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LIÇÃO 5
P
assamos, agora, do Evangelho do Servo para o Evangelho do Filho
do Homem. Este foi endereçado a Teófilo, um ilustre gentio, que pro
curava saber mais das boas-novas de Cristo. O autor explica os cos-
tumes e maneiras judaicas - a genealogia recua até Adão. Palavras gentias
são usadas, em vez de palavras judaicas, como por exemplo: mestre e não
rabino; advogado, e não escriba. Isto nos faz entender que Lucas não está
se dirigindo ao povo de Israel, mas, aos gentios, em geral, e aos gregos, em
particular.
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LIÇÃO 5: O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS 55
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Autor e Tema
2. Nascimento e Crescimento de Jesus
3. A Tentação de Jesus
4. O Ministério de Jesus na Galiléia
OBJETIVOS DA LIÇÃO
2. Dar o nome da cidade onde Jesus viveu maior parte da Sua vida
antes de começar o Seu ministério;
TEXTO 1
AUTOR E TEMA
Enquanto Marcos foi influenciado por Pedro, o doutor Lucas foi influen-
ciado por Paulo. Isto é notado no fato de que ambos abordaram, com desta-
que, a promessa da redenção nos seus escritos. Muitas das parábolas
registradas em Lucas são semelhantes às ilustrações vivas e simples de Pau-
lo, em suas epístolas.
LIÇÃO 5: O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS 57
TEXTO 2
mente para cumprir o decreto de César Augusto, mas, também para que se
cumprisse a profecia de Miquéias que era também o plano do Pai. Assim, em
cumprimento do vaticínio divino, Jesus nasceu em Belém, uns 10 km, ao sul
de Jerusalém, a mesma cidade onde nascera Davi, mais ou menos um milênio
antes.
A circuncisão de Jesus
Após 33 dias da circuncisão, o infante Jesus foi levado por seus pais
para ser apresentado ao Senhor, no templo. Como bons judeus, Maria e José
cumpriram seus deveres quanto ao costume de sua religião, de acordo com a
Lei de Moisés. O sacrifício dos dois pombinhos mostra-nos a pobreza do
casal. O sacrifício próprio na ocasião seria o de “... um cordeiro de um ano,
por holocausto, e um pombinho ou uma rola, por oferta pelo pecado...” (Lv
12.6). Aos pobres, porém, havia a alternativa de oferecer um segundo pombi-
nho em lugar do cordeiro. A oferta de José e Maria foi, então, a que era
concedida aos pobres fazer (Lv 12.8).
A infância de Jesus
relacionados com a Sua infância, e os três últimos anos da Sua vida terrestre.
Nada de substancial ficou registrado, relacionado aos outros anos da Sua
vida. Conforme Lucas, o menino cresceu em Nazaré. Era uma vila de fazen-
deiros, comerciantes, de simples artesãos, como José - o carpinteiro. Prova-
velmente, José morreu quando Jesus era jovem e foi-lhe, então, necessário
que, como o filho mais velho, assumisse a responsabilidade de sustento da
família. É provável, pois, que Cristo trabalhou como carpinteiro em Nazaré,
até mais ou menos 30 anos de idade. Foi nessa mesma cidade que Jesus
recebeu as instruções apropriadas a um judeu, tanto em casa como na sina-
goga.
Jesus tinha apenas doze anos quando, juntamente com seus pais e ir-
mãos, foi a Jerusalém, pela primeira vez, a fim de festejarem a Páscoa. Foi
nessa ocasião que Jesus confundiu os doutores do templo, respondendo as
difíceis perguntas que eles Lhe faziam e deixando-os mudos diante das per-
guntas que Lhes dirigia. Aqui também José e Maria foram relembrados quanto
à origem divina de Cristo.
Exemplo de submissão
Jesus Cristo se mostrou submisso não apenas a Deus, o Pai, mas, tam-
bém a seus pais terrestres. Dessa forma Ele crescia em sabedoria, estatura e
graça.
Mas, por quê razão teria Jesus permanecido em Nazaré durante esses
30 anos?
TEXTO 3
A TENTAÇÃO DE JESUS
A Bíblia pouco fala do que aconteceu no deserto, a não ser que Cristo
foi tentado pelo Diabo; que Ele nada comeu durante aqueles dias, ao fim dos
quais teve fome. Marcos 1.13 diz mais: “... estava com as feras, mas, os
anjos o serviam.”
Cheio do Espírito Santo, Cristo estava pronto para iniciar o Seu ministé-
rio. Era mister a experiência do deserto, lugar solitário, no sul da Palestina e
ao lado do mar Morto. Por 40 dias Jesus permaneceu naquele lugar sob a
mira da arma do tentador.
qualquer homem pode dar. “Está escrito”. Todas as suas respostas foram
baseadas no Livro de Deuteronômio 8.3, 6.13 e 6.16.
Nessa fase da Sua tentação, Jesus mostrou que o pão que perece não
pode alimentar a alma, pois esta só se alimenta e se sente satisfeita com o
alimento eterno - a Palavra de Deus.
da vida. Ele faz seus apelos astuciosamente, até mesmo citando as Escritu-
ras. Mas, se ao ser tentado, o filho de Deus se preocupar em observar a
vontade de Deus e Sua Palavra, o inimigo sairá derrotado.
TEXTO 4
É evidente que Jesus estava qualificado para tanto. E, tendo lido (Lc 4.
18,19), disse-lhes que ele era o Homem, o “evangelista” predito no texto (Is
61.1,2) que acabara de ler. Sua afirmativa só não lhe foi causa de morte
porque ainda muita coisa teria de acontecer antes disto, conforme os planos
divinos. Assim, ele simplesmente passou por entre a multidão enfurecida, reti-
rando-se para outras cidades, ensinando, curando e libertando os
endemoninhados.