácia e menor custo, foi onde surgiu um período chamado
de Guerra das Correntes, onde dois empresários lutaram para estabelecer suas
teses dos modos de distribuição. Enquanto Thomas Edison lutava para manter o
sistema de distribuição com corrente contínua, do outro lado vinha o empresário
George Westinghouse defendendo a distribuição em corrente alternada.
Vale a pena citar aqui algumas curiosidades por volta da vida deste homem
chamado Thomas Edison, pois ele é considerado até hoje um dos principais
inventores que trouxe um grande avanço para a
civilização, tais que podem ser vistas (e muitas!) até
nos dias de hoje. Com seis anos de idade, o futuro
inventor naquela época, enfrentou uma mudança de
cidade junto com sua família, neste momento ele
ingressou numa escola da cidade de Port Huron no
ano de 1853. Seu professor, o padre Engle, dizia que o
garoto era muito curioso e não tinha a capacidade de
aprender, o padre dizia também: “o garoto é um coça-
bichinhos estupido, que não para de fazer perguntas e
que lhe custa aprender”. Visto tamanha reprimenda, o
pequeno aluno desistiu de frequentar a escola após 3
meses em que havia ingressado na mesma. Nunca
mais voltaria a frequentar uma escola. Porém, quem
tomou a responsabilidade de educar o garoto foi sua Figura 3 - Thomas Alva Edison
mãe, e ele, obviamente que optando por aprender (1847-1931)
apenas aquilo que lhe interessa. Acaba por devorar Empresário e inventor americano.
todos os livros da mãe com temas sobre ciências. Edison montou então um
laboratório de química no sótão e, de vez em quando, fazia a casa tremer.
Posteriormente a Guerra das Correntes, Thomas Edison juntou seus
conhecimentos e o seu capital junto com também inventor Willian Stanley, que havia
inventado anteriormente o primeiro dispositivo de distribuição de energia elétrica, o
transformador. Posteriormente a empresa de Stanley, que havia implantado o seu
sistema com transformadores em corrente alternada, passou a ser controlada pela
empresa de Thomas Edison que é conhecida até hoje por General Electric
Corporation.
14
cobrir a demanda de consumo de uma determinada área. Aparelhos enormes de
consumo elétrico como motores industriais ou conversores de energia elétrica de
transporte ferroviário podiam ser ligados pela mesma rede de distribuição que
alimentava a iluminação doméstica, através de um transformador acessório com
uma tensão adequada.
A vantagem da corrente alternada para a distribuição de energia à distância é
devida à facilidade de variação da tensão com um transformador Então foi nesse
momento onde se caracterizou a primeira aplicação dos transformadores de corrente
e tensão na distribuição de energia elétrica., . A potência elétrica (energia elétrica
por unidade de tempo) é o produto da corrente pela tensão aplicada (P = iV). Para
uma determinada quantidade de energia, uma baixa tensão requer uma corrente
maior e uma alta tensão uma corrente menor. Uma vez que cabos metálicos
condutores possuem certa resistência elétrica, parte da energia será desperdiçada
em forma de calor dentro dos fios. Esta perda de energia é dada por P = I²R. Assim,
se a potência transmitida é a mesma, e se são conhecidas as restrições de tamanho
de condutores práticos, as transmissões a baixa tensão e a alta corrente sofrerão
uma perda de potência muito maior que os sistemas a alta tensão e baixa corrente.
Isto se aplica tanto à corrente contínua como à alternada.
A conversão de energia em corrente contínua de uma tensão a outra era
difícil e dispendiosa, devido à necessidade de um enorme conversor giratório ou um
conjunto motor-gerador, enquanto que a mudança de tensão à corrente alternada
pode ser feita com as bobinas simples e eficazes do transformador, que não
possuem partes móveis e não exigem manutenção.
Esta foi a chave para o sucesso do sistema de
corrente alternada.
Apesar das vantagens, as linhas de
transmissão em corrente alternada apresentam
outros danos não observados na corrente contínua.
Devido ao chamado efeito pelicular, um condutor
terá uma maior resistência à corrente alternada do
que à corrente contínua; essa resistência pode ser
medida e daí o significado prático para amplos
condutores serem ligados na ordem de milhares de
ampères. O aumento da resistência devido ao
efeito de pele pode ser compensado alterando-se o
formato dos condutores, de um miolo sólido para
um trançado de vários fios menores (cabo).
Naturalmente, a partir deste momento
passou-se a utilizar a corrente alternada para a
distribuição de energia elétrica, assim como os
Figura 5 - Willian Stanley - Inventor do
equipamentos necessários para isto, como o primeiro "transformador"
transformador.
15
1.1.2 – Primeiro dispositivo prático de transformação de energia elétrica:
16
1.2 - Características construtiva:
17
líquido ou outra forma de ventilação artificial. Nesta classe se encaixam os
transformadores a seco que apresentam economia de espaço, peso e componentes;
18
Note que o esquema apresentado na figura 8, mostra a aplicação de um
transformador de potencial (TP). Na figura temos uma tensão inicial U1 que está
sendo aplicada na carga Z. Para que possa ser medida esta tensão inicial, ou então,
no caso acompanhamentos periódicos por painéis, se faz necessária a utilização de
um transformador de potencial. Neste caso o enrolamento N1 que esta diretamente
ligado a tensão U1, é o enrolamento primário do TP que está sendo mostrado na
figura.
Os fenômenos serão apresentados logo a seguir, portanto, aqui podemos
dizer apenas que o enrolamento N1 esta gerando uma corrente induzida no
enrolamento N2 que por sua vez é gera uma tensão reduzida U2 diretamente
proporcional a tensão U1, portanto, com esta tensão reduzida é possível realizar
medições sem exposições do equipamento medidor a altas tensões.
Por esse motivo, este equipamento tem muitas aplicações na área de
segurança e também em medições, pois ele trabalha sempre com uma tensão
reduzida no seu terminal secundário, sendo que esta pode ser dimensionada para
determinados casos conforme a necessidade.
2.1 - Constituição do equipamento:
19
Figura 10 – Esquerda: Laminas tipo E de constituição ferromagnética do transformador – Direita: Tipo E-1
Fonte: AUDIOPT (http://www.audiopt.net/)
20
magnéticos resultantes alinhados, que produzem regiões com fortes momentos de
dipolo magnético. Um campo externo B pode então alinhar os momentos magnéticos
de tais regiões, produzindo um forte campo magnético para uma amostra do
Figura 12 – Exemplificação do experimento utilizado para determinar a Lei da indução de Faraday. Note que ao
aproximarmos uma fonte magnética da expira, podemos notar uma variação da corrente na mesma. 9
material. O campo persiste parcialmente quando B é removido.
𝑑𝜑𝐵
𝜀=− (1)
𝑑𝑡
21
E então para complementar de vez,
necessita-se também de uma breve
explicação a respeito das correntes de
Foucault. Quando variamos o fluxo magnético
sobre uma placa condutora, correntes
induzidas deverão surgir no interior da placa
condutora de modo a produzir um campo que
se contrapõe ao sentido do fluxo, ou seja, ele
surge para cancelar a ação deste fluxo
magnético, da maneira semelhante ao que
acontece quando aproximamos um imã de
uma espira. Estas correntes induzidas que
surgem em condutores devido a variação de
fluxo campo magnético são chamadas de
correntes parasitas ou correntes de Foucault.
Os exemplos da figura 13 apresentam
métodos práticos para verificar a existência
das correntes de Foucault. Note que temos
um campo magnético variando na placa de
condutora, isto vai gerar uma corrente
parasita na placa.
𝑑𝜑𝑚
𝑣1 = −𝑛1 (2) Onde: 𝜑𝑚 = 𝜑𝑚á𝑥. 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 (3)
𝑑𝑡
- n1 é o nº de espiras no primário
- v1 e v2 serão as tensões induzidas.
𝜋
𝑣1 = 𝑛1 𝜔 𝜑𝑚á𝑥 𝑠𝑒𝑛 (𝜔𝑡 − ) (5)
2
𝜋
𝑣2 = 𝑛2 𝜔 𝜑𝑚á𝑥 𝑠𝑒𝑛 (𝜔𝑡 − ) (6)
2
23
𝑣1𝑚á𝑥 = 𝑛1 𝜔 𝜑𝑚á𝑥 = 𝑛1 2𝜋𝑓 𝜑𝑚á𝑥 (7)
𝑣1𝑚á𝑥
|𝑉1| = = 2𝜋 𝑛1𝑓 𝜑𝑚á𝑥 = 4,44 𝑛1𝑓𝜑𝑚á𝑥 (8)
√2 √2
Igualando as expressões (9) e (8) e já considerando que elas estão em fase temos:
𝑉1 𝑛1
= (10)
𝑉2 𝑛2
Fonte: mackenzie.com.br
24
em geral, indústrias químicas, petroquímicas,
prédios residenciais, hospitais, shopping centers,
transportes, etc, devido ao menor risco de
combustão.
As vantagens dos transformadores a seco
são: a maior robustez mecânica, menor nível de
descargas parciais internas e a possibilidade de
instalação mais próxima ao ponto de carga
diminuindo assim as perdas com os cabos de
Figura 17 - Esquema de ligação de um alimentação. Porém, este tipo de transformador
transformador de corrente. Fonte:
Portal Celesc8 possui limitações de potência e tensão, além do
custo mais elevado que os transformadores a óleo.
26
Figura 19 –Esquema de um Transformador de Corrente Tipo Barra. 11
27
janela (um espaço por onde passa o fio condutor que carrega a corrente à ser
transformada).
Portanto, o modo de funcionamento é o mesmo, assim como os fenômenos
envolvidos, mudando apenas no sentido em que o condutor que atravessa o núcleo
do transformador antes fixo, agora é móvel.
3.1.4 - Transformador de Corrente Tipo Bucha:
28
para envolver o condutor tal qual se deseja reduzir a corrente através do aparelho
para possibilitar algum tipo de medição ou controle.
É de grande aplicação em campo para manobras onde seria necessária a
abertura e naturalmente o desligamento da rede para algum tipo de medição. A
parte móvel é presa ao conjunto para facilitar a sua montagem em campo sem
interrupção do fornecimento de energia.
29
3.1.8 - Transformador de corrente com vários enrolamentos secundários:
É aquele constituído de um
único núcleo envolvido pelos
enrolamentos primário e secundário,
sendo este provido de uma ou mais
derivações. Entretanto o primário pode
ser constituído de um ou mais
enrolamentos, conforme se mostra na
figura a seguir. Como os amperes-
espiras variam em cada relação de
transformação considerada, somente é
Figura 27 - Transformador de Corrente tipo derivação no garantida a classe de exatidão do
secundário.11 equipamento para a derivação que
estiver o maior número de espiras. A versão deste tipo de TC é dada na figura 27.
Incombustibilidade do isolamento;
30
Elevada rigidez dielétrica.
31
R2 +jX2) e na impedância da carga conectada ( Z2= R2 +jX2 ) que afeta o fluxo
principal, exigindo uma corrente magnetizante Ie diretamente proporcional.
A impedância do primário não afeta a exatidão do TC. Ela é apenas
adicionada à impedância do circuito de alimentação. O erro do TC é resultado
sensivelmente da corrente que circula no ramo magnetizante, isto é, Ie. É simples
entender que a corrente secundária Is somada à corrente magnetizante Ie deve ser
igual a corrente que circula no primário , ou seja: Ip = Ic + Is.
Considerando um TC de relação 1:1, para que a corrente secundária
reproduzisse fielmente a corrente do primário, seria necessário que Ip = Is . Como
não é, a corrente que circula na carga não corresponde exatamente à corrente do
primário, ocasionando assim o erro do TC.
Quando o núcleo entra em saturação, exige uma corrente de magnetização
muito elevada, deixando de ser transferida para a carga ZC como será visto adiante
com mais detalhe, provocando assim um erro de valor considerável na medida
secundária.
Para melhor se conhecer um transformador de corrente, independentemente
de sua aplicação na medição e na proteção, é necessário estudar as suas principais
características elétrica.
3.3 - Correntes nominais:
Tabela 1 - Tabelas de Correntes nominais do transformador de corrente (TC).
CORRENTE CORRENTE RELAÇÃO CORRENTE RELAÇÃO
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA NOMINAL PRIMÁRIA NOMINAL
PADRONIZADA PADRONIZADA PADRONIZADA
5 1:1 5 x 10 1 x 2:1
10 2:1 10 x 20 2 x 4:1
15 3:1 15 x 30 3 x 6:1
20 4:1 20 x 40 4 x 8:1
25 5:1 25 x 50 5 x 10:1
30 6:1 30 x 60 6 x 12:1
40 8:1 40 x 80 8 x 16:1
50 10:1 50 x 100 10 x 20:1
60 12:1 60 x 120 12 x 24:1
75 15:1 75 x 150 15 x 30:1
100 20:1 100 x 200 20 x 40:1
125 25:1 150 x 300 30 x 60:1
150 30:1 200 x 400 40 x 80:1
200 40:1 300 x 600 60 x 120:1
250 50:1 400 x 800 80 x 160:1
5
300 60:1 600 x 1200 120 x 240:1
400 80:1 800 x 1600 160 x 320:1
500 100:1 1000 x 2000 200 x 400:1
600 120:1 1200 x 2400 240 x 480:1
800 160:1 1500 x 3000 300 x 600:1
1000 200:1 2000 x 4000 400 x 800:1
1200 240:1 2500 x 5000 500 x 1000:1
1500 300:1 3000 x 6000 600 x 1200:1
2000 400:1 4000 x 8000 800 x 1600:1
2500 500:1 5000 x 10000 1000 x 2000:1
3000 600:1 6000 x 12000 1200 x 2400:1
4000 800:1 7000 x 14000 1400 x 2800:1
5000 1000:1 8000 x 16000 1600 x 3200:1
6000 1200:1 9000 x 18000 1800 x 3600:1
8000 1600:1 10000 x 20000 2000 x 4000:1
32
As correntes nominais primárias devem ser compatíveis com a corrente de
carga do circuito primário.
As correntes nominais primárias e as relações de transformação nominais
estão discriminadas nas tabelas abaixo, para relações nominais simples e duplas,
utilizadas para ligação série/paralelo no enrolamento primário.
As correntes nominais secundárias são adotadas geralmente iguais a 5A. Em
alguns casos especiais, quando os aparelhos, normalmente relés de são instalados
distantes dos transformadores de corrente, pode-se adotar a corrente secundária de
1 A, a fim de reduzir a queda de tensão nos fios de interligação. NBR 6856/81 12
adota as seguintes simbologias para definir as relações de correntes.
Sinal de dois pontos (:) deve ser usado para exprimir relações n como, por
exemplo: 300:1;
O hífen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamento
diferentes, como, por exemplo: 300-5 A, 300-300-5 A (dois enrolam primários), 300-
5-5 (dois enrolamentos secundários);
O sinal (x) deve ser usado para separar correntes primárias nominais, ainda
relações nominais duplas, como, por exemplo, 300 x 60~5A (correntes primárias
nominais) cujos enrolamentos podem ser ligados em série paralelo, segundo
podemos ver nos TC`s já vistos;
33
se os valores desta tabela pelo quadrado da relação entre 5A e a corrente
secundária nominal.
Para um transformador de corrente, a carga secundária representa o valor
Ôhmico das impedâncias formadas pelos diferentes aparelhos ligados a seu
secundário, incluindo-se aí os condutores de interligação.
Por definição, carga secundária nominal é a impedância ligada aos terminais
secundários do TC, cujo valor corresponde à potência para a exatidão garantida,
corrente nominal.
Ptc 200
Zs 2 8
I s2 5 (11)
Onde:
34
A equação abaixo fornece o valor que assume o fator de sobrecorrente, em
função da entre a carga nominal do TC e a carga ligada ao seu secundário:
Cn
F1 Fs
Cs (13)
Onde:
36
Já os transformadores de corrente destinados ao serviço de proteção
apresentam um núcleo de baixa permeabilidade quando comparada com os TC`s de
medição, permitindo a saturação somente para uma densidade de fluxo magnético
elevada, conforme se pode constatar através da curva do gráfico 3.
37
Como se pode observar através da Tabela abaixo, a tensão nominal pode ser
obtida retamente, em função da carga padronizada do TC e que é resultado do
produto sua impedância pela corrente nominal secundária e pelo fator de
sobrecorrente, seja:
VS = Fs X Zc X Is (15)
Designação de um TC
38
secundário em curto-circuito, sem que sejam excedidos os limites de elevação do
temperatura especificados por norma.
Iter
Ftcc
Inp (16)
Onde:
39
38,0 150 200 70 165 220
48,3 250 250 95 275 275
72,5 325 350 140 357 385
Polaridade
4 - Transformadores Ópticos:
40
indevidas como falhas de atuação, acarretando, em ambos os casos, prejuízos à
concessionária ou a terceiros, podendo, ainda, gerar danos materiais e/ou pessoais.
Quando os transformadores de corrente (TCs) ou de potencial (TPs) estão
instalados em sistemas de medição a serviço do faturamento e não funcionam com
a precisão necessária, milhares ou milhões de reais podem ser perdidos por ano,
seja por quem fornece a energia, seja por quem a consome. Há, portanto, interesse
em alternativas tecnológicas que permitam reduzir ou eliminar tais problemas.
Uma alternativa real nesse sentido, surgida já há alguns anos, são os
Transformadores para Instrumentos (TI) não convencionais a fibras ópticas, ou
simplesmente TIs ópticos, que apresentam desempenho muito superior a dos TIs
convencionais, tanto em termos de confiabilidade quanto de precisão. A tecnologia
utilizada nos TIs ópticos já está consolidada, como atestam diversos estudos
publicados a este respeito (ver referência 15).
A comercialização destes equipamentos é feita desde o ano 2000, uma vez
que vários fabricantes vêm transformando em produtos diversos resultados de
pesquisas e oferecendo ao mercado equipamentos baseados em tecnologias
inovadoras, como a óptica, que podem desempenhar as funções dos TIs
convencionais, com vantagens, sem apresentar os problemas anteriormente
encontrados.
No entanto, a aplicação desses novos equipamentos nos sistemas elétricos
de alta tensão encontra algumas dificuldades técnicas de integração e barreiras
culturais de aceitação, o que tem retardado o início de seu uso pelas
concessionárias brasileiras. Em vista disso, considerou-se relevante estudar as
viabilidades técnica e econômica da aplicação dos TIs ópticos no sistema elétrico
nacional em substituição aos TIs convencionais.
4.1 - Transformador de Potencial Óptico:
41
Figura 29 - Exemplo de birrefringência da luz. 15
O campo elétrico pode ser aplicado nas direções longitudinal ou transversal à
da propagação da luz. Para cada situação podemos aplicar uma diferença de
potencial no Cristal Eletro-Optico, e assim polarizar o feixe de luz. Na figura 30
segue imagens para exemplificar:
15
Figura 30 - Modulador Electro-óptico para configuração longitudinal
43
Porem pode-se citar outra possibilidade para se medir um valor de tensão
com TP’s opticos em sistemas de alta tensão. Nesse caso, em um mesmo TI são
medidos os valores da corrente e da tensão. A corrente é medida através de um
MOCT e a tensão através de um EOVT (Electro-Optic Voltage Transducer –
transdutor de tensão eletro-óptico). Abaixo segue figura 33 de um EOVT montado no
interior de um isolador.
44
Figura 34 - Esquema representativo de um EOVT. 15
45
desse sensor numa direção paralela à do campo, ocorre uma rotação do plano de
polarização da luz proporcional à intensidade do campo magnético aplicado.
A figura 35 apresenta como deve funcionar conceitualmente o efeito Faraday.
Lembrando que tanto a luz transmitida, quanto a luz incidente são linearmente
polarizadas e θf é o ângulo de rotação do plano de polarização. O efeito Faraday é
aquele quando temos um feixe de luz incidente num material magneto-optico
exposto a um campo magnético, tal exposição faz com que a orientação do feixe de
luz seja alterado.
Vale ressaltar que esta variação da orientação do feixe de luz depende da
intensidade do campo magnético que o mesmo esteve exposto. Portanto, isto nos
leva a uma conclusão, num condutor que possui uma corrente constante, tem um
campo magnético ao seu redor atuando, pois então, este faz com que o feixe de luz
emitido mude de orientação. Assim pode-se determinar corrente aplicada ao
condutor. Maiores detalhes a seguir.
Θf = B.V.L (18)
46
Figura 36 - Vista em corte de um transformador de corrente óptico 15
47
analisador. Após sair do analisador, o sinal luminoso é novamente transportado por
fibra ótica até o módulo eletrônico onde é convertido em sinal elétrico e amplificado.
15
Neste tópico apresentaremos uma comparação técnica dos Tis ópticos com
os TIs convencionais, com a finalidade de apresentar algumas das características e
vantagens ou não do equipamento óptico.
A construção de novas subestações ou ampliações das existentes implica em
prever área disponível para instalação dos equipamentos. Em muitos locais, a
aquisição do terreno pode ter um custo significativo no projeto.
Outro problema enfrentado pelas empresas do setor elétrico é a substituição
dos disjuntores antigos. Muitos desses equipamentos possuem, incorporados em
sua estrutura, TCs de bucha, sendo que não há espaço físico disponível no
local para instalar conjuntos de novos TCs.
Os TIs ópticos são mais leves que os TIs convencionais podendo ser
instalados na posição horizontal ou até mesmo invertidos (de cabeça para baixo) e
fixados nas estruturas das subestações. Não é obrigatória a construção de bases
de concreto e confecção de suportes para instalar os TIs ópticos.
Com a finalidade de se verificar o quanto mais leves os TIs ópticos são
do que os convencionais, foi feita pesquisa em catálogos de quatro fabricantes
de TIs convencionais e ópticos a respeito da massa desses equipamentos. As
tabelas de 5 a 11 apresentam os valores obtidos.
As tabelas 5 a 11 foram retiradas da dissertação de Dorival K. Lima [2009] 15,
da Universidade de São Paulo (USP).
Tabela 5 – Massa em Kg dos TIs ópticos do fabricante A. 15
49
Tabela 9 – Massa em Kg de TIs ópticos do fabricante C. 15
Para fazer um comparativo entre as massas dos Tis ópticos com as dos
convencionais, foram adotados, como referência para os ópticos, os equipamentos
do fabricante A, que apresenta Tis nas principais classes de tensão.
As massas dos Tis convencionais foram calculadas através da média das
massas dos equipamentos dos fabricantes B, C e D. Lembrando que estas
informações foram listadas e apresentadas por Dorival K Lima 15 na sua tese de
Mestrado pela USP.
A partir dos dados das tabelas 5 a 10, foram criados o gráfico 4, que
apresenta o comparativo entre as massas dos TCs ópticos e convencionais, e o
gráfico 5, que compara as massas entre os TPs ópticos e os convencionais.15
50
Figura/Gráfico 5 – Comparativo de massa entre TP’s ópticos e convencionais. 15
51
A figura 39 é um exemplo de instalação de TCs ópticos de 138 kV instalados
na Trans Alta Utilities (Canadá) na posição horizontal. Já na figura 40, os TCs
instalados na posição invertida são de 362 kV e foram instalados em subestação da
Commonwealth Edison (Chicago, USA).
52
4.4 – Facilidade de manutenção e maior segurança:
Neste aspecto os TIs ópticos também são superiores, pois possuem maior
precisão de medição que os TIs convencionais. Serão apresentados abaixo alguns
gráficos retirados da dissertação de Dorival K Lima (USP)15.
53
os resultados dos ensaios de precisão de um TC óptico para correntes primárias
entre 2 e 3600 A.
As linhas vermelhas na figura 41 indicam os limites da classe de precisão
0,2S determinada pela IEC 60044-8 e as barras azuis ao redor dos pontos indicam a
incerteza das medições realizadas.
Mais alguns ensaios com TPs ópticos de 230kV realizados estão expostos no
gráfico da figura 42. Com o valor da saída variando de 3 kV a 350 kV. Observa-se
também que os TPs ópticos tem precisão dentro da classe de 0,2%.
Ensaios de perturbação de campo elétrico, também foram realizados por
Chavez, Rahmatian e Jaeger (2011), colocando-se objetos metálicos próximos ao
TP óptico. Como resultado destes ensaios, não houve alteração da precisão do TP
óptico. O TP óptico ensaiado na ocasião pssuia saída analógica e um equipamento
eletrônico instalado no laboratório fornecia a saída digital.
54
4.6 - Estimativas do prejuízo devido a falhas de um TI:
55
Evidentemente que este é o pior caso, mas, apesar da taxa de falhas ser
baixa, conforme indicado pelo estudo do CIGRE, elas existem e também há os
custos de manutenção que podem ser minimizados com o uso dos equipamentos
ópticos.
Também pode ocorrer da concessionária detectar, a tempo, um
problema no equipamento e executar a sua substituição antes de uma falha com
danos maiores. Nesse caso, haveria a necessidade de interromper a operação de
uma única unidade geradora, com programação prévia, minimizando, dessa
forma, o tempo de parada. Isso acarretaria um prejuízo menor. Um outro ponto
importante a ser considerado na análise é o fato das empresas geradoras terem
que cumprir os contratos de venda de energia. Há o risco de a geradora
precisar comprar, no mercado, a energia que deixou de fornecer.
As empresas de transmissão e distribuição também podem amargar
pesadas perdas financeiras.
Com a intenção de apresentar ao leitor uma ordem de grandeza dos prejuízos
financeiros que as concessionárias podem sofrer, foram pesquisadas, no site da
ANEEL, algumas penalidades pecuniárias aplicadas por essa agência.
Cabe lembrar que, segundo a resolução ANEEL 063/2004, art. 14, as
multas podem variar de 0,01% a 2% do valor do faturamento da empresa apurado
nos doze meses anteriores à lavratura do auto de infração, dependendo do grupo
em que se enquadra a infração.
Periodicamente a ANEEL publica o Boletim Energia, que traz informações
sobre o setor elétrico nacional. Através de pesquisa realizada em vários
números desse boletim (disponíveis no site da ANEEL), constatou-se que uma
concessionária foi multada em R$ 3 milhões por descumprir as metas anuais dos
indicadores de DEC e FEC; pelo mesmo motivo, uma outra empresa foi
multada em R$ 5,9 milhões. Também há multas superiores a R$ 4 milhões, devido a
interrupções no fornecimento de energia.
Apesar de nenhum dos relatos pesquisados terem tido o envolvimento
direto de TIs, é possível ter um parâmetro das consequências financeiras para
a concessionária caso haja falha do TI da instalação.
57
A substituição dos TIs convencionais por TIs ópticos de melhor classe de
precisão poderá melhorar o resultado financeiro das empresas sob dois aspectos:
diminuição das despesas operacionais e aumento das receitas.
Com a finalidade de ilustrar como a classe de exatidão pode influenciar
negativamente os resultados financeiros da concessionária, serão analisados
três cenários.
Num primeiro, considere-se que a concessionária possui uma subestação
de 69 kV, na qual está instalado um transformador de 60 MVA que alimenta
uma carga com fator de potência 0,92.
No caso da concessionária decidir por aferir os TIs de tal subestação, haverá
necessidade de retirada dos mesmos e de enviá-los a um laboratório que execute
esta atividade. Assim sendo, a empresa terá os seguintes custos:
A) Transformador de corrente:
Relação : 1000/5 A;
Relação nominal (Kc) : 200;
Fator de correção de relação (FCRc) : 0,998;
Erro de fase ou ângulo de fase (ß) : +10 minutos.
B) Transformador de potencial:
58
Relação : 69.000 / 115 V;
Relação nominal (Kp) : 600;
Fator de correção de relação (FCRp) : 0,996;
Erro de fase ou ângulo de fase ( ) : -12 minutos.
Os valores lidos de potência ativa, tensão e corrente são
Indicação do wattímetro (W) : 371 W
Tensão lida (U) : 115 V;
Corrente lida (I) : 4 A.
Figura 43 - Diagrama fasorial das tensões e correntes primárias e secundárias (sem escala) 15.
Segundo Medeiros Filho (1980, p. 165), para calcular a potência ativa exata
pode-se usar a seguinte equação:
𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑃 = 𝑃′ 𝑥 𝐹𝐶𝑅𝑝 𝑥 𝐹𝐶𝑅𝑐 𝑥 (𝑐𝑜𝑠𝜃′) (19)
P‘ = KcKpW (20)
59
Substituindo os valores na equação acima, obtém-se:
O valor de cosθ‘ é:
𝑊 371
𝑐𝑜𝑠𝜃 ′ = 𝑈2 𝑥 𝐼2 = = 0,80652173 (22)
115𝑥4
Então θ‘ = 36°24‘.
ou seja,
0,80424573
𝑃 = 44.520 𝑥 0,996 𝑥 0,998 𝑥 (0,80652173) = 44.128,35 𝑘𝑊 (25)
60
4.9 - Estimativa dos Custos de Aquisição dos TIs:
A tabela 15 apresenta os valores médios (em R$) pagos pelas empresas por
equipamento e por classe de tensão.
61
Tabela 15 – Valores pagos pelos TIs convencionais. 15
62
Figura/ Gráfico 6 – Comparativo dos custos entre TCs convencionais e ópticos. 15
63
tecnologia não é nova. Ela consiste em transmitir dados e voz em banda larga pela
rede de energia eléctrica. Como utiliza uma infra-estrutura já disponível, não
necessita de obras numa edificação para ser implantada.
O princípio básico de funcionamento das redes PLC é semelhante ao
princípio que deu vida à tecnologia xDSL, ou seja, a segregação de frequências. A
energia elétrica convencional trabalha na casa dos 50 a 60 Hz, enquanto que os
dados são gerados na casa de 1 a 30 MHz. Como a separação de frequência é
bastante grande, ambos os sinais podem conviver harmoniosamente, no mesmo
meio. Com isso, mesmo se a energia elétrica não estiver passando no fio naquele
momento, a transmissão de dados não será interrompida.
A ideia de transmitir dados pela rede elétrica não é nova. Data da década de
1920 as primeiras patentes da American Telephone and Telegraph Company,
usando as redes trifásicas. Entretanto, transmitir uma grande quantidade de dados
(banda larga) é uma conquista muito mais recente, que veio com a proliferação da
internet e da necessidade cada vez maior de transmitir e receber um grande volume
de dados, em forma de áudio, vídeo e sinais multimídia.
Para exemplificar o modo de funcionamento, podemos dizer, em cima de uma
senóide da rede elétrica, insere-se um sinal com a informação a ser transmitida,
modulando a senóide. Este sinal composto (energia elétrica + dados) é enviado pela
rede elétrica. Na recepção, filtros e processadores de sinais são utilizados para
separar o que é energia elétrica do que é informação.
64
Figura 46 – Filtros e processadores separam a informação da energia elétrica. 18
Principais Vantagens
Uma das grandes vantagens do uso da PLC é que, por utilizar a rede de
energia eléctrica, qualquer "ponto de energia" é um potencial ponto de rede, ou seja,
só é preciso ligar o equipamento de conectividade (que normalmente é um modem)
na tomada, e pode-se utilizar a rede de dados. Além disso, a tecnologia suporta
altas taxas de transmissão, podendo chegar até aos 200Mbps em várias frequências
entre 1,7 MHz e 30 MHz.
Alta taxa de transmissão podendo chegar a até 200 Mbps nas freqüências de
1,7MHz a 30MHz. A segurança também é um ponto importante: ao contrário da
rede Wi-Fi, onde um usuário pode tentar se aproveitar do sinal do próximo, no
PLC quem compartilha do mesmo "relógio", não tem como compartilhar a
conexão de rede, devido à criptografia com algoritmo DES de 56 bits. Os
eletrodomésticos podem também usar uma rede doméstica, com dispositivos
Ethernet, USB, wireless ou ponte de áudio, esta conectando o computador às
caixas de som, bastando comprar módulos PLC que inclusive já estão à venda.
65
Principais Desvantagens
Uma das grandes desvantagens do uso da PLC (ou BPL), é que qualquer
"ponto de energia" pode se tornar um ponto de interferência, ou seja, todos os outros
equipamentos que utilizam radiofrequência, como receptores de rádio, telefones sem
fio, alguns tipos de interfone e, dependendo da situação, até televisores, podem
sofrer interferência. A tecnologia usa a faixa de frequências de 1,7 MHz a 50 MHz,
com espalhamento harmónico até frequências mais altas. Outra desvantagem é o
facto de ser half-duplex sem esquecer que é um sistema de banda partilhada. Estas
duas características fazem com que o débito seja reduzido em comparação com
outras tecnologias. Em alguns países, existem movimentos e ações judiciais contra
a sua instalação.
Dentro e fora de casa, a rede eléctrica está sujeita a todo tipo de interferência
e ruídos gerados por fontes chaveadas, motores e até dimmers. Outro fator negativo
das redes eléctricas é sua oscilação: características como impedância, atenuação e
frequência podem variar drasticamente de um momento para o outro, à medida que
luzes ou aparelhos ligados à rede são ligados ou desligados. Além disso, se a
intenção for transmitir informação a longas distâncias, os transformadores de
distribuição são verdadeiras barreiras para a transferência de dados. Apesar de
permitirem a passagem de corrente alternada a 50 Hz ou 60 Hz com quase 100% de
eficiência, os transformadores atenuam seriamente outros sinais de maior
frequência.
Para atender às suas próprias necessidades, as distribuidoras de energia
eléctrica ocasionalmente criam soluções que fazem com que esses sinais contornem
ou até através sem os transformadores por meio de redes especiais de alta
frequência. Novas técnicas são capazes de recuperar sinais fortemente atenuados,
entretanto somente as grandes empresas têm acesso a essa tecnologia.
Outra desvantagem vem do fato de a PLC ser uma mídia compartilhada e
estruturada de modo paralelo. Assim, todas as casas ligadas numa mesma
subestação eléctrica compartilham a largura de banda disponível. Isso significa que
o desempenho da ligação pode variar de acordo com o número de pessoas que
estiverem navegando ou baixando arquivos simultaneamente.
Um dos grandes entraves que ainda existem para a ampla disseminação do
acesso à Internet para o público em geral é, sem dúvida, a falta de um meio de
transmissão de dados de baixo custo.
Até recentemente, a maioria dos esforços públicos e privados esteve
concentrada na montagem de uma grande infraestrutura de comunicação, capaz de
suportar o tráfego de informações na Internet por meio de grandes vias de dados, os
chamados backbones.
O passo seguinte consistiu em encontrar uma maneira simples e prática de
ligar individualmente cada usuário doméstico ou empresa ao "backbone" principal,
um trecho normalmente chamado de "the last mile" (a última milha) pelos
profissionais da área, isso até hoje tem sido feito utilizando infra-estruturas já
existentes, como redes telefónicas ou de TV a cabo. Entretanto, esses meios tem-se
concentrado em zonas urbanas — o que exclui residências de regiões afastadas ou
de difícil acesso, além de serem relativamente caros.
66
Os fios de cobre podem interferir em alguns equipamentos eletroeletrônicos;
67
6.1 - Divisor de Tensão Capacitivo em Vazio:
(26)
(27)
(28)
68
Figura 49 - Divisor de Tensão Capacitivo com Carga. 19
(29)
69
(30)
Com a definição das equações acima, podemos chegar na equação final que
representa o circuito equivalente simplificado do DTC:
(31)
70
indutância série total L1 + L2 inclui as indutâncias normais de dispersão mais a
indutância adicional necessária para obter a compensação desejada da capacitância
equivalente Ce = Ca + Cb do divisor de tensão capacitivo. A impedância Z
representa a carga nos terminais secundários.
71
C1 e C2 = Capacitores
L = Indutor
TP = Transformador de potencial
72
7 – CONCLUSÕES
73
REFERÊNCIAS
74
1 TOFFOLI, Leopoldo; Experiência de Oersted – Brasil Escola
< http://www.infoescola.com/fisica/experiencia-de-oersted/ > Acesso em: 10 de
Fevereiro de 2013.
3 CONOT, Robert; JOSEPHSON, Matthew; MELOSI, Martin V.; The Life of Thomas
A. Edison – Bibliography; < http://memory.loc.gov/ammem/edhtml/edbio.html >
Acesso em 10 de Fevereiro de 2013.
75
12 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS; NBR 6856/81
Transformadores de Corrente – 1992; Disponível no Acervo de Normas técnicas
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFPR, CAMPUS CURITIBA -
SEDE CENTRAL - Av. Sete de Setembro, 3165 - Rebouças CEP 80230-901 -
Curitiba - PR – Brasil; Biblioteca, 2º Andar.
76
77