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Discente:
João Metende Júnior
Docente:
Eng°. Eduardo P. Soto
As ilhas, são porções de terra menos extensas que os continentes e cercadas de águas por
todos os lados, servem de palco para o espetáculo de intensas especiações por deriva
genética. Em uma ilha pode ser encontrado um complexo de ecossistemas de pequena
extensão espacial com número de códigos genéticos restrito, pois as trocas genéticas e
ocorrência de colonização são potencialmente reduzidas. Esse isolamento favorece o
processo de especiação.
Esta teoria, proposta por MacARTHUR & WILSON (1967) coloca a distância ao continente
e a área da "Ilha" como fortes estruturadores da comunidade presente, refletindo, segundo
PIANKA (1982), na riqueza de espécies do local [ CITATION Tri16 \l 1033 ].
Tal fato sempre despertou a atenção dos biogeógrafos, pois conforme Quammen (2008). A
biogeografia de ilhas é, pois, um catálogo de excentricidades e superlativos. E é por isso que
as ilhas, sempre desempenharam um papel central no estudo da evolução. O próprio Charles
Darwin foi um biogeógrafo de ilhas antes de se tornar darwinista.
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Na década de 60, o ecólogo canadense Robert Helmer MacArthur e o biólogo norte-
americano Edward Osborne Wilson propuseram a Teoria da Biogeografia de Ilhas ou Teoria
do Equilíbrio Biogeográfico Insular. Essa teoria baseava-se em alguns pressupostos:
Esta riqueza diminui com o aumento do isolamento da ilha, pois a probabilidade de uma
espécie chegar a uma determinada ilha é inversamente proporcional à distância entre a ilha e
o continente.
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A probabilidade de extinção de uma espécie varia em função do tamanho da ilha. O número
de espécies em uma ilha representa um equilibro entre a taxa de colonização e a taxa de
extinção.
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vulneráveis à extinção, consequência de competição ou de predação. À medida que o número
de espécies aumenta por imigração, aumenta também a taxa de extinção, assim a raridade de
cada espécie aumenta.
A relação entre a teoria de biogeografia de ilhas (MacArthur & Wilson 1963) e sua previsão
sobre os efeitos da fragmentação de hábitats é o exemplo mais notável quando pensamos na
utilização de teorias ecológicas que sejam capazes de ajudar a resolver os desafios ambientais
contemporâneos. Esta constatação se deve ao fato de a perda de habitante ser a maior ameaça
à biodiversidade terrestre (Mittermeier et al. 1998, Brooks et al. 2002, Pimm 2005).
Seria possível prever como o tamanho das ilhas e a sua distância de uma fonte colonizadora
afetariam o número de espécies capazes de coabitar em uma determinada ilha – através do
seu efeito sobre as taxas de imigração e de extinção. As previsões da teoria foram várias
vezes testadas, em diversas condições, e receberam o aporte de contribuições empíricas ao
longo dos seus quase 50 anos de existência, possibilitando assim a ampliação de seu domínio,
(Townsend,2006).
Passados quase 50 anos desde a formulação original desta teoria, há consenso de que em sua
forma original ela não é capaz de explicar os efeitos que a fragmentação dos ambientes causa
sobre a diversidade em espécies. Nas duas últimas décadas, quase que intuitivamente,
fragmentos de vegetação foram considerados análogos a ilhas oceânicas. Entretanto, além de
ser ambíguo, o conceito de fragmentação de hábitats é empiricamente multifacetado, de
causas e consequencias amplamente diversas e complexas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA