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Vitória
Índice
Este livro... 9
Onde está tua fortuna? 15
Faze um amigo 21
Por que os homens não se entendem? 29
O domínio das emoções 37
Vence o teu medo 43
Conselhos aos impacientes 45
A ginástica da vontade 51
Vence o teu sofrimento 61
Saúde e saúde 67
Eis o teu inimigo: os maus pensamentos 73
Alegra-te com a alegria dos outros 79
Os que servem à morte 81
Aprende a aumentar teu prazer 83
É o homem escravo das suas instisfações? 89
O medo das responsabilidades 97
Onde estão os mais valiosos? 107
Como vencer o pessimismo 111
A persistência ao teu alcance 115
Devemos fazer hoje que podemos deixar 121
para amanhã?
Onde está a felicidade? 127
O bem e o mal dependem de ti 135
O valor da vida 141
Justiça 147
Se os jovens acreditassem nos adultos... 155
Prever a derrota é meia derrota 161
Por que falhamos? 167
Vence a tua morte 173
Tua aliada: a imaginação 181
Entusiasmo, a maior das virtudes 187
Pensar, sentir e agir 193
A potência do homem 199
A liberdade 205
A dignidade do homem 211
A delicadeza: tua arma secreta 217
A felicidade no matrimônio 225
Meditações quotidianas 231
Mark Kimball
Constrói tua
Vitória
“Cuida da tua vida e não renunc-
ies nunca ao teu livre-arbítrio; não
imites aqueles maus comediantes
que só podem cantar em coro...”
EPICTETO
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 9
Este livro. . .
SECRÉTAN
10 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 11
* * *
O AUTOR.
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 15
Onde está a
tua fortuna?
SALOMÃO
16 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 17
logo que está "doente". Ver o que é dos outros como melhor
é um sintoma de que está sofrendo de alguma coisa.
Portanto precisa desde logo prestar bem atenção para
essa “doença”.
E como curar-se? Será, perguntemos em primeiro lugar,
que tudo quanto tens não presta? Nem tua vida? Ora, exam-
ina bem e verás quão injusto estás sendo para ti mesmo.
Se “quiseres” ver, descobrirás em tua vida muitas fortu-
nas. Não para que te satisfaças com o que tens, se és pobre
e necessitado. Nunca iriamos aconselhar aos necessitados
que se conformem com sua miséria e deixem os ricos e po-
derosos usufruírem de suas fortunas arrancadas aos pobres.
Isso seria uma clamorosa injustiça. Mas daí julgar que tudo
quanto se tem de nada vale, há um passo muito largo e uma
atitude muito injusta para consigo mesmo.
Procurar dentro de nós e em nós e à nossa volta as for-
tunas que a vida nos oferece é trabalho fácil e útil.
Cada um de nós tem em si uma grande fortuna, que
pode ser maior, que pode ser aumentada. O que nos angus-
tia é a inveja. Invejar os que pela falta de escrúpulos, pelo
aproveitamento das necessidades humanas enriqueceram,
é invejar o que não merece inveja. Seria como invejar o
ladrão que enriqueceu. Invejar não é um grande mal quando
invejamos comedidamente, quando invejamos o que é bom,
o que é belo. Mas ficar apenas na inveja é que está o vicio-
so. A inveja quando construtiva, quando nos leva a olhar e
valorizar o que temos, quando leva a sobrelevarmo-nos, a
vencer nossas fraquezas, é uma força poderosa.
Ama o pouco que tens e não calunia a ti mesmo. Ama-
te a ti mesmo com tuas fraquezas e com tuas faltas. Se o que
tens é pouco e mereces mais, luta pelo que mereces. Mas
luta com dignidade, com hombridade, com orgulho, com
altivez, sem nunca caluniares a ti mesmo nem denegrires as
tuas vitórias. És pobre? Mas és honesto? És digno? Então
és rico, tens sempre uma força que ninguém há de vencer
20 Mark Kimball
Faze um amigo
EMERSON
22 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 23
LONGFELLOW
30 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 31
outro amigo, mas uma mútua vitória em que cada uma das
partes mantém suas apreciações pessoais e respeita a apre-
ciação da outra.
Essas amizades são as mais profundas e duradouras.
Bem vês, leitor, que não te é difícil evitar os desenten-
dimentos entre ti e os teus semelhantes. Da tua parte sabes
como proceder e se divulgares essas ideias aos que te cer-
cam poderás talvez não transformar os outros para serem
como tu és, mas muito será possível conseguir, pois que,
na maioria dos homens, há o desejo de viverem irmãmente,
só que nem todos sabem como proceder para alcançar essa
situação de fraternidade.
Auxilia teus semelhantes a conquistar essa posição de
respeito mútuo e terás contribuído para que os homens al-
cancem essa era de compreensão, que hoje nos parece tão
distante, porque assistimos à intransigência daqueles que,
se julgando possuidores da verdade, querem impor aos out-
ros as suas perspectivas.
36 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 37
O Domínio das
emoções
LEIGH HUNT
38 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 39
Ve n c e t e u m e d o
Conselho aos
impacientes
EMERSON
46 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 47
A Ginástica da
vontade
CHAUNING
52 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 53
Ve n c e o t e u
sofrimento
VICENT
62 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 63
Saúde e saúde
SHAKESPEARE
74 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 75
Alegra-te com a
alegria dos outros
Os que servem
à morte
Aprende a aumentar
teu prazer
EMERSON
84 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 85
É o homem escravo
das suas insatisfações?
PAUL GÉRALDY
90 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 91
O Medo das
responsabilidades
F.D. ROOSEVELT
98 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 99
Onde estão os
mais valiosos?
FLORIAN
108 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 109
Como vencer o
pessimismo
A Persistência do
teu alcance
NAPOLEÃO
116 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 117
PÉRICLES
122 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 123
Onde está a
felicidade?
O bem e o mal
dependem de ti
FÉNÉLON
136 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 137
Respondeu o peregrino:
— Ah, meu velho, os homens da cidade de onde vim
eram maus, velhacos, injustos, preguiçosos...
E fitando-o bem nos olhos, com leve sorriso nos lábios,
o velhinho respondeu:
— Pois os homens da cidade para onde te diriges são
também maus, velhacos, injustos, preguiçosos.
O viandante agradeceu e prosseguiu a sua viagem.
Pela mesma estrada vinha outro peregrino que ao avis-
tar o mesmo velho, disse-lhe também que se dirigia para
a cidade próxima, mas que estava ansioso por saber como
eram os seus habitantes, e fez ao velhinho as mesmas per-
guntas do viandante anterior.
E da mesma forma o velho dirigiu-lhe a mesma per-
gunta:
— Antes de te responder, peço-lhe que me digas como
eram os homens da tua cidade.
E o novo viandante respondeu:
— Os homens da minha cidade, ah, meu velho, eram
bons, justos, honestos, trabalhadores...
Então o velhinho respondeu:
— Pois os homens da cidade para onde te diriges
também são bons, justos, honestos, trabalhadores.
Leitor amigo, esta simples história oriental encerra uma
grande sabedoria e uma grande lição da qual todos devemos
aproveitar.
Quando alguém diz que os homens são maus, desones-
tos, injustos ou quando alguém diz que os homens são bons,
justos e honestos é porque assim os vê. Para o viandante a
quem eram maus todos os homens da cidade de onde vi-
era, fatalmente iria considerar maus os novos homens com
quem ele ia travar novas relações. Para o outro viandante
que julgava bons e justos os homens da cidade de onde vi-
era, justos e bons iria achar os novos homens com quem ele
iria travar também relações.
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 139
O valor da
vida
OSCAR WILDE
142 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 143
Justiça
MAHDI FEZZAN
148 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 149
Se os jovens
acreditassem nos
adultos...
EMERSON
156 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 157
Prever a derrota
é meia derrota
ROLIN
162 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 163
MAHDI FEZZAN
168 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 169
a) impulsos de morte, e
b) impulsos de vida.
Os impulsos de morte são aqueles que tendem para a
destruição do indivíduo, e que influem fortemente numa
série de atos, apreciações, interpretações na vida que sem-
pre têm um cunho pessimista, destruidor, liquidacionista.
Os impulsos de vida, ao contrário, são conservadores,
construtivos, procuram fortalecer o indivíduo, conservá-lo,
imprimir-lhe um desejo de perdurar e representam também
uma força que determina uma série de apreciações otimis-
tas, construtivas e profundamente vitais do homem.
No próximo capítulo examinaremos a influência desses
dois fatores no malogro e na vitória humana e como cada
um de nós pode desenvolver e auxiliar a predominância dos
impulsos de vida que são precisamente aqueles que mais
nos favorecem as vitórias e contribuem para o desenvolvi-
mento e progresso do indivíduo. Além disso, a análise e o
estudo dos impulsos de morte e a maneira de reconhecê-los
em sua atuação na nossa vida, nos permitirá, por outro lado,
que possamos desviá-los em benefício de nós mesmos e
transformá-los de destrutivos em construtivos.
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 173
Ve n c e a t u a
morte
MAHDI FEZZAN
174 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 175
Tu a a l i a d a :
a imaginação
AMIEL
182 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 183
Entusiasmo,
a maior das virtudes
EMERSON
188 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 189
Pensar, sentir
e agir
WILLIAM MCFEE
194 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 195
que uma pessoa saiba que isso deve ser assim ou assado. É
necessário que sinta que deve ser assim ou assado. É por
isso que vemos tanta gente que prega uma coisa e faz outra.
É porque raciocinam de um modo e sentem de outro.
Conheci um homem que pregava o vegetarianismo e,
no entanto, às ocultas, comia carne. Outro prega contra o
fumo, e fuma. Ele sabe que a carne, por exemplo, segundo
seu ponto de vista, é prejudicial à saúde. Mas sente vontade
de comer carne. Sabe que o fumo é prejudicial, mas sente a
vontade de fumar.
Assim no teu caso, leitor amigo, não basta saber que
deves te incitar, te entusiasmar, para realizares uma vitória.
É preciso antes vencer os teus sentimentos, regulá-los para
que te deem o que os filósofos modernos chamam de vivên-
cia da vitória. Deves viver a vitória, querer intimamente,
em todo o teu corpo, a vitória, isto é, dar plena vazão aos
teus impulsos de vida, torná-los mais poderosos, para que
o teu entusiasmo se torne realmente o motor de tua vitória.
A pratica simples de todos os exercícios que propomos
neste livro te levarão facilmente a desenvolver dentro de
ti os impulsos vitais. Desta forma te será muito fácil tor-
nar teu entusiasmo uma força realmente positiva, fadada ao
sucesso e não ao malogro.
Esses exercícios são fáceis e permitem vencer o pessi-
mismo o dar maior força ao entusiasmo. Da prática desses
exercícios, fáceis e quotidianamente aplicáveis, conseguirás
o pleno domínio dentro de ti e evitarás as tendências ao
malogro e conseguirás fortalecer tua vontade de viver,
tua vontade de não falhar, tua vontade de triunfar, enfim
tua própria superação, porque é através das vitórias que o
homem se supera.
198 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 199
A potência
do homem
MAHDI FEZZAN
200 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 201
A liberdade
MAHDI FEZZAN
206 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 207
A dignidade do
homem
MAHDI FEZZAN
212 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 213
A delicideza: tua
arma secreta
OMAR-AL-KHAYYAN
218 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 219
A felicidade do
matrimônio
MAHDI FEZZAN
226 Mark Kimball
C o n s t ró i Tu a Vi t ó r i a 227
Meditações
quotidianas
* * *
Dominaste hoje tuas emoções?
Dominaste teu medo? Deixaste que o embaraço se
apoderasse de ti?
* * *
Faze todo o dia um exercício de desembaraço. Exper-
imenta a principio com pessoas simples, e fala-lhes com
naturalidade. Em pouco tempo adquirirás o desembaraço e
o domínio de ti mesmo, necessário para vencer aqueles que
julgas acima de ti.
* * *
Quantas vezes venceste hoje com a tua vontade um
forte impulso interior?
* * *
Se hoje andaste muito atarefado, apressado, daqui
para ali, aproveita alguns instantes para andar calmamente
e para realizar alguma coisa com toda a calma e lentidão.
Assim compensarás teus esforços despendidos e darás um
equilíbrio aos teus nervos, cujos efeitos benéficos são ex-
traordinários.
* * *
Uma dor física podes minorar com analgésicos. Uma
dor moral não a minoras com remédios. Só pensamentos el-
evados o a recordação dos momentos alegres auxiliar-te-ão
a vencer o teu sofrimento.
* * *
Se vires um homem que diz que anda sempre em busca
da felicidade e que se queixa de sua vida, podes estar certo
de que esse homem é infeliz, porque não quer ser feliz ou
não sabe ser feliz.
A felicidade não está longe nem perto de nós; nós é que
estamos longe ou perto da felicidade.
Quando a procuramos longe é porque dela nos afasta-
mos, quando a procuramos perto é porque dela nos aprox-
imamos.
238 Mark Kimball
* * *
Medita diariamente sobre o que encerram estas páginas.
Medita diariamente. Sentirás tua vida diferente, completa-
mente diferente, e que o mundo não é esse vale de lágrimas
de que falam.
Sentirás que tua vida se transfigura.