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1.1 – Qualidades
A denominação “assíncrono” é devida à que sua velocidade não é
sincronizada com o campo girante.
Estes motores também são denominados por motor de indução, e esta
denominação é usada também neste livro..
São estes o de maior aplicação entre os diversos tipos de motores
elétricos, principalmente por ter ótimas qualidades como:
alta robustez;
grande capacidade de absorver sobre cargas;
não emitir ruídos elétricos;
simplicidade de componentes;
facilidade de instalação em qualquer ambiente;
pode ser construído em qualquer um dos graus de proteção e das
formas construtivas normalizadas;
tem aplicação das mais diversas: desde formas abertas até totalmente
fechadas;
podem ser auto ventilados ou com ventilação externa;
tem absoluta preferência nas instalações em áreas classificadas e em
ambientes à prova de explosão, por não terem escovas ou coletores;
outra grande qualidade é a possibilidade de ter enrolamentos que
atendem a múltiplas tensões e a comutação de numero de polos.
A associação com conversores eletrônicos, coloca estes motores como
os mais eficientes, versáteis, robustos, e de menor custo em todas as
aplicações, tendo operação nos quatro quadrantes e possibilidade de
variação de velocidade. Sua limitação natural para a variação de
velocidade está superada com esta associação, tornando-o muito versátil.
1.2 - Comparações
As características de operação do motor assíncrono comparadas com os
demais tipos usuais de motores são resumidas a seguir.
Nomenclatura:
s: deslizamento
Rs: resistência do estator
Xs: reatância do estator
Xm: reatância de magnetização
X’r: reatância do rotor referida ao estator
R’r: resistência do rotor referida ao estator
V: tensão aplicada ao motor
E: força eletromotriz no entreferro
Is: corrente do estator
I’r: corrente do rotor referido ao estator
Im: corrente de magnetização
Vn: tensão nominal
f: frequencia
Lm: indutância de magnetização
Er: tensão no rotor
Rr: resistência do rotor
Xr: reatância do rotor
Rc: resistência que representa a carga mecânica
Expressão da corrente de magnetização: Im = ........ ......
[1.4]
sendo a reatância de magnetização: Xm = 2 π f Lm ....... .......
[1.5]
....... .......
[1.6]
O valor do conjugado com tensão e frequencia permanente, varia com o
valor da velocidade.
Com o motor na velocidade síncrona S=0 o conjugado é nulo.
O valor do conjugado máximo é: Cm = ....... ........ [1.7]
....... .......
[1.8]
Sendo:
f – frequencia da rede (Hz)
p – numero de polos
ns – velocidade síncrona (rpm)
Na figura acima:
rpm: velocidade de rotação por minuto
Cn: conjugado nominal
Cmn: conjugado mínimo
Cmx: conjugado máximo
In: corrente nominal
Ip: corrente de partida
Pn: ponto de operação nominal
Tensão 220 V
Frequencia 60 Hz
Corrente 115Amp
Corrente de partida 632 Amp (550% In)
Conjugado 100 Nm
Conjugado de partida 200 N m (200% Cn)
Conjugado máximo 260 Nm (260% Cn)
1.7.1 - Apresentação das características do motor
A representação gráfica das variações de conjugado, velocidade de
rotação e corrente podem ter varias formas, conforme apresentadas
abaixo. Neste livro apresentamos sempre a velocidade de rotação no eixo
vertical, como visto na figura 1.7.1.
aonde:
s = deslizamento nominal
ns = velocidade síncrona
nn = velocidade nominal
O valor do deslizamento é cerca de 2% a 5%
Exemplo:
Um motor tem Velocidade nominal 3528 rpm (2polos)
Valor do deslizamento
1.12.1 - Estator
O estator é formado por chapas de material ferro magnético (ligas de ferro
silício) com boas propriedades magnéticas, alta densidade de fluxo e
baixas perdas por correntes de Foucault.
No diâmetro interno do pacote de chapas são feitas ranhuras para abrigar
os condutores das bobinas que formam o enrolamento primário.
1.12.2 - Rotor
As chapas são do mesmo material do estator e tem a forma de disco. No
diâmetro externo são feitas as ranhuras para alojar os condutores do
rotor que formam o enrolamento secundário.
Há dois tipos de formação de condutores do rotor:
Rotor bobinado - em que os condutores formam bobinas que são
ligadas a anéis coletores, presos ao eixo, para fechamento em
circuitos externos;
Gaiola - em que os condutores são barras de cobre ou alumínio, no
caso do alumínio as barras podem sem fundidas nas ranhuras. As
extremidades destas barras são fechadas por anéis do mesmo
material, este conjunto de condutores assemelha-se a uma gaiola por
isto seu nome Gaiola. O motor do tipo gaiola pode ter rotor com gaiola
dupla, por necessidade de melhor característica, neste caso um outro
conjunto de condutores é depositado no fundo da ranhura, mais perto
do eixo, e tendo também seus extremos fechados por anéis.
1.12.3 - Entreferro
É o espaço compreendido entre o estator e o rotor, é por esta área que o
fluxo passa do estator para o rotor.
Por ser um trajeto de ar, há uma grande relutância ao fluxo e também
grande dispersão, por isto este espaço deve ser pequeno, porque seu
valor influí muito nas características do motor.