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Espírito Santo

CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção

Elétrica
Procedimento de Segurança
e Higiene do Trabalho
Espírito Santo

Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Elétrica

© SENAI - ES, 1996

Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão)

Elaboração: Carlos Roberto Sebastião (SENAI)

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


DAE - Divisão de Assistência às Empresas
Departamento Regional do Espírito Santo
Av. Nossa Senhora da Penha, 2053 - Vitória - ES.
CEP 29045-401 - Caixa Postal 683
Telefone: (27) 3325-0255
Telefax: (27) 3227-9017

CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão


AHD - Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos
AV. Brigadeiro Eduardo Gomes, nº 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES.
CEP 29163-970
Telefone: (27) 3348-1333
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Sumário

Acidente do Trabalho ............................................................. 06


• Definição ........................................................................... 06
• Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado ............. 07
• Identificação das Causas do Acidente ............................... 08
• Classificação do Acidente.................................................. 11
• Padrão Operacional........................................................... 12

Equipamento de Proteção...................................................... 13
• Introdução ......................................................................... 13
• Equipamento de Proteção Coletiva.................................... 13
• Equipamento de Proteção Individual ................................. 14

Riscos Ambientais.................................................................. 20
• Introdução ......................................................................... 20
• Classificação dos Riscos ................................................... 20
• Fatores que Colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos
à Saúde ............................................................................. 21
• Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo....... 22
• Riscos Químicos................................................................ 23
• Riscos Físicos.................................................................... 25
• Riscos Biológicos............................................................... 27
• Principais Medidas e Controle dos Riscos Ambientais....... 28
• Medidas Relativas ao ambiente ......................................... 28
• Medidas Relativas ao pessoal ........................................... 30

Riscos de Eletricidade............................................................ 32
• Introdução ......................................................................... 32
• O que é Eletricidade .......................................................... 32
• Lei de OHM ....................................................................... 33
• Efeitos da Corrente Elétrica ............................................... 34
• Principais Sintomas Causados pelo Choque ..................... 35
• Riscos Elétricos ................................................................. 36
• Cuidados nas Instalações Elétricas ................................... 37
• Medidas Preventivas em Instalações Elétricas .................. 37
• Aterramento Elétrico .......................................................... 39
Noções Básicas de Demarcações de Segurança ...................40
• Introdução ..........................................................................40
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• Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho.................40

Noções Básicas de Combate à Incêndio.................................48


• Princípios Básicos do Fogo ................................................48
• Condições Propícias para a Combustão.............................51
• Combustão .........................................................................55
• Combate à Incêndio ...........................................................65
• Tipos de Equipamentos para Combate à Incêndios ...........68

Primeiros Socorros..................................................................78
• Introdução ..........................................................................78
• Material necessário para Emergência.................................79
• Ferimentos .........................................................................80
• Hemorragias.......................................................................84
• Queimaduras......................................................................87
• Choque Elétrico ..................................................................88
• Calor...................................................................................89
• Frio .....................................................................................91
• Estado de Choque..............................................................92
• Desmaios ...........................................................................93
• Convulsão ..........................................................................94
• Intoxicações e Envenenamentos ........................................95
• Corpos Estranhos...............................................................97
• Fraturas e Lesões de Articulação .......................................98
• Acidentes por Animais Peçonhentos ..................................100
• Parada Cardíaca - Massagem Cardíaca.............................102
• Parada Respiratória - Respiração Artificial .........................104
• Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas .................106

Controle Ambiental..................................................................113
• Meio Ambiente....................................................................113
• Poluição..............................................................................113
• Controle Ambiental na CST ................................................116
• Padronização Ambiental.....................................................116
• Responsabilidade Ambiental ..............................................117
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Noções Básicas de Sinalização, Amarração e Transporte..............................................117

Introdução .......................................................................................................................118

Equipamentos de Proteção Individual .............................................................................119

Cronograma Ideal para uma Movimentação....................................................................120

Acessórios do Movimentador ..........................................................................................121

A Carga: Peso e Centro de Gravidade ............................................................................122

Qual a Linga para Qual Aplicação? .................................................................................124

Cordas ............................................................................................................................126

Cabos de Aço..................................................................................................................127

Laços ..............................................................................................................................134

Cintas..............................................................................................................................138

Correntes para Lingas.....................................................................................................142

Lingas Combinadas.........................................................................................................146

Capacidade de Carga das Lingas ...................................................................................147

Modos de Movimentação ................................................................................................155

Como se Assegurar que a Carga não se Solte ...............................................................161

Comunicação entre Operador e Movimentador ...............................................................166

Sinais Visuais..................................................................................................................168

Finalização da Movimentação .........................................................................................174

Acessórios ......................................................................................................................175

Noções Básicas de Amarração, Sinalização e Movimentação de Cargas - Avaliação.....182

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Acidente do Trabalho

Definição

O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e indesejável,


instantânea ou não, que provoca lesão pessoal ou de que decorre
risco próximo ou remoto dessa lesão. Se tal ocorrência estiver
relacionada com o exercício do trabalho, estará, então,
caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em
miúdos:
A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-
determinado (dia ou hora) para acontecer. É preciso distinguir
previsto/imprevisto de previsível/imprevisível.
O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere
possibilidade. Assim, pode-se dizer que o acidente é previsível em
função de circunstâncias (uma escada de degraus defeituosos,
um mecânico esmerilhando sem óculos, por exemplo), isto é,
existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a
ocorrência não está prevista, por não estar programada.
O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se
alguém, intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra
outro e o atinge, caracteriza-se o acidente, apesar de o indivíduo
ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque a ocorrência é
caracterizada em função da vítima (ou vítima potencial) e é claro
que ela não queria ser atacada.
O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico,
como o conhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento,
etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho (asbestose,
saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente
dito é a ocorrência que tem conseqüência (lesão) imediata em
relação ao momento da ocorrência (queda = fratura, luxação,
escoriações). A Doença Ocupacional é conseqüência mediata em
relação à exposição ao risco (exposição ao vapor de chumbo hoje,
saturnismo após algum tempo).
O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo ficar
somente no risco de provocá-la (acidente sem vítima). Assim, a
queda de uma marreta, por exemplo, é o acidente que pode ser
com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge ninguém).
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua NB
o
18 (Norma Brasileira n 18) focaliza o acidente sob os seguintes
aspectos:
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Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto


de Pessoa Contra (que se aplica aos casos em que a lesão foi
produzida por impacto do acidentado contra um objeto parado,
exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de
objeto); Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o
objeto de contato estando abaixo da superfície em que se
encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível (movimentado
devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato estando no
mesmo nível ou acima da superfície de apoio do acidentado);
Atrito ou Abrasão; Aprovisionamento, etc.

Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado

Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do


trabalho apresenta fatores altamente negativos no que se refere
ao aspecto humano, social e econômico, cujas conseqüências se
constituem num forte argumento de apoio a qualquer ações de
controle e prevenção dos infortúnios ocasionais.

Aspecto Humano
Bastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os
acidentes que prejudicam a integridade física do empregado, para
conhecimento do grande índice de pessoas incapacitadas para o
trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqüência a
desestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios
repercutem por tempo indeterminado.

Aspecto Social
Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do
trabalho e suas conseqüências sociais, visando a estes dois
aspectos:

• o acidente do trabalho como efeito;


• o acidente do trabalho como causa.

Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele


resulta de uma ação imprudente ou de condições inadequadas,
isto é, quando ele resulta de uma inobservância das normas de
segurança; pode-se considerá-lo como causa quando se tem em
vista as conseqüências dele advindas.
Como se deduz, são imensuráveis, em termos de extensão e
proporção, as conseqüências dos acidentes do trabalho. Mas, o
importante diante de todos os aspectos que possam ser
apresentados, é que as pessoas se inteiram dessa realidade,

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interessando-se pela aplicação correta das medidas de prevenção


do acidente, para não se tornarem vítimas do mesmo.

Aspecto Econômico
Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do
trabalho, é o prejuízo econômico cujas conseqüências atingem ao
empregado, a empresa, a sociedade e, em uma concepção mas
ampla, a própria nação.
Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das
indenizações recebidas por ele ou por seus familiares através da
Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos
econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não
lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida mantido
até então. E, dependendo do tipo de lesão sofrida, tais benefícios,
por melhores que sejam, não repararão uma invalidez ou a perda
de uma vida.
Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes
variam em função da importância que ela dedica à prevenção de
acidentes. A perda ainda que de alguns minutos de atividade no
trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a
danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais etc.
Outro tipo de prejuízo econômico refere-se ao acidente que atinge
o empregado, variando as proporções quanto ao tempo de
afastamento do mesmo, devido à gravidade da lesão.
As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do
trabalho por tempo indeterminado, devido à impossibilidade de
substituição do acidentado por um elemento treinado para aquele
tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que
atinge os demais empregados e que interfere no rítmo normal do
trabalho, levando sempre a uma grande queda da produção.
Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito contribuem
para os prejuízos econômicos tanto do empregado quanto da
empresa.

Identificação das Causas do Acidente

É fundamental que se entenda que a busca da causa de um


acidente não tem, absolutamente, o objetivo de punição, mas,
sim, o de encontrar a partir das causas, as medidas que
possibilitem impedir ocorrências semelhantes.
A causa do acidente pode estar em fatores hereditários (herança
sangüínea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode, também,
originar-se de falha pessoal. Clareando: a Hereditariedade,
processo de transmissão de características físicas e mentais dos
ascendentes (pais, avós, etc.) para os descendentes (filhos,
netos, etc.), quando o ambiente é propício, manifesta-se sob a
forma de fobias, principalmente as claustrofobia ( medo de

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lugares fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outras


formas. Tal manifestação interfere na formação do homem, dando
oportunidade ao afloramento das falhas pessoais (atitudes
impróprias, inadequadas, por exemplo: imprudência, negligência,
exibicionismo, insubordinação, etc.).
A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos
Inseguros ou criar/permitir Condições Inseguras.
Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditários
e no meio-ambiente da primeira infância do homem. As
características indesejáveis, herdadas (hereditariedade) ou
adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se através da falha
pessoal que, por sua vez, induz o homem a criar ou permitir a
condição insegura e/ou praticar o ato inseguro, que são as causas
aparentes do acidente que pode, ou não, resultar em lesão
pessoal.
Para esclarecer, imaginemos uma situação: a companhia admite
um novo empregado que terá a ocupação de escarfador. O
candidato selecionado é jovem e a CST é sua primeira empresa.
Até então, trabalhará no quiosque do pai, na praia de Camburi, o
dia todo, à vontade, de sunga, vez por outra tomando uma
aguinha de coco, enquanto inspecionava biquínis e similares. Pois
bem, esse rapaz começa a trabalhar na CST e, após treinamento,
se vê todo equipado para o trabalho; possivelmente, não se
adaptará, sentir-se-á agoniado, preso: A SITUAÇÃO É MUITO
DIFERENTE E A TENDÊNCIA É CHEGAR AO ACIDENTE.

Ato Inseguro
O Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro,
comumente aceito. Não é necessariamente a desobediência a
norma ou procedimento escrito, mas também àquelas normas de
conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na
caracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas
mesmas circunstâncias uma pessoa prudente agiria da mesma
maneira?
Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que oriente
para não se segurar, na palma da mão, um ferro elétrico
aquecido, porém, se alguém o fizer, estará cometendo um Ato
Inseguro.
O Ato Inseguro ocorre em três modalidades:
Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer.
Exemplo: Deixar de impedir equipamento.

Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria Fazer


Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou
autorizado.

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Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria


fazer.
Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar
de descer pela escada.

É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de


norma/procedimento específico. Quanto às "Comissão" e
"Variação", a desobediência pode ocorrer ao próprio bom senso,
não, necessariamente a normas/procedimentos/instruções.

Condição Insegura
A Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja
correção não são da alçada do acidentado. A Condição Insegura
compreende máquinas, equipamentos, materiais, métodos de
trabalho e deficiência administrativa.
Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição
insegura em quatro classes:
Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem
proteção, inadequado, etc.

Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso, etc.).

Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc.

Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão


inexistente, processo perigoso, método arriscado, supervisão
deficiente, etc.

A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades, todas


elas, derivadas das posições de comando:
Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar de
fazer o que deve ser feito.
Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir práticas
inseguras.
Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência
específica. Mandar Fazer sem Estabelecer Procedimento
Exemplo: Não fixar padrão/procedimento de trabalho.

Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido.


Exemplo: Mandar improvisar ferramenta.

É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são a


causa final de um acidente, ou seja, a ação que deflagrou a
ocorrência, a "gota d'água" que fez transbordar o conteúdo do
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copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência e esses


fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas para a
prevenção. Daí, a importância de estudar as "Hereditariedade e
Meio-Ambiente" (muito difícil para a indústria comum) e as "Falhas
Pessoais", estas mais visíveis, a partir das convivência e
observação. Aliás, as convivência e observação precisam ser
valorizadas. A observação é tão importante que a sua negligência
tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a Condição Insegura.
É verdade, a norma diz que se um ato inseguro vem sendo
cometido repetidas vezes, por tempo suficiente para ter sido
"observado" e "corrigido" e não é, deixa de ser Ato para ser
Condição Insegura, enquadrando-se como "Negligência" da
supervisão.

Classificação do Acidente

O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que


provoca, é classificado de duas maneiras:
1º Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de
retornar ao trabalho, em suas funções, no dia imediato ao da
ocorrência, ele é dito Com Lesão, Com Afastamento, o
conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o
acidentado possa trabalhar, em suas funções, no dia seguinte
ao da ocorrência, a lesão pode ser classificada de "Com
Afastamento" (CPT), desde que dela resulte uma
incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma
falange (nó) de um dedo.

2º Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado de


trabalhar no dia seguinte ao da ocorrência, temos o conhecido
SPT (Sem Perda de Tempo), oficialmente classificado de
Lesão Sem Afastamento.

É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à


gravidade da lesão e do acidente. Podemos ter acidentes até
mesmo impessoais de alta gravidade.

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Padrão Operacional

É o estabelecimento do método correto e, consequentemente,


seguro de execução do trabalho. Fundamentado no
conhecimento do trabalho, exige constante aperfeiçoamento,
adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que
fazer. O Padrão Operacional somente pode ser considerado se
estiver registrado (escrito), ser conhecido e estar ao alcance de
_
todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto chave é o Detalhe, o
detalhe que não pode ser negligenciado ou esquecido, já que,
de imediato, a curto, médio ou longo prazos pode representar o
fracasso do trabalho, do seu trabalho.
Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a melhor
maneira de executar o seu trabalho. Organizando a tarefa,
discutindo-a com seus colegas, aperfeiçoando-a sempre e
mantendo o seu registro, você chegará naturalmente ao Padrão
ideal quer requer constantes avaliações e adequações, obtidas
através de Análise de Riscos que é, em resumo, a ferramenta de
atualização do Padrão.
Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado, escrito
e receber constantes adequações. O bom Padrão Operacional
não sobrevive sem retoques. Busque o Padrão junto ao seu
Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o catalisador do
Padrão, você é o usuário, o gerador de aperfeiçoamento do
mesmo. Zele por ele que é seu melhor companheiro.

A IMPORTÂNCIA DO DETALHE:
"Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida;
Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido;
pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu;
pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida,
pela perda da batalha, o reino foi perdido,
e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!"
Benjamim Frankilin

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Equipamentos de Proteção

Introdução

A CST, conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, é uma empresa


enquadrada no Grau de Risco 4 (risco elevado de acidentes) e
portanto, podem existir nos locais de trabalho, condições que
poderão acasionar danos à saúde ou à integridade física do
empregado. Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados
por meio da utilização dos equipamentos de proteção, que
oferecem:

Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados


indistintamente.

Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o


equipamento.

Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados,


gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado
de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou
de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem
sendo implantadas;
c) Para atender situação de emergência.

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria


fonte.
As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de
isolamento de operações ruidosas; os exaustores de gases e
vapores; as barreiras de proteção; aterramentos elétricos; os
dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e
esteiras transportadoras são exemplos de proteção coletivas.

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Equipamento de Proteção Individual - EPI

Definição
O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de
uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

Seleção do EPI
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não
só dos equipamentos como, também, das condições em que o
trabalho é executado.
É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e,
principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá
proporcionar.

Características e Classificação dos EPI


Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do
corpo que devem proteger:

Proteção da Cabeça
Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e
de impacto contra objeto imóvel e somente estará completo e em
condições adequadas de uso se composto de:
*Casco: é o capacete propriamente dito;
*Carneira: armação plástica, semi-elástica, que
separa o casco do couro cabeludo e tem a finalidade
de absorver a energia do impacto;
*Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça.

O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra


radiação térmica.

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Proteção dos Olhos


Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de
materiais projetados e de impacto contra objetos imóveis. Os
óculos de segurança utilizados na CST são, comprovadamente,
muito eficazes quanto à proteção contra impactos.
Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST fornece
os óculos ampla visão, que envolvem totalmente a região ocular.
Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de
aerodispersóides (poeira), a afetiva proteção dos olhos se obtém
com o uso dos dois EPI - óculos de segurança (óculos basculavel)
óculos ampla visão, ao mesmo tempo.

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Proteção Facial
Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais
projetados e de calor radiante, podendo ser acoplado ao
capacete. É articulado e tem perfil côncavo e tamanho e altura
que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído
em acrílico, alumínio ou tela de aço inox.

Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça

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Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca)


de projeção de fagulhas, poeiras e similares. Para uso em
ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com filtros de
luz, permitindo proteção também contra queimaduras.

Proteção Respiratória
Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos,
asfixiantes e contra aerodispersóides (poeira). Elas protegem não
somente de envenenamento e asfixias, mas, também, da inalação
de substâncias que provocam doenças ocupacionais (silicose,
siderose, etc.).
Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou
sem alimentação de ar respirável.

Proteção de Membros Superiores


Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço,
inclusive o punho, contra impactos cortantes e perfurantes,
queimaduras, choque elétrico, abrasão e radiações ionizantes e
não ionizantes.

Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e


perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão e radiações
ionizantes.

Proteção Auditiva
Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora
exercida pelo ruído contra o aparelho auditivo. Existem em dois
tipos básicos:
*Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de
poliuretano ou PVC), que é introduzido no canal
auditivo.

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*Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e


protege também o sistema auxiliar de audição (ósseo).

O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é


o som indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva.
Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o
som mais o ruído, sem que este afete o usuário.

Proteção do Tronco
Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações,
projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiante e
de frio.

Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros


inferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também os
membros superiores - contra queimaduras, calor, radiante,
perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo
uma boa mobilidade ao usuário.

Proteção da Pele
Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores,
contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtos
agressivos.

Proteção dos Membros Inferiores


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Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos de


objetos que caem ou são projetados, impactos contra objetos
imóveis e contra perfurações. Por norma, somente é de
segurança o calçado que possui biqueira de aço para proteção
dos dedos.

Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas,


fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes.

Proteção Global Contra Quedas


Cinto de segurança: Cinturões anti-quedas que protegem o
homem nas atividades exercidas em locais com altura igual ou
superior a 2 (dois) metros, composto de cinturão, propriamente
dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon, aço,
etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme.

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Guarda e Conservação do EPI


Quando na troca de usuário
De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados, cada
vez em que há troca de usuário.

Guarda do EPI
O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção
individual e estar conscientizado de que, com a conservação, ele
estará se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento.

Conservação do EPI
O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso.
Sempre que possível, a verificação e a limpeza destes
equipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitada para
esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupar desta
tarefa, desde que receba orientação para isso.
Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não
observância do uso de EPI. A eficácia de um EPI depende do uso
correto e constante no trabalho onde exista o risco.

Exigência Legal para Empresa e Empregado


O uso de equipamento de proteção individual, além da indicação
técnica para operações locais e empregados determinados, é
exigência constante de textos legais. A Seção IV, do Capítulo V da
CLT, cuida do Equipamento de Proteção Individual em dois
artigos, a saber:

"Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados."

"Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à


venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação
do Ministério do Trabalho - CA.

Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do


trabalho em sua Norma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuida
minuciosamente do Equipamento de Proteção Individual,
mencionando, entre outras coisas, as obrigações do empregado,
que incluem o dever de utilizar a proteção fornecida pela empresa.

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Riscos Ambientais

Introdução

Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da


atividade que neles é desenvolvida, um ou mais fatores ou
agentes que, dentro de certas condições, irão causar danos à
saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos
ambientais. Os riscos ambientais exigem a observação de certos
cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, se
pretende evitar o aparecimento das chamadas doenças do
trabalho.
A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho do
Ministério do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de nº 09,
contempla o Programa de Proteção aos Riscos Ambientais -
PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação,
avaliação e controle de todos os fatores do ambiente de trabalho
que podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados.
Segue-se uma série de informações básicas relativas aos Riscos
Ambientais, com enumeração dos principais fatores, das
condições possíveis de risco para a saúde e das medidas gerais
para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho.

Classificação dos Riscos

Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscos


químicos, riscos físicos e riscos biológicos.

Riscos Químicos
São representados por um grande número de substâncias que
podem contaminar o ambiente de trabalho.

Riscos Físicos
São representados por fatores do ambiente de trabalho que
podem causar danos à saúde, sendo os principais: o calor, o ruído
ou barulho, as radiações, o trabalho com pressões anormais, a
vibração e a má iluminação.

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Riscos Biológicos
São representados por uma variedade de microrganismos com os
quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo
de atividade, e que podem causar doenças.

Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes


causem danos à Saúde

Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causar


obrigatoriamente um dano à saúde. Para que isso ocorra, é
preciso que haja uma inter-relação entre os fatores que serão
expostos a seguir:

O tempo de exposição
Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são as
possibilidades de se desenvolver um dano à saúde e vice-versa.

A concentração do contaminante no ambiente


Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de
aparecerem problemas.

O quanto a substância é tóxica


Algumas substâncias são mais tóxicas que outras se comparadas
em relação a uma mesma concentração.

A forma em que o contaminante se encontra


Isto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto tem
relação com a forma de entrada do tóxico no organismo, como
será visto adiante.

A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias


Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por
inalação ou, então, pela pele.
Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em
separado. Havendo dúvida quanto à existência ou não de perigo,
o interessado deve procurar um membro da CIPA ou do Serviço
Especializado ou, ainda, o seu gerente.

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Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo

Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem


penetrar no organismo humano:

Por inalação
Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver
uma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração.

Por contato com a pele, ou via cutânea


A pele pode absorver certas substâncias se houver contato,
mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico pode
atingir o sangue e causar dano à saúde.

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Por ingestão
ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontece
muito quando são comidos ou bebidos alimentos que estão
contaminados com quantidades não visíveis de substâncias
nocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeições
no próprio posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o
refeitório ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio
pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água.

Riscos Químicos

As substâncias químicas podem estar na forma de gases,


vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas. Por
exemplo:

Vapores
Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em
geral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o
tricloroetileno.

Gases
Monóxido de carbono, gases dos processos industriais como o
gás sulfídrico.

Líquidos
Que podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica, ou
irritantes, causando doenças da pele. Muitos líquidos também
podem ser absorvidos pela pele, causando prejuízo à saúde.

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Névoas ou neblinas
Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos,
onde se formam névoas ou neblinas de ácidos.

Fumos
Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos são
pequenas partículas de metal ou de seus compostos,
provenientes do banho que ficam suspensos no ar.

Poeiras ou pós
Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no
jateamento de areia ou granalha de aço.

Principais Efeitos no Organismo


Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam-se,
como principais, os seguintes:

Irritação
Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele.
Geralmente, as substâncias que causam irritação se encontram
na forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar no estado
líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia
(amoníaco), certas poeiras. A irritação da pele é causada pelo
contato direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos os
solventes "thinners", e a poeira de caviúna.

Asfixia
Ou seja, falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxido de
carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno.

Anestesia
Isto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causando
estado de sonolência ou tonturas. Geralmente, as substâncias
anestésicas estão no estado de gás ou vapor. Exemplos: vapores
de éter etílico, acetona.

Intoxicação
Pode ser causada tanto por inalação como por contato com a pele
ou ingestão acidental do tóxico, que pode estar na forma sólida,
líquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol, tricloroetileno,
metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo, pó de chumbo
(nas tipografias).

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Pneumoconiose
Isto é, uma alteração da capacidade respiratória devido a uma
alteração no pulmão da pessoa. As substâncias que causam esse
tipo de doença estão na forma de poeira. Exemplos: poeira de
sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia, carepa
de fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pós de
algodão.

Riscos Físicos

Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, tendendo aos


limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsáveis por
variadas alterações na saúde do empregado.

Calor
O calor ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas, cerâmicas,
indústrias de vidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o
organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes, dentro de
certos limites. Quando há exposição excessiva ao calor, pode
ocorrer uma série de problemas, como câimbras, insolação ou
intermação, ou, ainda, uma afecção nos olhos chamada de
catarata.

Ruído ou barulho
Ocorre na indústria em geral, mas, principalmente, nas
tecelagens, estamparias, no rebarbamento por marteletes nas
fundições, etc. O ruído excessivo tem vários efeitos no ser
humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade,
entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando
as pessoas são expostas a altos níveis de ruído por tempos
longos, é o dano à audição, que leva a vários graus de surdez.

Radiação infravermelho
É o calor radiante cujos efeitos são, justamente, os mencionados
acima em "calor". Onde há corpos aquecidos, há calor radiante
que é emitido em todas as direções.

Radiação ultravioleta
É um tipo de radiação que está presente principalmente nas
seguintes operações: solda elétrica, fusão de metais a
temperatura muito alta, nas lâmpadas germicidas, nos geradores
de ozona. Seus efeitos são térmicos, causando queimaduras,
eritemas (vermelhidão) na pele, e, também, inflamação nos olhos
(conjuntivite). Os efeitos são retardados, aparecendo com maior
força 6 a 12 horas após a exposição.

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Radiações ionizantes
Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos
especiais. Exemplos: aparelhos de raio-x (quando indevidamente
utilizados), radiografias industriais de controle (gamagrafia). Os
efeitos das exposições descontroladas a radiações ionizantes, por
mau controle dos processos, são em geral sérios: anemia,
leucemia, certos tipos de câncer e efeitos que só aparecem nas
gerações seguintes (genéticos).

Trabalhos com pressões anormais


São os trabalhos em que o homem é submetido a pressões
diferentes da atmosférica, na qual vive normalmente. Esses
trabalhos exigem um controle rígido das operações,
principalmente na etapa de descompressão e volta à pressão
normal. Ocorrência: em trabalhos submarinos, no trabalho em
tubulações e caixões pneumáticos. Os efeitos são: problemas nas
articulações, desde dores até paralisia, e outros problemas mais
graves que podem ser fatais.

Vibrações
As vibrações ocorrem, principalmente, nas grandes máquinas
pesadas: tratores, escavadeiras, máquinas de terraplanagem, que
fazem vibrar o corpo inteiro, e nas ferramentas manuais
motorizadas que fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Os
problemas provenientes das vibrações aparecem em geral após
longo tempo de exposição (vários anos). No caso de vibração do
corpo inteiro, podem aparecer dores na coluna, problemas nos
rins, enjôos (mal de mar); no caso de vibrações localizadas nas
mãos e braços, podem aparecer problemas circulatórios (má
circulação do sangue) e problemas nas articulações. O tempo
longo de exposição e fatores como o frio têm muita influência no
aparecimento desses problemas.

Má iluminação
A iluminação inadequadas nos locais de trabalho pode levar, além
de ser causa de baixa eficiência e qualidade do serviço, a uma
maior probabilidade de ocorrência de certos tipos de acidentes e a
uma redução da capacidade visual das pessoas, o que é um
efeito negativo muito importante em alguns tipos de trabalho que
exigem atenção e boa visão.

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Riscos Biológicos

São os microrganismos presentes no ambiente de trabalho que


podem trazer doenças de natureza moderada e, mesmo, grave.
Eles se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somente
ao microscópio. Exemplos: as bactérias, bacilos, vírus, fungos,
parasitas e outros.
Todos estão sujeitos à contaminação por esses agentes, seja em
decorrência de ferimentos e machucaduras, seja pela presença de
colegas doentes ou por contaminação alimentar.

Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre


outras, a infecção por tétano que pode até matar o
empregado.
Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os
micróbios que causam hepatite, tuberculose, micose
das unhas e da pele.
Se o pessoal da copa e cozinha não tiver higiene e
asseio, pode ocorrer contaminação das refeições,
tendo como possível conseqüência as diarréias.

Para prevenção, usam-se as seguintes medidas:


• vacinação;

• equipamento de proteção individual;

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• rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de


trabalho;

• controle médico permanente.

Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais

As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem


referir-se ao ambiente ou ao pessoal:

Medidas relativas ao ambiente

Substituição do produto tóxico


O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos
tóxico ou inofensivo. Esta é a medida ideal, desde que o substituto
tenha qualidades próximas às do original. Também, deve-se
tomar cuidado para não se criar um risco maior, substituindo um
produto tóxico por outro menos tóxico mas altamente inflamável.
Exemplos de substituições corretas: benzeno substituído pelo
tolueno; substituição de tintas à base de chumbo por tintas à base
de zinco; jateamento com areia substituído por jateamento de
óxido de alumínio, etc.

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Mudança do processo ou equipamento


Certas modificações em processos ou equipamentos podem
reduzir muito os riscos ou, até, eliminá-los. Exemplos: pintura a
imersão ao invés de pintura a pistola (diminuindo-se a formação
de vapores dos solventes); rebitagem substituída por solda
(menor barulho).

Enclausuramento ou confinamento
Consiste em isolar determinada operação do resto da área,
diminuindo assim o número de pessoas expostas ao risco.
Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de
uma máquina ruidosa.

Ventilação
Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de
formação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que joga ar
limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado. Exemplos:
nos tanques de solventes, nas operações com colas, nas
operações geradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de
peças fundidas.

Umidificação
Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou
diminuído pela aplicação de água ou neblina. Muitas operações,
feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde. Exemplos:
mistura de areias de fundição, varredura a úmido.

Segregação
Segregação quer dizer separação. Nesta medida de controle,
separa-se a operação ou equipamento do restante, seja no tempo
seja no espaço. Separar no tempo quer dizer fazer a operação
fora do horário normal do resto do pessoal; separar no espaço
significa colocar a operação a distância, longe dos demais. O
número de pessoas expostas ficará bastante reduzido e aqueles
que devem ficar junto à operação irão receber proteção especial.

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Boa manutenção e conservação


Rigorosamente, estas medidas não podem ser consideradas
formas específicas de prevenção de riscos. Entretanto, são
complementos de quaisquer outras medidas. Muitas vezes, a má
manutenção é a causa principal dos problemas ambientais. Os
programas e cronogramas de manutenção devem ser seguidos à
risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes dos
equipamentos. Exemplos: ruído excessivo em estruturas e
mancais; vazamentos de produtos tóxicos; superaquecimento.

Ordem e limpeza
Boas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um
lugar-chave nos sistemas de proteção ambiental. O pó, em
bancadas, rodapés e pisos, que se deposita nas horas calmas,
pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntes
de ar, movimento de pessoas ou funcionamento de equipamentos.
O asseio é sempre importante e onde há materiais tóxicos é
importantíssimo, é primordial. A limpeza imediata de qualquer
derramamento de produtos tóxicos é importante medida de
controle. Para a limpeza de poeira, deve ser preferida a aspiração
a vácuo; nunca o pó deve ser soprado com bicos de ar
comprimido, para efeito de limpeza. É impossível manter um bom
programa de prevenção de riscos ambientais sem um
preocupação constante nos aspectos de ordem e limpeza.

Medidas relativas ao pessoal

Equipamento de Proteção Individual


O equipamento de proteção individual deve ser sempre
considerado como uma segunda linha de defesa, após serem
tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas
situações onde não são eficientes medidas gerais e coletivas
relativas ao ambiente, a critério técnico, o EPI é a forma de
proteção, aliada à limitação da exposição.

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O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento


das suas limitações e vantagens, são aspectos que todo
empregado deve conhecer através de treinamento específico,
coordenado pelo pessoal especializado em Segurança e Medicina
do Trabalho.
Especial cuidado deve ser tomado na conservação da eficiência
do EPI, sob pena de o mesmo se tornar uma arma de dois gumes,
fornecendo ao empregado confiança numa proteção inexistente.

Limitação de exposição
A redução dos períodos de trabalho tornam-se importante medida
de controle onde e quando todas as outras forem impraticáveis
por motivos técnicos, locais (físicos) ou econômicos, não se
conseguindo reduzir ou eliminar o risco. Assim, a limitação da
exposição, dentro de critérios bem definidos tecnicamente, pode
tornar-se uma solução eficiente em muitos casos. Exemplos:
controle do tempo de exposição ao calor. às pressões anormais,
às radiações ionizantes.

Controle Médico
Exames médicos pré-admissionais e periódicos são medidas
fundamentais de caráter permanente, constituindo-se numa das
atividades principais dos serviços médicos da empresa. Uma boa
seleção na admissão pode evitar a contratação de pessoas que
têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenças
relacionadas com certas atividades. Os exames médicos
periódicos dos empregados possibilitam, além de um controle de
saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção de fatores que
podem levar a uma doença profissional, num estágio ainda inicial
e com pouca probabilidade de danos.

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Riscos de Eletricidade

Introdução

A eletricidade é de grande utilidade no mundo atual, facilitando


muito o trabalho nas indústrias, acionando máquinas e
equipamentos. Proporciona, também, conforto e bem-estar em
casa, acendendo lâmpadas, fazendo funcionar rádios televisores,
geladeiras, aquecedores etc.
A eletricidade é uma forma de energia (energia elétrica)
transportada através de condutores (fios elétricos), sendo muito
conhecidas três das suas unidades, que são: volts (V), ampères
(A) e watts (W).
A tensão, medida em V (volts), é o potencial elétrico e pode-se
fazer analogia com a pressão d'água numa tubulação. Pode-se ter
várias voltagens, como, por exemplo, numa fábrica onde existe
tensão de 110 V para as lâmpadas, de 220 V para acionar
pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores e
equipamentos e, mesmo, tensões maiores.
A corrente elétrica (I), medida em ampères (A), em analogia com
a rede de água, é a vazão. A corrente depende da solicitação do
aparelho elétrico, assim como a vazão da torneira depende de
quando se abre a válvula.
A multiplicação da tensão pela corrente elétrica dá a potência (P),
que é medida em watts (W) ou c.v. (cavalo-vapor).
Em eletricidade, há outro fator importante: a resistência elétrica
(R), medida em Ohm (Ω), que, a grosso modo, pode ser
comparada com a perda de carga de uma tubulação ou de um
escoamento de fluido.
Mas, enquanto uma rede d'água não mata, quando se toca na
tubulação, a energia elétrica, que tanto benefício traz, pode matar
pelo choque elétrico.

O que é Eletricidade

Para uma maior compreensão dos acidentes e riscos causados


pela eletricidade, é preciso explicar alguns conceitos e algumas
características da eletricidade.

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Lei de OHM

A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica que atravessa


um condutor está em proporção direta à diferença de potencial e
em proporção inversa à resistência do condutor.

SÍMBOLO SIGNIFICADO UNIDADE


V Corrente volts (V)
I Tensão ampères (A)
R Resistência Ohms (Ω)

Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R.


Segundo essa lei, para uma dada tensão, que geralmente é fixa
(110, 220, 440 volts), quanto maior for a resistência elétrica menor
será a corrente.
Exemplo:
V = 110 volts Para R = 10
I = 110/10 = 11 Ampères

V = 110 volts Para R = 20


I = 110/20 = 5,5 Ampères

Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, é necessário


que passe pelo seu corpo uma determinada corrente e, conforme
o lugar por onde passa e o tempo de contato dessa corrente, ter-
se-á a gravidade e o tipo de efeito do acidente.
Como se vê anteriormente, a corrente depende da tensão e da
resistência elétrica, e a passagem da corrente elétrica pelo corpo
humano depende da resistência elétrica do mesmo.
A resistência elétrica do corpo humano depende de diversos
fatores, como exemplo variação da tensão aplicada, tipo de pele,
os meios internos como vasos sangüíneos e sistema nervoso, tipo
de contato e condição da pele.
Existem dois tipos principais de resistência do corpo humano,
sendo a cutânea (da pele) a que oferece maiores variações de
valores, dependendo da espessura da pele no local, da umidade
da pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingir
valores maiores. A outra resistência, a dos meios internos, varia
menos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente.
Portanto, a resistência elétrica do corpo humano varia de 1.500 a
100.000 Ohms, em média.

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EFEITOS DA CORRENTE ELÈTRICA

Considerando que uma corrente de 25 miliampères pode causar


acidentes fatais, e considerando-se uma resistência de 1.500
Ohms para o corpo humano, tem-se:

V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5V

Portanto, uma tensão de 37,5 volts já poderá causar acidentes


fatais em casos especiais de contato.

Intensidade Estado Possível Perturbações Possíveis Resultado Final


(miliampères) de Choque Provável

1 Normal Nenhuma Normal


1a3 Normal Pequena sensação Normal
desagradável
3a9 Normal Sensação de choque Normal
desagradável; contrações
musculares
9 a 20 Morte Sensações dolorosas; Restabelecimento
aparente contrações musculares ou Morte
violentas;
dificuldade de respirar;
perturbações circulatórias
20 a 100 Morte Sensação insuportável; Restabelecimento
aparente contrações musculares ou Morte
violentas;
asfixia;
perturbação circulatória;
desmaios.
acima de 100 Morte Desmaios; Morte
aparente asfixia imediata;
fibrilação ventricular.

O tempo de contato com a corrente é muito importante na


gravidade dos acidentes, porque, como foi visto na tabela anterior,
determinadas intensidades de corrente produzem contrações
musculares que levam à asfixia e à fibrilação ventricular, o que,
por tempo prolongado, causa acidente fatal ou, então dificulta a
recuperação. Estima-se em menos de 2 minutos o tempo de
choque em que as contrações musculares levam à asfixia.
O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influência para
as conseqüências do choque elétrico, pois é mais difícil reanimar
uma pessoa com fibrilação ventricular, que exige um processo de
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massagem cardíaca, difícil de se executar, do que uma pessoa


que, simplesmente, tem uma asfixia e que pode ser reanimada
com o processo de respiração artificial.
Abaixo, um tipo de contato elétrico onde há passagem de corrente
elétrica pelo corpo e a porcentagem de corrente que passa pelo
coração:

Principais Sintomas Causados pelo Choque

As principais conseqüências devidas a choques elétricos podem


ser divididas em dois tipos; os que causam:

Choques que não causam lesões orgânicas


• Os casos de pequenos choques elétricos de simples descargas
elétricas de baixa intensidade num intervalo de tempo pequeno,
sem causar danos, em que a vítima sente apenas um
formigamento no local de contato;
• Os choques elétricos um poucos mais fortes, por pouco tempo,
quando a pessoa atingida sofre uma violenta contração
muscular;
• Os choques elétricos em que a vítima, além da violenta
contração muscular, sofre um estado de comoção que se
dissipa rapidamente;
• Os choques elétricos que, causando a contração dos músculos
das regiões próximas à do contato, levam a lesões profundas,
como queimadura no local e outros acidentes, por exemplo,
quedas.
Choques que causam lesões orgânicas:
A vítima do choque elétrico fica em estado de morte aparente
devido a um ou mais fatores que são explicados abaixo:
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• Inibição do centro respiratório. É o caso em que devido ao


choque elétrico os músculos respiratórios se contraem
violentamente e perdem a sua capacidade muscular, podendo
levar à parada respiratória;
• Fibrilação do coração. É o caso em que, após a passagem de
uma corrente elétrica pelos músculos do coração, estes entram
num estado de batimento insatisfatório, fazendo que o coração
não execute a sua função de bombear sangue.

Riscos Elétricos

Como já foi visto, até uma tensão de 37,5 volts poderá causar um
acidente fatal em determinadas condições. Como a maioria das
instalações elétricas são de uma voltagem de 110 V ou mais,
sempre existirão perigos potenciais de acidentes elétricos.
Os principais tipos de riscos elétricos são:
• Fios e partes metálicas sob tensão, desprotegidos, que
poderão ser tocados acidentalmente ou sem conhecimento de
que estejam energizados.
• Máquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com suas
carcaças energizadas, devido a falha do isolamento interno da
sua fiação, poderão causar choques elétricos quando não
aterradas eletricamente e quando a mão do operador estiver
úmida ou ele estiver sobre o piso úmido sem calçados
apropriados.

Estes tipos de contato poderão causar o surgimento de uma


diferença de potencial entre uma pessoa e a terra e com isso a
passagem de corrente elétrica através do seu corpo.
Além desses acidentes, o choque elétrico poderá desencadear
outros efeitos mais graves como, por exemplo, os casos em que a
vítima, após o contato com partes energizadas da instalação em
lugares altos, em passarelas ou andaime, pode sofrer uma queda,
se não estiver devidamente segura no local.
Existe o risco de se provocar incêndio devido a um condutor
subdimensionado ou por haver nele uma sobrecarga, ou seja, a
corrente que passa no condutor é mais que a corrente que ele
pode suportar, a ponto de o seu isolamento entrar em
deterioração, com conseqüente curto-circuito.
Ligações de fios com contatos mal feitos criarão uma maior
resistência elétrica que poderá aquecer o local da ligação.
Desligar chave tipo faca, com aparelhos ligados, poderá fazer com
que haja a formação do arco voltaico (formação de faísca), o que
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poderá ser perigoso, principalmente em ambiente onde se


armazenam inflamáveis.

Cuidados nas Instalações Elétricas

Algumas providências são essenciais. Deve-se, assim:


• Tomar alguns cuidados com as instalações elétricas como, por
exemplo, não deixar fios, partes metálicas ou objetos expostos
que possam ser tocados por pessoas. Em casos de
emergência, colocar placas de advertência de forma bem
visível com o nome do responsável;
• Não deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando de
força expostos, com suas partes energizadas oferecendo riscos
de contato acidental;
• Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão através de
guardas fixas, como cercas, ou instalá-los em locais que não
oferecem perigo;
• Usar fiação correta para as ligações, dimensionando a bitola da
mesma de acordo com a carga (corrente) que irá conduzir,
usando para isso, de preferência, as tabelas da NB-3 da ABNT;
• Proteger as instalações elétricas, usando fusíveis e disjuntores
para que, em caso de sobrecarga, o circuito seja desligado,
queimando o fusível ou desligando o disjuntor, provocando o
corte do fornecimento de energia e com isso não danificando a
instalação elétrica e o equipamento;
• Ao ligar um aparelho e uma tomada elétrica ou ao fazer uma
ligação de um aparelho a uma rede elétrica, verificar se a
tensão da linha de fornecimento corresponde à do aparelho e
se, ligando-se o aparelho, não se irá sobrecarregar a linha,
provocando a queima do fusível, queda de disjuntores ou
danos na fiação elétrica;
• Não ligar simultâneamente mais de um aparelho à mesma
tomada de corrente;
• Usar ferramentas manuais com isolamento elétrico;
• Certificar se o circuito elétrico esta energizado ou não, através
do detector de tensão;
• Identificar o nível de tensão das instalações elétricas, e colocar
placas de advertência.
Medidas Preventivas em Instalações Elétricas

As medidas a seguir têm importância capital na prevenção de


acidentes.

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• Somente usar material, aparelhos e equipamentos, de


qualidade comprovada;
• Permitir a instalação e manutenção somente por profissionais
qualificados e obedecendo às normas técnicas vigentes no
país;
• Manter as instalações e os aparelhos em ótimo estado de
conservação e manutenção;
• Tomar cuidado em qualquer serviço nas instalações elétricas,
mesmo as de baixa tensão;
• Usar somente fios com capacidade adequada para o
equipamento a ser utilizado, devidamente protegidos contra
toque acidental, preferivelmente isolados e protegidos
mecanicamente, fazendo-se a instalação aérea ou por
eletroduto (conduíte) rígido ou flexível;
• Aterrar eletricamente as carcaças e as proteções metálicas dos
equipamentos. Ver, no fim deste capítulo, como aterrar
adequadamente máquinas e equipamentos;
• Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tensão,
colocando-os dentro de caixas especiais ou cercando-os com
barreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada).

Nos acidentes de origem elétrica, o número de casos fatais


poderá ser consideravelmente diminuído se medidas de socorros
forem postas imediatamente em prática, já que o tempo de
exposição à corrente é um fator muito importante no agravamento
deste tipo de acidentes.
E o ideal é que todos conheçam os métodos de primeiros
socorros para acidentes causados por eletricidade ou, pelo
menos, o pessoal que trabalha com ela ou em lugares onde o
risco de choques elétricos é alto.
Na reanimação de um acidentado, devem-se observar alguns
cuidados como, por exemplo:
• antes de tocar no corpo da vítima, procurar livrá-la do circuito
elétrico, com segurança e rapidez;
• não usar as mãos nuas ou qualquer objeto metálico para cortar
o circuito ou afastar fios; usar luvas ou bastões isolantes;
• verificar se o desligamento da corrente não causará uma
grande queda da vítima e, se isto for ocorrer, procurar um meio
de ampará-la.
Passos a seguir na reanimação:
a) desligar imediatamente circuito;
b) mover o menos possível a vítima;
c) examine as narinas, abra a boca, desenrole a língua e retire
objetos estranhos (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se for o
caso;
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d) se for o caso de respiração artificial, seguir as instruções do


Capítulo de Primeiros Socorros;
e) afrouxar o colarinho e peças de roupa que impeçam a livre
circulação;
f) se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardíaca.

Aterramento Elétrico

O aterramento elétrico é uma maneira entre várias de eliminar os


riscos:
Choque elétrico - proveniente de defeitos de equipamentos
elétricos e causado por processos industriais;
Incêndios ou explosões - resultantes da manipulação de
produtos inflamáveis e/ou explosivos.

Além das duas finalidades mencionadas, ele é mais comumente


utilizado com o propósito de oferecer segurança aos
equipamentos e às instalações elétricas.
O emprego do aterramento elétrico, quando visa à proteção de
equipamentos e instalações elétricas, normalmente se dá quer
como meio de proteção às instalações elétricas, quer como meio
de proteção a equipamentos elétricos; tal é o caso dos
dispositivos como o pára-raios, que visam a proteger as linhas
aéreas quanto aos perigos decorrentes de sobretensões ou,
então, a evitar a interferência que surge em equipamentos
eletrônicos devido à falta do aterramento elétrico.
Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a serem
observados na instalação não são tão críticos quanto aqueles
dirigidos à proteção de pessoas, por causa dos riscos de choque
elétrico e quanto à proteção de instalações, no caso de incêndios
e explosões.
A obrigatoriedade do uso do aterramento elétrico como medida de
controle dos riscos provenientes do uso da eletricidade, é dada
pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 do Ministério do
Trabalho, através da Norma Regulamentadora nº 10, "Instalações
e Serviços em Eletricidade".

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Noções Básicas de Demarcações de Segurança

Introdução

Sendo, a visão, a capacidade sensitiva mais usada pelo homem


(aproximadamente 87% das sensações recebidas passam pelo
órgão da visão), e como em muito caso há necessidade de uma
rápida distinção entre o perigoso e o seguro, ou da localização de
certos equipamentos, com segurança e rapidez, resolveu-se
padronizar o uso das cores.
Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso de incêndio,
localizar os equipamentos de combate ao fogo, com rapidez,
distinguir os dispositivos de parada de emergência de máquinas
ou notar suas partes perigosas.
O uso de tubulações pintadas em cores padronizadas permite
distinguir cada elemento transportado em uma tubulação entre
diversas tubulações existentes dentro de uma empresa.

Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho

Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais
de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os
equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as
canalizações empregadas nas empresas para a condução de
líquidos e gases, e advertindo contra riscos.
Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos
ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos
existentes.
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas
de prevenção de acidentes.
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não
ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
As cores aqui adotadas serão as seguintes:

• Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja, púrpura,


lilás, cinza, alumínio, marrom.
A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente
quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho,
será acompanhada dos sinais convencionais ou a identificação
por palavras.

Vermelho
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar
equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não
deverá ser usada na indústria para assinalar perigo, por ser de
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pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta


visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).
É empregado para identificar:

• Caixa de alarme de incêndio;


• Hidrantes;
• Bombas de incêndio;
• Sirene de alarme de incêndio;
• Extintores e sua localização;
• Indicações de extintores (visível à distância, dentro da área de
uso do extintor);
• Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada
no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho);
• Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de
água;
• Transporte com equipamentos de combate a incêndio;
• Portas de saídas de emergência;
• Rede de água para incêndio (SPRINKLERS);
• Mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).

A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de


advertência de perigo:

• Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de


construções e quaisquer outras obstruções temporárias;
• Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de
emergência.

Amarelo
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases
não liqüefeitos.

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O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!",


assinalando:

• Partes baixas de escadas portáteis;


• Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas
que apresentem risco;
• Espelhos de degraus de escadas;
• Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poço, entradas
subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter
corrimões;
• Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham
verticalmente;
• Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de
carregamento;
• Meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
• Paredes de fundo de corredores sem saída;
• Vigas colocadas à baixa altura;
• Cabines, caçambas, guindastes, escavadeiras, etc;
• Equipamentos de transporte e manipulação de material tais
como: empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes,
vagonetes, reboques, etc;
• Fundos de letreiros e avisos de advertência;
• Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura
e equipamentos em que se possa esbarrar;
• Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;
• Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
• Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;
• Pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras
pretas.

Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados


sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a
visibilidade da sinalização.

Branco
O branco será empregado em:
• Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas
(localização e largura);
• Direção e circulação, por meio de sinais;
• Localização e coletores de resíduos;
• Localização de bebedouros;

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• Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de


combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência;
• Áreas destinadas à armazenagem;
• Zonas de segurança.

Preto
O preto será empregado para indicar as canalizações de
inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex.: óleo
lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).
O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou
combinado a este quando condições especiais o exigirem.

Azul
O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu
emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de
equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.

• Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem


localizadas nos pontos de comando, de partida, ou fontes de
energia dos equipamentos.

Será também empregado em:

• Canalizações de ar comprimido;
• Prevenção contra movimento acidental de qualquer
equipamento em manutenção;
• Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.

Verde
O verde é a cor que caracteriza "segurança".
Deverá ser empregado para identificar:
• Canalizações de água;
• Caixas de equipamentos de socorro de urgência;
• Caixas contendo máscaras contra gases;
• Chuveiros de segurança;
• Macas;
• Fontes lavadoras de olhos;
• Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de
segurança, etc;
• Porta de entrada de salas de curativos de urgência;
• Localização de EPI; caixas contendo EPI;
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• Emblemas de segurança;
• Dispositivos de segurança;
• Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

Laranja
O laranja deverá ser empregado para identificar:

• Canalizações contendo ácidos;


• Partes móveis de máquinas e equipamentos;
• Partes internas das guardas de máquinas que possam ser
removidas ou abertas;
• Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
• Faces externas de polias e engrenagens;
• Botões de arranque de segurança;
• Dispositivos de corte, bordas de serras, prensas;

Púrpura
A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes
das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas
nucleares.
Deverá ser empregada a púrpura em:

• Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam


ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados
pela radioatividade;
• Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos
contaminados;
• Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais
e equipamentos contaminados;
• Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de
radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.

Lilás
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham
álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a
identificação de lubrificantes.

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Cinza
Cinza Claro
O cinza claro deverá ser usado para identificar canalizações em
vácuo.

Cinza Escuro
O cinza escuro deverá ser usado para identificar eletrodutos.

Alumínio
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases
liqüefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.:
óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).

Marrom
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para
identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores.

Cores em Máquinas
O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou
verde.

Cores em Canalizações
As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases,
deverão receber a aplicação de cores, em toda sua extensão, a
fim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes.
Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser
diferenciada das demais.
Quando houver a necessidade de uma identificação mais
detalhada (concentração, temperatura, pressões, pureza, etc.), a
diferenciação far-se-á através de faixas de cores diferentes,
aplicadas sobre a cor básica.
A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que
possibilite facilmente a sua visualização em qualquer parte da
canalização.
Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores
básicas de acordo com a natureza do produto a ser transportado.
O sentido de transporte de fluido, quando necessário, será
indicado por meio de seta pintada em cor de contraste sobre a cor
básica da tubulação.
Para fins de segurança pelo mesmo sistema de cores que as
canalizações.

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Sinalização para Armazenamento de Substância Perigosas


O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir
padrões internacionais.
Para fins do disposto no item anterior, considera-se substância
perigosa todo o material que seja, isoladamente ou não, corrosivo,
tóxico, radioativo, oxidante, e que durante o seu manejo,
armazenamento, processamento, embalagem, transporte, possa
conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos,
ambiente de trabalho.

Símbolos para Identificação dos Recipientes na


Movimentação de Materiais
Na movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo,
aéreo e intermodal, deverão ser seguidas as normas técnicas
sobre simbologia vigentes no país.

Rotulagem Preventiva
A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá
ser feita segundo as normas constantes deste item.
Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas,
redigidas em termos simples e de fácil compreensão.
A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas
propriedades inerentes a uma produto, mas dirigida de modo a
evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e armazenagem
do produto.
Onde possa ocorrer misturas de duas ou mais substâncias
químicas, com propriedades que variem, em tipo ou grau
daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo
deverá destacar as propriedades perigosas do produto final.
Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos:
• Nome Técnico do Produto;
• Palavra de Advertência, designando o grau de risco;
• Indicações de Risco;
• Medidas Preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;
• Primeiros Socorros;
• Informações Para Médicos, em casos de acidentes;
• Instruções Especiais em Caso de Fogo, Derrame ou
Vazamento, quando for o caso.

No cumprimento do disposto no item anterior dever-se-á adotar o


seguinte procedimento:
Nome Técnico Completo
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O rótulo especificando a natureza do produto químico. Exemplo:


"Ácido Corrosivo", "Composto de Chumbo" etc. Em qualquer
situação a identificação deverá ser adequada, para permitir a
escolha do tratamento médico correto, no caso de acidente.

Palavra de Advertência
As palavras de advertência que devem ser usadas são:
"PERIGO" - para indicar substâncias que apresentam alto risco.
"ATENÇÃO" - para substâncias que apresentam risco leve.

Indicação de Risco
As indicações deverão informar sobre os riscos relacionados ao
manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsível do produto.
Exemplos: "Extremamente Inflamáveis", "Nocivo se Absorvido
Através da Pele", etc.

Medidas Preventivas
Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas
para evitar lesões ou danos decorrentes dos riscos indicados.
Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor, Faíscas e Chamas
Abertas" e "Evite Inalar a Poeira".

Primeiros Socorros
Medidas específicas que podem ser tomadas antes da chegada
do médico.

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Noções Básicas de Combate à Incêndio

Princípios Básicos do Fogo

Para nossa própria segurança, devem-se conhecer os dois


aspectos fundamentais da proteção contra incêndio.
O primeiro aspecto é o da prevenção de incêndios, isto é, evitar
que ocorra o fogo, utilizando certas medidas básicas, as quais
envolvem a necessidade de se conhecerem, entre outros itens:

a) as características do fogo;
b) as propriedades de risco dos materiais;
c) as causas de incêndios;
d) o estudo dos combustíveis.

Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é


importante que ele seja combatido de forma eficiente, para que
sejam minimizadas suas conseqüências. A fim de que esse
combate seja eficaz, deve-se, ainda:

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a) conhecer os agentes extintores;


b) saber utilizar os equipamentos de combate a incêndios;
c) saber avaliar as características do incêndio, o que determinará
a melhor atitude a ser tomada.

Pode-se definir o fogo como a conseqüência de uma reação


química denominada combustão, que produz calor ou calor e luz.
Para que ocorra essa reação química, dever-se-á ter, no mínimo,
dois reagentes que, a partir da existência de uma circunstância
favorável, poderão combinar-se.
Os elementos essenciais do fogo são:

• combustível (carbono, hidrogênio)


• comburente (oxigênio);
• calor (energia de ativação).

Combustível
Em síntese, combustível é todo material, toda substância que
possui a propriedade de queimar, de entrar em combustão.

Os combustíveis podem apresentar-se em 3 estados físicos:


• sólido (madeira, papel, tecidos, etc.);
• líquido (álcool, éter, gasolina, etc.);
• gasoso (acetileno, butano, propano, etc.).

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Comburente
Normalmente, o oxigênio combina-se com o material combustível,
dando início à combustão.
O ar atmosférico contém, na sua composição, cerca de 21% de
oxigênio.
Para demonstrar a importância do oxigênio na reação,
recomendamos a seguinte experiência:

1º acender uma vela;


2º colocar um copo de material resistente ou um recipiente de
vidro sobre a vela.

Observe que a chama diminuirá gradativamente até a extinção do


fogo; isso porque o oxigênio existente no recipiente vai sendo
consumido na reação, até atingir uma quantidade insuficiente para
mantê-la.

Genericamente, o comburente é definido como "mistura gasosa


que contém o oxidante em concentração suficiente para que em
seu meio se desenvolva a reação de combustão".

Calor
É o elemento que fornece a energia de ativação necessária para
iniciar a reação entre o combustível e o comburente, mantendo e
propagando a combustão, como a chama de um palito de
fósforos.
Note-se que o calor propicia:

a) elevação da temperatura;
b) aumento do volume dos corpos;
c) mudança no estado físico das substância.

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Há casos de materiais em que a própria temperatura ambiente já


serve como fonte de calor, como o magnésio, por exemplo.

Condições Propícias para a Combustão

Além dos elementos essenciais do fogo, há a necessidade de que


as condições em que esses elementos se apresentam sejam
propícias para o início da combustão.
Se uma pessoa trabalha em um escritório iluminado com uma
lâmpada incandescente de 100 watts e, além disso, ela fuma,
haverá no ambiente:

Combustível: mesa, cadeira, papel, etc.;


Comburente: oxigênio presente na atmosfera;
Calor: representado pela lâmpada incandescente ligada e pelo
cigarro acesso.

Apesar de esses três elementos estarem presentes no ambiente,


só ocorrerá incêndio, se, por distração da pessoa que está
trabalhando, uma folha de papel, por exemplo, encostar no cigarro
aceso.
Neste caso, o calor do cigarro aquecerá o papel e este começará
a liberar vapores que, em contato com a fonte de calor (brasa do
cigarro), se combinará com o oxigênio do ar e entrará em
combustão.

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IMPORTANTE: Somente quando o combustível se apresentar sob


a forma de vapor (ou gás), ele poderá, normalmente, entrar em
ignição. Se esse combustível estiver no estado sólido ou líquido,
haverá necessidade de que seja aquecido, para que comece a
liberar vapores ou gases.

Esquematicamente, podem-se considerar vários casos:

aquecimento
a) sólido ----------------------------------> vapor
Exemplo: Papel

aquecimento aquecimento
b) sólido -------------------------> líquido --------------------------> vapor
Exemplo: Parafina

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aquecimento
c) líquido ----------------------------------> vapor
Exemplo: Óleos combustíveis

d) gás (já se apresenta no estado físico adequado à combustão)


Exemplo: Acetileno

Quanto ao oxigênio, ele deverá estar presente no ambiente, em


porcentagens adequadas.
Para cada combustível haverá a necessidade da presença de uma
porcentagem mínima de oxigênio, a partir da qual a mistura
poderá entrar em combustão. A concentração de oxigênio abaixo
desse limite inviabiliza a combustão, pois a mistura combustível-
comburente estará muito "rica".

Reação em Cadeia
Toda reação química envolve troca de energia. Na combustão,
parte da energia desprendida é dissipada no ambiente,
provocando os efeitos térmicos derivados do incêndio; o restante
continua a aquecer o combustível, fornecendo a energia (fonte de
calor)) necessária para que o processo continue.
Didaticamente, representa-se a reação química da seguinte
forma:

COMBUSTÍVEL + COMBURENTE FONTE DE IGNIÇÃO LUZ +


CALOR + FUMOS + GASES (vapor)

Essa reação vai ter uma velocidade de propagação relacionada


com diversos fatores, tais como temperatura, umidade do ar,
características inerentes ao material combustível, forma física
desse material (sólido bruto ou particulado, líquido, etc.),
condições de ventilação aspectos que serão adiante analisados:

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ER - Energia das substâncias reagentes


EA - Energia de ativação
EI = ER + EA = Energia do processo que desencadeia a reação
EP = Energia final dos produtos da reação
∆E1 = parte da energia desprendida que é reaproveitada no
processo, continuando a aquecer as substâncias reagentes;
∆E2 = parte da energia desprendida que é dissipada no ambiente.

Triângulo do Fogo
Os três elementos básicos para que um fogo se inicie são,
portanto, o material combustível, o comburente e a fonte de
ignição ou fonte de calor. A representação gráfica desse conjunto
é tradicionalmente chamada de Triângulo do Fogo.

Conforme ao exposto no item anterior, a propagação do fogo vai


depender da existência de energia suficiente para manter a
reação em cadeia.

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Combustão

A combinação dos três elementos do triângulo do fogo sob


condições propícias permite a ignição e a continuação das
reações químicas, as quais podem ser classificadas em:
• oxidação lenta,
• combustão simples,
• deflagração,
• detonação,
• explosão.

O parâmetro empregado para classificar as combustões é a


velocidade de propagação.

A velocidade de propagação é definida como a velocidade de


deslocamento da frente de reação, ou a velocidade de
deslocamento da fronteira entre a área já queimada (zona dos
produtos da reação) e a área ainda não atingida pela reação
(zona não destruída).

Classificação
Oxidação lenta - A energia despendida na reação é dissipada no
meio ambiente sem criar um aumento de temperatura na área
atingida (não ocorre a reação em cadeia). É o que ocorre com a
ferrugem (oxidação do ferro) ou com o papel, quando fica
amarelecido. A propagação ocorre lentamente, com velocidade
praticamente nula.

Combustão simples - Há percepção visual do deslocamento da


frente de reação, porém a velocidade de propagação é inferior a 1
metro por segundo (m/s). Os incêndios normais, como a
combustão de madeira, papel, algodão, são exemplos de
combustão simples, onde a energia desprendida na reação é
dissipada, indo parte para o ambiente e sendo parte utilizada para
manter a reação em cadeia, ativando a mistura combustível-
comburente.

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Deflagração - A velocidade de propagação é superior a 1 m/s,


mas inferior a 400 m/s. Surge o fenômeno de elevação da
pressão com valores limitados entre 1 e 10 vezes a pressão
inicial. Ocorre a deflagração com a pólvora, misturas de pós
combustíveis e vapores líquidos inflamáveis.

Detonação - A velocidade de propagação é superior a 400 m/s.


Pela descontinuidade das ondas de pressão geradas, cria-se uma
onda de choque que pode atingir até 100 vezes a pressão inicial.
Ocorre com explosivos industriais, como a nitroglicerina, e, em
circunstâncias especiais, com mistura de gases e vapores em
espaços confinados.

Explosão - O termo pode ser aplicado genericamente aos


fenômenos onde o surgimento de ondas de pressão produzem
efeitos destrutivos, quando o ambiente onde ocorre a reação não
pode suportar a pressão gerada.

Comportamento do Combustível
Pelos efeitos possíveis de uma combustão em função da
velocidade de propagação, fica evidente a necessidade de se
conhecerem os fatores que influem na velocidade de propagação,
para que o técnico prevencionista possa calcular os riscos
oriundos de determinada mistura combustível-comburente.

Estado Físico
Para avaliação do risco de incêndio, o estado físico do
combustível é o primeiro aspecto a ser analisado:
Combustível sólido - em condições normais, o aquecimento de
um combustível no estado sólido provoca inicialmente a
vaporização da umidade, obtendo-se um resíduo sólido (carbono
fixo); posteriormente, pela ação do calor, são liberados compostos
gasosos que reagirão com o oxigênio em presença do calor, até
que seja consumida toda a matéria combustível.

Combustível líquido - a combustão dos líquidos, de composição


CN Hm, é decorrente de dois processos:

Teoria da Hidroxilização
Os hidrocarbonetos pulverizados são decompostos, quando sob a
ação do oxigênio e do calor, em compostos hidroxilados (tipo
aldeído) de cadeia menor. A ação contínua do calor e do oxigênio
acaba por transformar estes compostos em espécies químicas
mais simples, como monóxido de carbono e hidrogênio, que
sofrerão nova combustão, produzindo, finalmente, dióxido de
carbono e água. Assim, a chama azul produzida no Bico de
Bunsem, indicativa de combustão de monóxido de carbono e
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hidrogênio, teria explicação através desta teoria, pois no interior


do Bico teríamos um gradiente de temperatura e a conseqüente
formação de compostos hidroxilados complexos.

Teoria do "Craking"
Os hidrocarbonetos pulverizados, em mistura com o ar, ao serem
submetidos a um aquecimento brusco, cindem, produzindo
diretamente carbono e hidrogênio, que reagirão com o oxigênio,
resultando dióxido de carbono e água como produtos finais. Esta
teoria pode ser explicada através da queima de uma vela, pois a
parafina liqüefeita, ao se vaporizar no pavio, cinde diretamente em
carbono e hidrogênio, quando em contato com a chama. A
presença do carbono pode ser facilmente detectada por meio de
introdução de uma superfície fria no interior da chama, o que
implicará um deposito de fuligem (carbono) sobre aquela.
Convém notar que na prática, esses dois processos ocorrem
simultaneamente, com predominância de um ou outro,
dependendo do caso.

Combustível gasoso - em mistura com o oxigênio em proporções


adequadas pode entrar em combustão pela ação de um pequeno
arco voltaico, ou faísca gerada por atrito.

Pelas teorias apresentadas, conclui-se que o combustível sólido


ou líquido entra em combustão somente após a vaporização ou
produção de gás, a partir de sua decomposição, resultante da
ação do calor e do oxigênio.
No entanto, há substâncias que são excluídas da regra geral,
como o carvão vegetal e os metais piróforos, que, expostos ao
oxigênio, entram espontaneamente em combustão.

Temperatura
Todo material possui certas propriedades que o diferenciam de
outros, em relação ao nível de combustibilidade. Por exemplo,
pode-se incendiar a gasolina com a chama de um isqueiro, não
ocorrendo o mesmo em relação ao carvão coque. Isso porque o
calor gerado pela chama do isqueiro não seria suficiente para
levar o carvão coque à temperatura necessária para que ele
liberasse vapores combustíveis.
Cada material, dependendo da temperatura a que estiver
submetido, liberará maior ou menor quantidade de vapores. Para
melhor compreensão do fenômeno, definem-se algumas variáveis,
denominadas:

• ponto de fulgor;
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• ponto de combustão;
• temperatura de ignição.

Ponto de fulgor - É a temperatura mínima em que um


combustível começa a desprender vapores que, se entrarem em
contato com alguma fonte externa de calor, se incendeiam. Só
que as chamas não se mantém, não se sustentam, por não
existirem vapores suficientes. Se aquecermos pedaços de
madeira dentro de um tubo de vidros de laboratório, a certa
temperatura a madeira desprenderá vapor de água; esse vapor
não pega fogo. Aumentando-se a temperatura, em certo ponto
começarão a sair gases pela boca do tubo. Aproximando-se um
fósforo aceso, esses gases transformar-se-ão em chamas. Por aí,
nota-se que um combustível sólido (a madeira), a acerta
temperatura, desprende gases que se misturam ao oxigênio
(comburente) e que se inflamam em contacto com a chama do
fósforo aceso.
O fogo não continua porque os gases são insuficientes, formam-
se em pequena quantidade. O fenômeno observado indica o
"ponto de fulgor" da madeira (combustível sólido), que é de 150ºC
(cento e cinqüenta grau centígrados). O ponto de fulgor varia de
combustível a combustível: para a gasolina ele é de -42ºC (menos
quarenta e dois graus centígrados); já para o asfalto é de 204ºC
(duzentos e quatro graus centígrados).

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Ponto de combustão - Na experiência da madeira, se o


aquecimento prosseguir, a quantidade de gás expelida do tubo
aumentará. Entrando em contato com a chama do fósforo,
ocorrerá a ignição, que continuará, mesmo que o fósforo seja
retirado. A queima, portanto, não para. Foi atingido o "ponto de
combustão", isto é, a temperatura mínima a que esse combustível
sólido, a madeira, sendo aquecido, desprende gases que, em
contacto com fonte externa de calor, se incendeiam, mantendo-se
as chamas. No ponto de combustão, portanto, acontece um fato
diferente, ou seja, as chamas continuam.

Temperatura de ignição - Continuando o aquecimento da


madeira, os gases, naturalmente, continuarão se desprendendo.
Em certo ponto, ao saírem do tubo, entrando em contato com o
oxigênio (comburente), eles pegarão fogo sem necessidade da
chama do fósforo. Ocorre, então, um fato novo: não há mais
necessidade da fonte externa de calor. Os gases desprendidos do
combustível, apenas ao contato com o comburente, pegam fogo
e, evidentemente, mantêm-se em chamas. Foi atingida a
"temperatura de ignição", que é a temperatura mínima em que
gases desprendidos de um combustível se inflamam, pelo simples
contacto com o oxigênio do ar. O etér atinge sua temperatura de
ignição a 180ºC (cento e oitenta graus centígrados) e o enxofre a
232ºC (duzentos e trinta e dois graus centígrados).
Uma substância só queima quando atinge, pelo menos, o ponto
de combustão. Quando ela alcançar a temperatura de ignição,
bastará que seus gases entrem em contacto com o oxigênio para
pegar fogo, não havendo necessidade de chama ou de outra fonte
de calor para provocá-lo. Convém lembrar que, mesmo que o
combustível esteja no ponto de combustão, se não houver chama
ou outra fonte de calor não se verificará o fogo.
Grande parte dos materiais sólidos orgânicos, líquidos e gases
combustíveis contêm grandes quantidades de carbono e/ou de
hidrogênio. Citamos como exemplo o gás propano, cujas
porcentagens em petracloreto de carbono, considerado não
combustível, tem aproximadamente, 82% de carbono e 18% de
hidrogênio. O tetracloreto de carbono, considerado não
combustível, tem aproximadamente, em peso, 8% de carbono e
92% de cloro.

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Ventilação
Quanto mais ventilado for o local onde ocorre a combustão, mais
viva ela será, pois haverá renovação do ar com a entrada de mais
oxigênio, permitindo manter a reação em cadeia.

É por esse motivo que se recomenda à pessoa cujas roupas


estejam em chamas, que não corra, pois, dessa forma, aumentará
a ventilação e, consequentemente, as chamas. A pessoa deve
deitar-se e rolar pelo chão até abafarem-se as chamas.

Forma física
Quanto mais subdividido estiver o material, mais rapidamente
entrará em combustão. A figura mostra um exemplo clássico,
pois a velocidade de propagação é muito maior na serragem do
que na madeira maciça, embora a composição seja a mesma.
Isso se deve a maior superfície de contato entre combustível e
comburente.

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Outro exemplo é o da gasolina em recipientes com aberturas de


dimensões diferentes.
Na figura seguinte a queima será muito mais rápida e intensa no
2º caso, embora a quantidade de líquido seja a mesma.

Comportamento do Comburente
Considerando genericamente a combustão como uma reação de
oxidação, a composição química das substâncias determinará o
grau de combustibilidade do material.
Há substâncias que liberam oxigênio em certas condições, como
o cloreto de potássio. Outras podem funcionar como
comburentes: por exemplo, uma atmosfera contendo cloro. Tais
casos são mais esporádicos e seu estudo envolveria uma
complementação de conhecimentos.
Em condições normais, a maior fonte de comburente é ao próprio
ar atmosférico que em sua composição, possui cerca de 21% de
oxigênio.
A partir de 16% de O2 (oxigênio) no ambiente, já pode haver
combustão com labaredas, e quanto maior a presença de
oxigênio, mais via será essa combustão.
Com a presença de oxigênio numa proporção entre 8 e 16%, não
haverá labaredas, e numa proporção ainda menor, praticamente
não haverá combustão.
Em ambientes hospitalares ou industriais, onde se manipule
oxigênio puro (100%), deve ser feita uma análise de riscos mais
severa.
Na presença de gases combustíveis, como propano, butano,
metano, o limite inferior de concentração de oxigênio necessário
para a combustão está próximo a 12%, e para o hidrogênio esse
limite está próximo a 5%.
Dessa forma, as medidas de prevenção devem ser intensificadas.

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Fontes de Calor
As fontes de calor em um ambiente podem ser as mais variadas:

• a chama de um fósforo;
• a brasa de um cigarro aceso;
• uma lâmpada;
• a chama de um maçarico, etc.

A própria temperatura ambiente já pode vaporizar um material


combustível; é o caso da gasolina, cujo ponto de fulgor é de,
aproximadamente, -40ºC. Considerando-se que o ponto de
combustão é superior em apenas alguns graus, a uma
temperatura ambiente de 20ºC já ocorre a vaporização.
O calor pode atingir determinada área por condução, convecção
ou radiação.

Condução
A propagação do calor é feita de molécula para molécula do
corpo, por movimento vibratório. A taxa de condução do calor vai
depender basicamente da condutividade térmica do material, bem
como de sua superfície e espessura. É importante destacar a
necessidade da existência de um meio físico.

Convecção
É uma forma característica dos fluídos. Pelo aquecimento, as
moléculas expandem-se e tendem a elevar-se, criando correntes
ascendentes a essas moléculas e correntes descendentes às
moléculas mais frias. É um fenômeno bastante comum em
edifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços de
elevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andares
superiores.

Radiação
É a transmissão do calor por meio de ondas. Todo corpo quente
emite radiações que vão atingir os corpos frios. O calor do sol é
transmitido por esse processo. São radiações de calor as que as
pessoas sentem quando se aproximam de um forno quente.

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Classes de Incêndio
Os incêndios em seu início, são muito mais fáceis de serem
controlados e extintos. Quanto mais rápido for a ataque às
chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las, de
eliminá-las. E a principal preocupação, no ataque, consiste em
desfazer, em romper o triângulo do fogo. Mas que tipo de ataque
se faz ao fogo em seu início? Qual a solução que deve ser
tentada? Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções
serão diferentes e os equipamentos de combate também serão de
tipos diversos.
É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai
combater, para escolher o equipamento correto. Um erro na
escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater as
chamas ou pode piorar a situação, aumentando as chamas,
espalhando-as ou criando novas causas de fogo (curtos-circuitos).
Os incêndios são divididos em quatro (4) classes:

Classe A - Fogo em materiais sólidos de fácil combustão, como


tecidos, madeira, papel, fibras, etc., que têm a propriedade de
queimar em sua superfície e profundidade, e que deixam
resíduos.

Classe B - Fogo em líquidos combustíveis e inflamáveis, como


óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc., que queimam
somente em sua superfície, não deixando resíduos.

Classe C - Fogo em equipamentos elétricos energizados, como


motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.

Classe D - Fogo em elementos pirofóricos como o magnésio, o


zircônio, o titânio, etc.
Os incêndios em equipamentos elétricos energizados (classe C)
são fogos de qualquer tipo de combustível em instalações
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elétricas o em suas proximidades. São classificados


separadamente pelo risco suplementar envolvido.
Atualmente, não são considerados como classe de incêndio pelas
normas de alguns países, exigindo-se apenas que substâncias
extintoras que conduzam eletricidade não sejam utilizadas em
instalações elétricas.

Riscos Inerentes
A avaliação dos riscos deve considerar ainda características
inerentes a cada substância. As principais são:

Limite de Inflamabilidade ou Explosividade


São concentrações de vapor ou gás em ar, abaixo ou acima das
quais a propagação da chama não ocorre, quando em presença
de fonte de ignição. O limite inferior é a concentração mínima,
abaixo da qual a quantidade de vapor combustível é muito
pequena (mistura pobre) para queimar ou explodir. O limite
superior é a concentração máxima acima da qual a quantidade de
vapor combustível é muito grande (mistura rica) para queimar ou
explodir).

Intervalo de Inflamabilidade ou Explosividade


É o intervalo entre os limites inferior e o superior de
inflamabilidade ou explosividade.

Densidade de Vapor ou Gás


É a relação entre os pesos de iguais volumes de um gás ou vapor
puro e o ar seco, nas mesmas condições de temperatura e
pressão.

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Combustão Expontânea
Reação exotérmica que ocorre com algumas substâncias como os
metais piróforos ou pirofóricos, ao entrarem em contato com o
oxigênio do ar ou com agentes oxidantes. Por um processo de
aquecimento espontâneo, ao atingir a sua temperatura de ignição,
entram em combustão.
Esse aquecimento, na maioria dos casos, processa-se
lentamente, como, por exemplo, em estopas embebidas em
graxa. O controle de elevação da temperatura e a armazenagem
em recipientes de segurança são medidas recomendadas.

Combate à Incêndio

Quando, por qualquer motivo, a prevenção falha, os trabalhadores


devem estar preparados para o combate ao princípio de incêndio
o mais rápido possível, pois quanto mais tempo durar o incêndio,
maiores serão as conseqüências.
Para que o combate seja eficaz, é necessário que:

• existam equipamentos de combate a incêndios em quantidade


suficiente e adequados ao tipo de material em combustão;
• o pessoal, que eventual ou permanentemente circule na área,
saiba como usar esses equipamentos e possa avaliar a
capacidade de extinção.

Como já foi visto, o fogo é um tipo de queima, de combustão, de


oxidação; é um fenômeno químico, uma reação química, que
provoca alterações profundas na substância que se queima. Um
pedaço de papel ou madeira que se inflama transforma-se em
substância muito diferente.. O mesmo acontece com o óleo, com
a gasolina ou com um gás que pegue fogo.
A palavra oxidação significa também queima. A oxidação pode ser
lenta, como no caso da ferrugem. Trata-se de uma queima muito
lenta, sem chamas. Já na combustão de papel, há chamas, sendo
uma oxidação mais rápida. Na explosão do dinamite, a queima, a
oxidação, é instantânea e violenta. Chama-se oxidação porque é o
oxigênio que entra na transformação, ajudando na queima das
substâncias.
O tipo de queima que interessa a este estudo é o que apresenta
chamas e/ou brasas.

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Métodos de Extinção
Consideremos o triângulo do fogo:

Eliminando-se um desses elementos, cessará a combustão. Tem-


se aí uma indicação muito importante de como se pode acabar
com o fogo. Pode-se eliminar a substância que está sendo
queimada (esta é uma solução que nem sempre é possível).
Pode-se eliminar o calor, provocando o resfriamento no ponto em
que ocorre a combustão e a queima. Pode-se, ainda, eliminar ou
afastar o comburente (o oxigênio) do lugar da queima, por
abafamento, introduzindo outro gás que não seja comburente.
O triângulo do fogo é como um tripé; eliminando-se uma das
pernas, acaba a sustentação, isto é, o fogo extingue-se.
De tudo isso, conclui-se que, impedindo-se a ligação dos pontos
do triângulo, ou seja, dos elementos essenciais, indispensáveis
para o fogo, este não surgirá, ou deixará de existir, se já tiver
começado.
Quando num poço de petróleo que está em chamas é provocada
uma explosão para combater o incêndio, o que se deseja é afastar
momentaneamente o oxigênio, que é o comburente, um dos
elementos do triângulo do fogo, para que o incêndio acabe, se
extinga.
Em lugares onde há material combustível o oxigênio, lê-se um
aviso de que é proibido fumar; com isso, pretende-se evitar a
formação do triângulo do fogo, isto é, combustível, comburente
e calor. O calor, neste caso, é a brasa do cigarro. Sem este calor,
o combustível e o comburente não poderão transformar-se em
fogo.

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Basicamente, a extinção de um incêndio é feita por uma ação de


resfriamento ou abafamento, ou por uma união das duas ações.

Ação de resfriamento: diminui-se a temperatura do material


incendiado a níveis inferiores ao do ponto de fulgor ou de
combustão dessa substância. A partir deste instante, não haverá a
emissão de vapores necessários ao prosseguimento do fogo.

Ação de abafamento: é resultante da retirada do oxigênio, pela


aplicação de um agente extintor que deslocará o ar da superfície
do material em combustão.

Dependendo do tipo de agente extintor, ou da forma como alguns


deles são empregados, outros efeitos podem ser conseguidos,
como a diluição de um líquido combustível em água ou a
interferência na reação química.
A retirada do material combustível (o que está queimando ou o
que esteja próximo) evita a propagação do incêndio, sem a
necessidade de se utilizar um agente extintor.

Agentes Extintores
São considerados agentes extintores, em virtude da sua atuação
sobre o fogo, conforme os métodos expostos anteriormente, as
seguintes substâncias:

• água;
• espuma;
• pó químico seco;
• gás carbônico;
• gases halogenados.

A água apresenta como característica principal a capacidade de


diminuir a temperatura dos materiais em combustão, agindo,
portanto, por resfriamento, quando utilizada sob a forma de jato.
Pode também combinar uma ação de abafamento, se aspergida
em gotículas, isto é, sob a forma de neblina.
A espuma pode ser química, quando resultante da mistura de
duas substâncias (p. ex., bicarbonato de sódio e sulfato de
alumínio, ambos em solução aquosa) ou mecânica (extrato
adicionado à água, com posterior agitação da solução para
formação da espuma). Sua ação principal é de abafamento,
criando uma barreira entre o material combustível e o oxigênio
(comburente).
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Outro agente que atua por abafamento é o gás carbônico,


também conhecido por dióxido de carbono ou CO2. É mais
pesado que o ar; no entanto, não é eficiente em locais abertos e
ventilados. É mais pesado que o ar; no entanto, não é eficiente
em locais abertos e ventilados.
O pó químico seco comum (bicarbonato de sódio) atua por
abafamento; é preferível ao CO2 em locais abertos. Quando se
trata de pós especiais, utilizados na chamada "classe D", eles se
fundem em contato com o metal pirofórico, formando uma
"camada protetora" que isola o oxigênio, interrompendo a
combustão.

Tipos de Equipamento para Combate a Incêndios

Os mais utilizados são:

• extintores;
• hidrantes.

Tipos de Extintor
É preciso conhecer muito bem cada tipo de extintor, pois para
cada classe de incêndio há um agente extintor mais indicado.

Extintor de espuma
Funciona a partir da reação química entre duas substâncias: o
sulfato de alumínio e o bicarbonato de sódio dissolvidos em água.

A figura mostra, de modo simplificado, esse extintor. Dentro do


aparelho estão o bicarbonato de sódio e um agente estabilizador
de espuma, normalmente o alcaçuz; num cilindro menor, é

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carregado o sulfato de alumínio. Ao ser virado o extintor, as duas


misturas vão encontrar-se, acontecendo a reação química.
O manejo do extintor de espuma é bastante simples:

• O operador aproxima-se do fogo com o extintor na posição


normal;
• Inverte a posição do extintor;
• Ataca o fogo de classe A dirigindo o jato para a sua base, e o
fogo de classe B, dirigindo o jato para a parede do recipiente.

Quando o agente estabilizador não é colocado, a espuma formada


pela reação rapidamente se dissolve, perdendo o seu efeito de
abafamento. Esse tipo de extintor é utilizado apenas em incêndios
classe A, denominando-se "carga líquida".

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No comércio, são vendidos extintores de 10 litros ou carretas de


50, 75, 100 e 150 litros. Embora simples, o extintor de espuma
necessita de uma série de cuidados para que, quando houver
necessidade, ele possa ser eficazmente usado:

• A cada 5 anos, deverá sofrer um teste hidrostático, em firma


idônea. É um teste em que é usada a pressão da água para
verificação da resistência do extintor à pressão da água para
verificação da resistência do extintor à pressão que se forma
dentro dele, quando em uso;
• A cada 12 meses, deverá ser descarregado e recarregado
novamente;
• Semanalmente, deverá sofrer inspeção visual e o bico do jato
deverá ser desobstruído, ou desentupido, se for o caso.

É um extintor relativamente barato e dá boa cobertura, evitando


que, num fogo já dominado, recomece a ignição, ou seja, que
voltem as chamas.

Extintor de água
O agente extintor é a água. Há dois tipos comerciais:

Pressurizado
É um cilindro com água sob pressão. O gás que dá a pressão,
que impulsiona a água, geralmente é o gás carbônico ou o
nitrogênio. Existem alguns a ar.

O extintor de água pressurizada deve ser operado da seguinte


forma:

• O operador leva o extintor ao local do fogo;

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• Retira a trava ou o pino de segurança;


• Empunha a mangueira;
• Ataca o fogo (classe A), dirigindo o jato d' água para a sua
base.

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Pressurizar
Há uma ampola de gás e, uma vez aberto o registro da ampola, o
gás é liberado, pressionando a água. A ampola pode ser interna
ou externa ao cilindro que contém a água.
Sua manutenção é mais simples que a do anterior; porém devem
ser tomados os seguintes cuidados:

• Revisão e teste hidrostático a cada 5 anos;


• Anualmente, deve ser descarregado.

São fornecidos extintores portáteis ou em carretas.


O extintor de água a pressurizar (água-gás) deve ser operado da
seguinte forma:

• O operador leva o extintor ao local do fogo;


• Abre o cilindro de gás;
• Empunha a mangueira;
• Ataca o fogo (classe A), dirigindo o jato d' água para a sua
base.

Extintor de gás carbônico (CO2)


O gás carbônico é encerrado num cilindro com uma pressão de 61
atmosferas.
Ao ser acionada a válvula de descarga, o gás passa por um tubo
sifão, indo até o difusor, onde é expelido na forma de nuvem.
Como há possibilidade de vazamentos, este extintor deverá ser
pesado a cada 3 (três) meses, e toda vez que houver perda de
mais de 10% (dez por cento) no peso, deverá ser descarregado e
recarregado novamente (a norma técnica estabelece o prazo de 6
(seis) meses para a pesagem).
Como não deixa resíduos, é ideal para equipamentos elétricos
comuns. São fornecidos extintores portáteis de 1 kg até carretas
de 50 kg ou mais.

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Ao utilizar o extintor de gás carbônico (CO2), o operador:

• Leva o extintor ao local do fogo;


• Retira o pino de segurança;
• Empunha a mangueira;
• Ataca o fogo, procurando abafar toda a área atingida.

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Extintor de pó químico seco


Utiliza bicarbonato de sódio não higroscópico (que não absorve
umidade) e um agente propulsor que fornece a pressão, que pode
ser o gás carbônico ou o nitrogênio. É fornecido para uso manual
ou em carretas, e pode ser sob pressão permanente (pó químico
seco pressurizado) ou com pressão injetada (pó químico seco a
pressurizar).
Estes extintores são mais eficientes que os de gás carbônico,
tendo seu controle feito pelo manômetro e, quando a pressão
baixa, devem ser recarregados. São semelhantes, no aspecto,
aos extintores de água.
Os extintores de pó químico seco devem ser operados da
seguinte forma:
Pressurizado

• O operador leva o extintor ao local do fogo;


• Retira a trava ou o pino de segurança;
• Empunha a mangueira;
• Ataca o fogo procurando formar uma nuvem de pó, a fim de
cobrir a área atingida.

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A pressurizar
• O operador leva o extintor ao local do fogo;
• Abre o cilindro de gás;
• Empunha a mangueira;
• Ataca o fogo procurando formar uma nuvem de pó, a fim de
cobrir a área atingida.

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Há outros tipos de extintores de pó químico seco, que podem ser


utilizados com eficiência nos incêndios classe A. São chamados
extintores de pó tipo ABC ou Monex.

Utilização de Extintores
Tipo de Extintor

Classe de Incêndio Água Espuma CO2 Pó Químico


Seco
Papel
Madeira
"A" Sim Sim Não Não
Tecidos
Fibras
Óleo
Gasolina
"B" Graxa Não Sim Sim Sim
Tinta
GLP

NOTA: Variante para classe "D": usar o método de abafamento


por meio de areia seca ou limalha de ferro fundido.
* Não é utilizada como jato pleno, porém pode ser usada sob a
forma de neblina.
** Pode ser usado em seu início.
*** Existem pós químicos especiais (tipo ABC)

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Hidrantes
As empresas que possuem sistemas de hidrantes - instalações de
água com reservatórios apropriados - normalmente têm direito a
descontos na tarifa de seguro-incêndio. Para tanto, devem estar
enquadrados nas especificações do IRB (Instituto de Resseguros
do Brasil) e posteriores recomendações da Susep.
Devem ser distribuídos de forma que protejam toda a área da
empresa por meio de dois jatos simultâneos, dentro de uma raio
de 40 metros (30m das mangueiras e 10m do jato).
Além da tubulação 1 1/2" ou 2 1/2"), dos registros e das
mangueiras (30 m ou 15 m), devem-se escolher requintes que
possibilitem a utilização da água em jato ou sob a forma de
neblina (requinte tipo universal).

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Primeiros Socorros

Introdução

Na área de prevenção de acidentes, deve haver a concentração


de esforços de uma equipe de profissionais especializados, assim
como de empresário, empregados e leigos. Com o
desenvolvimento, a complexidade das tarefas, o aumento da
mecanização, o perigo se torna cada vez mais presente e
iminente, o que requer providências urgentes no sentido de evitar
a ocorrência de fatos catastróficos.
Entretanto é praticamente impossível anulá-los. Dai a necessidade
de conhecimentos de Primeiros Socorros nos acidentes do
trabalho que, nestas circunstâncias, desempenha um papel
preventivo do agravamento do mal ocorrido.
Por definição, Primeiros Socorros são os cuidados imediatos que
devem ser dispensados à pessoa, vítima de acidente ou mal
súbito. Via de regra, os Primeiros Socorros serão prestados no
local da ocorrência, até a chegada de um médico, e se destinam a
salvar uma vida ameaçada e a evitar que se agravem os males de
que a vítima está acometida.
Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros,
conduzindo-se com serenidade, compreensão e confiança. Sem
ficar na dúvida, a primeira providência é controlar-se a si mesmo,
porém o controle de outras pessoas é igualmente importante.
A informação ao acidentado acerca do que ocorre e qual será a
provável evolução é um dos problemas mais difíceis que devem
enfrentar as pessoas que realizam tratamento de emergência. Se
não se diz nada, aumentar-se-á com isto o medo e a ansiedade,
mas, se se falar demasiado, poder-se-á provocar um alarme e
uma situação de desespero desnecessária. As ações falam mais
alto que as palavras.
O tom de voz tranqüilo e confortante dará ao acidentado sensação
de encontrar-se em boas mãos, e que a pessoa que o está
atendendo não se encontra alterada. A prática de emergência
simuladas ajudará a realizar manobras corretas, serenas, suaves
e seguras.
Os acidentes industriais poderão ser de tipo especial, devido aos
perigos ou processos implicados, entretanto, ainda assim, serão
aplicados os mesmos princípios de Primeiros Socorros.

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Material necessário para Emergência

Instrumento
Termômetro;
Tesoura.

Material para curativo


Algodão hidrófilo;
Gaze esterilizada;
Esparadrapo;
Ataduras de crepe;
Band-Aid.

Anti-sépticos
Solução de ido;
Solução de temerosal;
Água oxigenada, 10 volumes;
Álcool;
Água boricada.

Medicamentos (a critério médico)


Analgésicos em gotas e em comprimidos;
Colírio neutro;
Sal de cozinha;
Antídotos para substâncias químicas utilizadas na empresa
Soro fisiológico.

Outros
Conta-gotas;
Copos de papel.

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Ferimentos

Toda vez que um agente traumático, como faca, prego ou um


golpe forte, entra em contato com a pele, produzindo rotura,
teremos a ocorrência de um ferimento. Se houver lesão apenas
das camadas superficiais da pele, diremos que houve apenas
uma escoriação local, porém se o trauma rompe todas as
camadas da pele, teremos uma ferida.
Sempre que ocorrer um ferimento, haverá uma hemorragia, que é
a perda de sangue em maior ou menor quantidade, devido ao
rompimento de um vaso (veia ou artéria) e que, dependendo da
quantidade, poderá ser fatal.
O ferimento é lesão das mais freqüentes e, na indústria, pode
ocorrer pelos mais variados motivos, entre os quais batidas em
ferramentas, máquinas, mesas, quedas, acontecendo também no
trajeto residência-empresa-residência.

Ferimentos leves, superficiais e com hemorragia moderada


Conduta:

• lavar as mãos com água e sabão, antes de fazer o curativo;


• lavar a parte atingida com água e sabão, removendo do local
eventuais sujeiras como terra, graxa, caco de vidro, etc;
• passar um anti-séptico, se houver;
• cobrir o local com gaze esterilizada ou pano limpo e
esparadrapo, não deixando o ferimento descoberto;
• procurar logo um Serviço Médico, pela necessidade de
tratamentos precisos.

Ferimentos profundos, extensos e com hemorragia nos


membros
Conduta
a) estancar a hemorragia da seguinte maneira:
• manter o membro atingido em elevação e comprimir o local
com gaze esterilizada ou pano limpo, até parar a hemorragia;

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• se compressão não for suficiente para estancar a hemorragia,


aplicar o torniquete, da seguinte maneira:
− enrolar no membro uma tira de pano largo,
aproximadamente 5 cm acima do ferimento (não usar fios,
barbantes ou corda no lugar do pano);
− fazer um meio nó;
− colocar um pedaço de madeira no meio do nó;
− completar o nó acima da madeira;
− torcer a madeira até parar o sangramento, sem no entanto,
apertar demais;
− desapertar o torniquete a cada 10 minutos. É importante
marcar no relógio o início da compressão, para saber
quando desapertar;
− o torniquete deve ser desapertado antes do tempo exigido
de 10 minutos, quando notarmos que as extremidades dos
dedos estão arroxeadas ou frias.

Estes procedimentos estão ilustrados a seguir:

− Passe a tira ao redor do braço ou da perna;

− Dê um meio nó;

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− Coloque um pedaço de madeira (lápis, caneta, etc.);

− Dê um nó completo no pano, sobre a vareta;

− Aperte o torniquete fazendo girar a vareta;

− Fixe a vareta com as pontas do pano.

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b) lavar as mãos com água e sabão antes de fazer o curativo;

c) lavar a parte atingida com água e sabão, removendo do local


eventuais sujeiras como terra, graxa, caco de vidro, etc.;

d) passar um anti-séptico, se houver;

e) cobrir o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo;

f) encaminhar logo a vítima a um Serviço Médico pela


necessidade de tratamento.

Ferimentos com exposição de órgãos internos


Num acidente, pode acontecer que o ferimento seja extenso e
profundo. quando isso acontece, através da ferida, podemos ver
os órgãos internos como os músculos, tendões, ossos, pulmões,
intestinos, etc.
Devido à extensão do ferimento, os intestinos ou outros órgãos
poderão inclusive sair pela ferida. Nesse caso, não se deve tentar
colocar órgãos afetados no lugar.
São casos muito graves e a tomada de primeiros socorros se faz
urgente, chamando-se assistência médica e observando-se sinais
vitais (pulso, batimentos cardíacos, respiração, etc.;).

Conduta
• passar anti-séptico nas bordas da ferida, nunca tocando nos
órgãos expostos;
• cobrir com compressas esterilizadas ou gaze esterilizadas,
molhadas, com água oxigenada, sem, no entanto, tentar
recolocar no lugar os órgãos expostos;
• prender a compressa ou gaze com atadura e esparadrapo, sem
apertar.

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Ferimentos na cabeça
Numa queda, tombo, ou cai sobre a cabeça um objeto pesado,
pode ocorrer ferimento do crânio, assim como uma hemorragia
intensa.
Não acontecendo a hemorragia, pode o acidentado ficar
desmaiado ou simplesmente atordoado, formando no local do
choque traumático um hematoma, também conhecido como
"galo".
O que fazer:

• deitar a vítima de costas, sem travesseiro;


• afrouxar todas as roupas;
• ocorrendo a hemorragia, tomar condutas como em ferimentos
hemorrágicos, comprimido bem o curativo.

Hemorragias

Hemorragia é a perda de sangue através de ferimentos e


cavidades naturais como nariz, boca, etc.; pode ser também
interna, resultante de um traumatismo.

Hemorragia nasal
Pode ocorrer com empregados expostos a altas temperaturas ou
então provocada choque traumático.
O que fazer:

• sentar a vítima em uma cadeira, acalmando-a;


• comprimir a narina sangrante com os dedos;
• usar um chumaço de algodão tapando a narina sangrante;
• colocar compressa de pano frio ou bolsa de gelo no nariz e na
fronte.

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Hemorragia por tosse


Em ambientes onde existam muitas poeiras, podem acontecer
crises de tosse. Em algumas crises, a tosse é acompanhada de
escarro, e este de sangue. Neste caso, está acontecendo algum
problema pulmonar.
O que fazer:

• sentar a vítima, acalmando-a;


• deixar tossir à vontade, evitar com que a vítima fale e não dar
líquidos para beber;
• procurar a assistência médica imediatamente, para a
orientação adequada.

Hemorragia digestiva
Acontece nas pessoas que ingerem produtos químicos corrosivos,
por acidente, ou é provocada por alguma doença no estômago.
O que fazer:

• deitar imediatamente a pessoa, acalmando-a;


• afrouxar todas as roupas;
• colocar uma bolsa de gelo na região do estômago;
• dar pequenas quantidades de água, mas não outras bebidas;
• deixar vomitar à vontade, colocando a vítima de lado para que
não aspire o vômito;
• chamar a assistência médica imediatamente, para orientação
adequada.

Hemorragia interna
Uma colisão, um choque com objeto pesado pode acarretar ao
trabalho, muitas vezes, uma hemorragia interna. A hemorragia se
traduz pelo rompimento de vasos (veias ou artérias) internamente,
ou de órgãos importantes como o fígado ou baço.
Como não vemos o sangramento, temos que prestar atenção a
alguns sinais externos, para podermos diagnosticar e encaminhar
ao tratamento médico imediatamente e evitar o estado de choque.

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Pulsação
Temos em nosso corpo vários pontos onde podemos sentir a
pulsação. Colocando dois dedos (o indicador e o médio),
conforme figura 2 (pulso radial) ou figura 1 (pulso carotídeo ou
fumeral), podemos notar, nesses casos, se o pulso está fraco ou
acelerado.

Pele
Está fria, com bastante suor. Apresenta-se pálida, e as mucosas
dos olhos e da boca estão brancas.
Estando consciente, sentirá o acidentado muita sede e tonturas e,
com o tempo, poderá ir ao estado de choque clínico.

Mãos e dedos
Ficam arroxeados pela diminuição da irrigação sangüínea
provocada pela hemorragia.
O que fazer:
• observar rigorosamente a vítima para evitar parada cardíaca e
respiratória;
• deitar o acidentado, com a cabeça num nível mais baixo que o
do corpo, mantendo-o mais imóvel possível;
• colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do
traumatismo.

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Queimaduras

Queimaduras é toda e qualquer lesão ocasionada pela ação do


calor sobre o corpo do empregado.
Elas podem ser originadas por agentes químicos, térmicos
elétricos. Temos como exemplos:

• contato com metais incandescentes;


• contato direto com o fogo;
• vapores quentes ou líquidos ferventes;
• substâncias químicas como ácidos em geral, soda cáustica,
potassa cáustica, etc.;
• contato elétrico;
• radiação infravermelhas e ultravioletas emanadas por fornos
industriais.

Verificamos, de acordo com os agentes citados, que a sua


ocorrência na indústria se dá potencialmente em qualquer
atividades, variando em função das condições de trabalho.

Classificação da queimaduras
Quanto à profundidade

1º grau - quando a lesão é superficial, provocando apenas a


vermelhidão da pele, sem formar bolhas.
2º grau - quando provoca a formação de bolhas e apresenta
restos da pele queimada soltos.
3º grau - além da formação de bolhas, atinge os músculos e a
camada interna do corpo.

Quanto à extensão
É a mais importante e se baseia na área do corpo queimada.
Quanto maior a extensão da queimadura, maior é o risco que
corre o empregado. Uma queimadura de 1º grau que abranja uma
vasta extensão será considerada de muita gravidade.

Procedimento em Queimaduras
Agentes Químicos
Retirar a roupa do acidentado, pois o resto de substância química
pode causar danos enquanto estiver em contato com a pele.
Em seguida, lavar a área queimada com bastante água fria.

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Fogo, Metais Incandescentes, Líquidos Ferventes e Vapores


Apagar o fogo, utilizando água ou extintor apropriado, tomando-se
o cuidado para não atingir os olhos. Pode-se abafar com cobertor
ou rolar o acidentado no chão. No caso de metais incandescentes,
líquidos ferventes e vapores, afastar o acidentado desses
agentes.
Retirar a roupa do acidentado e lavar o ferimento com água fria.

Eletricidade
Tirar a vítima do contato elétrico, com toda a precaução
necessária, desligando-se a energia.

Por Radiação Infravermelha e Ultravioleta (solar)


Afastar o acidentado da fonte de calor radiante
O Uso de Pomadas, Líquidos e Cremes
Existem várias modalidades de pomadas, líquidos e cremes para
queimaduras. Elas poderão ser utilizadas, mas somente em
queimaduras de 1º grau, com orientação médica. Nas de 2º e
3º graus, estão formalmente contra-indicadas.
O que fazer:

• retirar a roupa do acidentado, com cuidado. Se necessário,


usar uma tesoura para cortá-la;
• lavar a área queimada com água fria ou soro fisiológico (se
houver), do centro para fora, com cuidado, para não perfurar as
bolhas;
• dar de beber água, se a vítima estiver consciente;
• cobrir, sem tocar com as mãos, a região com gaze esterilizada
(se houver) ou com pano limpo;
• encaminhar logo à assistência médica, para tratamento.

Choque Elétrico

A eletricidade pode produzir inúmeros acidentes, muitos dos quais


mortais.
Quando uma pessoa sofre uma descarga elétrica, esta passa por
seu corpo e as conseqüências podem ser mais ou menos graves,
dependendo da intensidade da corrente elétrica, resistência e
voltagem.
Na indústria, encontramos esse acidente quando há falta de
segurança em eletricidade como: fios descascados, falta de
aterramento elétrico, ferramentas portáteis, parte elétrica de um
motor que, por defeito, está em contato com sua carcaça, etc.

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O que fazer:

• antes de socorrer a vítima, cortar a corrente elétrica,


desligando a chave geral de força, retirando os fusíveis da
instalação ou puxando o fio da tomada;
• se o item anterior não for possível, usar luvas de borracha
grossa ou um amontoado de roupas ou jornais secos e afastar
da vítima o fio ou aparelho elétrico:
• se o acidente ocorrer ao ar livre, afastar o fio da vítima com o
auxílio de uma vara comprida e seca ou um galho de árvore
seco, fazendo esta operação com todo o cuidado para não
encostar no fio;

• se o choque foi leve, seguir os itens do Estados de Choque;


• se o choque for acompanhado de parada cardíaca ou
respiratória, fazer as manobras de reanimação conforme
Parada Cardíaca e Para Respiratória;
• se houver queimaduras, proceder conforme Queimaduras;
• encaminhar ao Serviço Médico para diagnóstico e tratamento
preciosos.

Calor

O empregado que exerce a sua atividade em ambientes cuja


temperatura é alta está sujeito a uma série de alteração em seu
organismo, com graves consequências à sua saúde.
São ambientes onde, geralmente, existem fornos, forjas,
caldeiras, fundições, etc.
Os transtornos térmicos mais comuns são:
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• problemas circulatório;
• anidrose (deficiência de suor).

O problema circulatório ocorre por deficiência de circulação e


geralmente acontece com indivíduos inaptos ao ambiente. A
pessoa sente cansaço, náuseas, calafrios e apresenta respiração
superficial e irregular, palidez ou tonalidade azulada no rosto,
temperatura do corpo elevada, pele úmida e fria, diminuição da
pressão arterial.
O que fazer

• retirar a vítima do ambiente de trabalho, onde esteja exposta


ao calor;
• deitá-lo com a cabeça mais baixa que o resto do corpo;
• afrouxar a roupa da vítima;
• se estiver consciente, dar de beber água fresca, em pequena
quantidade;
• levar imediatamente ao atendimento médico, para tratamento.

A deficiência do suor (anidrose) ocorre quando uma parte da


superfície corpórea não transpira. A vítima sente a pela seca,
vermelha e quente. Apresenta pulsação rápida, dificuldade
respiratória, náuseas, vômitos, convulsão, desmaios, temperatura
do corpo elevada, podendo chegar até a morte.
O que fazer

• levar a vítima a um lugar arejado e fresco, despir suas roupas e


colocar sua cabeça sobre um travesseiro;
• banhar o corpo da vítima com água fria;
• envolver a vítima com lençol úmido;
• se a vítima estiver consciente, dar líquidos para ela tomar, mas
nunca bebidas alcoólicas ou estimulantes como café, chá, etc.;
• procurar logo um Serviço Médico, pela necessidade de
diagnóstico e tratamento preciosos.

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Frio

Temos acidentes por frio nas empresas que trabalham com


industrialização de alimentos congelados, armazenamento de
alimentos e medicamentos que necessitam de temperaturas
baixas.
O equipamento de proteção individual; que serve isolar do frio,
pode causar dificuldades na movimentação, quer para segurar
objetos, quer porque a visão fica prejudicada. As luvas e as botas,
com a umidade, podem congelar as mãos e pés. Isso tudo pode
levar a acidentes do trabalho, como quedas, derrubada de
materiais, congelamento das mãos e dos pés, desmaios, etc.

No caso de congelamento dos pés ou das mãos


O que fazer

• levar a pessoa a um lugar aquecido, mantendo-a deitada;


• tirar imediatamente as botas, meias e luvas;
• aquecer as partes congeladas com água quente (não fervente)
ou panos molhados com água quente, realizando massagens
delicadas para ativar a circulação nas partes próximas do
membro congelado;
• dar bebidas quentes, como café ou chá (nunca bebidas
alcoólicas);
• pedir ao acidentado para movimentar os pés ou as mãos, para
ajudar a recuperação da circulação (nunca massagear a parte
congelada).

No caso de desmaios em ambientes frios


O que fazer:

• retirar imediatamente o acidentado do ambiente de trabalho;


• retirar toda a roupa de trabalho (nunca deixar o empregado
com as mesmas roupas).
• cobrir com um cobertor ou dar um banho de água morna;
• fornecer bebidas quentes como chá ou café, se estiver
consciente, nunca bebidas alcoólicas;
• observar sinais vitais (pulso, respiração, batimentos cardíacos,
etc.);
• levar imediatamente à assistência médica.

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Estado de Choque
O estado de choque se dá quando há mau funcionamento entre o
coração, vasos sangüíneos (artérias ou veias) e o sangue,
instalando-se um desequilíbrio no organismo.
As causas que levam ao estado de choque podem ser cardíacas:
infartos, taquicardias (coração trabalhando de modo acelerado),
bradicardias (coração trabalhando lentamente), processos
inflamatórios do coração; diminuição da quantidade de sangue
dentro dos vasos: hemorragias, alteração dos vasos,
traumatismos cranianos, envenenamentos, queimaduras.
Na indústria, todas as causas citadas acima podem ocorrer,
merecendo especial atenção os acidentes graves com
hemorragias extensas, com perda de substâncias orgânicas em
prensas, moinhos, extrusoras, ou por choque elétrico, ou por
envenenamentos por produtos químicos, ou por exposição a
temperaturas extremas.
O indivíduo em estado de choque pode apresentar palidez,
arroxeamento dos lábios, suor intenso, respiração rápida, curta e
irregular, batimentos do coração mais freqüentes, agitação, pele
fria, muitas vezes tremores, pulso fraco e rápido.
O que fazer:

• deixar a vítima deitada com a cabeça mais baixa que os pés;


• afrouxar as roupas da vítima;
• agasalhar a vítima, envolvendo-a com cobertores, toalhas,
jornais;
• estancar a hemorragia, se houver, conforme o capítulo -
Hemorragia;
• observar para cardiorrespiratória (pulso, respiração, batimentos
cardíacos, etc.);
• procurar logo um Serviço Médico, pela necessidade de
diagnóstico e tratamento precisos.

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Desmaios

É a perda de consciência temporária e repentina, devida à


diminuição de sangue e oxigênio no cérebro.
O desmaio pode-se dar por falta de alimentos, emoção, susto,
acidentes, principalmente os que envolvem perda sangüínea,
ambiente fechado e quente, mudança brusca de posição.

Na indústria, o desmaio pode ocorrer em qualquer atividade,


desde que esteja presente alguma das causas acima citadas.
Antes do desmaio, o indivíduo sente fraqueza, sensação de falta
de ar, tontura, zumbido nos ouvidos e ânsia de vômitos.
A pessoa torna-se pálida, apresentando suor frio. A seguir há
escurecimento da vista, falta de controle dos músculos e ela cai,
perdendo os sentidos.
O que fazer:

• manter o indivíduo deitado, colocando sua cabeça e ombros


em posição mais baixa em relação ao resto do corpo;
• afrouxar as roupas;
• manter o ambiente arejado;
• se a pessoa estiver sentada ou for difícil deitá-la, colocar a sua
cabeça entre as coxas e pressioná-la para baixo;
• se a vítima parar de respirar, fazer imediatamente a respiração
artificial;
• nos desmaios causados por calor intenso, depois de reanimar
a pessoa, e esta estiver consciente, oferecer água à vítima.

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Convulsão

É a perda súbita da consciência, acompanhada de contrações


musculares bruscas e involuntárias.
Como causas de convulsões, podemos citar a febre muito alta,
traumatismo na cabeça, intoxicações, epilepsia e outras doenças.
Na indústria, podemos encontrar esta afecção em indivíduos de
qualquer função e tanto em pessoas com história anterior de
convulsão, como o aparecimento do quadro pode dar-se já na
condição de empregados de empresas. De modo específico,
podemos encontrar empregados com convulsão quando expostos
a agentes químicos de poder convulsígeno, tais como os
inseticidas clorados e o óxido de etileno.
No ataque típico, o indivíduo perde a consciência, pode parecer
que pára a sua respiração e, ao mesmo tempo, seu corpo vai se
tornando rígido. Aparecem movimentos incontrolados das pernas
e braços. Pode-se notar a contração do rosto ou corpo.
Geralmente os movimentos incontrolados duram de 2 a 4 minutos,
tornando-se, então menos violentos e o paciente vai se
recuperando gradativamente. Mas as contrações podem variar na
sua gravidade e duração.
Durante a recuperação há perda da memória, que retorna aos
poucos.
O que fazer:

• amparar a cabeça;
• acomodar o indivíduo;
• retirar da boca pontes, dentaduras e eventuais detritos;
• afrouxar as roupas da vítima;
• virar o rosto para o lado, para evitar asfixia por vômitos ou
secreções;
• colocar um lenço entre os seus dentes para evitar que morda a
língua ou a engula provocando asfixia;
• afastar o indivíduo de objetos pontiagudos, que possam causar
traumatismos durante as contrações;
• deixar repousar até que volte a consciência;

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• não estimular a vítima com sacudidas, álcool, amoníaco,


vinagre, etc.;
• não jogar água;
• não ficar com medo da salivação;
• encaminhar ao Serviço médico para orientação e tratamento
adequado.

Intoxicações e Envenenamentos

São muito freqüentes, numa indústria, os casos de


envenenamentos e/ou intoxicações por substâncias químicas.
Essas substâncias podem ser diversas naturezas, dependendo do
tipo de empresa e do produto que produz ou utiliza.
Os meios de intoxicação são: via oral, via respiratória e pele.
A via oral é importantes, em virtude de o acidente provocado
através dela ocorrer quase acidentalmente. O hábito de fumar,
lanchar ou tomar refeições sem lavar as mãos, portanto a faltas
de higiene, pode levar ao acidente.
A via respiratória, quando se fala em intoxicações industriais, é a
mais importante. O empregado exposto a agentes químicos acima
de determinadas quantidades, sem o uso de equipamento de
proteção respiratória, poderá em pouco tempo intoxicar-se.
Ocorre intoxicação pela pele, quando alguns agentes penetram
através das roupas, contaminando a pessoa.
Para socorrer um acidentado, devemos conhecer todas as
substâncias químicas que são utilizadas na empresa.

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Intoxicação por via oral


Substâncias ácidas
O que fazer:

• retirar o intoxicado do local de trabalho;


• se estiver consciente, dar de beber água em pequena
quantidade, para diluir o ácido; dar leite de magnésia ou leite
comum, ou 1/4 de copo de azeite;
• se estiver inconsciente, retirar todos os objetos que estão
dentro da boca, como dentaduras, restos de comida, saliva,
vômito, etc.

Intoxicação por via respiratória


O que fazer:

• retirar o acidentado do local de trabalho;


• verificar a respiração da pessoa intoxicada;
• se houver parada respiratória, iniciar imediatamente a
respiração artificial.

Intoxicação por pele


O que fazer:

• retirar o acidentado do ambiente de trabalho, levando-o a um


lugar fresco e arejado;
• retirar toda a roupa do acidentado;
• lavar com bastante água o corpo.

Substâncias alcalinas (solda, potassa)


O que fazer:

• retirar o intoxicado do local de trabalho;


• se estiver inconsciente, retirar todos os corpos estranhos da
boca;
• eventualmente se pode dar 1/4 de copo de azeite.

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Outras substâncias
O que fazer:
• retirar o intoxicado do local de trabalho;
• estando inconsciente, prevenir a parada cardiorrespiratória,
observando as pulsações e a respiração.

Corpos Estranhos

Chamamos de corpo estranho qualquer elemento que possa


entrar nas cavidades naturais, como os olhos, ouvidos, nariz e
garganta. Geralmente, nas partes desprotegidas do empregado.

Corpo estranho nos olhos


Os olhos são os órgãos que estão mais em contato com o
trabalho e, portanto, mais suscetíveis de receber corpo estranho,
seja estilhaço, farpas, estrepes, pó de metal ou de terra e
produtos químicos.

Tratamento:
• pedir para que a vítima feche os olhos, pois as lágrimas
poderão retirar o corpo estranho; não esfregar ou mexer o olho
atingido;
• se for uma quantidade grande de poeira ou produto químico,
lavar com bastante água corrente, de preferência água que foi
fervida anteriormente (águas desligada). No caso de ter o
"lava-olhos", usá-lo adequadamente mas não tentar retirar o
objeto com qualquer instrumento ou assoprar o olho;
• se com essas medidas não sair o corpo estranho, tapar o olho
afetado com gaze esterilizada ou pano limpo limpo sem
comprimir. Encaminhar ao médico imediatamente.

Corpo estranho no ouvido


O ouvido não sofre em locais de trabalho a penetração de corpos
estranhos.
Geralmente são colocados grãos de feijão, soja, pequenas
pérolas, etc.., voluntariamente, pelas crianças, ignorantes do
perigo. Pode ser ainda que insetos, como besouros, moscas,
entrem involuntariamente.

O que fazer:
• Levar imediatamente ao médico, para atendimento
especializado.

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Corpo estranho no nariz


Incidente raro ambientes de trabalho e comum entre as crianças,
no lar. Estas, quando cometem este ato, geralmente não o
comunicam aos pais, ele pode se notado pela obstrução, dores
nas narinas, secreção nasal purulenta e sangramento. Os objetos
podem ser diversos, por exemplo, grãos de cereais e pequenos
artefatos de plásticos, madeira ou papelão.
O que pode ser feito:

• fechar a narina que está livre e, mantendo a boca fechada,


assoar com força, impelindo para foras o objeto;
• se não der resultado, não tentar retirar com instrumentos
pontudos, pinças, palitos, agulhas e levar ao médico
imediatamente.

Corpo estranho na garganta


Geralmente, um corpo estranho na garganta provém de ingestão
voluntária ou não de pedaços grandes de qualquer elemento que
não consegue passar dessa região. O problema maior que pode
causar é a asfixia e a morte por insuficiência respiratória.
As crianças, por curiosidade, por ingenuidade, ingerem botões,
moedas, bolas de gude, etc., causando transtornos sérios.
O que se pode fazer:
• baixar a cabeça e o tórax, batendo levemente entre as
omoplatas, provocando a tosse;
• encaminhar imediatamente ao médico.

Fraturas e Lesões de Articulação

É o rompimento total ou parcial de um osso ou cartilagem.


As fraturas podem ser fechadas, quando a pele não é rompida
pelo osso quebrado, e expostas ou abertas, quando o osso
atravessa a pele e fica exposto.
Todas as supostas fraturas e lesões de articulação devem ser
imobilizadas.
Nas indústrias, a fratura pode ocorrer em razão de quedas e
movimentos bruscos do empregado, batidas contra objetos,
ferramentas, maquinário, assim como quedas dos mesmos sobre
o empregado.

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Suspeita-se de uma fratura ou lesão articular quando houver sido


constatado pelo menos dois itens abaixo mencionados:
• dor intensa no local, que aumente ao menor movimento ou
toque na região;
• edema local (inchaço);
• crepitação ao movimento (som parecido com o amassar de
papel);
• hematoma (rompimento de vaso com acúmulo de sangue no
local) ou equimose (mancha de coloração azulada na pele),
que aparece horas após a fratura;
• paralisia (lesão dos nervos).

Observação: nunca se deve tentar colocar o osso no lugar. Isso


deverá ser feito em local e por pessoal qualificado.

O que fazer:
A) em caso de fraturas:
• colocar a vítima deitada em posição confortável;
• estancar eventual hemorragia, conforme o Hemorragias, em
caso de fraturas expostas ou abertas;
• imobilizar as articulações mais próximas do local cm suspeita
de fratura, a fim de impedir a movimentação, utilizando jornais,
revistas, tábuas, papelão, etc.; convém acolchoar com algodão,
lã ou trapos os pontos em que os ossos ficarão em contato
com a tala;
• não deslocar ou arrastar a vítima antes de imobilizar o
segmento fraturados;
• encaminhar a vítima ao Serviço Médico para diagnóstico e
tratamento precisos;

B) em caso de lesão articular: (entorses, luxações e contusões)


• colocar a vítima deitada ou sentada em posição confortável;
• nas primeiras 24 horas, aplicar frio intenso no local com bolsa
de gelo ou compressas frias úmidas; posteriormente, aplicar
calor local;
• imobilizar a região afetada com faixas ou panos para impedir
os movimentos, diminuindo assim a dor;
• após decorridas as primeiras 24 horas, pode-se aplicar calor no
local e imobilizá-lo, mantendo a região aquecida;
• encaminhar a vítima ao Serviço Médico para diagnóstico e
tratamento preciosos.

Observação: não massagear ou friccionar o local afetado.


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Acidentes por Animais Peçonhentos

Serpente ou cobras
Não é comum, se não rara, a ocorrência de acidentes no meio
urbano por animais peçonhentos, que são as serpentes, aranhas
e escorpiões.
Usualmente, temos mais acidentes com escorpiões e aranhas.
Como é difícil distinguir quais as espécies venenosas e as não-
venenosas, deve-se agir como se fossem todas venenosas e
potencialmente perigosas para a vítima.
O que se deve fazer:

A) Dentro dos primeiros trinta minutos:


• deitar a vítima o mais rápido possível, mantendo-a calma;
• manter o membro lesado num nível inferior ao do coração, para
que o veneno inoculado e já circulante na corrente sangüínea
tenha seu processo de difusão retardado;
• afrouxar as roupas da vítima, retirando calçados, anéis, relógio,
prevenindo assim complicações decorrentes de edemas que
freqüentemente ocorrem em picadas de cobras;

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CST
100 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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• não deixar a vítima andar ou correr, o que favoreceria o


agravamento da lesão no local da picada e ira acelerar o
processo de difusão do veneno, podendo levar à morte;
• observar os sinais vitais, evitando parada cardíaca e choque;
• encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico
e, caso tenha sido possível matar o réptil, enviá-lo juntamente
para identificação e aplicação do soro específico.

B) Após decorridos 30 minutos:


Passados trinta minutos da picada, as providencias acima se
tornam desnecessárias. Levar imediatamente o acidentado a um
hospital, para a aplicação do soro adequado; se possível, enviar
juntamente o réptil para identificação e aplicação do soro
específico.

Escorpiões
Os escorpiões vivem em casas velhas, sob montes de lenhas,
telhas e pedra, madeiras velhas e úmidas. No Brasil, os mais
conhecidos são os amarelos e os de coloração vermelho-escura,
quase pretos.

Conduta
O que se deve fazer:

• colocar a vítima deitada;


• colocar compressas frias sobre o local afetado de retardar a
disseminação do veneno na corrente sangüínea;
• encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico
e, caso tenha sido possível matar o animal, enviá-lo juntamente
para identificação e aplicação do soro específico;
• tratando-se de criança, agir com maior rapidez, pois, se o
tratamento demorar ou não for realizado em tempo hábil, isto
poderá levar a vítima à morte.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 101
Espírito Santo
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Parada Cardíaca - Massagem Cardíaca

A parada cardíaca é a interrupção do funcionamento do coração,


que pode ser constatada quando não se percebe os batimentos
do mesmo (ao encostar o ouvido na região anterior do tórax da
vítima), não se puder palpar o pulso e ainda quando houver
dilatação das pupilas (menina dos olhos).
O indivíduo acometido apresenta palidez, ausência de pulsação
tanto nos membros como no pescoço, dilatação das pupilas,
inconsciência e aparência de estar morto. Geralmente apresenta,
concomitantemente, parada da respiração.
A parada cardíaca pode ser causada por infarto do miocárdio
(coração), choque elétrico, intoxicação medicamentosa, monóxido
de carbono, defensivos agrícolas e outros, casos de
hipersensibilidade do organismo a certos medicamentos,
acidentes graves e afogamentos.
No ambiente de trabalho deve-se dedicar especial atenção aos
trabalhos com monóxido de carbono, defensivos agrícolas,
especialmente organosfosforados, e trabalhos em eletricidade,
embora o infarto do miocárdio ou um acidente grave possa ocorrer
nas mais variadas situações, inclusive no trajeto residência-
empresa-residência.

O que fazer:
• colocar a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura;

• se a vítima for adulta, dar dois a três golpes no peito, na parte


mediana do tórax sobre o osso externo, na sua parte inferior;

• logo a seguir, apoiar a metade inferior da palma de uma mão


nesse local e colocar a outra mão por cima da primeira. os
dedos e o restante da palma da mão não devem encostar no
tórax da vítima;

• fazer regularmente compressões curtas e fortes, cerca de 60


por minuto;

• concomitantemente, associar a respiração aplicada (vide


Parada respiratória - Respiração artificial), caso haja 2
socorristas;

• no caso de 1 socorrista deverão ser feitas 15 compressões


cardíacas para 2 respirações aplicadas;

• continuar a massagem cardíaca até que a vítima seja atendida


por um médico.

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Parada Respiratória - Respiração Artificial

Chamamos de parada respiratória o cessamento total da


respiração, devido a falta de oxigênio e excesso de gás carbônico
no sangue. Pode ocorrer por afogamento, choque elétrico,
intoxicação por medicamentos, monóxido de carbono, defensivos
agrícolas, etc.
A parada respiratória pode ser constatada pela coloração azulada
da face, lábios e extremidades e pela não-movimentação do tórax.
Através de um espelho ou metal polido colocado próximo ao nariz,
nota-se o não-embaçamento que ocorreria normalmente.
O oxigênio é vital para o cérebro e, quando há falta de oxigênio e
excesso de gás carbônico no sangue, ocorre o cessamento total
da respiração, chamado de parada respiratória.
O que fazer:

A - Respiração Boca-a-Boca
• agir com rapidez, deitando a vítima de costas sobre uma
superfície dura;
• afrouxar as roupas da vítima;
• retirar da boca da vítima dentaduras, pontes, lama ou outros
corpos estranhos que encontrar e limpar a boca com um lenço
ou pano limpo;
• levantar a nuca da vítima com uma das mãos e com a outra
inclinar a cabeça para trás ao máximo, ficando a ponta do
queixo voltada para cima. Manter a vítima nesta posição
durante toda a respiração artificial, estabelecendo uma
passagem livre para o ar;
• tampar as narinas da vítima com o polegar e indicador de uma
mão e abrir completamente a boca da vítima;
• encher bem os pulmões e colocar sua boca sobre da vítima,
sem deixar nenhuma abertura, e assoprar com força até
perceber que o tórax da vítima está elevando;
• afastar a boca e destampar as narinas da vítima, deixando que
os pulmões se esvaziem naturalmente e enquanto isso inspirar
novamente, prosseguindo num ritmo de 12 vezes por minuto;
• se não houver pulsação, efetuar concomitamente a massagem
cardíaca. No caso de haver um único socorrista, fazer 15
compressões cardíacas e, com rapidez, aplicar duas
respirações artificiais;
• se houver dois socorristas, um fará a respiração artificial
alternadamente com a outra pessoa, que fará massagem
cardíaca. Nesse caso, fazer 5 compressões cardíacas para
uma respiração aplicada;

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CST
104 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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• levar a vítima ao Ambulatório Médico ou Pronto Socorro, mas


mantendo a respiração artificial durante todo percurso.

B - Respiração Boca-a-Nariz
É usada em bebês e quando a vítima sofreu fratura da mandíbula,
cortes com hemorragia na boca ou quando não se conseguir abrir
sua boca:

• executar os itens a, b, c e d, do método Respiração Boca-a-


Boca;
• apertar os maxilares para evitar a saída de ar pela boca
(soprada pelas narinas);
• colocar sua boca em contato com as narinas da vítima e sobrar
com força;
• afastar a boca;
• abrir a boca da vítima o quanto puder e observar o
esvaziamento natural dos pulmões;
• recomeçar a operação e prosseguir num ritmo de 12 vezes por
minuto;
• levar a vítima para o Ambulatório Médico ou Pronto Socorro
mantendo a respiração artificial durante o percurso.

Observação: a freqüência respiratória média é a seguinte:


homens = 16 a 18 movimentos/minuto;
mulheres = 18 a 20 movimentos/minuto;
crianças = 20 a 25 movimentos/minuto;
crianças menor de um ano = 30 a 40
movimentos/minuto.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 105
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Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas
Antes de transportar o acidentado, deve-se lembrar que uma
manipulação sem cuidado pode causar problemas, às vezes, até
irreversíveis para a vítima, principalmente se houver ferimentos na
coluna, tórax, bacia ou crânio.
Ao socorrer uma vítima que tenha caído de uma altura
considerável ou tenha sido atropelada, devemos sempre
considerar a possibilidade de fraturas, hemorragias, parada
cardíaca ou respiratória e, portanto, devemos tomar muito cuidado
para transportá-la ou mudá-la de posição. Só se pode iniciar o
transporte, conhecendo-se o estado da vítima.
O socorrista deverá saber identificar a extensão do perigo, bem
como ser capaz de resolver o problema, evitando expor-se,
inutilmente, a riscos.
Transporte de acidentado com suspeita de lesão na coluna
O indivíduo com fraturas de coluna pode apresentar dor intensa,
impossibilidade de movimentação do tronco, formigamento ou
paralisia nas extremidades (braços e pernas) e dificuldade de
respiração.
Aja sempre com o máximo cuidado.
O que fazer:
Colocar a vítima sobre uma tábua, chapa de metal ou qualquer
superfície firme e lisa (para não curvar ou deslocar a espinha):

• colocar a tábua de madeira no chão, no lado da vítima; rolar o


acidentado sobre seu próprio corpo e a seguir, sobre a maca,
sem dobrar a coluna;
• se possível, socorrer em três pessoas, sendo que a primeira
segura a cabeça do acidentado e as costas; a segunda, as
nádegas e as coxas; e a terceira, as pernas e os pés. Todos,
ao mesmo tempo, levantam o acidentado e o colocam sobre a
tábua de madeira, tomando cuidado para não dobrar-lhe a
coluna. Prestar muita atenção para que a cabeça da vítima gire
junto com o corpo, sem ficar deslocada para trás ou para os
lados. Se houver suspeita de fratura da região cervical
(pescoço), tomar cuidado para não movimentar a cabeça do
acidentado;
• prevenir o estado de choque;
• imobilizar a vítima antes do transporte: colocar almofadas de
panos ou toalhas de cada lado da cabeça e amarrar a testa à
tábua com uma faixa ou qualquer tira de pano; amarrar
também o corpo à tábua, na altura do peito, quadril, joelhos e
próximo aos pés. Se o acidentado apresentar deformação na
coluna, é melhor imobilizá-lo sobre a maca na posição adotada
pela coluna, evitando o agravamento dos males;
• encaminhar a vítima para atendimento médico.
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CST
106 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Resgate de vítima de incêndio


O que fazer:

• envolver o corpo da vítima em pano de algodão (cortina, toalha,


tapete, cobertor, lençol ou outro material semelhante);
• apagar, primeiramente, as chamas na cabeça, ombros, tórax e
seguir em sentido descendente até os pés;
• deixar-lhe o rosto descoberto para que não inale fumaça;
• retirar sua roupa para evitar que cole e arranque a pele lesada,
envolvendo-o com um lençol limpo;
• dar-lhe água para beber, se estiver consciente;
• encaminhá-la imediatamente para um serviço médico para
diagnóstico e tratamento precisos.

Transporte de acidentado consciente por uma pessoa


A - Quando a vítima está deitada e com ferimentos leves,
podendo andar com o auxílio de uma pessoa;
• colocar-se à esquerda do acidentado, com o joelho esquerdo
no chão;
• passar o braço direito logo abaixo das axilas e segurar firme
sob a axila direita do acidentado;
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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 107
Espírito Santo
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• fazer a vítima segurar em torno de sua nuca e, com a mão


esquerda, segurar a mão esquerda da vítima;
• levantar-se, puxando a vítima junto.

B - Quando a vitima está deitada e não pode caminhar, mas tem


ferimentos leves:
• colocar-se à esquerda do acidentado, com o joelho esquerdo
no chão;
• passar o braço direito sob suas costas na altura das axilas;
• passar o braço esquerdo sob seus joelho;
• falar para a vítima segurar firmemente no seu pescoço;
• levantar-se, carregando-a no colo.

C - Quando a vítima é muito pesada:


• colocá-la em pé e dar-lhe as costas, inclinando-se um pouco
para a frente;

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• sustentar as pernas da vítima, segurando-lhe os joelhos, e


pedir a ela que se apoie no socorrista.

Transporte de acidentado inconsciente por uma pessoa

• colocar o acidentado de bruços;


• segurá-la por debaixo das axilas;
• levantá-lo até que fique de joelhos;
• apoiá-lo de pé colocando sua axila direita sobre a nuca;
• levantá-lo e carregá-lo sobre suas costas;
• somente realizar o transporte tendo a certeza de não haver
lesão de coluna.

Transporte de acidentado consciente por duas pessoas

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 109
Espírito Santo
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A - se a vítima puder andar, os dois socorridos colocam-se ao seu


lado e ela se apoia nos seus pescoços;

B - quando a vítima não puder andar, usar o método da


"cadeirinha":

• os dois socorridos ajoelham-se perto da vítima, que porá os


braços sobre os seus ombros;
• os dois socorridos fazem a "cadeirinha", levantando-se ao
mesmo tempo e andam com os passos desencontrados.

Transporte de acidentado inconsciente por duas pessoas

• colocar a vítima sentada em uma cadeira;


• um dos socorristas levantará a cadeira pelo espaldar;
• o outro socorrista, de costas, levantará a cadeira pelas pernas
da frente, próximo ao assento;
• a cadeira deve ficar inclinada para que o peso do acidentado
se apoie no espaldar.

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CST
110 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Este tipo de transporte dever ser utilizado em elevadores onde a


maca não consiga entrar.

Transporte por três pessoas

• os três socorristas devem alinhar-se de um dos lados da vítima;


• o primeiro colocará suas mãos debaixo da cabeça, ombros e
dorso do acidentado;
• o segundo colocará suas mãos sob as nádegas;
• o terceiro as colocará sob as pernas e coxas;
• os três devem suspender o acidentado e caminhar lentamente,
marcando o passo;

Este tipo de transporte é o mais seguro e indicado para


acidentados com suspeita de lesão de coluna.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 111
Espírito Santo
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Como improvisar uma maca

• com cabos de vassoura, galhos de árvores, guarda-chuvas ou


qualquer material semelhante e resistente;
• pegar dois paletós, enfiar as mangas para dentro deles,
abotoá-los inteiramente e enfiar os cabos mangas do paletó;
• enrolar uma toalha grande ou cobertor em torno dos dois
cabos;
• também podem ser utilizadas tábuas ou portas para transportar
principalmente os acidentados com lesão de coluna.

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CST
112 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Controle Ambiental

Meio Ambiente

Constitui-se num conjunto de elementos e fatores indispensáveis


à vida, de ordem física, química e biológica.

Poluição

É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades


que direta ou indiretamente:

• Prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população;


• Criam condições adversas as atividades sociais e econômicas;
• Afetam desfavoravelmente a flora e a fauna;
• Afetam as condições estáticas ou sanitárias do Meio Ambiente;
• Lançam matérias ou energias em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos.

Poluição do Solo/Resíduos
São modificações ocasionais no solo adivinhas de disposição
inadequada de materiais sólidos, líquidos e gazes.
Exemplo: Rejeitos industriais, lixo doméstico, etc.

Controle da Poluição por Resíduos


O controle de poluição por resíduos não pode consistir apenas no
controle da sua disposição, mas principalmente na redução da
geração, reutilização, reciclagem e comercialização.

Sistemática para Controle da Poluição por Resíduos


Segregação - Consiste em separar os resíduos para que não haja
contaminação entre eles.
Exemplo: Papel/papelão, vidro, metal, lixo orgânico/rejeito.
Acondicionamento - consiste em depositar cada material
separadamente em recipientes específicos.

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SENAI
Departamento Regional do Espirito Santo 113
Espírito Santo
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Exemplo: Papel/papelão na lixeira de papel; plástico na lixeira de


plástico; vidro na lixeira de vidro; metal na lixeira de
metal; lixo orgânico/rejeito na lixeira de lixo; óleo em
tambores; etc.

Baias de Contenção
consiste em uma área com proteção de mureta normalmente em
tijolo/bloco ou concreto, para que o material ali depositado, não
seja carregado pela a chuva para as pistas e sistema de
drenagem.

Disposição Adequada
consiste em depositar o material em recipientes apropriados.
Exemplo: Lixeira, cestos, tambores, caixas e baias de
contenção, etc.

Pátios Apropriados
Consiste em áreas pré-estabelecidas para depositar um
determinado tipo de material, e com proteção de muretas, cortinas
de proteção com árvores e sistema de drenagem apropriado para
o escoamento da água e recolhimento do material ali depositado.

C.A.S.P.
2
A CST dispõe em uma área de 360.000 m , com 14 pátios
separados com a finalidade de estocar materiais que ainda não
estão sendo reutilizados na usina e/ou comercializados, com
disposição adequada para que não haja contaminação entre eles.
Esta área chamada de “C.A.S.P”, ou seja, uma Central de
Armazenamento de subprodutos que foi construída na área de
expansão da C.S.T.

Poluição Atmosférica
São alterações no ar atmosférico em sua composição natural, por
introdução de elemento estranho fora dos padrões ambientais, ou
por desequilíbrio na porção de seus componentes, de maneira a
causar prejuízos ambientais com danos a saúde e à economia.
Exemplo: Poeira, fumaça, gases, etc.

Controle da Poluição Atmosférica


O controle das emissões atmosférica industriais deve ser feito
através de introdução adequada dos equipamentos industriais que
são na sua maioria despoeiramento e instalação de sistemas
específicos para controle da poluição.

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CST
114 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
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Equipamentos de Controle da Poluição Atmosférica

• Precipitadores Eletrostáticos - a poeira é carregada


eletricamente e a seguir retirada por ação magnética.
• Filtros de Mangas - indicados para a remoção de poeiras, estas
são retidas ao atravessarem um tecido industrial (similar ao
aspirador de pó).
• Ciclones - removem poeiras mais grossas, por ação de força
centrífuga.
• Lavadores - a poeira é retirado do ar por spray de água à alta
pressão.

Poluição Hídrica
São alterações na composição e nas características da água,
provocada por lançamentos de efluentes industriais e esgotos.
Exemplo: Vazamento de óleo, lamas, esgotos sem tratamento,
materiais sólidos, etc.

Controle da Poluição Hídrica


O controle da poluição hídrica é feita através de técnicas de
tratamento, que tem por finalidade reduzir as impurezas
melhorando a qualidade da água sobre os seguintes aspectos:
sanitário, estético e econômico.

Sistemas de Controle da Poluição Hídrica


• Tratamento Biológico (valor de oxidação) - o tratamento
biológico do esgoto doméstico ou industrial, consiste na
decomposição biológica, através de microorganismos que
consomem o material poluente nos esgotos.
• Caixa de Separação óleos e graxas - este tratamento consiste
em separar o óleo presente nos efluentes principalmente de
oficinas, em função da diferença de densidade entre o óleo e a
água.
• Bacias de decantação - consiste em se passar o efluente por
tanques de decantação, com períodos de detenção que
possibilitam a decantação do material em suspensão presente
nos efluentes.
• Tratamento Químico - são processos de neutralização e ou
coagulamento através dos quais substâncias químicas tóxicas /
ou não, são eliminados dos efluentes industriais.

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SENAI
Departamento Regional do Espirito Santo 115
Espírito Santo
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Controle Ambiental na CST

• Diariamente os técnicos de meio ambiente da IDC percorrem


todas as áreas da usina, verificando se existe algum
procedimento que possa causar dano ambiental. Caso seja
encontrado alguma ocorrência ambiental, é feito um contato
com o gerente da área para providenciar ações corretivas.
Semanalmente todas estas ocorrências são relatadas em
documento denominado Boletim Ambiental para se informar a
todo corpo gerencial, e para posteriores providências.
• A CST recebe freqüentemente fiscalização por parte dos
Órgãos Ambientais que acompanham o desempenho dos
equipamentos, os lançamentos hídricos e disposição dos
resíduos sólidos. Caso o desempenho ambiental não esteja em
conformidade com a legislação, a empresa é notificada com
prazo estabelecido corrigir o desvio encontrado.
• A auditoria ambiental é um importante instrumento de gestão
da empresa, que tem como objetivo avaliar o cumprimento dos
padrões, legislação e melhoria do desempenho da Empresa.
• Para analisar o desempenho ambiental de cada
empreendimento, são realizados monitoramento para avaliar, a
quantidade do ar ambiental, emissões das fontes (chaminés) e
do corpo recepto (mar). No caso específico de siderurgia os
principais parâmetro são: Dióxido de enxofre, material
particulado, e poeira sedimentável no ar e sólidos em
suspensão, pH, amônia, cianeto, fenol em efluentes hídricos.

Padronização Ambiental

A Empresa tem como diretriz, que todas as ativadas que são


desenvolvidas de forma repetitiva, devam ser padronizadas. Em
vista disto, as áreas operacionais, de manutenção e de apoio
vem implantando seus respectivos padrões, contemplando
inclusive o item meio ambiente e segurança.
A padronização do meio ambiente à nível de usina, compete a
área ambiental a sua elaboração e aprovação (IDC). Desta forma,
a IDC já implantou Padrões Técnicos Ambientais de emissão e de
lançamento para cada área da Companhia, e alguns de caracter
geral dentre os quais podemos citar:
• PA-11 - Comunicação e Análise de Ocorrências Ambientais
que regulamenta as responsabilidade da área em comunicar
toda e qualquer ocorrência que afete meio ambiente no âmbito
da empresa.
• PA-14 - Procedimento de Aprovação de Custos Ambientais -
Este padrão orienta os responsáveis por cada centro de custos,

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CST
116 Copanhia Suderurgica de Tubarão
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como processar a apuração dos gastos relacionados com os


sistemas ou equipamentos de controle ambiental.
• PA-15 - Procedimento de Meio Ambiente para Contratadas -
Este padrão tem por objetivo informar as empresas que
prestam serviços à CST, quais são suas obrigações para com
o meio ambiente.

Para controle das emissões das chaminés. a CST tem


estabelecido para cada Equipamento de Controle Ambiental um
padrão de emissão, cujo valor não pode ser ultrapassado sob
risco de penalização por parte dos Órgãos de Meio Ambiente.
Para conhecer o desempenho dos equipamentos de Controle
Ambiental, a Empresa mantém um programa de
acompanhamento onde são realizadas medições periódicas para
avaliar se suas emissões encontram-se enquadradas aos
padrões.
Para controle das emissões hídricas todo lançamento efetuado
pelas áreas devem estar dentro dos padrões de lançamento
estabelecidos pela legislação. Para controlar seus lançamentos, a
Empresa dispõe de um programa de monitoramento hídrico nas
diversas áreas da usina.

Responsabilidade Ambiental

Como toda instituição jurídica a CST tem suas obrigações para


com o meio ambiente. Assim, sua obrigação primeira é exercer
suas atividade sempre em conformidade com que determina a
legislação, ou seja, atendendo aos padrões de controle ambiental.
Outra responsabilidade da Empresa e o Termo de Compromisso,
que contempla melhorias com objetivo aperfeiçoar ainda mais o
seu desempenho ambiental.
Para que estes compromissos se tornem uma validade, o corpo
gerencial tem como um de suas atribuições fazer cumprir as
obrigações assumidas pela Empresa.
Para que o objetivo da empresa seja alcançado, no que se refere
ao meio ambiente, é necessário que cada empregado, exerça
suas atividade sem agredir o meio ambiente, procurando
reconhecer entre suas tarefas, quais as práticas ambientalmente
correta para executá-las.

Noções Básicas de Amarração, Sinalização e Transporte de Cargas

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SENAI
Departamento Regional doEspirito santo 117
Espírito Santo
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Introdução

Nas indústrias é crescente a utilização de meios de elevação


com operação a partir do solo (controle remoto), onde o
movimentador é também operador, ou seja, ele é responsável
pelas duas funções. O perigo é que tanto o pessoal da produção
quanto o pessoal da manutenção operam e movimentam, com
isso exercem uma atividade a qual não estão acostumados ou
mesmo preparados. A facilidade com que os meios de elevação
movimentam a carga engana quanto as situações de perigo.
Pela demonstração de condições de acidentes típicos é preciso
que elas sejam conhecidas e consequentemente evitadas.
No setor de transportes, apesar do alto grau de automatização,
ainda existe um grande percentual de trabalho manual,
especialmente na movimentação de cargas por meio de talhas,
guindastes, etc. que de agora em diante chamaremos de meios
de elevação.
Meios de elevação, como talhas, facilitam a movimentação de
cargas, por meio destes podemos reduzir muito nosso trabalho
braçal, porém, deveremos usar mais a “cabeça”.
O homem ao lado da carga que é o movimentador forma uma
equipe com o operador do meio de elevação. A atuação do
movimentador é fundamental para a execução de uma
movimentação com segurança.

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CST
118 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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Equipamentos de Proteção Individual

Proteção da Cabeça
Devido ao risco de se bater a cabeça em ganchos, cargas em
movimentação ou mesmo objetos parados, o capacete é
indispensável em qualquer lugar onde exista a possibilidade de
se machucar a cabeça. Capacetes devem estar a disposição e
tem de ser utilizados.

Proteção dos Pés


Os pés correm perigo constante pois a qualquer instante podem
cair objetos sobre os mesmos. Quando o movimentador está
prestando atenção à carga, ao operador e outras coisas que o
cercam ele está sujeito a bater o pé em objetos pontiagudos e
machucá-los e é por isso que é necessário o uso de sapatos
com biqueira de aço.

Onde existem pregos e outros objetos pontiagudos, que


poderiam perfurar a sola, é necessário que se use sapatos com
palmilha de aço revestida.

Proteção das Mãos


Arames soltos em cabos de aço sempre têm machucado mãos
de movimentadores assim como farpas de madeira das cunhas
e caibros e cantos vivos de cargas, portanto, é indispensável o
uso de luvas.

Tabelas de Cargas
As tabelas de carga para os diversos tipos de Lingas que
utilizamos completam nosso equipamento de segurança.
Com elas podemos definir facilmente qual Linga e de que forma
devemos utilizá-las.

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Departamento Regional do Espírito Santo 119
Espírito Santo
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Cronograma Ideal para uma Movimentação

1. Preparação:
• Conhecer o peso e centro de gravidade de carga;
• Determinar qual Linga e se necessário preparar
proteção para os cantos vivos;
• Preparar o local de destino com caibros e cunhas se
necessário.

2. Informar ao operador o peso da carga.


3. Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente
sobre o centro de gravidade da carga.
4. Acoplar a Linga à carga. Se não for utilizar uma das pernas
da Linga, acoplá-la ao elo de sustentação para que não
possa se prender a outros objetos ou cargas. Quando
necessário, pegar a Linga por fora e deixar esticar
lentamente.
5. Sair da área de risco.
6. Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação
e a todos que estiverem nas áreas de risco.
7. Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma
única pessoa.
8. Ao iniciar a movimentação devemos verificar:
• se a carga não se ganchou ou prendeu;
• se a carga está nivelada ou corretamente suspensa;
• se as pernas têm uma carga semelhante.
9. Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para
prendê-la corretamente.
10. Movimentação da carga.
11. No transporte de cargas assimétricas ou onde haja
influência de ventos deve-se usar um cabo de condução que
seja longo o suficiente para que se fique fora da área de
risco.
12. Abaixar a carga conforme indicação do movimentador.
13. Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou
tombar.
14. Desacoplar a Linga.
15. Prender os ganchos da Linga no elo de sustentação.
16. Ao levantar a Linga verificar se ela não pode se prender a
nada.

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120 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Acessórios do Movimentador

Cunha: Devem evitar que a carga escorregue ou se espalhe.


As fibras da madeira devem estar no sentido longitudinal da
cunha para que elas não possam se quebrar e para que possam
ser pregadas quando necessário.
Caibros: Tem a finalidade de manter um vão livre entre a carga
e o solo para que a Linga possa ser retirada por baixo da carga
e em caso de nova movimentação, para que a Linga possa ser
passada por baixo novamente.
Puxar a Linga por baixo da carga sem caibros:
• prejudica a carga
• prejudica a Linga
• derruba a pilha
Por estes motivos, os caibros devem ser grandes o suficiente
para que a Linga possa passar livre por baixo da carga e para
suportar o peso sobre eles depositado. Num estalo, pedaços de
caibros trincados podem ter a velocidade de uma bala e sempre
ocasionam acidentes.
Ao empilhar vigas e chapas grandes por exemplo, jamais
devemos usar caibros com menos de 8x8 cm. Para evitar de
prender os dedos devemos pegar os caibros pela lateral.

Gancho de engate: Fabricado a partir de


arame dobrado e com punho possibilita ao
movimentador manter suas mãos fora de
perigo. Com o gancho de engate podemos,
na posição 2, puxá-la até um determinado
ponto.

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Departamento Regional do Espírito Santo 121
Espírito Santo
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A Carga: Peso e Centro de Gravidade

Qual o peso da carga a ser elevada?


Para responder a esta pergunta existem 4 possibilidades:
• conhecer, pesar, calcular e supor.
O ideal é quando a peça tem seu peso indicado (pintura ou
plaqueta) para peças prontas e em estaleiros, é normatizado
que peças acima de uma tonelada tenham seu peso indicado.

Esta norma deveria ser praxe em qualquer indústria.


Fabricantes de máquinas e peças têm se empenhado muito em
indicar o peso em suas peças (e cargas). Outra possibilidade de
se encontrar o peso são os borderôs ou ordens de fabricação
que deveriam indicar o peso.

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CST
122 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Quando tivermos que pesar uma carga o ideal é que tenhamos


uma balança para talhas, de preferência com leitura digital para
facilitar a leitura, ou mesmo talhas com balança embutida com
mostrador digital no comando.

Balanças digitais à bateria são


fáceis de transporte e de fácil leitura

Comando com indicação digital da


carga

Quando essas possibilidades não existem não resta outra


alternativa se não calcular ou pedir à supervisão que calcule o
peso. Chutar é a pior alternativa, pois somente com muita
experiência em peças semelhantes é que temos a possibilidade
de chegar a um resultado satisfatório.
Se a definição do peso é importante, ainda mais é a definição do
centro de gravidade. Nas peças simétricas esta definição é fácil
mas em máquinas e peças assimétricas onde o centro de
gravidade é deslocado, o ideal seria que houvesse uma
indicação na máquina, peça ou mesmo embalagem. Se o centro
de gravidade é desconhecido não se sabe onde alinhar o
gancho de elevação. A capacidade de um guindaste de lança
depende de quanto se avança a sua lança. Quanto mais
distante a carga estiver, menor a capacidade de carga do
guindaste. O limitador de carga da máquina não deve ser usado
por erros de cálculos do operador.

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Departamento Regional do Espírito Santo 123
Espírito Santo
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Qual a Linga para Qual Aplicação?

Para movimentar cargas com meios de elevação são utilizados


lingas e dispositivos de movimentação.
As Lingas são, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laços
sintéticos. Por meio delas é que fazemos o acoplamento da
carga ao meio de elevação.
Dispositivos de movimentação são aqueles que fazem um
acoplamento direto ou mesmo através de uma Linga à carga.
São considerados dispositivos de movimentação: ganchos e
garras especiais, suportes para eletroimãs, travessões, etc. A
escolha da Linga deveria ser feita pela engenharia de produção
ou pelo planejamento, mas na maioria das vezes, quem tem de
escolher é o próprio movimentador.

O cabo é passado por baixo da carga e a


corrente a suporta com menor desgaste

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124 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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Aplicáveis são:
• Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou
escorregadia, assim como laços de cabo de aço com
ganchos para aplicação nos olhais da carga.
• Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas
que não tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com
gancho podem ser acoplados aos olhais da carga.
• Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies
extremamente escorregadias ou sensíveis, como por
exemplo, cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e
pintadas.
• Cordas de Sisal e Sintéticas: para cargas com superfície
sensível, de baixo peso, como tubos, peças de aquecimento
e refrigeração ou outras peças passíveis de amassamento.
• Combinação Cabo e corrente: para o transporte de perfis e
trefilados.
Neste caso a corrente deve ficar na área de desgaste onde
possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas
extremidades exercendo função de suporte e facilitando a
passagem da Linga por baixo das cargas.

Não aplicáveis são:


• Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas
temperaturas.
• Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.
• Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em
altas temperaturas.

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Departamento Regional do Espírito Santo 125
Espírito Santo
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Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar


grampos pega-chapa.
Desde abril de 1979 é obrigatório que estes ganchos tenham
uma trava.
A pega (abertura) do grampo deve ser indicada na própria peça.
Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois
grampos que tenham uma pega compatível com a espessura da
chapa. Os dois grampos são necessários para que se garanta a
estabilidade da carga, pois, se a chapa balança, as ranhuras da
garra desgastam rapidamente, podendo se quebrar nos cantos.
Antes de movimentar, sempre travar os grampos.
Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos
de movimentação, os quais nem sempre são dotados de travas
que não permitam que a carga se solte. Estes dispositivos são
projetados para cargas específicas e só devem ser usados para
as quais foram construídos.
Também para movimentar as chapas na horizontal, devemos
usar grampos com trava, pois chapas finas tendem a se dobrar
o que pode fazer com que se soltem dos grampos e caiam.

Cordas

As cordas são o mais antigo tipo de Linga, que se conhece. Elas


são produzidas a partir de fibras que são torcidas, trançadas ou
encapadas.
Antigamente as fibras que se utilizavam na fabricação de cordas
eram fibras naturais como Sisal ou Cânhamo. Hoje estas fibras
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CST
126 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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são substituídas por fibras sintéticas como Poliamida, Poliester


ou Polipropileno que as vezes são comercializadas com nomes
comerciais como nylon, diolen, trevira e outros.
Como diferenciar as diversas fibras:
Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes
capacidades, é necessário que se saiba qual é a fibra para se
conhecer sua capacidade de carga.
Em cordas, a partir de 3mm de diâmetro devemos ter uma filaça
de uma determinada cor para identificar a fibra mas, cordas
abaixo de 16mm de diâmetro, são muito finas e não devem ser
utilizadas para movimentação.
Em cordas a partir de 16mm deveria haver identificação do
fabricante e do ano de fabricação.
Por normalização internacional as cores que identificam as
fibras são:
Cânhamo ........................................................Verde
Sisal .......................................................... Vermelho
Cânhamo de Manilha .......................................Preto
Poliamida ........................................................Verde
Poliester ............................................................ Azul
Polipropileno ................................................ Marrom
A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser
confundida uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico
e a poliamida um acabamento muito liso.

Cabos de Aço

Terminologia
PERNA - É o agrupamento de arames torcidos de um cabo.
ALMA - É o núcleo do cabo de aço.
Um cabo é feito com diversas pernas em redor de um
núcleo ou alma.
LEITURA - Exemplo: cabo 6 x 19
O primeiro número ( 6 ) representa a quantidade de
pernas de que é constituído.
O segundo número ( 19 ) especifica a quantidade de
arames que compõe cada perna.
Portanto, o cabo 6 x 19 tem 6 pernas, tendo cada uma
delas 19 fios ou seja um total de 114 fios.

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Departamento Regional do Espírito Santo 127
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Classificação quanto a Alma


AF - Alma de fibra (canhamo) maior flexibilidade.
AA - Alma de Aço - maior resistência à tração.
AACI - Alma de Aço com Cabo Independente:
combinação de flexibilidade com resistência à tração.
Nota: Os cabos AA (Alma de aço) tem 7,5% de resistência à
tração a mais e 10% no peso em relação aos AF (alma de fibra).
Torção
Torção à DIREITA: quando as pernas são torcidas da esquerda
para a direita.
Torção à ESQUERDA: quando as pernas são torcidas da direita
para a esquerda.

Torção Direita Torção Esquerda

Torção REGULAR: quando os fios de cada perna são torcidos


em sentido oposto á torção das próprias pernas (em cruz).
Maior estabilidade.

Torção LANG: quando os fios e as pernas são torcidas na


mesma direção (paralelo).
A torção LANG tem por característica o aumento da resistência
à abrasão e da flexibilidade do cabo.

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128 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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LANG DIREITA LANG ESQUERDA

Cabos de aço com alta capacidade de carga são construídos a


partir de arames trefilados a frio com uma resistência de
2
1770 mm .
Arames individuais são trançados primeiramente para formar
uma perna e estas pernas por sua vez são trançadas para
formar o cabo de aço. O arame individual fica numa helicoidal
dupla, sendo a primeira na perna e a segunda na torcedura do
cabo. Com aplicação de carga no cabo é feita uma alteração no
seu volume, o que se explica pela acomodação das pernas
sobre a alma, com isso o diâmetro do cabo é reduzido.
Para apoio das pernas existe, no interior do cabo, uma alma que
pode ser feita a partir de fibras naturais, sintéticas ou de aço. A
alma não tem somente função de apoio, mas funciona também
como reservatório de óleo. Quando o cabo é solicitado, as
pernas comprimem a alma que libera o óleo, com isso o atrito
dentro do cabo é reduzido.

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Departamento Regional do Espírito Santo 129
Espírito Santo
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Cabos velhos onde o óleo já foi


consumido e cabos que trabalham
em temperatura que já perderam
seu óleo por evaporação ainda
não perderam resistência mas,
perderam vida útil. Por isso
devemos periodicamente lubrificar
os cabos externamente com óleo
adequado.
Um único arame rompido é de
pouca importância pois logo a
frente estará prensado entre
outros e ainda contribuindo para a
capacidade de carga. Somente
quando temos vários arames
rompidos é que a capacidade de
carga diminui. Aqui, fica
demonstrada uma boa
característica do cabo de aço. Ele
nunca se rompe sem que antes
vários arames se rompam.
O cabo de aço, habitualmente, é
composto de seis pernas e da
alma que retém o lubrificante. O
cabo assim composto é utilizado
para Lingas, guindastes ou talhas.
Ele tem uma boa deformidade e,
portanto, é aplicável para diversas
finalidades.

Cabo de aço

Tabela de carga para cabos

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130 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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Cabos de aço fabricados em espiral (cordoalhas) ou uma perna


simples, não devem ser utilizados para movimentação, pois tem
uma estrutura muito rígida e são feitos apenas para
tensionamento.
O tipo mais flexível é o cabo de aço que é composto de diversas
pernas e da alma. A alma no interior e a diferença de área
metálica fazem com que num mesmo diâmetro, a cordoalha
tenha uma maior capacidade de carga que o cabo.

Flexibilidade
A flexibilidade está condicionada ao número de arames que o
compõe.
São os cabos classificados em:
a) Pequena flexibilidade: construção 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7
(cordoalha);
b) Flexíveis: construção 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7;
c) Extra flexível: construção 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6
x 47, 6 x 61.

Tipos
WARRINGTON - Pernas do cabo construídas com duas bitolas
de arames; bastante flexível e menos resistente ao desgaste,
pois os arames mais finos encontram-se na periferia.
SEALE - Pernas do cabo construídas com três bitolas de
arame, sendo o cabo menos flexível da série, porém mais
resistente ao desgaste à abrasão.

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Departamento Regional do Espírito Santo 131
Espírito Santo
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FILLER - Pernas do cabo construídas com vinte e cinco


arames (seis de enchimento) apresentando boa flexibilidade.
COMUM - As pernas do cabo são construídas por um só tipo
de arame. É um termo intermediário entre a flexibilidade e
resistência ao desgaste, dos outros tipos acima.

6 x 19 + AF 6 x 19 + AF
Warrington Seale
1 + 6 + (6+ 6) 1+9+9

6 x 25 + AACI 6 x 19 + AF
Filler Comum
1 + 6 + 12 1 + 6/12

Para definir a carga de trabalho de um cabo pelo seu diâmetro


devemos medi-lo, conforme demonstrado na figura abaixo.

Medição do cabo de aço

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132 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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Cabos já utilizados em guindastes ou outros meios de elevação


não podem ser utilizados novamente numa composição de
Linga. Ele pode ter um grande desgaste interno que não é
visível externamente.

Tabela de Diâmetros Ideais de Tambores e Polias


Seguem os diâmetros ideais das polias ou tambores conforme a
formação do cabo:
Diâmetro do Tambor ou Polia
Tipo de Cabo Mínimo Recomendado
6 x 7..................................................... 42 vezes o ∅ do cabo 72 vezes
6 x 19..................................................... 30 vezes o ∅ do cabo 51 vezes
6 x 25..................................................... 30 vezes o ∅ do cabo 45 vezes
6 x 37, 41, 43......................................... 18 vezes o ∅ do cabo 27 vezes
8 x 19..................................................... 21 vezes o ∅ do cabo 31 vezes
18 x 7..................................................... 34 vezes o ∅ do cabo 51 vezes

Resistência dos Cabos de Aço


A resistência teórica dos cabos se determina somando-se a
resistência dos arames que o compõe, excluindo-se as almas
dos mesmos, quer sejam de aço ou de fibra.
A carga de ruptura efetiva diminui conforme aumenta o
número de arames:
Exemplos:
a) Cordoalhas 3 a 7 fios, resistência efetiva 96% da teórica
b) Cordoalhas 19 fios, resistência efetiva 94% da teórica
c) Cabos 6x7, 6x25, 8x19, resistência efetiva 85% da teórica
d) Cabos 6x37, 6x41, resistência efetiva 80% da teórica
e) Cabos 6x42, 6x43, 6x47, 6x61, resist. efetiva 72% da teórica
A carga de trabalho de um cabo em movimento é 1/5 (um
quinto) de sua carga de ruptura mínima.

O fator de segurança é a relação entre a carga de ruptura


mínima e a carga aplicada. Exemplo:
a) Cordoalhas e cabos estáticos, fator 3 a 4
b) Cabos tração horizontal, fator 4 a 5
c) Cabos p/ guinchos e terraplan., fator 5
d) Pontes rolantes, talhas elétricas, fator 6 a 8
e) Elevadores baixa velocidade, fator 8 a 10
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Departamento Regional do Espírito Santo 133
Espírito Santo
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f) Elevadores alta velocidade, fator 10 a 16


Pré-formação:
É processo de fabricação cuja finalidade é a de eliminar as
tensões internas e torções inerentes aos arames de alto
carbono, utilizados na fabricação de cabos de aço.
As pernas dos cabos pré-formados se acomodam na posição
Helicoidal que ocupam no conjunto.
São as seguintes as vantagens apresentadas pelos cabos pré-
formados:
a) aumento à flexibilidade;
b) maior resistência à fadiga de flexão;
c) eliminação das tensões internas;
d) manutenção na sua posição original dos arames que se
quebram, não se desfiando;
e) o não desenrolamento das extremidades cortadas.

Laços

Um cabo de aço é tão bom quanto o laço que é feito com ele.
Laços para formação de olhais são feitos por trançamento ou
prensagem.
Presilhas de alumínio devem deixar a ponta à mostra para
controle e devem ter a marca da firma que executou a
prensagem, que normalmente é composta por duas letras.

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134 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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Presilha de alumínio com indicação da firma


que executou a prensagem

Nós em cabos de aço são estritamente


proibidos

A norma DIN 1142 prescreve que somente grampos com porcas


auto-travantes e uma grande área de apoio podem ser
utilizados. Todos os grampos devem ser montados de forma
que o mordente se prenda a perna portante.
No mínimo 3 grampos são necessários (grampo pesado) para
se fazer um laço com cabo de aço fino. Quanto maior o
diâmetro do cabo mais grampos são necessários. Laços feitos
com grampos devem ser usados apenas para uma única
aplicação, devendo ser desfeitos logo após a utilização, para
que não sejam utilizadas erroneamente.
Grampos construídos conforme DIN 741 (grampos leves) com
porcas simples e pequena área de apoio, não são mais
normalizados e não devem ser utilizados para movimentação.

Neste caso 4 grampos são necessários


( Diâmetro do cabo 3/4” )

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Departamento Regional do Espírito Santo 135
Espírito Santo
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Pronto para usar. Todos os mordentes estão no cabo portante.

Desmontar imediatamente após utilizada

Ultimamente a tendência é a de se fazer o olhal flamengo, que é


feito a partir do próprio cabo.
O olhal Flamengo é feito abrindo-se a ponta do cabo em duas
metades, separando-se as pernas 3 a 3. Uma metade é curvada
para formar um olhal, e em seguida a outra metade é
entrelaçada no espaço vazio da primeira.

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136 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Mesmo antes de ser colocada a presilha de


aço, o olhal já é capaz de suportar uma carga
superior à carga de trabalho do laço.
A presilha é de aço especialmente ensaiado e
aprovado conforme rigorosa especificação.

Principais vantagens do Olhal Flamengo:

1 Olhal mais resistente e seguro

2 Carga centrada

Presilha de aço de pequenas


3
dimensões e de superfície lisa

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Departamento Regional do Espírito Santo 137
Espírito Santo
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Laços

Olhal Flamengo

Olhal Flamengo
com sapatilha protetora

Olhal Flamengo
com estribo protetor

Laço Trançado a Mão

Laço sem fim

Cintas

As cintas de movimentação são fabricadas a partir de fibras


sintéticas.
Com relação ao seu próprio peso, as cintas têm uma
capacidade de carga e não prejudicam a sua superfície.

Cinta de poliester com etiqueta

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CST
138 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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As cintas de poliester devem ter uma etiqueta azul para que


sejam reconhecidas. Elas têm uma boa resistência quanto à luz
e calor e também ácidos solventes. Elas têm também uma boa
elasticidade, o que faz com que seja o tipo de cinta mais
utilizada. Ela só não resiste à base e por isso não deve ser
lavada com sabão.
As cintas de poliamida devem ter uma etiqueta verde de
identificação e são resistentes à bases. A desvantagem das
cintas de poliamida está no fato de que elas absorvem muita
água em ambientes úmidos o que reduz sua capacidade. Esta
acumulação de água pode também fazer com que em dias
muito frios ela possa se enrijecer (congelar) e ficar quebradiça.
Cintas de movimentação feitas de polipropileno (etiqueta
marrom) tem uma baixa capacidade de carga, levando-se em
conta seu peso próprio, e são pouco flexíveis. Mas elas têm uma
boa resistência química e são utilizadas em casos especiais.
O NYLON é a mais forte das fibras sintéticas e apresenta uma
alta capacidade de absorção de força, além de excepcional
resistência a sucessivos carregamentos.
Para utilização de cintas em banhos químicos, o fabricante
deveria ser consultado para maiores esclarecimentos.
As formas mais comuns de cintas são:
• cesto sem fim
• com olhais sem reforço
• com olhais reforçados
• com terminais metálicos

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Departamento Regional do Espírito Santo 139
Espírito Santo
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No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma


que seja possível passar um pelo outro para que se possa fazer
uma laçada.
Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando
usadas ao ar livre ou em banhos químicos, a data de fabricação
das cintas deve estar na etiqueta.
Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos
usar revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em
especial de poliuretano. Normalmente estes de perfis são
ajustáveis à cinta.

Para utilização de cintas existem algumas regras especiais:


• Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as
pontas da cinta não deve ultrapassar 120º.
• Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas
em laço.

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140 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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• Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar


numa perna perpendicular para não haver esforço maior
numa das pernas.
• As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para
que não sejam danificadas.
• Não se pode dar nó nas cintas.
• Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser
neutralizadas e enxaguadas para que não haja concentração
química.

Segurança tabém requer Inspeção


As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a
duas semanas, quando usadas em levantamentos gerais de
diferentes tipos de cargas.
1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área
apropriada.
2º. Examine os dois lados da cinta.
3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu
comprimento e perímetro.
4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e
cuidadosamente.
5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma
pessoa, designada para esta inspeção.

10 itens para um levatamento seguro


1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações
de peso e estabilidade.
2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de
elevação.
3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além
de evitar desgaste do equipamento e acidentes.
4. Nunca use cintas avarariadas.
5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar
uma fácil remoção, após o uso.
6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque
calços ao descarregá-la para melhor poder elevá-la.
7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.

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Departamento Regional do Espírito Santo 141
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8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”,


de seção lisa e redonda.
9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo
gancho.
10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta,
verifique se o total do peso está bem distribuído na tensão
dos vértices da cinta.

Formas de Levantamento
As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma
das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado.
Algumas cintas são especificamente designadas para serem
utilizadas em somente um tipo de levantamento.

Correntes para Lingas

Correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades.


Primeiramente os elos são dobrados e depois soldados.
Posteriormente é feito o tratamento térmico (correntes de grau)
e ensaio de tração. Diversos teste são feitos durante e após a
fabricação para que as correntes sejam certificadas. Durante a
produção, alguns elos são dobrados em diversos sentidos para
verificar a solda e após a produção e tratamento térmico, são
realizados testes de tração e ruptura.

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142 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente


correntes que tenham elos com passo igual a 3 vezes o seu
diâmetro podem ser utilizadas para movimentação e amarração
de cargas. Esta regra se explica pelo fato de que correntes
assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos
se apoiam nos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se
dobre.

Correntes Soldadas
Comuns, Galvanizadas, Calibradas (Especiais para Talhas)

Corrente de Aço Forjado e Amarras até 3”

Correntes Forjadas
Tabela de Medidas e Pesos Aproximados
Medidas ext. dos Elos em Peso aprox. Carga de
Diâmetro mm. aprox. p/m Elos segurança
em mm p/ as Correntes comuns curtos em kg
Curtos Comp. kg
2,3 13 x 17 -- 0,113 --
3,0 14 x 21 16 x 28 0,160 100
3,5 17 x 26 16 x 31 0,240 120
4,0 17 x 28 18 x 31 0,310 180
4,5 18 x 28 19 x 32 0,350 200
5,0 20 x 31 25 x 46 0,490 280
5,5 24 x 36 25 x 47 0,600 330
6,0 25 x 39 26 x 46 0,680 380
6,5 27 x 42 27 x 48 0,800 480
7,0 28 x 44 29 x 48 1,050 550
8,0 33 x 50 32 x 58 1,300 800
9,0 34 x 49 36 x 61 1,660 900
9,5 38 x 54 38 x 61 1,850 1.000
11,0 39 x 59 2,550 1.500
12,5 43 x 66 3,500 1.800
14,0 50 x 74 4,500 2.000
15,5 53 x 82 5,500 2.500
19,0 68 x 102 8,000 4.000
22,0 75 x 112 10,200 5.000

As correntes calibradas têm as medidas exatas, são testadas


em máquinas de provas de acordo com a tabela acima e com o
coeficiente 2, ou seja, 100% da carga admissível (carga de
segurança)
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Lingas de Correntes
Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes
rolantes, Empreiteiros de Construção e para todos os trabalhos
onde se tornam necessários Guindastes para remoção de
material, como cargas e descargas de navios e caminhões.
Segue tabela de cargas de trabalho.

Lingas de Correntes

TIPO - A TIPO - B TIPO - C TIPO - D TIPO - E

Quadro de Cargas de Trabalho

Bitola da Corrente Carga de Trabalho


mm poleg. kg
8 5/16” 500
9,5 3/8” 850
12,7 1/2” 1.500
15,9 5/8” 2.500
19 3/4” 3.400
22,2 7/8” 4.600
25,4 1” 5.900
28,6 1.1/8” 7.500
31,8 1.1/4” 9.670

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Espírito Santo
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Lingas Duplas, Triplas, Quadruplas, etc.


em Corrente de Aço forjado testadas.

ÂNGULO

Quadro de Cargas de Trabalho Lingas Duplas


Bitolas da Corrente Cargas de Trabalho
Âng. 45º Âng. 60º Âng. 90º Âng. 120º
mm Polegadas
kg kg kg kg
8 5/16” 1.350 1.250 1.000 700
9,5 3/8” 2.250 2.150 1.750 1.200
12,7 1/2” 4.000 3.800 3.100 2.200
15,9 5/8” 6.700 6.350 5.200 3.700
19 3/4” 9.150 8.650 7.100 5.100
22,2 7/8” 12.400 11.700 9.600 6.900
25,4 1” 15.900 15.000 12.300 8.800
28,6 1.1/8” 20.200 19.100 15.700 11.200
31,8 1.1/4” 26.100 24.600 20.300 14.500
Dimensões aproximadas.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 145
Espírito Santo
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Lingas Combinadas

Para a movimentação de cargas temos alternativas para


melhorar a durabilidade, facilitar o manuseio e também poupar a
carga. Podemos conseguir isso combinando diversos materiais.
a) Cabo - corrente - cabo:
Usa-se o cabo para passar por baixo da carga. A parte que
envolve a carga é uma corrente de grau 8 o que, por
exemplo, no transporte de trefilados garante uma boa
durabilidade e bons custos.
b) Corrente com encurtador - cabo.
Quando o cabo é necessário para que se envolva a carga e
precisamos também de ajuste no comprimento da Linga,
usamos esta combinação.
c) Corrente - cintas.
As cintas são utilizadas principalmente no transporte de peças
acabadas ou semi-acabadas onde a superfície não pode ser
danificada. Com essa combinação temos a vantagem da
durabilidade da corrente e da facilidade de substituir a cinta
quando necessário. Fora a possibilidade de ajuste no
comprimento da Linga usando garras de encurtamento.
d) Corrente - laço sintético
Assim como a cinta, o laço sintético pode ser conjugado com a
corrente e seus acessórios e manter a boa característica do
laço que é a de poupar a carga de danos superficiais.
Em Lingas combinadas devemos atentar para que a plaqueta de
identificação seja feita de acordo com a parte mais frágil da
Linga. Nunca considerar a carga pelo dimensional da
corrente, pois nestes casos normalmente ela está super
dimensionada com relação aos outros materiais aplicados.

Combinação corrente + cinta

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CST
146 Companhia Siderúrgica de Tubarão
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Capacidade de Carga das Lingas

Após definir qual tipo de Linga iremos utilizar (cabo, corrente,


cinta e combinada) devemos também definir o dimensional das
mesmas. A carga deve ser transportada sem que a Linga seja
sobrecarregada. A capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou
etiqueta define a massa que pode ser elevada com a Linga.
Para definir a carga aplicada na Linga devemos saber:
• se a carga será transportada por uma ou mais pernas
perpendiculares
• se a carga será transportada por duas ou mais pernas em
ângulo.
Princípios básicos:
• Quando a carga é aplicada em uma ou mais pernas
perpendiculares e a carga é aplicada de forma igual sobre as
pernas, podemos somar as capacidades das mesmas.
• Quando a carga não é aplicada igualmente sobre as pernas,
devemos contar com a capacidade de apenas duas.
• Quando a Linga forma um ângulo diminuímos a capacidade
de cada perna.
• Quanto maior a angulação, menor a capacidade e, portanto,
maior a Linga a ser utilizada.

Com ângulos de trabalho acima de 60º a força aplicada em uma única


perna, excede o peso da carga em si

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 147
Espírito Santo
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Ângulo de trabalho não permissível. Como ângulo de trabalho,


entendemos o ângulo que se forma numa perpendicular a lateral da
carga e Linga.
Ângulo maior que 60º

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CST
148 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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A carga pende para um lado por isso a angulação de trabalho das


pernas é diferenciada.
Com a utilização de tabelas de carga e o conhecimento dos
ângulos podemos sempre escolher a Linga correta.
Obs.: Ângulos acima de 60º não são permitidos. Quando uma
carga é assimétrica seu centro de gravidade está deslocado e
portanto uma perna é mais solicitada que a outra. Portanto
nesses casos devemos usar uma Linga onde uma perna
suportaria toda a carga.

A capacidade de carga é definida pela angulação de trabalho

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 149
Espírito Santo
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Exemplos de Tabelas

Cargas de Trabalho do Olhal Flamengo


Tipo C
CABO 6 X 25 FILLER + AF “CIMAX” z FATOR DE SEGURANÇA 5:1
Dimensões Aproximadas
do olhal Cargas a serem levantadas em kgf
(em mm)
Diâmetro Diâmetro Compri-
mento
do cabo do cabo Normal ou com Com sapatilha simples Forca 2 Superlaços ou 1 dobrado
mínimo
em em estribo protetor pesada
(em m)
mm polegadas
Em ângulo

A B C B C Vertical (Choker)
Vertical
6,4 1/4” 0.70 100 50 41 22 525 390 1.050 910 740 525
8,0 5/16” 0.75 130 65 47 27 815 610 1.630 1.415 1.155 815
9,5 3/8” 0.75 160 80 54 28 1.170 875 2.340 2.030 1.655 1.170
13,0 1/2” 1.00 210 105 70 38 2.060 1.545 4.120 3.580 2.920 2.060
16,0 5/8” 1.20 270 135 90 44 3.200 2.400 6.400 5.565 4.535 3.200
19,0 3/4” 1.40 320 160 105 51 4.580 3.435 9.160 7.965 6.495 4.580
22,0 7/8” 1.60 380 190 123 57 6.190 4.640 12.380 10.765 8.790 6.190
26,0 1” 1.80 430 215 135 63 8.030 6.020 16.060 13.965 11.390 8.030
29,0 1.1/8” 2.00 490 245 150 73 10.120 7.590 20.240 17.600 14.350 10.120
32,0 1.1/4” 2.20 540 270 155 73 12.420 9.315 24.840 21.600 17.615 12.420

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CST
150 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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CABO 6 X 41 Warrington - Seale + AF (I.P.S.) z FATOR DE SEGURANÇA 5:1


Dimensões Aproximadas
do olhal Cargas a serem levantadas em kgf
(em mm)
Diâmetro Diâmetro Compri-
mento
do cabo do cabo Normal ou com Com sapatilha Simples Forca 2 Superlaços ou 1 dobrado
mínimo
em em estribo protetor pesada
(em m)
mm polegadas
Em ângulo

A B C B C Vertical (Choker)
Vertical
6,4 º) 1/4” 0,70 100 50 48 25 495 370 990 860 700 495
8,0 º) 5/16” 0,75 130 65 48 25 770 575 1.540 1.340 1.095 770
9,5 º) 3/8” 0,75 160 80 54 28 1.105 825 2.210 1.920 1.565 1.105
13,0 1/2” 1,00 210 105 70 38 1.940 1.455 3.880 3.375 2.750 1940
16,0 5/8” 1,20 270 135 90 44 3.020 2.265 6.040 5.250 4.280 3.020
19,0 3/4” 1,40 320 160 105 51 4.320 3.240 8.640 7.510 6.125 4.320
22,0 7/8” 1,60 380 190 123 57 5.840 4.380 11.680 10.150 8.280 5.840
26,0 1” 1,80 430 215 135 63 7.580 5.685 15.160 13.180 10.750 7.580
29,0 1.1/8” 2,00 490 245 155 73 9.540 7.155 19.080 16.590 13.525 9.540
32,0 1.1/4” 2,20 540 270 155 73 11.720 8.790 23.440 20.375 16.620 11.720

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 151
Espírito Santo
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CABO 6 X 47 Warrington - Seale + AACI (I.P.S.) z FATOR DE SEGURANÇA 5:1


Dimensões Aproximadas
do olhal Cargas a serem levantadas em kgf
(em mm)
Diâmetro Diâmetro Compri-
mento
do cabo do cabo Normal ou com Com sapatilha Simples Forca 2 Superlaços ou 1 dobrado
mínimo
em em estribo protetor pesada
(em m)
mm polegadas
Em ângulo

A B C B C Vertical (Choker)
Vertical
35,0 1.3/8” 2,40 600 300 185 89 13.640 10.230 27.280 23.625 19.290 13.640
38,0 1.1/2” 2,60 650 325 185 89 16.155 12.115 32.310 27.980 22.845 16.155
45,0 1.3/4” 3,10 760 380 230 115 21.670 16.250 43.340 37.530 30.645 21.670
52,0 2” 3,80 800 400 305 152 28.055 21.040 56.110 48.590 39.675 28.055
28,0 2.1/4” 4,10 900 450 330 170 35.020 26.262 70.040 60.655 49.525 35.020
64,0 2.1/2” 4,60 1.000 500 330 170 42.300 31.725 84.600 73.265 59.820 42.300
71,0 2.3/4” 5,10 1.150 580 360 190 51.300 38.475 102.600 88.855 72.550 51.300
77,0 3” 5,50 1.250 630 410 215 60.480 45.360 12.960 104.755 85.530 60.480

Observações: 1) As cargas de trabalho dos Olhais Flamengo dobrados são baseados em


diâmetros de curvatura mínimos de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo. Se
esse diâmetro for menor, deve-se aumentar o fator de segurança.
2) Para dimensões diferentes dos olhais e outros diâmetros consultar o
Fabricante.

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CST
152 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Cargas de Trabalho dos Laços com Olhais Trançados


Tipo T

CABO 6 X 47 AF (I.P.S.) z COEFICIENTE DE SEGURANÇA 5:1


Dimensões Aproximadas
do olhal Cargas a serem levantadas em kgf
(em mm)
Diâmetro Diâmetro Compri- Com
mento
do cabo do cabo Sem sapatilha Simples Forca 2 Superlaços ou 1 dobrado
mínimo
em em sapatilha pesada
(em m)
mm polegadas
Em ângulo

A B C B C Vertical (Choker)
Vertical
42,0 1.5/8” 3,50 700 350 203 102 15.055 11.290 30.110 26.175 21.350 15.055
45,0 1.3/4” 4,00 760 380 229 114 17.360 13.020 34.720 30.185 24.625 17.360
48,0 1.7/8” 4,50 760 380 305 152 19.840 14.880 39.680 34.505 28.140 19.840
52,0 2” 4,80 800 400 305 152 22.475 16.855 44.950 39.085 31.880 22.475
54,0 2.1/8” 6,00 840 420 330 170 23.490 17.615 46.980 40.850 33.317 23.490
58,0 2.1/4” 6,00 900 450 330 170 26.245 19.680 52.490 45.640 37.220 26.245
60,0 2.3/8” 6,50 900 450 330 170 28.275 21.725 56.550 49.170 39.780 28.275
64,0 2.1/2” 6,50 900 450 330 170 31.335 24.075 62.670 54.490 44.085 31.335
71,0 2.3/4” 8,0 1.150 580 360 190 39.900 29.925 79.800 69.100 56.425 39.900
77,0 3” 6,0 1.250 630 410 215 47.000 35.280 94.080 81.525 66.565 47.040

Observações: 1) Normalmente são fabricados laços com olhais trançados com cabos de
diâmetro acima de 38,0mm
2) As cargas de trabalho dos laços dobrados são baseadas em diâmetros de
curvatura mínimos nos pontos de contato das cargas, de 8 a 10 vezes o
diâmetro do cabo.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 153
Espírito Santo
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Cargas de Trabalho dos Laços Sem Fim (Grommets)


Tipo F

CABO DA CATEGORIA IMPROVED PLOW STEEL z COEFICIENTE DE SEGURANÇA 5:1


Cargas a serem levantadas em Kgf
Laços dobrados
Diâmetro Diâmetro Simples Forca
do cabo do cabo Construção
em em do Grommet
mm polegadas

Vertical (Choker) Vertical


9,5 3.8” 7 x 25 1.810 1.360 3.620 3.175 2.630 1.810
13,0 1.2” 7 x 25 3.175 2.360 6.350 5.530 4.540 3.175
16,0 5.8” 7 x 25 4.900 3.630 9.800 8.530 6.895 4.900
19,0 3.4 7 x 25 6.895 5.170 13.790 11.790 9.980 6.895
22,0 7.8” 7 x 25 9.070 6.895 18.140 15.420 12.700 9.070
26,0 1” 7 x 25 11.790 8.800 23.580 19.960 13.330 11.790
29,0 1.1/8 7 x 25 14.515 10.890 29.030 25.400 20.865 14.515
32,0 1.1/4” 7 x 41 17.150 13.335 34.300 30.485 24.770 17.150
35,0 1.3/8” 7 x 41 20.940 15.230 41.880 36.160 29.500 20.940
38,0 1.1/2” 7 x 47 24.715 18.060 49.430 42.765 32.215 24.715
42,0 1.5/8” 7 x 47 28.295 20.750 56.590 49.040 39.610 28.295
45,0 1.3/4” 7 x 47 31.980 24.465 63.960 56.445 46.095 31.980
48,0 1.7/8” 7 x 47 36.815 27.380 73.630 64.195 51.920 36.815
520 2” 7 x 47 41.345 31.010 82.690 71.410 58.255 41.345
540 2.1/8” 7 x 47 45.865 34.635 91.730 79.560 64.585 45.865
58,0 2.1/4” 7 x 47 50.665 38.460 101.330 88.190 72.240 50.665
600 2.3/8” 7 x 47 54.600 40.950 109.200 95.500 78.000 54.600
64,0 2.1/2” 7 x 47 60.510 45.360 121.020 105.890 86.440 60.510

Observação: As cargas de trabalho dos Laços Sem Fim (Grommets) são


baseadas em diâmetros de curvatura mínimos nos pontos de
contato das cargas, de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo.

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CST
154 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Modos de Movimentação

Para efeito de cálculos usamos, como exemplo, sempre Lingas


que comportam 1000Kg por perna.
• corrente 10mm grau 2
• cabo de aço 12mm
• corda de polipropileno 24mm
• corrente 8mm grau 5
• corrente 6mm grau 8

Devemos demonstrar com isto o quanto a carga pode pesar em


cada modo de operação.

A movimentação com Lingas de uma


perna é mais simples. A carga pode
ser igual a capacidade de carga da
perna

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 155
Espírito Santo
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A movimentação com Lingas de duas


pernas. Quanto maior a angulação
menor a capacidade de carga da
Linga pois as forças resultantes são
crescentes (veja tabela)

Linga em cesto perpendicular à


carga pode ter o peso igual a Dois laços em perpendicular, por
capacidade de quatro pernas causa da força aplicada no
independentes somadas. Mas lançamento. Devemos contar com
isso somente se o diâmetro da apenas 80% da capacidade da
peça for grande o suficiente e não carga
houver cantos vivos. Só pode ser
usada quando não houver risco
da carga escorregar

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CST
156 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Cesto duplo com angulação: por


causa da angulação não
podemos contar com a Dois laços com angulação: a carga
capacidade de 4 pernas está depositada em duas pernas.
individuais (4x700kg). Quando Devemos consultar a tabela e ver
temos Lingas de quatro pernas qual o diâmetro e qual a angulação
podemos apenas contar como se temos e posteriormente descontar
fossem três pernas portanto, a 20% da capacidade de carga por
menos que se tenha certeza de causa do laçamento.
que as quatro pernas estejam
igualmente carregadas.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 157
Espírito Santo
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Se utilizarmos uma Linga em


cesto onde as extremidades estão
Se utilizarmos uma Linga em cesto
presas a um único elo de
ou em laço devemos contar com
sustentação onde a corrente
apenas 80% de sua capacidade de
trabalhe sem dobras ao redor da
carga por causa da dobra que é feita
carga e com uma angulação
no laçamento.
inexpressiva. Podemos calcular
com a capacidade de cada perna
como cheia.

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CST
158 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Se utilizarmos uma Linga em


cesto sem fim onde a corrente
trabalhe sem dobras ao redor da Se utilizarmos uma Linga sem fim
carga e com uma angulação em laço, devemos contar também
inexpressiva. Devemos contar com apenas 80% da capacidade de
com 80% da capacidade da carga suas pernas uma vez que ela sofre
de suas pernas uma vez que ela dobramentos no laço e no gancho.
trabalha dobrada sobre o gancho.

Movimentação com Travessões


Com travessões podemos fazer movimentações mesmo com
pouca altura de elevação, evitando total ou parcialmente a
angulação das pernas.
As cargas abaixo do Travessão devem ser presas de tal forma
que não possam se dobrar e cair (carga ou peças individuais).
Devemos considerar como única desvantagem do Travessão o
seu próprio peso, pois quanto maior seu peso menor o peso que
poderemos transportar, devido a limitação do meio de elevação.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 159
Espírito Santo
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Se utilizarmos Travessões e a carga


não for alinhada em seu centro a
carga pende e pode escorregar e cair

Movimentação com angulação


invertida, as Lingas podem
escorregar por baixo da carga

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CST
160 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Em Travessões com dois pontos de A carga está no centro, as duas


fixação superior, se a carga é alocada fixações superiores estão igualmente
mais para um lado, esta carga só carregadas
estará sendo suportada em uma das
fixações superiores do Travessão

Como se Assegurar que a Carga não se Solte

Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A


Linga pode se soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo
o gancho da Linga, pode se soltar da carga.

Travas adequadas nos ganchos do


meio de elevação e do Travessão
impedem que a carga possa se soltar

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Departamento Regional do Espírito Santo 161
Espírito Santo
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Uma trava de segurança se faz necessária sempre que exista


possibilidade de acontecer que a carga se solte
involuntariamente.
Quando se usar garras especiais, ganchos especiais ou mesmo
laços de cabo de aço curtos e rijos, existe a possibilidade de
com uma oscilação, a carga se soltar do gancho ou de o anel de
sustentação da Linga se soltar do gancho do meio de elevação.
Por isso é necessário que, nesses casos, sejam utilizados
ganchos com travas de segurança.

Quando a corrente não está


tracionada os ganchos se soltam

Colocar os ganchos de dentro para


fora, se possível usar ganchos com
travas

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CST
162 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Os ganchos devem ser passados pelos olhais ou pontos de


amarração da carga de modo que não possam se soltar mesmo
quando a Linga estiver frouxa. Para isso, devemos sempre
passar o gancho de dentro para fora.

Gancho para correntes com trava em


ponto de amarração

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 163
Espírito Santo
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Enganchar amarrações de arame é


risco de vida

Os ganchos não podem ser passados por olhais muito estreitos.


Eles devem estar livres dentro do olhal para que o
tensionamento não seja feito em sua ponta pois desta forma ele
abriria e escaparia do olhal.

Ganchos especiais para


fardos ou laços (estropos)
como estes são a solução
correta

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CST
164 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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É aconselhável a instalação de pontos de amarração especiais


em peças ou máquinas que são continuamente movimentadas,
para que se tenha sempre um bom ponto de fixação. Pontos de
amarração são fabricados em diversas dimensões e podem ser
aparafusáveis ou soldáveis.
É terminantemente proibido usar amarrações de arame como
ponta de amarração. Estas amarrações são muito utilizadas em
fardos de telas de arame e etc. Para movimentar fardos,
devemos utilizar ganchos específicos ou pequenos estropos de
cabo de aço.
No tratamento de semi-acabados enfardados devemos verificar
se não existem peças mais curtas sobre ou entre a carga que
possam se soltar e cair, o que é inadmissível. Peças soltas com
5 a 6 Kg a mais de 4 metros de altura são risco de vida.
Grampos pega-chapas devem sempre estar travados e
trabalhando dentro de sua capacidade.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 165
Espírito Santo
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Comunicação entre Operador e Movimentador

A movimentação de carga é normalmente uma operação que


envolve mais de uma pessoa, ou seja, é um trabalho de equipe.
Quando temos mais de um movimentador, que está envolvido
no processo de movimentação, um deles deverá ser eleito para
sinalizar ao operador. Ele será responsável pela operação e
somente ele pode sinalizar após verificar se os outros
movimentadores deixaram a área de risco e se a Linga está
bem colocada.

Ambos os movimentadores sinalizam ao operador, porém com


diferentes intenções.
Neste caso o operador não deve fazer nada

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CST
166 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Este é o procedimento correto, penas um movimentador sinaliza ao


operador. Apenas aquele escolhido antes do processo de
movimentação em conjunto com o operador

A comunicação entre operador e movimentador pode ser feita


através de:
• sinalização com as mãos;
• comunicação verbal (somente quando o operador estiver
próximo e possa ouvi-lo);
• rádio-comunicação;
• sinalização ótica ou sonora.
Para evitar acidentes devemos ter certeza de que a sinalização
utilizada pelo movimentador é também a que o operador
entende.
Para a sinalização manual os sinais das tabelas a seguir tem se
mostrado muito eficientes. Podemos ter variações destes sem
problemas contanto que a linguagem utilizada seja
compreendida pelos envolvidos.
Sempre deixar a área de risco antes de sinalizar ao operador.
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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 167
Espírito Santo
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Sinais Visuais

São usados entre o sinaleiro e o operador para comando dos


diversos movimentos necessários para o embarque,
desembarque e movimentação de cargas, conforme a seguir:
1. Início de Operação

O sinaleiro se identifica para o operador


como o responsável pela emissão de
sinais.

SINAL: Com o braço esquerdo junto


ao corpo e antebraço direito na
horizontal, com a palma da mão
virada para o operador, em posição
de “continência”, saúda o operador.

2. Translação do Guindaste (pórtico)

O sinaleiro ficará de frente para a


cabine do operador e indicará o lado
para o qual deseja a translação do
equipamento.

Com o braço esquerdo junto ao


corpo, e o braço direito com a mão
aberta, esticada na horizontal indica
a direção.

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CST
168 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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3. Movimento do Carrinho (Trolei)

O sinaleiro ficará de frente para o Norte e


a direita do mar.

com o braço esquerdo junto ao corpo e o


braço direito esticado na horizontal,
com o dedo indicador mostrará a
direção.

4. Subir os Ganchos

Indica a subida simultânea dos dois


ganchos.

Com os braços erguidos, os dedos


indicadores girando sempre no sentido
horário.

5. Abaixar os Ganchos

Indica a descida simultânea dos dois


ganchos.

Com os braços para baixo e os dedos


indicadores girando sempre no sentido
anti-horário.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 169
Espírito Santo
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6. Abaixar o Gancho Nº 2

Braço esquerdo erguido, com


os dois dedos (indicador e médio)
determinando o gancho nº 2, e o braço
direito para baixo, com o dedo
indicador girando sempre no sentido
anti-horário.

7. Subir o Gancho Nº 2

Braço esquerdo erguido, com


os dois dedos (indicador e médio)
determinando o gancho nº 2, com o
braço direito para cima, com o dedo
indicador fazendo pequenos
movimentos circulares no sentido
horário.

8. Abaixar o Gancho Nº 1

Mão esquerda levantada, com o dedo


indicador apontado para cima,
indicando o gancho nº 1.

O braço direito para baixo, com o dedo


indicador apontando para baixo,
realizando pequenos movimentos
circulares, determinando o
abaixamento.

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CST
170 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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9. Subir o Gancho Nº 1

Mão esquerda levantada, com o dedo


indicador apontando para cima,
determina o gancho nº 1.

O braço direito para cima, com o dedo


indicador apontando para cima e
efetuando pequenos movimentos
circulares no sentido horário,
determina a elevação.

10.Movimentos Lentos

Pequenos movimentos deverão ser


antecipados por este sinal nas
atividades de translação, direção,
elevação, içamentos, arriamento,
aproximação, etc.

Com os dois dedos, indicador e


polegar direitos, aproxima-os,
imitando o movimento de abrir e
fechar.

11.Parada de Emergência

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 171
Espírito Santo
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Este sinal é de parada de emergência.


Qualquer pessoa pode fazer este sinal,
mesmo sem autorização do sinaleiro. Não
pode ser feito nenhum movimento com o
equipamento.

A pessoa deverá cruzar os antebraços,


com as mãos abertas à altura do rosto.

12.Sinal de Espera

Este sinal é de parada e espera sem nenhum


movimento com o equipamento a não ser
com a autorização do sinaleiro.

O Sinaleiro cruza os braços, com as mãos


abertas, à altura da cintura.

13.Fechar a Lança do CG

O sinaleiro se posiciona com o lado


direito no sentido de abertura da
lança.

Com os dois antebraços erguidos


para a frente, com o polegar
esquerdo indicando para a direita,
e com o polegar direito indicando
para a esquerda, determina o
fechamento.

14.Abrir a Lança do CG
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CST
172 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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O sinaleiro se posiciona com o lado


direito no sentido de abertura da
lança.

Com os dois antebraços erguidos


para a frente, com as mãos
fechadas, com o polegar esquerdo
indicando para a esquerda e com o
polegar direito indicando para a
direita.

15.Giro da Coluna do CG

Com o braço esquerdo junto do corpo, com


o antebraço direito erguido para a frente,
com os dedos indicador, médio, anular e
mínimo fechados, com o polegar erguido,
indica o sentido de giro com meia volta do
dedo ao redor do próprio corpo.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 173
Espírito Santo
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16.Término de Tarefa

Este sinal é de término de tarefas.

Com os braços caídos, o sinaleiro os move


horizontalmente, com as palmas das mãos
voltadas para baixo.

Finalização da Movimentação

O movimentador só pode sinalizar, para que a carga seja


depositada, após ter verificado se todos os envolvidos (ou não)
estejam fora da área de risco. Acidentes sempre acontecem
quando o movimentador tenta rapidamente, enquanto a carga
desce, preparar ou limpar a área de destino, e acaba tendo o
dedo esmagado ou pior.

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CST
174 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos


fazê-lo com as mãos, mas sim, por meio de acessórios como
ganchos e engates ou cabos.
Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente,
não podemos ficar entre ela e obstáculos fixos, pois mesmo
quando movimentada com a mão, ela tem uma energia
potencial tão grande que, depois de movimentada, não
podemos pará-la com nossa força.
Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos
uma base que facilite a retirada da Linga por baixo da carga,
utilizando caibros por exemplo. Se o material for redondo,
devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.

Acessórios

Sapatilhas protetoras tipo pesado


Especialmente dimensionadas para evitar a deformação e o
desgaste do cabo nos olhais do superlaço.

Sapatilhas compactas
Normalmente utilizadas na fixação dos cabos de aço de pontes
rolantes ou guindastes.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 175
Espírito Santo
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Estribos protetores especiais


Fabricados com material de alta resistência. Evitam a
deformação e o desgaste do cabo nos olhais do superlaço.
Proporcionam proteção de olhais padrões ou de dimensões
especiais, podendo ainda ser reaproveitados na troca do
superlaço. Dimensionados para entrar diretamente no gancho
da pote rolante ou guindaste.

Anéis tipo pêra


Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de
prova superior em 50% à respectiva carga de trabalho,
garantindo máxima segurança na sua utilização.

Anelões
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de
prova superior em 50% à respectiva carga de trabalho. Podem
ser aplicados em quaisquer dos conjuntos apresentados.

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CST
176 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Ganchos forjados com olhal


Forjados em aço carbono. Submetidos a uma carga de prova
superior em 50% à sua carga de trabalho, para maior
segurança.
Obs.: Podem ser encontrados com trava de segurança.

Ganchos corrediços
Forjados em aço de alta resistência, tendo um canal redondo
para o cabo poder deslizar. Fixam a carga evitando a
deformação e o desgaste do cabo.

Manilhas forjadas
Forjadas em aço carbono. Podem ser fornecidas com pino
rosqueado ou contrapinado. Fácil colocação nos olhais dos
superlaços ou fixação nas cargas a serem içadas.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 177
Espírito Santo
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Grampos pesados
Grampos pesados. Ideais para fixação de cabos de aço ou
formação de olhais em cabos de aço para içamento de cargas.

Aplicação correta de grampos em laços.

ESPAÇAMENTO
S ENTRE
DIÂMETRO DO NÚMERO TORQUE
GRAMPOS EM
CABO EM POL. MÍNIMO DE
MM
GRAMPOS
ib.ft N.m kg.m
3/16” 3 29 7.5 10 1
1/4” 3 38 15 20 2
5/16” 3 48 30 41 4
3/8” 3 57 45 61 6
7/16” 3 67 65 88 9
1/2” 3 76 65 88 9
5/8” 3 95 95 129 13
3/4” 4 114 130 176 18
7/8” 4 133 225 305 31
1” 5 152 225 305 31
1.1/8” 6 172 225 305 31
1.1/4” 6 191 360 488 50
1.3/8” 7 210 360 488 50
1.1/2” 7 229 360 488 50
1.5/8” 7 248 430 583 59
1.3/4” 7 267 590 800 82
2” 8 305 750 1.020 104
2.1/4” 8 343 750 1.020 104
Nota: Os grampos deverão ser reapertados após o início de uso do cabo de aço.

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CST
178 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Soquetes abertos
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de
prova de 40% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de
aço, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.

Soquetes fechados
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de
prova de 40% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de
aço, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.

Soquetes de cunha
Utilizados para fixação de cabos de aço, permitindo posterior
regulagem no comprimento.

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 179
Espírito Santo
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Esticadores forjados

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CST
180 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
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Garras

Fixação de Cabos de Aço, Correntes e Cordas

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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 181
Espírito Santo
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Noções Básicas de Amarração, Sinalização e


Movimentação de Cargas - Avaliação

1) Quais os equipamentos de proteção individual para


amarração sinalização e movimentação de cargas ?

2) Quais os acessórios do movimentador de carga ?

3) Como podemos saber o peso da carga a ser elevada ?

4) Qual a influência do peso da carga na lança de um


guindaste ?

5) Quais os tipos de Lingas existentes ?

6) Como devemos medir um cabo de aço ?

7) Porque não podemos dar nós em cabos de aço ?

8) Quais as desvantagens na utilização de cintas ?

9) Quais as vantagens na utilização de Lingas combinadas ?

10) Como calcular a capacidade de carga das Lingas ?

11) Qual o procedimento para movimentação de cargas com


travessões ?

12) Como é feito a comunicação entre o operador e o


movimentador de cargas ?

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CST
182 Companhia Siderúrgica de Tubarão

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