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VRTherm

Manual do Usuário

www.vrtech.com.br

3 de janeiro de 2008
Sumário

1 Introdução 1
1.1 Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Modelagem Rigorosa . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 O que é o VRTherm . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.5 Banco de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.6 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.6.1 Instalando VRTherm no Windows . . . . . 4
1.6.2 Instalando o VRTherm no Linux . . . . . . 4

2 Modelos Termodinâmicos 6
2.1 Gás Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 van der Waals . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Equações de Estado Cúbicas . . . . . . . . . . . . 7
2.3.1 Equação de Redlich-Kwong . . . . . . . . 8
2.3.2 Equação de Soave Redlich-Kwong . . . . . 8
2.3.3 Equação de Peng-Robinson . . . . . . . . 8
2.3.4 Equação de Peng-Robinson e Soave Redlich-
Kwong Assimétricas . . . . . . . . . . . . 9
2.4 Coeficiente de Atividade de Líquidos . . . . . . . 10
2.4.1 Líquido Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4.2 UNIFAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 Regras de Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5.1 Regra de Mistura Clássica . . . . . . . . . 11
2.6 Regras de combinação . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.6.1 Regra de Combinação Clássica (Lorentz
Berthelot) . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

ii
2.6.2 Regra de Combinação Conformal . . . . . 12

3 Propriedades dos Fluidos 13


3.1 Propriedades de Componentes Puros . . . . . . . 14
3.2 Propriedades de Misturas Líquidas e Gasosas . . . 14
3.3 Cálculos de Equilíbrio de Fases . . . . . . . . . . 14

4 Inteface Gráfica 16
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.2 Procurando componentes . . . . . . . . . . . . . 17
4.3 Adição de Novos Componentes . . . . . . . . . . 18
4.3.1 Editando um componente existente . . . . 19
4.3.2 Criando um novo Componente . . . . . . 26
4.3.3 Removendo um Componente . . . . . . . 29

5 Excel Addin 31
5.1 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.1.1 Desinstalação . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.2 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.2.1 Funções de Configuração . . . . . . . . . 33
5.2.2 Cálculos de Propriedades de uma Fase . . 34
5.2.3 Propriedades de Substâncias Puras . . . . 35
5.2.4 Cálculos de flash e Ponto de Bolha . . . . 36
5.3 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

6 MatLab Toolbox 40
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6.1.1 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6.1.2 Desinstalação . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.2 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.2.1 Funções de Configuração . . . . . . . . . 43
6.2.2 Propriedades de Substâncias Puras . . . . 44
6.2.3 Cálculos de Propriedades de uma Fase . . 44
6.2.4 Ajuda no MatLab . . . . . . . . . . . . . 45
6.2.5 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

7 Scilab Toolbox 46
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.1.1 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.1.2 Desinstalação . . . . . . . . . . . . . . . 48
7.2 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
7.2.1 Funções de Configuração . . . . . . . . . 48
7.2.2 Propriedades de Substâncias Puras . . . . 49
7.2.3 Cálculos de Propriedades de uma Fase . . 50
7.2.4 Ajuda no Scilab . . . . . . . . . . . . . . 50
7.2.5 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

8 EMSO Plug-In 52
8.1 Usando o VRTherm . . . . . . . . . . . . . . . . 53
8.1.1 Modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.1.2 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . 57

9 Cálculos de Propriedades Termodinâmicas 60


9.1 Ponto de Referência . . . . . . . . . . . . . . . . 61
9.2 Entalpia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
9.3 Entropia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
9.4 Calor Específico Cp . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Direitos Autorais

Os direitos autorais deste programa/rotina de computador e


documentos associados são propriedade da VRTech Tecnologias
Industriais Ltda e são fornecidos mediante um termo de licença
que contém restrições de uso.

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deste programa/rotina de computador e documentos associados,
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VRTherm é uma marca registrada da VRTech Tecnologias


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não, mencionadas nesta documentação são de propriedade dos
seus respectivos titulares. Todos direitos reservados.

v
Suporte e Contato

Para a obtenção de suporte entre em contato com a VRTech:


• Na internet www.vrtech.com.br
• Através de correio eletrônico suporte@vrtech.com.br

vi
Símbolos e Convenções

Neste documento a seguinte notação é considerada:

Trecho de código: um trecho de código ou mensagens de saída:


1 FlowSheet Separation
2 PARAMETERS
3 PP as CalcObject(File = "vrtherm");
4 end

Comandos ou códigos: comandos, nomes de arquivos ou códi-


gos inseridos no texto são emfatizados como comando, arquivo
e códigos.

Nota: uma nota, por exemplo: o VRTherm pode utilizar modelos


diferentes para a fase líquida e vapor.

Atenção: uma mensagem de advertencia, por exemplo: o mo-


delo IdealGas não pode ser utilizado para descrever uma fase
líquida.

Dica: uma dica para o usuário, por exemplo: para misturas com
gases dissolvidos utilize modelos assimétricos.

Linux: uma nota específica para plataformas POSIX (Linux e


Unix), por exemplo: o VRTherm está disponível para Linux e
pode estar disponível para outras plataformas Unix se desejado.

Windows: uma nota específica para plataformas Win32 (Win-


dows 95 e superiores, Windows NT 4 e superiores), por exemplo:
o windows não diferencia letras maiúsculas de minúsculas nos no-
mes dos arquivos.

vii
Últimas Atualizações

• 31 outubro 2005 versão 1.2.0


– Sistema para gravar e carregar misturas na interface gráfica do VRTherm
– Adição do modelo UNIFAC para líquidos
– Integração com o Excel: VRTherm Add-in
– Integração com o MatLab: VRTherm Toolbox
– Chave eletrônica ideal para computadores portáteis (chave azul)
• 14 dezembro 2005 versão 1.2.2
– Adição de unidades de medida para temperatura e pressão na interface gráfica
– Correção na instalação dos drivers da chave azul
– Correção nos cálculos de densidade
– Correção da mensagem de erro quando não há dados suficientes no banco
• 25 março 2006 versão 1.2.4
– Correção do cálculo de pressão de vapor de componentes puros no EMSO
• 17 maio 2006 versão 1.2.5
– Disponibilizada a interface para Scilab
– Disponibilizado pacote para utilizacao no Linux
• 27 dezembro 2007 versão 1.4.0
– Adição de novos componentes ao banco de dados do VRTherm através da sua
interface gráfica
– Possibilidade de simulação de componentes customizados pelos usuários no simu-
lador EMSO

viii
1 Introdução

Neste capítulo o VRTherm e suas principais características são apresentadas. No final do


capítulo podem ser encontradas as intruções para a instalação do VRTherm.

Sumário
1.1 Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Modelagem Rigorosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 O que é o VRTherm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.5 Banco de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.6 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.6.1 Instalando VRTherm no Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.6.2 Instalando o VRTherm no Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1
2 1 Introdução

1.1 Simulação
A simulação de processos é uma ferramenta estratégica para o de-
senvolvimento, pois possibilita desde a validação de projetos, sua
operabilidade prática e treinamento de operadores até aumentos
de produção, redução de custos ou da geração de resíduos. Sendo
assim, a simulação de processos é de suma importância tanto para
o setor industrial quanto para o desenvolvimento de estudos no
setor acadêmico.

1.2 Modelagem Rigorosa


A modelagem rigorosa consiste na construção de modelos com
base nas equações que regem os fenômenos físicos e químicos
dos processos. Tal modelagem é muito importante pois consegue
atingir resultados mais realistas e melhores extrapolações. Mas,
para que tais resultados sejam alcançados é necessário o conheci-
mento de propriedades termodinâmicas e propriedades físicas das
substâncias envolvidas e de suas misturas. Estes dados, na maio-
ria das vezes, são de difícil obtenção e este processo de coleta de
dados é extremamente propenso a erros.

1.3 O que é o VRTherm


O VRTherm é um software capaz de predizer propriedades ter-
modinâmicas e propriedades físicas de misturas complexas permi-
tindo a simulação de equipamentos de forma muito mais rápida
e elegante.
O VRTherm não é um simulador de processos, mas sim uma bibli-
oteca para ser utilizada em softwares comerciais ou desenvolvidos
para aplicações específicas. Os seguintes softwares constituem o
VRTherm:
• VRTherm: interface gráfica para procura de componentes
e cálculos de propriedades (Capítulo 4)
• VRTherm Add-in: Add-in que torna o VRTherm disponí-
vel dentro do Microsoft Excel (Capítulo 5)
• VRTherm Toolbox: Toolbox que torna o VRTherm dis-
ponível dentro do MatLab (Capítulo 6)
• EMSO plug-in: complemento que torna o VRTherm dis-
ponível dentro do simulador de processos EMSO (Capí-
tulo 8)
1.4 Aplicações 3

1.4 Aplicações
Com as ferramentas constituintes do VRTherm, apresentadas na
seção anterior, pode-se modelar com sucesso os mais variados
tipos de sistemas:
• Sistemas de separação de misturas complexas
• Colunas de destilação
• CSTR, PFR e outros reatores não ideais
• Sistemas de troca térmica como trocadores de calor
• e muitos outros sistemas presentes em plantas industriais
O VRTherm contempla todas as propriedades necessárias para a
simulação:
• Equilíbrio de fases
• Balanços de energia
• Calores de reação
• Volume ou Massa específica de liquidos
• Viscosidade e condutividade térmica de materiais e outros.
A lista completa das propriedades incluídas no VRTherm e como
usá-las é apresentada no Capítulo 3.

1.5 Banco de Dados


Para a predição das propriedades de misturas o VRTherm conta
Para cálculos de equilíbrio estão com um banco de dados com mais de 1900 componentes puros
disponíveis mais de 1000
componentes
que contempla as principais substâncias envolvidas em processos
químicos e petroquímicos. Os componentes disponíveis podem
ser visualizados utilizando a interface gráfica do VRTherm, mais
detalhes no Capítulo 4.
O cálculo das propriedades é baseado em modelos associados de
equações de estado e correlações empíricas. As equações de es-
tado e equações para cálculos de coeficientes de atividade dispo-
nívies são:
• Gás ideal
• Líquido ideal
• van der Waals
• Redlish-Kwong
• Soave-Redlish-Kwong
4 1 Introdução

• Peng-Robinson
• Assymetric-PR
• Assymetric-RK
• UNIFAC(Dortmund)
Além de outros modelos que estão em fase de implementação.
Um maior detalhamento dos modelos contidos no VRTherm é
encontrado no Capítulo 2.

1.6 Instalação
VRTherm está disponível tanto para plataformas Windows (Win-
dows 95 e superiores, Windows NT, 2000, 2003 e XP) quanto
POSIX (Linux e Unix). As instruções para instalação nestas pla-
taformas podem encontradas na Subseção 1.6.1 e Subseção 1.6.2,
respectivamente.
Nota: Instruções específicas para a instalação do VRTherm para
Excel, Matlab e EMSO são apresentadas no Capítulo 5, Capítulo 6
e no Capítulo 8, respectivamente

1.6.1 Instalando VRTherm no Windows

O VRTherm é compatível com Windows 95, 98, Me e XP, além


de NT 4, 2000 e 2003. Para instalar o VRTherm no Windows
basta executar o programa de instalação
vrtherm-win32-<VERSION>.exe
e seguir os passos na tela.
Outra opção de instalação é instalar o software em um diretório
comum à rede o qual poderá ser acessado diretamente por todas
as outras máquinas sem a necessidade da instalação nas máquinas
clientes.
Nota: Instruções específicas para a utilização do VRTherm den-
tro Excel, Matlab e EMSO são apresentadas no Capítulo 5, Ca-
pítulo 6 e Capítulo 8, respectivamente

1.6.2 Instalando o VRTherm no Linux

O VRTherm é compatível com uma grande variedade de sistemas


POSIX é a sigla para os padrões POSIX.
desenvolvidos pelo IEEE, que
especificam o Portable Operating Para instalar o VRTherm é necessário descompactar o pacote
System interface. O IX vem da
base histórica do Unix. vrtherm-<PLATFORM>-<VERSION>.tar.gz e recomenda-
se move-lo para o diretório /usr/local. Isto pode ser feito
com os seguintes comandos:
1.6 Instalação 5

# tar -xzvf vrtherm-<PLATFORM>-<VERSION>.tar.gz


$ su
# mv vrtherm /usr/local/
# ln -sf /usr/local/vrtherm/vrtherm /usr/local/bin/

Nota: Instruções específicas para a utilização do VRTherm den-


tro do EMSO em Linux são apresentadas no Capítulo 8

Nota: Pacotes de instalação do VRTherm podem ser produzidos


para outras plataformas Unix se desejado.
2 Modelos Termodinâmicos

Neste capítulo são apresentados os modelos utilizados para predição do comportamento de


gases e líquidos puros e de suas misturas.

Sumário
2.1 Gás Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 van der Waals . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Equações de Estado Cúbicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3.1 Equação de Redlich-Kwong . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3.2 Equação de Soave Redlich-Kwong . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3.3 Equação de Peng-Robinson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3.4 Equação de Peng-Robinson e Soave Redlich-Kwong Assimétricas . 9
2.4 Coeficiente de Atividade de Líquidos . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4.1 Líquido Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4.2 UNIFAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 Regras de Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5.1 Regra de Mistura Clássica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.6 Regras de combinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.6.1 Regra de Combinação Clássica (Lorentz Berthelot) . . . . . . . . 11
2.6.2 Regra de Combinação Conformal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

6
2.1 Gás Ideal 7

2.1 Gás Ideal


A equação de Gás Ideal é o modelo mais simples para a predição
do comportamento da fase gasosa em baixas pressões. Considera
que:
RT
P = (2.1)
v
este modelo apresentará bons resultados apenas para condições
de baixas pressões.

2.2 van der Waals


A equação de estado de van der Waals tem a seguinte forma:
RT a
P = − 2 (2.2)
v−b v
onde
27R2 Tc2
a= (2.3)
64Pc

RTc
b= (2.4)
8Pc

2.3 Equações de Estado Cúbicas


As equações cúbicas de estado são equações capazes de predizer
o comportamento tanto de gases quanto de líquidos. As equações
de estado cúbicas são expressas pela seguinte forma genérica:
RT a
P = − 2 (2.5)
v − b v + ubv + wb2
com uma forma equivalente expressa em termos do fator de com-
pressibilidade Z:

Z 3 − (1 + B − uB)Z 2 + (A + wB 2 − uB − uB 2 )Z − AB − wB 2 − wB 3 = 0 (2.6)

onde
aP
A= (2.7)
R2 T 2
e
bP
B= (2.8)
RT
As equações de estado cúbicas mais conhecidas são Peng-Robinson,
Redlich-Kwong e Soave Redlich-Kwong. Cada uma dessas equa-
ções tem diferentes valores para os parâmetros u e w assim como
a diferentes definições de a e b.
8 2 Modelos Termodinâmicos

2.3.1 Equação de Redlich-Kwong

A equação de Redlich-Kwong tem a seguinte forma:


RT a
P = − 1 (2.9)
v − b T 2 v(v + b)

onde
0, 42748R2 Tc2,5
a= (2.10)
Pc
e
0, 08664RTc
b= (2.11)
Pc

2.3.2 Equação de Soave Redlich-Kwong

A equação de Soave Redlich-Kwong é expressa da seguinte ma-


neira:
RT a
P = − (2.12)
v − b v(v + b)

onde
0, 42748R2 Tc2 q
a= [1 + m(1 − Tr )]2 (2.13)
Pc

m = 0, 48 + 1, 574w − 0, 176w2 (2.14)

e
0, 08664RTc
b= (2.15)
Pc

ou em função de Z:

Z 3 − Z 2 + Z(A − B 2 − B) − AB = 0 (2.16)

com
aP
A= (2.17)
R2 T 2
bP
B= (2.18)
RT

2.3.3 Equação de Peng-Robinson

A equação de Peng-Hobinson tem o seguinte formato:


RT a
P = − (2.19)
v − b v(v + b) + b(v − b)
onde
0, 45724R2 Tc2 q
a= [1 + m(1 − Tr )]2 (2.20)
Pc
2.3 Equações de Estado Cúbicas 9

m = 0, 37464 + 1, 54226w − 0, 26992w2 (2.21)

0, 0778RTc
b= (2.22)
Pc

e pode ser escrita em termos de Z:

Z 3 +Z 2 (B −1)+Z(A−3B 2 −2B)+B 3 +B 2 −AB = 0 (2.23)

aP
A= (2.24)
R2 T 2

bP
B= (2.25)
RT

2.3.4 Equação de Peng-Robinson e Soave Redlich-Kwong Assimétricas

As equações de estado apresentadas anteriormente tendem a apre-


sentar resultados pouco satisfatórios para misturas envolvendo ga-
Misturas assimétricas são misturas ses leves. A equação de Peng-Robinson Assimétrica ,assim como
onde alguns componentes se
encontram em uma temperatura
a equação de Soave Redlich-Kwong Assimétrica, é a mesma que
maior que sua temperatura crítica, a PR, e a SRK respectivamente, porém com a inclusão de parâ-
ou seja, estes componentes estão
apenas dissolvidos na fase líquida metros de interação para misturas assimétricas. Estão disponíveis
parâmetros de interação específicos para misturas que contenham:
• H2
• O2
• CO
• CH2
• CH4
• C2 H6
Na Subseção 2.6.2 é apresentada a regra de combinação utili-
zada para o cálculo dos coeficientes especiais de interação destas
equações.
Atenção: Embora os modelos apresentados nesta seção sejam
específicos para misturas assimétricas, estes podem apresentar
problemas quando aplicados a sistemas onde a pressão seja maior
que 60 atm.
10 2 Modelos Termodinâmicos

2.4 Coeficiente de Atividade de Líquidos


2.4.1 Líquido Ideal

O coeficiente de fugacidade de um líquido é calculado por:


P sati
φi = (2.26)
P

2.4.2 UNIFAC

O VRTherm apresenta uma implementação de UNIFAC modifi-


cado (Dortmund). O coeficiente de atividade do líquido é cal-
culado como uma soma de uma parcela combinatorial e outra
residual:
lnγi = lnγiC + lnγiR (2.27)

O termo combinatorial é descrito pela seguinte equação:


Vi Vi
 
lnγiC =1− Vi0 + lnVi0 − 5qi 1− + ln (2.28)
Fi Fi

Os parâmetro Vi0 , Vi e Fi são calculado utilizando-se:


3/4
ri
Vi0 =P 3/4
(2.29)
j xj rj
ri
Vi = P (2.30)
j xj r j
X (i)
ri = νk R k (2.31)
qi
Fi = P (2.32)
j xj q j
X (i)
qi = νk Qk (2.33)

A parte residual é obtida utilizando as seguintes relações:

X (i)  (i)

lnγiR = νk lnΓk − lnΓk (2.34)
k
!
X X θm Ψkm
lnΓk = Qk 1 − ln( θm Ψmk ) − P (2.35)
m m n θn Ψnm

Por sua vez, a fração superficial θm e molar Xm são dadas por:


Qm Xm
θm = P (2.36)
n QnXn
(j) P
j νm x j
Xm = P P (j)
(2.37)
j n νn x j
2.5 Regras de Mistura 11

2.5 Regras de Mistura


Para extender as equações de estado de componentes puros para
misturas, as mesmas precisam sofrer pequenas modificações de
modo a incluir uma variável adicional: a composição do sistema.
As equações que realizam essa inclusão são as chamadas regras
de misturas.

2.5.1 Regra de Mistura Clássica

Pela regra de mistura clássica o parâmetro que considera a atração


entre as moléculas da mistura é calculado da seguinte forma:
XX
amix = zi zj aij (2.38)
i j

e o parâmetro que considera o volume residual da mistura leva


em conta as contribuições individuais dos componentes puros:
XX
bmix = zi zj bij (2.39)
i j

2.6 Regras de combinação


Pela regra de mistura clássica calculamos os parâmetros a e b
das equações de estado. Pelas regras de combinação estimamos
o valor dos coeficientes cruzados aij e bij .

2.6.1 Regra de Combinação Clássica (Lorentz Berthelot)

Os coeficientes aij e bij têm as seguintes expressões:



aij = (1 − kij ) ai aj (2.40)

bij = 0, 5(1 + kij )(bi + bj ) (2.41)


O parâmetro de interação binária kij é zero quando i é igual a j
e diferente de zero quando as moléculas forem diferentes.
Associando esta regra de combinação à regra de mistura clássica
os parâmetros de interação amix e bmix assumem as formas:
XX √
amix = zi zj (1 − kij ) ai aj (2.42)
i j

X
bmix = zi bi (2.43)
i
12 2 Modelos Termodinâmicos

2.6.2 Regra de Combinação Conformal

Esta regra de combinação é utilizada nas equações de Peng-


Robinson e Soave Redlich-Kwong Assimétricas. Segundo a com-
binação conformal:
 1/Nij
Nij N
ai + aj ij
aij =   (2.44)
2
 1/Mij
Mij Mij
bi + bj
bij =   (2.45)
2
onde os parâmetos Nij e Mij estão correlacionados com caracte-
rísticas das substâncias puras, como por exemplo, o fator acên-
trico.
3 Propriedades dos Fluidos

Neste capítulo são apresentadas as propriedades calculadas pelo VRTherm. No Capítulo 8 é


mostrado como estas propriedades podem ser utilizadas para a realização de simulações.

Sumário
3.1 Propriedades de Componentes Puros . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 Propriedades de Misturas Líquidas e Gasosas . . . . . . . . . . . . 14
3.3 Cálculos de Equilíbrio de Fases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

13
14 3 Propriedades dos Fluidos

3.1 Propriedades de Componentes Puros


• Massa Molar: retorna um vetor de massas molares de cada
substância da mistura em g/mol
• Pressão de Vapor: pressão de vapor de cada componente
Pa
• Temperatura de Ebulição: temperatura de ebulição do com-
ponente em K
• Temperatura de Congelamento: temperatura de congela-
mento do componente em K
• Temperatura Crítica: temperatura crítica da substância em
K
• Pressão Crítica: pressão crítica da substância em P a
• Volume Crítico: volume crítico da substância em m3

3.2 Propriedades de Misturas Líquidas e Gasosas


• Volume Molar: volume molar de misturas em m3 /mol
• Cp /Cv : retorna o valor adimensional da razão Cp /Cv da
mistura
• Fator de Compressibilidade: fornece o valor do fator de
compressibilidade de misturas (adimensional)
• Coeficiente de Fugacidade: fornece e coeficiente de fugaci-
dade de fase (adimensional)
• Entalpia: entalpia em J/mol
• Entropia: entropia de misturas em J/molK
• Energia Livre de Gibbs: em J/K
• Cp : calor específico de mistuas calculada em J/molK
• Densidade: em g/m3
• Condutividade térmica: condutividade em W/mK de mis-
turas de líquidos e gases
• Viscosidade: viscosidade calculada em cP

3.3 Cálculos de Equilíbrio de Fases


• Fração vaporizada: retorna a fração de vapor de uma cor-
rente dadas suas condições de temperatura, pressão e com-
posição global
3.3 Cálculos de Equilíbrio de Fases 15

• Cálculo de Flash: retorna fração de vaporização, a compo-


sição da fase líquida e a composição da fase vapor dada a
composição global da corrente de entrada e as condições
de temperatura e pressão do equilíbrio.
4 Inteface Gráfica

O VRTherm compreende um conjunto de ferramentas que o tornam acessível em diversos


softwares comerciais ou desenvolvidos para aplicações específicas. Além desta característica, o
VRTherm possui uma interface gráfica própria onde o usuário pode interagir diretamente com
o programa. Pode-se localizar e identificar os componentes do seu banco de dados, visualizar
cálculos de propriedades e equilíbrio de fases e ainda adicionar componentes externos para a
realização dos mesmos cálculos. Neste capítulo a interface gráfica do VRTherm é apresentada.

Sumário
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.2 Procurando componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.3 Adição de Novos Componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.3.1 Editando um componente existente . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.3.2 Criando um novo Componente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.3.3 Removendo um Componente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

16
4.1 Introdução 17

4.1 Introdução
A interface gráfica do VRTherm pode ser utilizada para a visuali-
zação e procura de componentes disponíveis no banco de dados.
Além disto, esta ferramenta pode ser utilizada para cálculos de
flash e de propriedades de misturas.
Windows: No Windows a interface gráfica pode ser aberta uti-
lizando o atalho que é instalado no menu iniciar.

Linux: No Linux a interface gráfica pode ser aberta utilizando o


comando vrtherm a partir de um terminal.
Na interface, o usuário pode selecionar os componentes deseja-
dos, adicioná-los a uma mistura, e a partir desta mistura, realizar
os cálculos de equilíbrio e propriedades. Estes cálculos podem ser
salvos gerando arquivos com extensão .vrtherm. Esses arqui-
vos .vrtherm podem ser reutilizados pela interface, editados
e inseridos em simulações com o simulador de processos EMSO,
como mostrado no Capítulo 8.

4.2 Procurando componentes


A interface permite configurar, salvar e abrir misturas previamente
configuradas. A procura e seleção de componentes pode ser vista
na Figura 4.1. Para procurar por um novo componente deve-se

Figura 4.1: Procura de componentes na interface gráfica.

preencher o campo Nome ou Fórmula com parte do nome ou


fórmula do componente desejado. Automaticamente as opções
18 4 Inteface Gráfica

que mais se aproximam do componente desejado aparecem lista-


das na parte inferior da janela.
Uma vez selecionados os componentes da mistura, através do
botão Add, a interface apresenta cálculos de flash e propriedades
na aba Flash, como pode ser visto na Figura 4.2.

Figura 4.2: Cálculos de flash e propriedades.

Além de propriedades termodinâmicas como entalpia e entropia,


são mostradas as principais propriedades físicas da mistura, tanto
na fase líquida como na fase vapor.

4.3 Adição de Novos Componentes


O banco de dados do VRTherm conta com mais de 1900 compo-
nentes para a realização de cálculos termodinâmicos e de propri-
edades físicas. Porém, algumas vezes, o usuário está interessado
em realizar simulações com outros compomentes que não são os
compomentes padrão do VRTherm. Este é o caso de frações de
petróleo e outros pseudocomponentes da indústria química e de
alimentos, onde vários elementos são agrupados em um mesmo
conjunto com propriedades semelhantes.
É possível adicionar novos componentes, aqui chamados “com-
ponentes customizados”, ao banco de dados do VRTherm para
a realização dos mesmos cálculos efetuados com os componen-
tes padrão. A adição é feita através da interface pelos botões
destacados na Figura 4.3.
A adição de um novo componente pode ser realizada de duas
maneiras. A primeira é através da edição de um componente já
4.3 Adição de Novos Componentes 19

Figura 4.3: Adição de compomentes novos ao bando de dados do


VRTherm.

existente, aproveitando algumas propriedades similares e modifi-


cando outras. A segunda maneira é através da criação de um
novo componente da “estaca zero”, sem derivar propriedades de
outros. Nas próximas seções as duas maneiras são apresentadas.

4.3.1 Editando um componente existente

A adição de um componente através de um já existente é muito


simples. Primeiramente, o componente que servirá de base deve
ser selecionado na interface. Tendo o componente padrão sele-
cionado o botão Edit component deve ser pressionado, con-
forme a Figura 4.4. Uma vez pressionado o botão, uma janela de
warning será aberta, como ilustrado na Figura 4.5. Esta janela
avisa que o componente padrão escolhido não é um componente
customizado, logo, uma cópia será criada. Se o compomente bá-
sico não for um componente customizado, o mesmo não pode
ser modificado. Assim, o usuário é obrigado a salvar o novo
componente com outro nome. Isto se deve ao fato de que os
componentes padrão, distribuídos no bando de dados junto com
o VRTherm, não podem ser modificados.
Uma vez aceito o warning, a janela de edição do componente é
aberta (Figura 4.6). Vale a pena observar que o campo com o
nome do componente já aparece alterado evitando que o usuário
tente salvar dois componentes com o mesmo nome.
A janela de edição do componente é composta por quatro abas
dividindo os tipos de propriedades a serem fonecidas. Cada uma
20 4 Inteface Gráfica

Figura 4.4: Edição de um componente já existente.

Figura 4.5: Warning na edição de um componente já existente.


4.3 Adição de Novos Componentes 21

Figura 4.6: Janela de edição de um componente.

destas abas será apresentada a seguir.

Aba com informações básicas do componente

A janela de edição do componente é composta por quatro abas. A


primeira delas contém as informações básicas do elemento como
seu nome, fórmula, massa molecular e outros. Esta aba pode ser
visualizada na Figura 4.7
Dica: Para cálculos termodinâmicos com equações cúbicas de
estado é necessário fornecer pelo menos, além do nome do com-
ponente, o seu peso molecular, temperatura e pressão crítica,
fator acêntrico e o Cp de gás ideal.

Figura 4.7: Aba com as informações básicas de um componente.


22 4 Inteface Gráfica

Aba de edição de correlações e propriedades do líquido

A segunda aba da janela de edição contém informações a cerca


de propriedades físicas do componente que variam com a tempe-
ratura. Também, propriedades em uma temperatura fixa e outras
propriedades do componente na fase líquida. Esta aba é visuali-
zada na Figura 4.8.

Figura 4.8: Aba com correlações e outras propriedades.

Na primeira parte da aba, o usuário pode inserir correlações para


o cálculo de propriedades em função da temperatura. Cada bo-
tão Correlation contém uma correlação diferente e quando
o mesmo é pressionado uma janela para a edição se abre como a
apresentada na Figura 4.9.
Primeiramente, o forma da correlação deve ser escolhida. As
equações disponíveis são mostradas a seguir. Algumas são gené-
ricas podendo ser utilizadas para o cálculo de qualquer propriedade
e outras são específicas. Deve-se ficar atento as suas unidades de
medida, que devem ser respeitadas. Conforme a correlação esco-
lhida, devem ser fornecidos os valores dos parâmetros e a faixa de
temperatura em que a correlação é válida.
Correlações Polinomiais:

P rop = A + B · T + C · T 2 + . . . , T [K] (4.1)

P rop = 0.1 · (A + B · T + C · T 2 + . . .), T [K] (4.2)


4.3 Adição de Novos Componentes 23

Figura 4.9: Janela para edição de correlações.

P rop = M w · (A + B · T + C · T 2 + . . .), T [K] (4.3)

P rop B
 
ln 3
= A · ln(T ) + + C + D · T 2 , T [K] (4.4)
10 T
Viscosidade do líquido:
B E
Visc [cP] = 1000 · e(A+ T +C·ln(T )+D·T ) , T [R] (4.5)

B
Visc [cP] = A + + C · T + D · T 2 , T [K] (4.6)
T
Viscosidade do vapor:
(A · T B )
Visc [cP] = 1000 · , T [R] (4.7)
(1 + C/T + D/T 2 )

Visc [mP] = A + B · T + C · T 2 , T [K] (4.8)

Condutividade térmica do líquido:


W
Cond [ ] = A + B · T, T [K] (4.9)
mK
Equação de Plank-Einstein para o cálculo do Cp de gás ideal:
J X θ
Cp[ ] = (Ai · E(i )) (4.10)
molK T
x2 ex
onde θ = A, Ai = B, C, D, . . ., e E(x) = (ex −1)2
24 4 Inteface Gráfica

Aba de propriedades moleculares e grupos UNIFAC

Na terceira aba, são encontrados os campos para serem preen-


chidos com propriedades moleculares dos componentes, dados de
entalpia e dados estruturais como os grupos que formam o compo-
nente utilizados pelo método de cálculo UNIFAC. Na Figura 4.10
a aba é apresentada.

Figura 4.10: Aba de propriedades moleculares e grupos UNIFAC.

Os dados de entalpia, entropia e calor de combustão são muito


importante para a simulação de processos que envolvam reações
químicas. Assim, estas informações devem ser fornecidas pelo
usuário para que o VRTherm disponibilize estes cálculos.
Caso o usuário queira utilizar o método UNIFAC para calcular
coeficientes de atividade de líquidos com os componentes custo-
mizados, devem ser informados os grupos que compõe a molécula
e a sua frequência. Para inserir estas informações, deve-se pressi-
onar o botão Add na parte inferior da aba. Quando este botão é
acionado, uma janela se abre como a mostrada na Figura 4.11.
Nesta janela, cada subgrupo que forma a molécula deve ser se-
lecionado juntamente com o número de vezes que aparece na
molécula através do campo Frequency. Cada vez que um sub-
grupo e sua frequência são selecionados, o usuário deve pressionar
o botão OK e repetir a operação para a adição de cada subgrupo.
Como exemplo, pode ser utilizado o propano. Como pode ser
visto na Figura 4.11, a molécula de propano é composta por dois
subgrupos CH3 e por um subgrupo CH2 . Todos os subgroupos
UNIFAC são mostrados na Tabela 4.1.
4.3 Adição de Novos Componentes 25

Figura 4.11: Janela de adição dos subgrupos UNIFAC.

Tabela 4.1: Subgrupos UNIFAC


ID Subgrupo ID Subgrupo ID Subgrupo ID Subgrupo ID Subgrupo
1 CH3 2 CH2 3 CH 4 C 5 CH2 = CH
6 CH = CH 7 CH2 = C 8 CH = C 70 C=C 109 CH2 = CH2
9 ACH 10 AC 11 ACCH3 12 ACCH2 13 ACCH
14 OH 15 CH3 OH 16 H2 O 17 ACOH 18 CH3 CO
19 CH2 CO 20 CHO 21 CH3 COO 22 CH2 COO 23 HCOO
24 CH3 O 25 CH2 O 26 CHO 27 T HF 28 CH3 N H2
29 CH2 N H2 30 CHN H2 31 CH3 N H 32 CH2 N H 33 CHN H
34 CH3 N 35 CH2 N 36 ACN H2 37 C5 H5 N 38 C5 H4 N
39 C5 H3 N 40 CH3 CN 41 CH2 CN 42 COOH 43 HCOOH
44 CH2 Cl 45 CHCl 46 CCl 47 CH2 Cl2 48 CHCl2
49 CCl2 50 CHCl3 51 CCl3 52 CCl4 53 ACCl
54 CH3 N O2 55 CH2 N O2 56 CHN O2 57 ACN O2 58 CS2
59 CH3 SH 60 CH2 SH 134 CHSH 135 CSH 61 F urf ural
62 DOH 63 I 64 Br 65 CH ≡ C 66 C≡C
110 CH ≡ CH 67 DM SO 68 Acry 69 Cl − (C = C) 71 ACF
72 DM F 73 HCON (CH2 )2 74 CF3 75 CF2 76 CF
77 COO 78 SiH3 79 SiH2 80 SiH 81 Si
82 SiH2 O 83 SiHO 84 SiO 85 NMP 86 CCl3 F
87 CCl2 F 88 HCCl2 F 89 HCClF 90 CClF2 91 HCClF2
92 CClF3 93 CCl2 F2 94 CON H2 95 CON HCH3 96 CON HCH2
97 CON (CH3 )2 98 CON CH3 CH2 99 CON (CH2 )2 100 C2 H5O2 101 C2 H4 O2
102 CH3 S 103 CH2 S 104 CHS 105 M orph 106 C4 H 4 S
107 C4 H3 S 108 C4 H 2 S 136 H2 COCH 137 HCOCH 138 HCOC
139 H2 COCH2 140 H2 COC 141 COC 111 N H3 117 CO2
118 CH4 119 O2 116 Ar 115 N2 114 H2 S
113 H2 120 D2 112 CO 121 SO2 122 NO
123 N2 O 124 SF6 125 He 126 Ne 127 Kr
128 Xe 129 HF 130 HCl 131 HBr 132 HI
133 COS 142 F2 143 Cl2 144 Br2 145 HCN
146 N O2 147 CF4 148 O3 149 ClN O
26 4 Inteface Gráfica

Aba com outras propriedades

A quarta e última aba, contém dados relativos à periculosidade


do componente como temperatura de auto ignição e limites de
flamabilidade. Esta aba pode ser visualizada na Figura 4.12.

Figura 4.12: Aba com outras propriedades do componente.

Utilizando o componente adicionado

Realizadas todas as alterações e adições desejadas, o usuário deve


pressionar o botão OK na parte inferior da janela para que o novo
componente seja adicionado. Na figura Figura 4.13, o compo-
nente derivado do propano, aqui chamado de propane_custom,
foi adicionado e salvo no banco de dados do VRTherm.
Uma vez realizado este procedimento, o componente customizado
pode ser visualizado na seção de busca da interface gráfica como
visto na Figura 4.14. Se o usuário desejar inserir o componente
em uma mistura para o cálculo de equilíbrio da aba Flash, deve
pressionar o botão Add e o mesmo será incluído, como visualizado
na Figura 4.15.
Na Figura 4.16 é ilustrado o componente adicionado e os cálculos
de equilíbrio e propriedades da mistura que o contém.

4.3.2 Criando um novo Componente

Para criar um novo componente, sem se basear em algum outro já


existente, o usuário deve pressionar o botão New Componente
como apresentado na Figura 4.17.
4.3 Adição de Novos Componentes 27

Figura 4.13: Salvando um componente customizado.

Figura 4.14: Procurando o novo componente.


28 4 Inteface Gráfica

Figura 4.15: Adicionando o novo componente a uma mistura.

Figura 4.16: Cálculos com o componente customizado.


4.3 Adição de Novos Componentes 29

Figura 4.17: Criando um novo componente.

A mesma janela de edição de componente apresentada anterior-


mente será aberta porém, nenhum campo de propriedade apare-
cerá preenchido.
Quando o botão OK for pressionado, o novo componente será
automaticamente incluído no banco de dados do VRTherm e o
mesmo poderá ser utilizado em cálculos normalmente.

4.3.3 Removendo um Componente

Para remover um componente adicionado, o usuário deve seleci-


onar o componente a ser removido e pressionar o botão Purge
Component como na Figura 4.18.
Atenção: Vale lembrar que somente componentes customizados
podem ser removidos. Os componentes do banco de dados ori-
ginal do VRTherm estão protegidos contra edições por questões
de segurança.
Logo que a solicitação for realizada, uma janela de warning é
disparada para verificar se o usuário realmente deseja realizar a
remoção, como na Figura 4.19. Caso a resposta seja positiva,
o componente customizado será removido permanentemente do
banco de dados.
30 4 Inteface Gráfica

Figura 4.18: Removendo um componente.

Figura 4.19: Removendo um componente.


5 Excel Addin

O VRTherm também está disponível na forma de um Add-In para o Microsoft Excel. Desta
forma é possível obter todas as propriedades termodinâmicas e propriedades físicas que o
VRTherm provê diretamente em planilhas do Excel. As funções disponíveis no VRTherm Add-
in, assim como a forma de utilização, são apresentadas neste Capítulo.

Sumário
5.1 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.1.1 Desinstalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.2 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.2.1 Funções de Configuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.2.2 Cálculos de Propriedades de uma Fase . . . . . . . . . . . . . . . 34
5.2.3 Propriedades de Substâncias Puras . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
5.2.4 Cálculos de flash e Ponto de Bolha . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.3 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

31
32 5 Excel Addin

5.1 Instalação
O VRTherm Add-in pode ser utilizado no Microsoft Excel 97 e
superiores.
Antes de instalar o VRTherm Add-in é necessário ter o VRTherm
instalado no sistema conforme descrito na Seção 1.6.
Para adicionar o VRTherm Add-in ao Excel:

• Abra o diálogo de adição de suplementos através do menu


Ferramentas→Suplementos do Excel.
• Utilizando o botão Procurar... da caixa de diálogo, se-
lecione o arquivo vrtherm.xll que se encontra na pasta
onde foi instalado o VRTherm.
• Após a seleção do suplemento assegure-se de que este está
selecionado, como na apresentado na Figura 5.1

Figura 5.1: VRTherm Add-in selecionado.

Atenção: Se for questionado se o VRTherm Add-in deve ser co-


piado ao diretório de suplementos do usuário a opção selecionada
deverá ser não.

5.1.1 Desinstalação

Para remover o VRTherm Add-in é apenas necessário remover o


suplemento através do menu Ferramentas→Suplementos.
5.2 Utilização 33

5.2 Utilização
O VRTherm Add-in é baseado nos conceitos de mistura e fase:
• mistura: uma seleção de componentes, é utilizada para
criar uma fase e obter propriedades dos componentes puros.
Exemplo: propriedades críticas
• fase: para uma dada mistura, utiliza uma equação de es-
tado associada a diversas correlações para calcular propri-
edades de uma fase como um todo. Exemplos: entalpia e
volume específico de um líquido ou vapor.
Para manipular as misturas e fases, o VRTherm Add-in possui
quatro classes de funções:
• Funções de configuração de misturas e fases
• Acesso à propriedades de componentes puros utilizando mis-
turas
• Cálculo de propriedades utilizando fases
• Função para conversão de unidades de medida
A forma mais conveniente de utilização do VRTherm Add-in é
através do Function Wizard. Esta ferramenta é iniciada pelo bo-
tão:

Figura 5.2: Botão para acessar o Function Wizard.

Uma vez iniciado o Function Wizard, as categorias de funções


do VRTherm Add-in são apresentadas, como pode ser visto na
Figura 5.3.

5.2.1 Funções de Configuração

No VRTherm Add-in uma mistura representa um conjunto de


componentes. Misturas são armazenadas em containers, identifi-
cados por um número inteiro positivo. Não existem limites quanto
ao número de misturas que podem ser configuradas simultanea-
mente. Para configurar uma mistura, basta indicar quais são os
componentes da mesma com a função VRTSetComps.
34 5 Excel Addin

Figura 5.3: Categorias de funções do VRTherm Add-in.

A Figura 5.4 exemplifica a configuração de uma mistura com os


componentes n-butano e isobutano.
De forma semelhante à configuração de misturas, uma fase tam-
bém é armazenada em um container ao qual está associado um
número identificador inteiro e positivo. Para configurar uma fase,
o usuário deverá ter uma mistura previamente configurada.
Utilizando como base uma mistura, é possível configurar uma fase
com a função VRTCfgPhase, como apresentado na Figura 5.5.
No exemplo acima foi configurada uma fase líquida utilizando os
componentes da mistura mix e baseado na equação de estado
"PR" (Peng-Robinson). As equações de estado disponíveis são
apresentadas na Tabela 5.1.

5.2.2 Cálculos de Propriedades de uma Fase

Para calcular propriedades de uma fase como um todo é apenas


necessário fornecer o identificador da fase previamente configu-
rada com a função VRTCfgPhase.
Por exemplo, a função VRTEnthalpy retorna a entalpia da fase,
esta é calculada utilizando o modelo fornecido na configuração.
A listagem de todos os cálculos disponíveis no VRTherm Add-in
pode ser vista na categoria VRTherm Calculation do Func-
tion Wizard, como na Figura 5.6.
5.2 Utilização 35

Figura 5.4: Seleção de componentes de uma mistura.

5.2.3 Propriedades de Substâncias Puras

Para acessar propriedades de subtâncias puras é necessário apenas


fornecer o identificador de uma mistura previamente configurada.
Por exemplo, a função VRTTc retorna um vetor com o a tempe-
ratura crítica de cada componente da mistura.

A listagem de todos as propriedades de substâncias puras dispo-


níveis no VRTherm Add-in pode ser vista na categoria VRTherm
Pure Propertiesn do Function Wizard, como apresentado
na Figura 5.7.
36 5 Excel Addin

Tabela 5.1: Equações de estado disponíveis no VRTherm Add-in


Sigla da equação de estado Descrição
Ideal Gás Ideal
IdealLiquid Líquido Ideal
RK Redlich Kwong
SRK Soave Redlich-Kwong
PR Peng-Robinson
APR Peng-Robinson Assimétrico
ASRK Soave Redlich-Kwong Assimétrico
UNIFAC UNIFAC(Dortmund)

Tabela 5.2: Cálculos de equilíbrio do VRTherm Add-in.


Função Argumentos Saída da função
VRTFlashTP T, P, z vf rac , lf rac , x, y
VRTBubbleT P, x T, y
VRTBubbleP T, x P, y

5.2.4 Cálculos de flash e Ponto de Bolha

As funções que fazem cálculos de equilíbrio se diferenciam das


demais por calcularem mais de um resultado. Na Tabela 5.2 são
apresentadas as funções de cálculo de equilíbrio juntamente com
seus argumentos de saídas geradas.
Porém, no Excel se o usuário utilizar uma das funções acima ape-
nas o primeiro resultado calculado é mostrado na planilha. Por
exemplo, um cálculo de temperatura de ponto de bolha deter-
mina a temperatura e a composição da fase vapor mas apenas a
temperatura aparecerá na planinha.
Para que todos os resultados apareçam na planilha é necessário
criar uma fórmula matriz. Mais detalhes podem ser encontrados
no tópico Criar uma fórmula de matriz disponível da ajuda do Mi-
crosoft Excel. Utilizando esta técnica foram construídas diversas
planilhas de exemplo, como tratado na Seção 5.3.

5.3 Exemplos
Na pasta samples do diretório de instalação do VRTherm Add-
in estão disponíveis algumas planilhas que demonstram as funci-
onalidades do suplemento:

• Apolar.xls: planilha com cálculo de um separador flash e


5.3 Exemplos 37

cálculo de diversas propriedades para uma mistura apolar


• Polar.xls: planilha com cálculo de um separador flash e
cálculo de diversas propriedades para uma mistura polar
• EnvelopeEthanolWater.xls: planilha com a determinação do
envelope de fases para uma mistura de etanol e água e
comparação com valor experimental
• EnvelopeMethaneBenzene.xls: planilha com a determina-
ção do envelope de fases para uma mistura de metano e
benzeno e comparação com valor experimental
38 5 Excel Addin

Figura 5.5: Configuração de uma fase.


5.3 Exemplos 39

Figura 5.6: Cálculos disponíveis no VRTherm Add-in.

Figura 5.7: Propriedades de substâncias puras disponíveis no


VRTherm Add-in.
6 MatLab Toolbox

O VRTherm também está disponível na forma de um Toolbox para o MatLab. Desta forma
é possível obter todas as propriedades termodinâmicas e propriedades físicas que o VRTherm
provê diretamente no MatLab. As funções disponíveis no VRTherm Toolbox, assim como a
forma de utilização, são apresentadas neste Capítulo. Estas fuções são totalmente compatíveis
com as funções para Scilab (Capítulo 7).

Sumário
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6.1.1 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6.1.2 Desinstalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.2 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.2.1 Funções de Configuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
6.2.2 Propriedades de Substâncias Puras . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6.2.3 Cálculos de Propriedades de uma Fase . . . . . . . . . . . . . . . 44
6.2.4 Ajuda no MatLab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
6.2.5 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

40
6.1 Introdução 41

6.1 Introdução
O VRTherm Toolbox pode ser utilizado no Matlab versão 5 e
superiores. MatLab representa uma família de produtos que provê
Para mais detalhes sobre o Matlab uma linguagem de programação de alto nível e um ambiente para
visite www.mathworks.com
computação técnica, e funções para:
• Desenvolvimento de algorítmos
• Análise e visualização de dados
• Computação numérica

6.1.1 Instalação

Antes de instalar o VRTherm Toolbox é necessário instalar o


VRTherm como descrito na Seção 1.6.
Existem duas alternativas para a instalação do VRTherm Toolbox:
• Instalação permanente (requer direitos de administrador)
• Instalação temporária (válida somente na seção corrente)
A instalação permanente ocorre quando o script de instalação é
executado com direitos de administrador do sistema. Caso con-
trário, a instalação é válida somente para a seção corrente, sendo
necessário repetir a instalação toda a vez que o MatLab é aberto.
Para executar a instalação do VRTherm Toolbox, digite os se-
guintes comandos no prompt do Matlab:
>> cd ’VRTDIR’
>> vrtinstall

onde ’VRTIDIR’ é o caminho completo da pasta onde o VRTherm


foi instalado.
Se uma instalação permamente acontecer, a seguinte mensagem
será apresentada no Matlab:
VRTherm sucessfully added to Matlab permanent path

Para o caso de uma instalação temporária a seguinte mensagem


será apresentada:
Warning you have no rights to permanently change Matlab path
You will need to run VRTINSTALL again next time Matlab is started

Para mais detalhes execute help vrtinstall no prompt do


MatLab.
42 6 MatLab Toolbox

6.1.2 Desinstalação

A desintalação do VRTherm Toolbox só é necessária quando


uma instalação permanente foi executada. Para desinstalar o
VRTherm Toolbox, execute o seguintes comandos no prompt do
Matlab:
>> cd ’VRTDIR’
>> vrtuninstall

onde ’VRTIDIR’ é o caminho completo da pasta onde o VRTherm


foi instalado.
Se a desinstalação tiver sucesso, a seginte mensagem será apre-
sentada no Matlab:
VRTherm sucessfully removed from Matlab permanent path

caso contrário, será apresentada a seguinte mensagem:


Warning you have no rights to change Matlab permanent path

Para mais detalhes execute help vrtuninstall no prompt


do MatLab.

6.2 Utilização
O VRTherm Toolbox é baseado nos conceitos de mistura e fase.
• mistura: uma seleção de componentes, é utilizada para
obter propriedades dos componentes puros. Exemplo: pro-
priedades críticas
• fase: utiliza uma equação de estado associada a diversas
correlações para calcular propriedades de uma fase como
um todo. Exemplos: entalpia e volume específico de um
líquido ou vapor.
Para manipular as misturas e fases, o VRTherm Toolbox possui
algumas classes de funções:
• Funções de configuração de misturas e fases
• Acesso a propriedades de componentes puros utilizando mis-
turas
• Cálculos de propriedades de uma fase e de equilíbrio termo-
dinâmico
6.2 Utilização 43

6.2.1 Funções de Configuração

No VRTherm Toolbox uma mistura representa um conjunto de


substâncias puras. Misturas são armazenadas em containers,
identificados por um número inteiro positivo. Não existem li-
mites quanto ao número de misturas que podem ser configuradas
simultaneamente. Para configurar uma mistura, basta adicionar
um componente com a função vrtaddcomp e a mesma é criada
automaticamente. Para mais detalhes sobre esta função utilize o
comando help vrtaddcomp.
Dica: Toda vez que for configurar uma mistura é aconselhável
limpar o container com o comando vrtclmix para assegurar
que não haja conflitos com uma possível configuração anterior.
Por exemplo, para configurar uma mistura com os componentes
n-butano e isobutano:
mymixture = 1;
vrtclmix(mymixture);
vrtaddcomp(mymixture, ’n-butane’);
vrtaddcomp(mymixture, ’isobutane’);

Como citado anteriormente o usuário pode configurar um número


ilimitado de misturas simultaneamente:
mymixture = 1;
vrtclmix(mymixture);
vrtaddcomp(mymixture, ’n-butane’);
vrtaddcomp(mymixture, ’isobutane’);
mymixture2 = 2;
vrtclmix(mymixture2);
vrtaddcomp(mymixture2, ’benzene’);
vrtaddcomp(mymixture2, ’p-xylene’);

De forma semelhante à configuração de misturas, uma fase tam-


bém é armazenada em um container ao qual está associado um
número identificador inteiro e positivo. Para configurar uma fase,
o usuário deverá ter uma mistura previamente configurada. Uti-
lizando como base uma mistura, é possível configurar uma fase
com a função vrtcfgphase, por exemplo:
mix = 1;
phase = 1;
vrtclmix(mix);
vrtaddcomp(mix, ’n-butane’);
vrtaddcomp(mix, ’isobutane’);
vrtcfgphase(phase, mix, ’liquid’, ’PR’);

No exemplo acima foi configurada uma fase líquida utilizando os


componentes da mistura mix e baseado na equação de estado PR
(Peng-Robinson). Para mais detalhes utilize o comando help
vrtcfgphase. As equações de estado disponíveis estão na
Tabela 7.1.
44 6 MatLab Toolbox

Tabela 6.1: Equações de estado disponíveis no VRTherm Toolbox


Sigla da equação de estado Descrição
Ideal Gás Ideal
IdealLiquid Líquido Ideal
RK Redlich Kwong
SRK Soave Redlich-Kwong
PR Peng-Robinson
APR Peng-Robinson Assimétrico
ASRK Soave Redlich-Kwong Assimétrico
UNIFAC UNIFAC(Dortmund)

6.2.2 Propriedades de Substâncias Puras

Para acessar propriedades de subtâncias puras é necessário apenas


fornecer o identificador de uma mistura previamente configurada.
Por exemplo, a função vrttc retorna um vetor com o a tem-
peratura crítica de cada componente da mistura. Opcionalmente
pode ser fornecida a unidade de medida para o resultado, por
exemplo:
>> mix = 1;
>> vrtclmix(mix);
>> vrtaddcomp(mix, ’n-butane’);
>> vrtaddcomp(mix, ’isobutane’);
>> Tc = vrttc(mix)

Tc =

425.1200 407.8000

>> Tc = vrttc(mix, ’degC’)

Tc =

151.9700 134.6500

Para mais detalhes utilize o comando help vrttc no prompt


do MatLab.
Para listar todas as funções disponíveis utilize o comando help
vrtfun.

6.2.3 Cálculos de Propriedades de uma Fase

Para calcular propriedades de uma fase como um todo é apenas


necessário fornecer o identificador da fase previamente configu-
rada com a função vrtcfgphase e o estado desejado. Por
exemplo, a função vrtenthalpy retorna a entalpia da fase:
6.2 Utilização 45

>> mix = 1;
>> vrtclmix(mix);
>> vrtaddcomp(mix, ’n-butane’);
>> vrtaddcomp(mix, ’isobutane’);
>> phase = 1;
>> vrtcfgphase(phase, mix, ’liquid’, ’PR’);
>> T = 25; Tunit = ’degC’, P = 1; Punit = ’atm’; z = [0.5 0.5];
>> h = vrtenthalpy(phase, T, P, z, Tunit, Punit, ’cal/mol’)

h =

8.6336e+003

Para mais detalhes utilize o comando help vrtenthalpy.


Para listar todas as funções disponíveis utilize o comando help
vrtfun.

6.2.4 Ajuda no MatLab

O VRTherm Toolbox está integrado ao sistema de ajuda do Ma-


tLab. Para listar todas as funções disponíveis utilize o comando
help vrtfun no prompt do MatLab. Como já apresentado
anteriormente, a ajuda também está disponível para cada uma
das funções individuais, por exemplo: help vrtaddcomp ou
help vrtenthalpy.

6.2.5 Exemplos

No arquivo vrtsample.m é apresentada uma aplicação de to-


das as funções do VRTherm Toolbox. Este script pode ser exe-
cutado através do comando vrtsample.
Para visualizar o conteúdo do arquivo execute edit vrtsample
no prompt do MatLab. Para obter outros exemplos e aplicações
do VRTherm Toolbox, acesse www.vrtech.com.br.
Na pasta samples do diretório de instalação do VRTherm pode
ser encontrado o script EnvelopeEthanolWater.m. Este
script exemplifica a construção de um envelope de fases para
uma mistura de etanol e água e compara os resultados com dados
experimentais.
7 Scilab Toolbox

O VRTherm também está disponível na forma de um Toolbox para o Scilab. Desta forma é
possível obter todas as propriedades termodinâmicas e propriedades físicas que o VRTherm
provê diretamente no Scilab. As funções disponíveis no VRTherm Toolbox, assim como a
forma de utilização, são apresentadas neste Capítulo. Estas fuções são totalmente compatíveis
com as funções para Matlab (Capítulo 6).

Sumário
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.1.1 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.1.2 Desinstalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
7.2 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
7.2.1 Funções de Configuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
7.2.2 Propriedades de Substâncias Puras . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
7.2.3 Cálculos de Propriedades de uma Fase . . . . . . . . . . . . . . . 50
7.2.4 Ajuda no Scilab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
7.2.5 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

46
7.1 Introdução 47

7.1 Introdução
Recomenda-se a utilização do VRTherm Toolbox com Scilab ver-
são 3 e superiores. O Scilab é um software de computação numé-
rica que provê um poderoso ambiente para engenheiros e cientis-
tas. Seu desenvolvimento foi iniciado em 1990 por pesquisadoe-
res e agora é mantido e desenvolvido por um consórcio criado em
2003. Uma grande vantagem do Scilab com relação ao Matlab é
que o Scilab é um software livre e distribuido na internet desde
1994.
Dica: Uma vez que o Scilab é distribuido sem custo, aconselha-se
a atualização freqüente da sua instalação.

7.1.1 Instalação

Antes de instalar o VRTherm Toolbox é necessário ter o VRTherm


já instalado como descrito na Seção 1.6.
Para executar a instalação do VRTherm Toolbox, digite o seguinte
comando no prompt do Scilab:
--> exec ’VRTDIR/vrtinstall.sce’;

onde ’VRTIDIR’ é o caminho completo da pasta onde o VRTherm


foi instalado.
Após a instalação as seguintes mensagens serão apresentadas na
tela:
VRTherm 1,2,5,0 for Scilab loaded.

shared archive loaded

*** In order to permanently install VRTherm for Scilab


add the following command in the user or global .scilab file:

exec ’/usr/local/vrtherm/vrtloader.sce’;

Carregando o VRTherm desta forma o mesmo estará disponí-


vel apenas na seção atual. Ou seja, se o Scilab for fechado
é necessário executar o procedimento novamente. Para que o
VRTherm seja carregado automaticamente toda vez que o Scilab
é aberto basta editar o arquivo .scilab adicionando o seguinte
comando:
exec ’VRTDIR/vrtloader.sce’;

onde ’VRTIDIR’ é o caminho completo da pasta onde o VRTherm


foi instalado.
48 7 Scilab Toolbox

7.1.2 Desinstalação

A desintalação do VRTherm Toolbox só é necessária se o arquivo


.scilab foi editado. Neste caso, basta remover a linha onde é
carregado o vrtloader.sce.

7.2 Utilização
O VRTherm Toolbox é baseado nos conceitos de mistura e fase.
• mistura: uma seleção de componentes, é utilizada para
obter propriedades dos componentes puros. Exemplo: pro-
priedades críticas
• fase: utiliza uma equação de estado associada a diversas
correlações para calcular propriedades de uma fase como
um todo. Exemplos: entalpia e volume específico de um
líquido ou vapor.
Para manipular as misturas e fases, o VRTherm Toolbox possui
algumas classes de funções:
• Funções de configuração de misturas e fases
• Acesso a propriedades de componentes puros utilizando mis-
turas
• Cálculos de propriedades de uma fase e de equilíbrio termo-
dinâmico

7.2.1 Funções de Configuração

No VRTherm Toolbox uma mistura representa um conjunto de


substâncias puras. Misturas são armazenadas em containers,
identificados por um número inteiro positivo. Não existem li-
mites quanto ao número de misturas que podem ser configuradas
simultaneamente. Para configurar uma mistura, basta adicionar
um componente com a função vrtaddcomp e a mesma é criada
automaticamente. Para mais detalhes sobre esta função utilize o
comando help vrtaddcomp.
Dica: Toda vez que for configurar uma mistura é aconselhável
limpar o container com o comando vrtclmix para assegurar
que não haja conflitos com uma possível configuração anterior.
Por exemplo, para configurar uma mistura com os componentes
n-butano e isobutano:
mymixture = 1;
vrtclmix(mymixture);
vrtaddcomp(mymixture, ’n-butane’);
vrtaddcomp(mymixture, ’isobutane’);
7.2 Utilização 49

Como citado anteriormente o usuário pode configurar um número


ilimitado de misturas simultaneamente:
mymixture = 1;
vrtclmix(mymixture);
vrtaddcomp(mymixture, ’n-butane’);
vrtaddcomp(mymixture, ’isobutane’);
mymixture2 = 2;
vrtclmix(mymixture2);
vrtaddcomp(mymixture2, ’benzene’);
vrtaddcomp(mymixture2, ’p-xylene’);

De forma semelhante à configuração de misturas, uma fase tam-


bém é armazenada em um container ao qual está associado um
número identificador inteiro e positivo. Para configurar uma fase,
o usuário deverá ter uma mistura previamente configurada. Uti-
lizando como base uma mistura, é possível configurar uma fase
com a função vrtcfgphase, por exemplo:
mix = 1;
phase = 1;
vrtclmix(mix);
vrtaddcomp(mix, ’n-butane’);
vrtaddcomp(mix, ’isobutane’);
vrtcfgphase(phase, mix, ’liquid’, ’PR’);

No exemplo acima foi configurada uma fase líquida utilizando os


componentes da mistura mix e baseado na equação de estado PR
(Peng-Robinson). Para mais detalhes utilize o comando help
vrtcfgphase. As equações de estado disponíveis estão na
Tabela 7.1.

Tabela 7.1: Equações de estado disponíveis no VRTherm Toolbox


Sigla da equação de estado Descrição
Ideal Gás Ideal
IdealLiquid Líquido Ideal
RK Redlich Kwong
SRK Soave Redlich-Kwong
PR Peng-Robinson
APR Peng-Robinson Assimétrico
ASRK Soave Redlich-Kwong Assimétrico
UNIFAC UNIFAC(Dortmund)

7.2.2 Propriedades de Substâncias Puras

Para acessar propriedades de subtâncias puras é necessário apenas


fornecer o identificador de uma mistura previamente configurada.
50 7 Scilab Toolbox

Por exemplo, a função vrttc retorna um vetor com o a tem-


peratura crítica de cada componente da mistura. Opcionalmente
pode ser fornecida a unidade de medida para o resultado, por
exemplo:
-->mix = 1;
-->vrtclmix(mix);
-->vrtaddcomp(mix, ’n-butane’);
-->vrtaddcomp(mix, ’isobutane’);
-->Tc = vrttc(mix)
Tc =

425.12 407.8

-->Tc = vrttc(mix, ’degC’)


Tc =

151.97 134.65

Para mais detalhes utilize o comando help vrttc no prompt


do Scilab.

7.2.3 Cálculos de Propriedades de uma Fase

Para calcular propriedades de uma fase como um todo é apenas


necessário fornecer o identificador da fase previamente configu-
rada com a função vrtcfgphase e o estado desejado. Por
exemplo, a função vrtenthalpy retorna a entalpia da fase:
-->mix = 1;
-->vrtclmix(mix);
-->vrtaddcomp(mix, ’n-butane’);
-->vrtaddcomp(mix, ’isobutane’);
-->phase = 1;
-->vrtcfgphase(phase, mix, ’liquid’, ’PR’);
-->T = 25; Tunit = ’degC’; P = 1; Punit = ’atm’; z = [0.5 0.5];
-->h = vrtenthalpy(phase, T, P, z, Tunit, Punit, ’cal/mol’)
h =

- 4989.3076

Para mais detalhes utilize o comando help vrtenthalpy.

7.2.4 Ajuda no Scilab

O VRTherm Toolbox está integrado ao sistema de ajuda do Sci-


lab. Para acessar a documentação basta abrir o sistema de ajuda
do Scilab e selecionar o tópico do VRTherm, como apresentado
na Figura 7.1.
Como já apresentado anteriormente, a ajuda também está dispo-
nível para cada uma das funções individuais, por exemplo: help
vrtaddcomp ou help vrtenthalpy.
7.2 Utilização 51

Figura 7.1: Tópico do VRTherm no sistema de ajuda do Scilab.

7.2.5 Exemplos

Na pasta samples do diretório de instalação do VRTherm po-


dem ser encontrados alguns exemplos de utilização do VRTherm
no Scilab. O script EnvelopeEthanolWater.sce exempli-
fica a construção de um envelope de fases para uma mistura de
etanol e água e compara os resultados com dados experimentais.
O arquivo vrtsample.sce presente na mesma pasta apresen-
tada uma aplicação de todas as funções do VRTherm Toolbox.
Para obter outros exemplos e aplicações do VRTherm Toolbox,
acesse www.vrtech.com.br.
8 EMSO Plug-In

Se o VRTherm foi devidamente instalado como descrito na Seção 1.6 ele pode ser usado
diretamente dentro do EMSO como uma elegante fonte de dados de propriedades termodi-
nâmicas. Os cálculos disponíveis serão apresentados nesse capítulo.

Sumário
8.1 Usando o VRTherm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
8.1.1 Modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.1.2 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

52
8.1 Usando o VRTherm 53

8.1 Usando o VRTherm


Nesta seção é apresentada a forma de uso do VRTherm dentro
do EMSO.
Primeiramente, é necessário configurar o VRTherm como um
novo Plugin.
Para isto, no EMSO, acione Config→Plugins...
Uma janela de configuração como a apresentada na Figura 8.1
será aberta.

Figura 8.1: Janela de configuração de plugins.

Nesta janela, preencha o campo Type com o identificador do


plugin, neste caso PP (Physical Properties). No campo File,
procure o arquivo vrpp.dll se estiver utilizando Windows, ou o
arquivo libvrpp.so se estiver utilizando Linux. Estes arquivos
são localizados no diretório onde o VRTherm foi instalado.
Após, pressione o botão Add Plugin e o botão Apply para
que a configuração seja concluída.
Depois de configurado o novo Plugin, basta selecionar os compo-
nentes da mistura desejada e os modelos termodinâmicos a serem
utilizados nos cálculos durante a simulação. Esta seleção pode ser
feita de duas maneiras: escrevendo diretamente no flowsheet ou
utilizando um arquivo gerado na interface, um .vrtherm.
A primeira forma, descrevendo a mistura diretamente no flowsheet
do EMSO, é realizada como segue:
1 FlowSheet FlashSample
2 PARAMETERS
3 PP as Plugin(Brief="Physical Properties",
4 Type="PP",
5 Components = ["1,3-butadiene", "isobutene", "n-pentane", "1-
pentene",
6 "1-hexene", "benzene"],
7 LiquidModel = "PR",
54 8 EMSO Plug-In

8 VapourModel = "PR");

10 NComps as Integer;

12 SET
13 NComps = PP.NumberOfComponents;

15 DEVICES
16 s1 as stream_therm;
17 fl as flash;

19 CONNECTIONS
20 s1 to fl.Feed;

Na linha 3 do código acima o VRTherm é declarado como um


Plugin e é apontado o seu tipo Type="PP" conforme decla-
rado na janela de configuração de plugins mostrada acima.
Além do tipo, são configurados os parâmetros para a utilização
do VRTherm. A interpretação destes parâmetros é a seguinte:
• Components: lista de componentes da mistura desejada
• LiquidModel: modelo para calcular as propriedades da fase
A lista de modelos disponíveis pode líquida
ser encontrada na Seção 1.5 ou na
Tabela 8.1 • VapourModel: modelo para cálculo das propriedades da fase
vapor
Dica: Utilize a interface gráfica do VRTherm para verificar os
componentes disponíveis no banco de dados, mais detalhes no
Capítulo 4.

Nota: No exemplo acima um mesmo modelo foi selecionado para


ambas as fases, porém no VRTherm pode-se utilizar modelos di-
ferentes para a fase líquida e vapor, permitindo uma maior flexi-
bilidade.
Para utilizar um arquivo .vrtherm dentro de um flowsheet do
EMSO, um procedimento similar deve ser adotado. Primeira-
mente, o arquivo do VRTherm já deve estar corretamente con-
figurado, isto é, com os componentes desejados adicionados na
mistura e os modelos para a fase líquida e vapor selecionados.
Tendo este arquivo pronto, o mesmo deve ser escrito na declara-
ção dos parâmetros como segue:
1 FlowSheet FlashSample
2 PARAMETERS
3 PP as Plugin(Brief="Physical Properties",
4 Type="PP",
5 Project = "mixture.vrtherm"
6 );

8 NComps as Integer;

10 SET
11 NComps = PP.NumberOfComponents;
8.1 Usando o VRTherm 55

13 DEVICES
14 s1 as stream_therm;
15 fl as flash;

17 CONNECTIONS
18 s1 to fl.Feed;

Na linha 5, a declaração Project = “misture.vrtherm”


indica que as informações antes escritas diretamente no EMSO
agora estão no arquivo mixture.vrtherm.
Nota: O arquivo .vrtherm deve estar no mesmo diretório do
arquivo que contém o flowsheet. Caso contrário, deve ser forne-
cido o nome do arquivo com o seu caminho absoluto.

Atenção: Caso o usuário deseje realizar uma simulação no EMSO


com algum componente customizado, a declaração dos compo-
nentes deve ser feita obrigatoriamente através do arquivo .vrtherm
com o projeto no qual o componente foi salvo.
Os parâmetros do pacote termodinâmico relativos à declaração
dos modelos de cálculos para as fases líquida e vapor podem ser
sobrescritos no EMSO. Por exemplo, no arquivo mixture.vrtherm
foi selecionado o modelo PR para calcular o comportamento de
ambas as fases. Porém, em algum momento, se for necessário
mudar estes modelos para UNIFAC e gás ideal é só adicionar as
linhas 6 e 7:
1 FlowSheet FlashSample
2 PARAMETERS
3 PP as Plugin(Brief="Physical Properties",
4 Type="PP",
5 Project="mixture.vrtherm",
6 LiquidModel = "UNIFAC",
7 VapourModel = "Ideal");

9 NComps as Integer;

11 SET
12 NComps = PP.NumberOfComponents;

14 DEVICES
15 s1 as stream_therm;
16 fl as flash;

18 CONNECTIONS
19 s1 to fl.Feed;

Caso seja necessário alterar os componentes da mistura, o usuário


deve editar diretamente o arquivo .vrtherm. Não é possível
adicionar ou sobrescrever componentes diretamente no arquivo
mso. quando é utilizado um arquivo do VRTherm.
O modelo de separador utilizado nos exemplos acima faz parte da
biblioteca de modelos do EMSO - EML. Apenas para ilustração
56 8 EMSO Plug-In

o modelo separador considerado é apresentado:


1 Model flash
2 PARAMETERS
3 outer PP as CalcObject;
4 outer NComps as Integer;
5 Vf as volume(Brief="Total Volume of the flash");
6 Mw(NComps) as molweight;
7 Q as power (Brief="Rate of heat supply");
8 Across as area (Brief="Flash Cross section area");

10 SET
11 Mw=PP.MolecularWeight();

13 VARIABLES
14 in Feed as stream;
15 out OutletL as stream_therm;
16 out OutletV as stream_therm;

Este modelo de separador, por sua vez, considera o seguinte mo-


delo para básico para as correntes:
1 Model stream
2 PARAMETERS
3 outer NComps as Integer (Brief = "Number of chemical
components", Lower = 1);

5 VARIABLES
6 F as flow_mol;
7 T as temperature;
8 P as pressure;
9 z(NComps) as fraction (Brief = "Molar Fraction");
10 h as enth_mol;
11 v as fraction (Brief = "Vapourisation fraction");
12 end

Porém, este modelo de corrente não apresenta formas de calcular


propriedades importantes da mistura, como por exemplo a ental-
pia.
Utilizando o VRTherm como um Plugin do EMSO, esta pro-
priedade pode ser calculada da seguinte forma:
1 Model stream_therm as stream
2 PARAMETERS
3 outer PP as Plugin(Brief = "Physical Properties");

5 EQUATIONS
6 h = (1-v)*PP.LiquidEnthalpy(T, P, z)
7 + v*PP.VapourEnthalpy(T, P, z);
8 end

Como pode ser visto na linha 6 do modelo acima, duas fun-


ções do VRTherm estão sendo utilizadas: LiquidEnthalpy
e VapourEnthalpy. A lista completa de propriedades que
podem ser calculadas desta forma utilizando o VRTherm, assim
como os argumentos de cada cálculo, podem ser encontrados na
Subseção 8.1.2.
8.1 Usando o VRTherm 57

8.1.1 Modelos

O VRTherm implementa uma série de modelos para os cálculos de


propriedades de misturas. Na Tabela 8.1 é apresentada a forma
que devem ser indicados os modelos escolhidos:

Tabela 8.1: Modelos Disponíveis no VRTherm


Forma de uso no EMSO Modelo
"Ideal" Gás Ideal
"IdealLiquid" Líquido Ideal
"RK" Redlich Kwong
"SRK" Soave Redlich-Kwong
"PR" Peng-Robinson
"APR" Peng-Robinson Assimétrico
"ASRK" Soave Redlich-Kwong Assimétrico
"UNIFAC" UNIFAC(Dortmund)

8.1.2 Propriedades

Abaixo segue a lista completa de propriedades que podem ser


calculadas pelo VRTherm em modelos dentro do EMSO. Estas
propriedades são divididas em três grandes grupos: as proprieda-
des dos componentes puros, propriedades de misturas e cálculos
de equilíbrio.
A Tabela 8.2 trata das propriedades de componentes puros e a Ta-
bela 8.3 apresenta as propriedades de misturas. Já na Tabela 8.4
são apresentadas funções que envolvem cálculos de equilíbrio de
fases.

Tabela 8.2: Propriedades de componentes puros do VRTherm disponíveis no EMSO.


Função no EMSO Propriedade Argumentos
NormalBoilingPoint Temperatura de Ebulição -
VapourPressure Pressão de Vapor T
CriticalTemperature Temperatura Crítica -
CriticalPressure Pressão Crítica -
CriticalVolume Volume Crítico -
NormalFreezingPoint Temperatura de congelamento -
MolecularWeight Massa molar -
58 8 EMSO Plug-In

Nota: As propriedades de componentes puros, Tabela 8.2, serão


sempre um vetor de comprimento igual ao número de componen-
tes da mistura. As propriedades de misturas, Tabela 8.3 sempre
serão um único valor que representa a mistura como um todo.

Tabela 8.3: Propriedades de misturas do VRTherm disponíveis no EMSO.


Função no EMSO Propriedade Argumentos
NumberOfComponents Número de componentes da mistura -
LiquidCpCv Cp /Cv da fase líquida T, P, zl
VapourCpCv Cp /Cv da fase vapor T, P, zv
LiquidCp Cp do líquido T, P, zl
VapourCp Cp do vapor T, P, zv
LiquidCv Cv do líquido T, P, zl
VapourCv Cv do vapor T, P, zv
LiquidCompressibilityFactor Fator de compressibilidade do líquido T, P, zl
VapourCompressibilityFactor Fator de compressibilidade do vapor T, P, zv
LiquidEnthalpy Entalpia do líquido T, P, zl
VapourEnthalpy Entalpia do vapor T, P, zv
LiquidEntropy Entropia da fase líquida T, P, zl
VapourEntropy Entropia da fase vapor T, P, zv
LiquidGibbsFreeEnergy Energia Livre de Gibbs do líquido T, P, zl
VapourGibbsFreeEnergy Energia Livre de Gibbs do vapor T, P, zv
LiquidVolume Volume molar da fase líquida T, P, zl
VapourVolume Volume molar da fase vapor T, P, zv
LiquidDensity Densidade do líquido T, P, zl
VapourDensity Densidade do vapor T, P, zv
LiquidThermalConductivity Condutividade térmica de líquido T, P, zl
VapourThermalConductivity Condutividade térmica de vapor T, P, zv
LiquidViscosity Viscosidade da fase líquida T, P, zl
VapourViscosity Viscosidade da fase vapor T, P, zv
LiquidFugacityCoefficient Coeficiente de Fugacidade do líquido T, P, zl
VapourFugacityCoefficient Coeficiente de Fugacidade do vapor T, P, zl

Para que o cálculo de flash seja totalmente realizado no VRTherm


dentro do simulador EMSO, deve-se atribuir às saídas da função
as variáveis existentes no modelo , por exemplo:
1 VARIABLES
2 in Feed as stream;
3 out OutletL as stream_therm;
4 out OutletV as stream_therm;
5 vfrac as fraction;
6 EQUATIONS
7 "The flash calculation"
8 [vfrac, OutletL.z, OutletV.z] = PP.Flash(OutletV.T, OutletV.P,
Feed.z);
8.1 Usando o VRTherm 59

Tabela 8.4: Cálculos de flash do VRTherm disponíveis no EMSO.


Função no EMSO Propriedade Argumentos Saída da função
VapourFraction Fração vaporizada de uma corrente T, P, z vf rac
Flash Cálculo de flash TP T, P, z vf rac , zl , zv
9 Cálculos de Propriedades Termodinâmicas

Neste capítulo é apresentada uma breve teoria a cerca dos cálculos necessários para estimar
as principais propriedades termodinâmicas. No VRTherm há dois grandes grupos de cálculos
de propriedades. O primeiro, apresentado a seguir, utiliza relações Termodinâmicas clássicas
e o segundo utiliza correlações encontradas livremente na literatura.

Sumário
9.1 Ponto de Referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
9.2 Entalpia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
9.3 Entropia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
9.4 Calor Específico Cp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

60
9.1 Ponto de Referência 61

9.1 Ponto de Referência


O VRTherm considera como seu ponto de referência o estado de
gás ideal em uma temperatura de 300 K.
Muitos pacotes de cálculos termodinâmicos consideram um ponto
de referência de 0 K, ou próximo disto. A escolha deste ponto
de referência gera algumas simplificações nos cálculos, porém é
sabido que as correlações de calor específico não apresentam bons
resultados em temperaturas inferiores a 150 K. Por este motivo,
no VRTherm um ponto de referência com maior temperatura é
utilizado.

9.2 Entalpia
 ! ! 
Z V
∂P ∂P
H = H ig + T +V  dV (9.1)
∞ ∂T V,Nj
∂V T,Nj

onde H ig é a entalpia de gás ideal.

9.3 Entropia
 ! 
Z V
∂P R
S = S ig +  −  dV + RlnZ (9.2)
∞ ∂T V,Nj
V
onde S ig é a entropia de gás ideal.

9.4 Calor Específico Cp


 2
∂P
2 T
Z V !
∂ P ∂T
Cp = Cpig + T dV −  ∂P  V
−R (9.3)
∞ ∂T 2 V ∂V T

onde Cpig é o Cp de gás ideal.


Índice Remissivo

VRTech Utilização, 33
suporte, iv
Gás Ideal, 7
Adição de novos componentes, 18
Criando um novo componente, 26 Instalação, 4
Editando componente existente, 19 Linux, 4
Windows, 4
Removendo um componente, 29
Interface gráfica, 17
Atualizações do VRTherm, vi
Líquido Ideal, 10
Cálculos Termodinâmicos
Cp , 61 MatLab, 40
entalpia, 61 Ajuda, 45
entropia, 61 Desinstalação, 42
ponto de referência, 61 Exemplos, 45
Coeficiente de Atividade Fases, 43
líquido ideal, 10 Instalação, 41
UNIFAC, 10 Misturas, 43
Criando um novo componente, 26 Propriedades de Substâncias, 44
Propriedades de uma Fase, 44
Direitos autorais, iii
Utilização, 42
Editando componente existente, 19 Modelagem Rigorosa
EMSO aplicações, 3
Corrente, 56 introdução, 2
flashq, 58 Modelos Termodinâmicos
Separador, 56 coeficiente de fugacidade, 10
Equações de Estado Cúbicas, 7 equações de estado cúbicas, 7
Peng-Robinson, 8 gás ideal, 7
assimétrica, 9 regras de mistura, 11
Redlich-Kwong, 8 van der Waals, 7
Soave Redlich-Kwong, 8 Peng-Robinson, 8
assimétrica, 9 assimétrica, 9
Excel, 31 Ponto de referência, 61
flash, 36 Procura de componentes, 17
ponto de bolha, 36 Propriedades, 14
Desinstalação, 32 cálculos de flash, 14
Exemplos, 36 componentes puros, 14
Fases, 33 equilíbrio de fases, 14
Instalação, 32 misturas, 14
Misturas, 33
Propriedades de Substâncias, 35 Redlich-Kwong, 8
Propriedades de uma Fase, 34 Regras de Combinação

62
Índice Remissivo 63

clássica, 11
conformal, 12
Regras de combinação, 11
Regras de Mistura, 11
clássica, 11
Removendo um componente, 29

Símbolos e Convenções, v
Scilab, 46
Ajuda, 50
Desinstalação, 48
Exemplos, 50
Fases, 48
Instalação, 47
Misturas, 48
Propriedades de Substâncias, 49
Propriedades de uma Fase, 50
Utilização, 48
Simulação
importância da, 2
Soave Redlich-Kwong, 8
assimétrica, 9
Suporte, iv

van der Waals, 7


VRTherm
Adição de novos compomentes, 18
aplicações, 3
banco de dados, 3
direitos autorais, iii
Excel, 31
instalação, 4
Interface gráfica, 17
MatLab, 40
modelos, 57
o que é, 2
Procura de componentes, 17
propriedades, 57
Scilab, 46
usando, 53

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