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O que fazer se fores vítima de bullying?

 Conta o que se está a passar a um/a amigo/a. A sua simples presença pode ajudar-te e
proteger-te.
 Podes ligar para a APAV. Não precisas de te identificar. A APAV presta apoio gratuito
e confidencial a todas as vítimas.
o A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma instituição particular
de solidariedade social que presta informação, proteção e apoio emocional,
psicológico, jurídico e social a todas as vítimas de crimes, aos seus familiares e
amigos. 
o Se precisares de ajuda ou informação podes:
 Ligar para o número 707 200 077 (10h00-13h00/14h00-17h00 – dias úteis).
 Enviar e-mail para APAV.SEDE@APAV.PT.
 É importante que a situação seja denunciada às autoridades.

Estratégias para te protegeres:

 Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda
facilmente, caso precises.
 Quando saíres, avisa sempre alguém de confiança, diz-lhe onde vais e a que horas
regressas.
 Procura caminhos alternativos para os locais que costumas frequentar (por exemplo, de
casa para a escola e da escola para casa).
 Procura andar acompanhada por pessoas em quem confias. Não ser “apanhada” sozinha é
uma forma de evitar as investidas do(s) agressor(es).
 Se te deparares com o(s) agressor(es), responde com segurança e firmeza, sem medo e
sem violência. Não mostrares que estás assustada/perturbada pode ser suficiente para
acabar com o bullying.
 Se sentires que estás numa situação de perigo, vai para um local onde te sintas segura ou
para um local onde se encontrem mais pessoas.
 Podes ligar para o 112. O profissional que te atender enviará para o local em que te
encontras os meios necessários para te proteger.

Um dos meus amigos é vítima de bullying. O que posso fazer para ajudar?

Podes apoiá-lo/la e dar-lhe mais atenção, passando, por exemplo, mais


tempo com ele/ela. Deves mostrar que compreendes o que ele/ela está a viver e
que entendes que não queira contar a ninguém. Mesmo assim, aconselha-o/a a
contar a alguém: diz ao teu amigo/a para procurar ajuda junto dos pais, dos
professores ou de outros profissionais.
História 1

Tenho 13 anos e detesto ir à escola porque ninguém gosta de mim. Há um


grupo de miúdos que me está sempre a chamar nomes: dizem que sou feia e
gorda e que os meus pais não devem gostar de mim. A minha melhor amiga
agora evita-me e juntou-se a outro grupo. Detesto-a. Sinto-me sozinha e
assustada e tenho medo que aquilo que dizem sobre os meus pais seja verdade.

História 2

Este ano comecei a frequentar uma escola diferente porque tive de mudar
de cidade. Algumas raparigas riem-se quando eu passo. Acho que têm ciúmes
porque os rapazes da escola olham muito para mim. Para além de me roubarem
material escolar e de me insultarem, fazem telefonemas anónimos para minha
casa. Não aguento mais esta situação. Estou assustada e zangada. Já tentei fazer
queixa à diretora, mas ela acha que eu é que tenho que fazer um esforço para me
integrar. Não sei o que faça.

História 3

O meu melhor amigo disse-me que alguns colegas o andam a incomodar


na escola. Quando me contou isto, fui falar com esses rapazes. Mas, a partir daí,
começaram a fazer-me o mesmo. Agora somos ambos vítimas dos insultos e das
ameaças deles. Decidimos ficar calados, pois se fizermos alguma coisa, é
provável que tudo piore.

Proposta de tópicos para o debate:


• Como é que as vítimas de bullying se sentem?
• A vítima de bullying é responsável pela violência de que está a ser alvo?
• Os/as agressores/as de bullying estarão a tentar provar alguma coisa?
• O bullying é uma questão de poder?
• O que é que um amigo ou amiga de uma vítima de bullying poderá fazer?
• Quais são os preconceitos mais frequentes em relação às vítimas?
• Quem pode ser responsável por controlar um problema de bullying?
• De que forma é que cada um de nós pode contribuir para ajudar a resolver este
problema?

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