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O Capital – 21/12/15

Advertência aos leitores Livro I D´O Capital – Louis Althusser.

A obra de Marx é um Continente-Científico , em outras palavras, um paradigma que as


demais ciências humanas devem pressupor para avançarem em suas explorações. (40)

Advertência sobre os dois tipos de leitores do Capital: 1) aqueles que experimentam


diretamente a exploração do capital – os que possuem uma dificuldade política para
compreender.

2) e os que não possuem essa experiência direta da exploração, contudo, são dominados pela
ideologia do capital, a ideologia burguesa – dificuldade teórica (41) –
2.1 – habituados ao pensamento teórico – mais cultos – mais dificuldade para compreender.
2.2 – não habituados ao pensamento teórico – menos cultos – mais fácil compreensão.

Apesar de tudo, a maior dificuldade para leitura do Capital é a dificuldade política.

A teoria de Marx é científica por tratar de um objeto real, mesmo que abstrato, são reais. (42)

Marx fala da Inglaterra para ilustrar suas ideias, assim, não está a descrever individualmente o
que ocorre lá, contudo, por ser abstrato, está a dizer o que ocorre lá pelo fato da Inglaterra ser
uma sociedade capitalista. (43)

“Primeiro conselho de leitura: ter sempre em mente que O Capital é uma obra de teoria cujo
objeto são os mecanismos de modo de produção capitalista e apenas dele.” (43)

Ponto I – conselho de começar a leitura pela seção II e após ler todo o livro iniciar a seção I
-Mercadoria e dinheiro.(45)

Mais-valor relativo (seção IV) – “diz respeito à intensificação da mecanização da produção


(industrial e agrícola) e, portanto, ao crescimento da produtividade que daí resulta. A
automação é a sua tendência atual. Produzir o máximo de mercadoria pelo preço mais baixo,
para extrair daí o máximo de lucro, é a tendência irresistível do capitalismo. Naturalmente, ela
vem junto com uma exploração crescente da força de trabalho.” (47)

A própria história do capitalismo é uma história do desenvolvimento tecnológico dos meios


de produção (47)

Separação entre luta de classe econômica e política (49)


Estrutura de leitura proposta por Althusser. (50)

Livro vi - Kautsky (50)

Educação para consciência


Ao fim do texto Althusser expõe um dos principais fatores para que possa ocorrer uma
revolução socialista e uma mudança na ordem política e econômica como propõe o Capital,
diz ele:
“Como eles têm ‘por natureza’ um ‘instinto de classe’ formado pela rude escola da exploração
cotidiana, basta uma educação suplementar, política e teórica, para que compreendam
objetivamente o que pressentem de forma subjetiva, instintiva.” (58)

Essa é a base para se pensar em uma educação crítica para além dos domínios do capital, uma
educação crítica no sentido de desalienar os sujeitos do processo educacional. Uma educação
que os façam tonarem consciência enquanto sujeitos históricos e explorados por um sistema
que se consolidou em um momento histórico, que não é único, nem melhor e nem verdadeiro.

Considerações sobre o método – José Arthur Giannotti

Compreender os sistemas de troca e produção através da história. (61)

A relação do pensamento de Marx e Hegel é um grande tema de discussão aos


interpretes/comentadores e leitores de Marx. Pois, muitos tentam diferenciar ou traçar os
limites da influência de Hegel em Marx. O próprio Marx foi um crítico de Hegel.

“O desafio era dar peso ao real quando a dialética tudo reduz ao discurso do Espírito.” (62)

Grundrisse – Manuscritos econômicos - esboços da crítica da economia política.

“É preciso em contrapartida, sublinhar que somente no modo capitalista de produção todo os


seus insumos estão sob a forma de mercadoria. Mas isso somente se torna possível, do ponto
de vista da formação histórica, quando aparece no mercado uma força de trabalho desligada
de qualquer outro vínculo social.” (62)

David Ricardo – Valor de uso x Valor de Troca – dialética Hegeliana. (64)

Produção simples (M-D-M-D)


Produção capitalista (D-M-D)
(D-M-D’-M-D’...) ‘ = delta – acréscimo ao dinheiro investido

Prefácio da Primeira Edição. 1867.

“O que pretendo nesta obra investigar é o modo de produção capitalista e suas


correspondentes relações de produção e de circulação. Sua localização clássica é, até o
momento, a Inglaterra.” (78)

Marx alerta para os problemas de seu tempo e ressalta as péssimas condições em que homens,
crianças e mulheres trabalhavam e que os parlamentares/políticos de seu tempo parecem nada
fazer. Public health (79)

A importância do Capital – “e a finalidade última desta obra é desvelar a lei econômica do


movimento da sociedade moderna - , ela não pode saltar suas fases naturais de
desenvolvimento, nem suprimir-las por decreto. Mas pode, sim, abreviar e mitigar as dores do
parto.” (79)
O fator histórico e o olhar sociológico – “[...] aponta o pressentimento de que a sociedade
atual não é um cristal inalterável, mas um organismo capaz de transformação e em constante
processo de mudança.” (80)

Posfácio da Segunda Edição. 1867

Marx acusa S. Mill de realizar um sincretismo ao tentar conciliar a economia capitalista com
os interesses dos proletariado. (86)

“ J. S. Mill na tentativa de conciliar o inconciliável.” (87)

O erro dos economistas ao associarem essa ciência a leis estáticas, como nas ciências da
natureza ou formal, para Marx é necessário um novo método materialista-histórico, dinâmico
e histórico. (90)

Prefácio da Edição Francesa. 1872

Publicação em fascículos.

Posfácio da Edição Francesa; 1875.

Mudança na publicação, tradução e desestruturação dos fascículos


Marx alerta os leitores que a obra francesa possui uma certa independência da alemã, assim a
sugere aos seus leitores, pois ele acrescentou novas informações e reviu a tradução para dar
uma coerência ao texto.

Prefácio da Terceira Edição Alemã. 1883.

Engels esclarece alguns pontos sobre a continuação da obra de Marx, justifica sua correção e
as novas publicadas da obra. Outro ponto de destaque e sobre o método utilizado por Marx:
- as citações estatísticas e históricas servem para ilustrar a teoria do autor;
- quanto as citações de outros economistas não são puramente inquestionáveis. (99)

Prefácio da Edição Inglesa.

Ao mesmo tempo do prefácio alemã e francesa, Engels introduz e esclarece os pontos da


tradução Inglesa.
Ponto interessante é a distinção entre indústria: manufatura – “baseado na divisão do trabalho
manual, e o período da indústria moderna, baseado na maquinaria.”(103)

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