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Mtu,,d.i ''1,í for.i'', c11111m espaço que exisie fora do âmbito dos Esmdos-Nnção.

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/
rcul1.l111ic. 11 l\1t·uh,.1ç110 do, espaços transnacionais em território� nacionais define
n arual I;� lia ccoumrna mundiol. Estn nova configuração cada vez mais vem
sem.lo th·11u111111ndu econonúa globnl, para distingui-la de formações anteriores,
'º" cumo o, nnttgo, impérios coloniais ou o si�tema econômico internacional do
pcmxlu tJIIC ,e �cguiu à Segundn Guerra Mundial, nos quais os gQvernos desem­
prnhm.nn lundamcntal papel rcgulamcni.ador no c.omércio internacional, nos in­
vc,1111wnms e nos m�rcados financeiros. 1
Co111preender como o, processos globais se localizam nos territórios nacio­
""" 1C(J11 7r novos conceitos e estratégi �s de pesquisa. A cidade global, que recor­
O lugar e a produção
.
,� ,1 pn111ca, de pes(Ju1su que se ap61:1m na interseção da macroanólise e da na economia global
c111ogrnlia e que, ademais, exige tais práticas, é um desses novos conceitos. Ele
prc�i,upõc qu.: os processos globais, desde a estruturação do, mercados financei­
ros glob:tis até o rápido crescimento do investimento estrangeiro direto, podem
ser estudados através ele determinadas fonna.� pelas quais eles se materializam em
vórios lugares.
Este livro demonstra como algumas cidades - Nova York, Tóquio, Londres.
São Paulo, Hong Kong, Toronto, Miami, Sydney, entre outrUS - se transforma­
mru en � "espaços" tmnsnacionais no que diz re.�pcito ao mercado. À medido que
À medida que se aproxima o fim do século XX, o enorme desenvolvimento
c.�,as cidades prosperaram. passamm a ter mais cm comum umas com as outras
das telecomunica,õcs e a ascendência dos indústrias da informação levaram mm­
do qu(: �om centros regionai!o existentes em seus próprios Estados-Nação, muitos
listas e políticos a proclamar o lim dllS cidndes. Estas, dizem-nos eles, devem
dos qua, � declinaram quanto. à sua imp<>nânciu. Tuis mudanças exigem que todos
tornar-se obsoletas enquanto entidades econômicas. Com a realocação, em gmndc
aqueles interessados no destino das cidades repensem conceitos tradicionais das
escala, dos escritórios e fábricas em áreas menos congestionadas e de custo mnis
c�dadcs como subunidades de seus Estados-Nação ou que renvnliem a importân­
baixo elo que o dos grnndes metrópoles. o local de trabalho, computadorizaclo,
cm dn gcogrofü, em nosso mundo social. Além do mais, o impacto dos proces�os
podem siwar-se em qualquer lugar: em um "escritório-fábrica" nas Bahamas ou
glob1m transformo md,calmente a estrutura social das próprios cidades, alterando
cm uma R:SidêJ1cin em um bairro elegante. O crescimento dai; indústrias da infQr­
a organização do tmbalho, n distribuição dos ganhos, a estrutura de consumo, os mução poi,sibilitou que muitos dados sejrun 1rnnsmitidos instantaneamente a todo
quuis, por suo vez, criam novos padrões de desigualdade sociul urbana. Procurei
11cstc livro contribuir com um vocabulário e quadros analíticos para que estudan­ o plaoeta. A globalização da atividnd� econômica sugere que o lugar -sobretudo
tt•s e o leitor, em geral. possam compreender este novo universo de formas urba­ n tipo de lugar rtpresentado pelilS cidades -já não tem mals imponância.
nus Essa afirmação, porém, é parcial. Com efeito, toclns essas tendências estão
se dcsenvol vendo, mns elas representam apenas metade daquilo que está acontc·
ccndo. Ao lado da dispersão das atividades econômicas, bem documentada, uliús,
,urgiram novas formas de centralização territorial, relativas no gerenciamento no
nível dos altos e.�calões e ao controle dns operações. Os mercado� nncionuis e
�lobnis, bem como aI operações globalmente integmdas, requerem luga�, ccn•
lrui,, onde se l!)(erça o trabalho de globalização, Além disso, a� indú�triu, ti,,
míormaçiio nec�sitam de uma Vll!it:i tnfr".1-eslrutura física que contenha nó� c,tr.i·
tcg1cos, com uma hiperconcemração de dclerminados meios. Finalmente. ,11c! ,1,
ma,s u\lllnçadas indústrias de infornmçüo possuem um proc= produtivo.

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