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SPAECE
GOVERNADOR
Camilo Sobreira de Santana
VICE-GOVERNADORA
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
Antonio Idilvan de Lima Alencar
Interpretação de texto.
Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamente sem
entender o assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento de seu
propósito por parte dos alunos, já que fluência também tem a ver com a intenção da leitura: para
que ler, quais estratégias poderão ser utilizadas e o que se espera ao final. E é importante expor
aos alunos esses propósitos em cada atividade. Costumamos "tomar" um texto sempre com uma
intenção e esta não necessariamente está vinculada ao gênero. Dessa forma, nem sempre vou ler
obras literárias apenas para apreciá-las. Também posso ler para fazer um estudo sobre a época
em que se passa um romance, ou para analisar o estilo empregado pelo autor, ou ainda para
traçar um perfil dos personagens. Lemos notícias com intuitos variados, além de nos
informarmos. Podemos ler para conhecer mais sobre outro país, para ampliar nosso
conhecimento sobre um assunto específico, para estudar para uma prova etc. Essa intenção irá
determinar minha leitura e a compreensão que tenho do assunto abordado por aquele texto.
O grau de familiaridade com uma palavra depende da freqüência de convivência com ela, que,
por sua vez, está ligada à intimidade com a leitura, de um modo geral, e, por conseguinte, à
frequência de leitura de diferentes gêneros discursivos. Por isso, a capacidade de inferir o
significado das palavras – depreensão do que está nas entrelinhas do texto, do que não está
explícito – evita o sério problema que se constitui quando o leitor se depara com um grande
número de palavras cujo significado desconhece, o que interfere na leitura fluente do texto.
Assim, a inferência lexical – recobrir o sentido de algo que não está claro no texto – depende de
outros fatores, tais como: contexto, pistas linguísticas, conhecimento de mundo, para haver
compreensão. O docente pode trabalhar essa habilidade utilizando uma mesma palavra em
textos diferentes, de diferentes gêneros textuais. É necessário ressaltar que essa habilidade deve
levar em consideração a experiência de mundo do aluno. É importante que o professor mostre
para seus alunos que o sentido das palavras não está apenas no dicionário, mas nos diferentes
contextos nos quais elas são enunciadas. Isso não significa que o professor não deva incentivar
o aluno a localizar o significado das palavras no dicionário. Os textos poéticos, literários e
publicitários são especialmente úteis para o trabalho com os diferentes sentidos das palavras.
Exemplo:
Leia atentamente a tirinha do Garfield.
O humor da tirinha está no fato da aranha agradecer por ter sido esmagada por Garfield – isso
indica que ela
a) desejava ser esmagada por um jornal.
b) ficaria livre de seus filhos adolescentes.
c) queria morrer naquele exato momento.
d) precisava de mais tempo com os filhos adolescentes.
Gênero Textual
Numa perspectiva teórica, baseada em Swales, o gênero textual “compreende uma classe de
eventos comunicativos cujos membros compartilham certo conjunto de propósitos
comunicativos”, dessa forma, o gênero é caracterizado essencialmente pelo(s) propósito(s)
comunicativo(s) que pretende realizar. Swales (1990) sustenta a posição de que o propósito
comunicativo é o critério de maior importância no reconhecimento de gêneros e, ao defini-lo,
fica evidente a relevância que dá ao
propósito comunicativo:
Um gênero compreende uma classe de eventos
comunicativos, cujos membros compartilham um certo
conjunto de propósitos comunicativos. Esses
propósitos são reconhecidos pelos membros
especializados da comunidade discursiva original e
desse modo passam a constituir a razão subjacente ao
gênero. A razão subjacente delineia a estrutura
esquemática do discurso e influencia e restringe as
escolhas de conteúdo e estilo. O propósito
comunicativo é um critério privilegiado que opera no
sentido de manter o escopo do gênero, conforme
concebido aqui, estreitamente ligado a uma ação
retórica comparável (SWALES, 1990, p. 58)
Neste sentido, o propósito comunicativo tem a ver exatamente com aquilo que os gêneros
realizam na sociedade, admitindo-se, porém, que o propósito de um gênero não é
necessariamente único e
predeterminado, uma vez que eles estão em constante modificações.
Ressalte-se que os gêneros textuais atendem às diversas necessidades comunicativas dos
usuários da língua e podem ser variáveis, apresentando, assim, diversos estilos e conteúdos
temáticos e por se adequar as necessidades comunicativas, torna-se praticamente impossível
dizer seu número exato.
No nosso dia a dia, no contato com outras pessoas e com as diversas informações que
recebemos constantemente, estamos expostos a várias situações comunicativas, cada uma
situada em seu devido contexto. Se analisarmos o simples ato de enviar um recado a um
professor dizendo que não irá a aula, ou deixar um bilhete na porta da geladeira avisando a mãe
que irá estudar na casa de um colega, estamos expostos aos diversos gêneros textuais. Se
abrirmos, por exemplo, uma revista nos deparamos com outra série de gêneros diversos, tais
como: artigos, carta do leitor, editorial, artigo de opinião, entrevista, charge, anúncio,
reportagem etc.
É importante que se tenha em mente o propósito comunicativo e as características que os
diversos gêneros possuem.
O professor deve esclarecer para o aluno o contexto, ou seja, em que situação foi escrito
determinado gênero. Para quem ele foi escrito e quem serão as pessoas mais interessadas em
lê-los. Outro fator importante é saber as intenções e os objetivos que levaram o emissor (quem
escreveu) a produzir determinado texto.
É importante que o aluno entenda que os gêneros textuais são os conceitos que se aplicam aos
diversos textos com características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo propriamente
dito.
Descritor 21: É da constante necessidade que o ser humano tem de se comunicar e de interagir
com o outro que surgiram os gêneros textuais, tornando-os incontáveis. Mesmo que não
possamos contá-los, é possível ientificá-los e reconhecê-los entre tantos outros gêneros. Estes
são diversos e cumprem uma função social específica, além disso, podem sofrer modificações
ao longo do tempo. Isso porque os gêneros são utilizados todas as vezes que os falantes estão
inseridos em alguma situação comunicativa. Mesmo que inconscientemente, selecionamos um
gênero que melhor se adapta àquilo que desejamos transmitir aos nossos interlocutores. Seja no
bilhete, seja numa carta pessoal, na letra de uma canção, nas postagens feitas nas redes sociais,
em tudo, os gêneros se fazem presente, trabalhando a serviço da nossa comunicação e da
linguagem.
Exemplo:
Um cardápio variado.
Os besouros estão em toda parte do planeta. Para eles, a natureza é uma fonte inesgotável
de alimentos. Veja só: o serra pau tem esse nome porque se alimenta de madeira. Uma espécie
é chamada de rola-bosta, por sua preferência por excrementos, enquanto outra tem hábitos
mais “refinados”, pois só come pétalas de flores. O bicudo e a broca são terríveis para a lavoura
do algodão; o bicudo come a flor antes dela abrir-se, enquanto a broca ataca a raiz,
enfraquecendo a planta. A joaninha, que também é um besouro, ajuda a combater as pragas das
plantações. Ela chega a comer cerca de 20 pulgões por dia. Há também besouros que adoram
uma biblioteca, mas ali não vão para uma boa leitura, e sim para devorar os livros. Nesse caso,
são as suas larvas que perfuram as capas dos livros, causando o maior estrago.
Exemplo:
Em 1946, seriam realizadas as primeiras eleições diretas para presidente após os anos do
estado novo, de Getúlio Vargas. O candidato da aliança PTB/PSD, Eurico Gaspar Dutra,
venceu com relativa folga. Mas o titulo de maior originalidade na campanha ficou para
as correligionárias do candidato derrotado, Eduardo Gomes (da UDN).
Brigadeiro da aeronáutica, com pinta de galã, Eduardo Gomes tinha um apoio, digamos,
entusiasmado. Para fazer o corpo-a-corpo com eleitorado, senhoras da sociedade saiam
às ruas convocando as mulheres a votar em Gomes, com o slogan: vote no brigadeiro.
Ele é bonito e solteiro. Não satisfeito ainda promoviam almoços e chás, nos quais
serviam um irresistível docinho coberto com chocolate granulado. Ao qual deram o
nome, claro, de brigadeiro. (Almanaque das curiosidades).
Interpretação de texto.
Interpretar textos é um exercício que requer muita dedicação. Incialmente, vale ressaltar que o
importante não é simplesmente decodificar uma mensagem, mas compreender o que está sendo
lido. Muitas das vezes, a informação está para além do texto, tratando-se de uma questão de
interpretação. Essas informações que estão além do textual tem total conexão com o texto. Ao
lê-lo, o leitor consegue inferir tirar conclusões a partir de ideias que já foram explicitadas. É
necessário que o leitor tenha uma percepção apurada, de conseguir visualizar e identificar,
qualificar, caracterizar o comando, se é de compreensão (informação que está no texto) ou de
interpretação (informação que não está no texto, mas está atrelada ao texto).
Cada novo texto é, também, um novo universo. Para apreender o que o autor pretende
transmitir, o leitor deve estar atento, aberto as novas informações.
Se for um texto curto - artigo, notícia, crônica, conto, etc. -, é importante lê-lo integralmente,
procurando captar o seu sentido geral, e só depois, fazer uma releitura atento as informações
contidas ali. À medida que se decodifica as palavras, é importante relacioná-las com o todo. Ou
seja, compreender as palavras dentro do contexto (o conjunto de frases, o encadeamento do
discurso). Atrelado a interpretação, temos a comparação entre textos. Nesse caso, comparar
pressupõe adotar um ou mais critérios e selecionar dois ou mais elementos segundo os critérios
adotados. Assim, quando se pede a um aluno que compare dois textos, é necessário que ele
adote um ou mais critérios para estabelecer a comparação. Com base nisso, ele poderá buscar
semelhanças ou diferenças entre os textos quanto ao tema abordado; quanto ao tipo de gênero;
quanto à linguagem, etc.
Para entender esse procedimento de comparação, o aluno deverá ter alguns conhecimentos
básicos a
respeito do assunto que será abordado no texto.
Comentário D24: Este descritor requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva ao
reconhecer as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em
textos diferentes.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer as diferenças
entre textos que tratam do mesmo assunto. As atividades que envolvem a relação entre textos
são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema
dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos. Essas atividades
podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, por exemplo, histórias em
quadrinhos, poemas, contos, resenhas etc tendo em comum o mesmo tema.
Exemplo:
TEXTO I
Quantas vezes por semana doces e refrigerantes podem entrar no cardápio do meu filho?
Depende. “Se a criança estiver acima do peso, ofereça duas porções desses itens por semana”,
recomenda a nutricionista Priscila Maximino. Mas, se ela não vive em pé de guerra com a
balança, três porções semanais estão de bom tamanho.
Fonte: http://bebe.abril.com.br/03_05/alimentacao/duvidas-sobre-alimentacao-infantil02.php
TEXTO II
“Uma piada ou anedota é uma breve história, de final engraçado e às vezes surpreendente, cujo
objetivo é provocar risos ou gargalhadas em quem a ouve ou lê. É um recurso humorístico
utilizado na comédia e também na vida cotidiana.” As piadas são um “tipo” de texto
humorístico muito explorado em estudos que abordam temas relacionados às questões sociais,
políticas e históricas. Trata-se de um texto narrativo simples em que geralmente há presença de
enredo, personagens, tempo, espaço. São textos populares que vão sendo contados em
ambientes informais, e que normalmente não possuem um autor. As piadas são um material
linguístico que, para serem compreendidas e levar em o ouvinte ao riso, precisam ser
apreendidas a partir de um significado específico: aquele que o falante intenciona; caso ocorra o
contrário, não haverá comicidade. Vários estudiosos já exemplificaram que o material
linguístico da piada é justamente o caráter polissêmico das palavras, seus usos ambíguos que
evidenciam o duplo-sentido e o trocadilho em todo enunciado de humor. Essas expressões
linguísticas podem acessar múltiplos referentes através de conexões estruturais que apresentam
papéis sociais e valores culturais.
O que concerne à piada, se observa que comunidades de fala, de maneira geral, compartilham
de assuntos e temas chistosos e utilizam esses textos com o objetivo primário de levar o
interlocutor ao riso, além de revelar questões controversas inerentes ao ser humano, como
preconceito, racismo e indiferença, o que reflete concepções socioculturais de cada comunidade
As principais características desse gênero são: narrativas relativamente curtas, enredo simples,
textos populares, serve para descontrair, autoria desconhecida, ambiente informal, linguagem
simples e coloquial, humor e ambiguidade, sarcasmo e ironia, presença de discurso direto e
situações do cotidiano.
Descritor 28 - A forma como as palavras são usadas ou a quebra na regularidade de seus usos
constituem recursos que, intencionalmente, são mobilizados para produzir no interlocutor certos
efeitos de sentido. Entre tais efeitos, são comuns os efeitos de ironia ou aqueles outros que
provocam humor ou outro tipo de impacto. Para que a pretensão do autor tenha sucesso, é
preciso que o interlocutor reconheça tais efeitos. Por exemplo, na ironia, o ouvinte ou leitor
devem entender que o que é dito corresponde, na verdade, ao contrário do que é explicitamente
afirmado. Um item relacionado a essa habilidade deve ter como base textos em que tais efeitos
se manifestem (como anedotas, charges, tiras etc.) e deve levar o aluno a reconhecer que
expressões ou que outros recursos criaram os efeitos em jogo.
Exemplo:
Cachorrinho perdido
Um senhor chegou todo agoniado em uma empresa que fazia faixas e cartazes e foi logo
dizendo:
— Meu cachorrinho se perdeu e eu quero mandar fazer uma faixa bem grande!
— Pois não, meu senhor! Quais serão os dizeres na faixa?
— Totó, volte logo! Estou muito triste!
Referências
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/conceito-generos-textuais.htm
http://www.scielo.br/pdf/ld/v12n1/v12n1a11
http://escolakids.uol.com.br/generos-textuais.htm
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/sequencia-didatica-do-genero-noticia-para-o-ensino-fun
damental-i
http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/variacoes-linguisticas.htm
http://centraldefavoritos.com.br/2016/07/29/dominio-dos-mecanismos-de-coesao-textual-emprego-de-ele
mentos-de-referenciacao-substituicao-e-repeticao-de-conectores-e-outros-elementos-de-sequenciacao-text
ual-emprego-de-tempos-e-modos-verbais/
http://ntmmacae.com/ideb/arquivos/Livro_da_Prova_Brasil.pdf
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/referenciacao.htm
https://roubervalbarboza.wordpress.com/2010/10/25/sequencia-didatica-para-prova-brasil/
http://www.gelne.com.br/arquivos/anais/gelne-2014/anexos/1029.pdf
https://novaescola.org.br/conteudo/136/a-importancia-da-leitura-em-sala-de-aula-para-a-fluencia-leitora
https://www.soescola.com/2015/12/avaliacao-para-5-ano-com-descritores.html
Procedimentos de leitura
D 4 – Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não
verbais.
Interpretação de texto.
Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamente
sem entender o assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento
de seu propósito por parte dos alunos, já que fluência também tem a ver com a intenção
da leitura: para que ler, quais estratégias poderão ser utilizadas e o que se espera ao
final. E é importante expor aos alunos esses propósitos em cada atividade. Aprimorar
nossa competência no sentido de analisarmos minuciosamente um texto é requisito
básico para a eficácia dos resultados. O grau de familiaridade com uma palavra depende
da freqüência de convivência com ela, que, por sua vez, está ligada à intimidade com a
leitura, de um modo geral, e, por conseguinte, à frequência de leitura de diferentes
gêneros discursivos. Como sabemos, a nossa capacidade no que se refere à escrita vai
sendo aperfeiçoada paulatinamente, ou seja, fatores primordiais, como o hábito constante
de leituras é decisivo para essa conquista.
Para que seja possível compreender o que vem a ser informação explícita em um texto, é
preciso compreender que a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode
assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e diferentes leitores podem atribuir
sentidos distintos a um texto.
Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é constituído tanto por informações que
são apresentadas explicitamente na superfície ou linearidade dele, quanto por outras, que
se encontram implícitas. As primeiras são facilmente localizáveis, pois se encontram
escritas com todas as letras. Já as segundas são dependentes do repertório prévio dos
interlocutores e das características da situação comunicativa. A capacidade de localizar
informações explícitas no texto é fundamental para a constituição da proficiência leitora e
deve ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização.
Interpretar um texto significa “desvendar seus mistérios” quanto à questão do discurso,
pois esse (o discurso) representa a mensagem que ora se deseja transmitir. Quando
falamos em interpretação, esta engloba uma série de particularidades, tais como
pontuação, pois uma vírgula pode mudar o sentido de uma ideia, elementos gramaticais,
como conjunções, preposições, entre outros. para haver uma boa interpretação, o texto
deverá dispor de todos os requisitos essenciais para tal. Como por exemplo, coesão,
coerência, paragrafação e, sobretudo, relações semânticas bem delimitadas, para que
dessa maneira o leitor possa interagir plenamente com as ideias retratadas por esse
texto.
A linguagem é algo interativo, magnífico, surpreendente, autêntico e poderoso. Ao
atribuirmos o adjetivo “poderoso”, estamos nos remetendo à ideia de que ela também
possui uma finalidade persuasiva em meio ao processo de interlocução.
Assim, como mencionado anteriormente, é inegável a importância de estarmos aptos a
interpretar todo e qualquer texto, independente de sua finalidade. E para que isto ocorra,
é necessário lançarmos mão de certos recursos que nos são oferecidos, e muitas vezes
não os priorizamos, como a leitura, a busca constante por informações extratextuais, para
que assim nos tornemos leitores e escritores cada vez mais conscientes e eficazes.
Exemplo:
Leia o texto abaixo:
Partindo, agora, para os elementos que articulam elementos verbais e não verbais, temos
a comunicação como um processo de troca de informações entre um emissor e um
receptor. Ressalte-se que consideramos linguagem todas as formas de comunicação que
o homem criou ao longo dos tempos.
Um dos aspectos que pode interferir nesse processo é o código a ser utilizado, que deve
ser entendível para ambos. A comunicação não envolve somente a linguagem verbal
articulada, como escrita e fala, mas também compreende a linguagem não-verbal. Mais
antiga, ela se desenvolve de maneira complexa na sociedade contemporânea e abrange
outras linguagens como os gestos, a arte, os sons e os sinais, entre outros.
Quando falamos com alguém, lemos um livro ou revista, estamos utilizando a palavra
como código. Esse tipo de linguagem é conhecida como linguagem verbal, sendo a
palavra escrita ou falada, a forma pela qual nos comunicamos. O termo "verbal" tem
origem no latim "verbale", proveniente de "verbu", que quer dizer palavra. Linguagem
verbal é, portanto, aquela que utiliza palavras - o signo linguístico - na comunicação. A
linguagem verbal tem duas modalidades: a língua escrita e a língua oral. Na linguagem
oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam "eu", "aqui",
"hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, expressões faciais,
altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a
linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita. Na
linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o nosso
interlocutor entenda. É interessante deixar claro quem participa do diálogo, introdução de
um verbo (fulano/a falou, disse, perguntou, gritou, murmurou, cochichou, por exemplo), o
sinal gráfico que indica a introdução da fala de alguém: o travessão ou aspas.
A outra forma de comunicação, que não é feita nem por sinais verbais nem pela escrita, é
a linguagem não verbal. Nesse caso, o código a ser utilizado é a simbologia. A linguagem
não verbal também é constituída por gestos, tom de voz, postura corporal etc. Existem
diversas textos não verbais no nosso dia a dia. Não necessariamente eles precisam está
contidos em placas de sinalização. É muito comum encontrarmos também em charges,
comerciais e revistas. O objetivo de uma linguagem não verbal é fazer com que você
descubra a mensagem que aquele texto quer mostrar. Vale ressaltar que a linguagem não
verbal tem que ser bem elaborada (em caso de um anúncio de produto principalmente),
para que não haja ambiguidade ou que a mensagem não seja passada realmente. A
Linguaguem não verbal tem o grande poder de prender a atenção do leitor bem mais do
que um texto comum.
Em suma, a linguagem verbal é aquela expressa por meio de palavras escritas ou falada,
ou seja, a linguagem verbalizada, enquanto a linguagem não verbal utiliza dos signos
visuais para ser efetivada, por exemplo, as imagens nas placas e as cores na sinalização
de trânsito. Antes de mais nada, vale ressaltar que ambas são tipos de modalidades
comunicativas, sendo a comunicação definida pela troca de informações entre o emissor
e o receptor com a finalidade de transmitir uma mensagem (conteúdo). Nesse sentido, a
linguagem representa o uso da língua em diversas situações comunicativas. As duas
modalidades são muito importantes e utilizadas no dia a dia, no entanto, a linguagem
verbal é a mais empregada, por exemplo, quando escrevemos um e-mail; já a não verbal
quando observamos as cores do semáforo - expressa pela linguagem visual. Em resumo,
se a transmissão de informações na mensagem é realizada mediante o uso de palavras,
trata-se de um discurso verbal, por outro lado, se a mensagem não é produzida pela
escrita, estamos utilizando um discurso com linguagem não verbal.
http://brunamilagres.files.wordpress.com/2009/03/diadasmulheres_modi.jpg
O detalhe da propaganda que reforça a ideia de que a mulher é uma obra de arte é
a) a moldura do quadro.
b) o sorriso da modelo.
c) a mulher ao fundo.
d) a posição da modelo.
Relação entre textos.
Interpretação de texto.
Interpretar textos é um exercício que requer muita dedicação. Incialmente, vale ressaltar que o
importante não é simplesmente decodificar uma mensagem, mas compreender o que está sendo
lido. Muitas das vezes, a informação está para além do texto, tratando-se de uma questão de
interpretação. Essas informações que estão além do textual tem total conexão com o texto. Ao
lê-lo, o leitor consegue inferir tirar conclusões a partir de ideias que já foram explicitadas. É
necessário que o leitor tenha uma percepção apurada, de conseguir visualizar e identificar,
qualificar, caracterizar o comando, se é de compreensão (informação que está no texto) ou de
interpretação (informação que não está no texto, mas está atrelada ao texto).
Cada novo texto é, também, um novo universo. Para apreender o que o autor pretende transmitir,
o leitor deve estar atento, aberto as novas informações.
Se for um texto curto - artigo, notícia, crônica, conto, etc. -, é importante lê-lo integralmente,
procurando captar o seu sentido geral, e só depois, fazer uma releitura atento as informações
contidas ali. À medida que se decodifica as palavras, é importante relacioná-las com o todo. Ou
seja, compreender as palavras dentro do contexto (o conjunto de frases, o encadeamento do
discurso). Atrelado a interpretação, temos a comparação entre textos. Nesse caso, comparar
pressupõe adotar um ou mais critérios e selecionar dois ou mais elementos segundo os critérios
adotados. Assim, quando se pede a um aluno que compare dois textos, é necessário que ele
adote um ou mais critérios para estabelecer a comparação. Com base nisso, ele poderá buscar
semelhanças ou diferenças entre os textos quanto ao tema abordado; quanto ao tipo de gênero;
quanto à linguagem, etc. Para entender esse procedimento de comparação, o aluno deverá ter
alguns conhecimentos básicos a respeito do assunto que será abordado no texto.
Exemplo:
Texto 2
Klingon
Já a língua Klingon, da clássica franquia, Jornada nas estrelas, ganhou até dicionário, com 2
mil verbetes e 800 mil exemplares vendidos. O idioma surgiu em 1984 em Jornada nas Estrelas
III: à procura de Spock. Mais tarde, o linguista Marc Okrand foi contratado para o seriado Nova
Geração com a missão de elaborar uma estrutura sintática e lexical para a língua.
Para se ter uma ideia da repercussão do Klingon entre os fãs da série, foi criado um instituto
com base no trabalho de Okrand – o Klingon Language Institute (www.kli.org) –, que conta com
600 membros, diálogos em linguagem extraterrestre e até traduções de clássicos da literatura.
Língua Portuguesa, mar. 2010. p. 16-17. Fragmento.
Pontuação
Se formos observar um diálogo entre as pessoas, percebemos que elas utilizam de gestos e
pausas para expressar suas ideias. Os sinais de pontuação são recursos de linguagem
empregados na língua escrita e desempenham a função de demarcadores de unidades e de
sinalizadores de limites de estruturas sintáticas nos textos escritos. Assim, os sinais de pontuação
cumprem o papel dos recursos prosódicos, utilizados na fala para darmos ritmo, entoação e
pausas e indicarmos os limites sintáticos e unidades de sentido.
Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com nossos
gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de
pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de
sentidos dos enunciados.
Ponto, dois-pontos e travessão são exemplos de sinais de pontuação que utilizamos. Os sinais de
pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos
específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc. Estes sinais
contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem como têm a função de desempenhar
questões de ordem estílica. Os mais usados são:
O ponto ou ponto final é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um
período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações. Alguns gramáticos chamam de ponto final
apenas o ponto que encerra uma sentença. Ao ponto seguido por outras frases chamam de ponto
simples. Além de finalizar um período, o ponto é utilizado em abreviaturas (ponto abreviativo: etc.,
h., S. Paulo) e é muito usado quando apenas uma vírgula bastaria.
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o
significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para
separar termos com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo. A
vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação da frase
escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo geralmente menor que o do ponto.
Todo cuidado, porém, é pouco para que ela não seja empregada como sinal de pausa em
situações equivocadas. A vírgula vem usada em alguns casos pontuais, a saber: Em
enumerações, para separar os elementos que as compõem, em intercalações, quando palavras
ou expressões se interpõem entre o sujeito e o verbo; entre o verbo e seus complementos
(objetos) ou entre verbo e predicativo, para separar adjunto adverbial, sempre que ele seja
extenso ou quando se quer destacá-lo, para isolar o predicativo quando não for antecedido por
verbo de ligação, Para isolar aposto, para isolar o vocativo, para marcar elipse do verbo, dentre
outros...
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar
uma relação de elementos. O ponto-e-vírgula é usado basicamente quando se quer dar à frase a
pausa e a entoação equivalentes ao ponto, mas não se quer encerrar o período.
Os dois pontos que é um sinal gráfico utilizado antes de uma explicação para introduzir uma fala
ou para iniciar uma enumeração.
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam
sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases
diretas ou indiretas-livre.
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai
muito mais além do que está expresso na frase. As reticências interrompem a frase, marcando
uma pausa longa, com entoação descendente. Pode indicar uma hesitação, uma incerteza ou
mesmo um prolongamento da idéiam, pode também sugerir ironia ou malícia...
As aspas que são utilizadas para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para
delimitar citações de obras.
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória.
O Travessão que é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem
como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplo:
Ironia
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a
linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza,
traduzindo particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem
exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das
palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações,
afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum
de seus elementos. As figuras de palavras ou semânticas consistem no emprego de uma palavra
num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. São as seguintes: comparação,
metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação,
hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia. Por ora, falaremos sobre a ironia.
Ironia é a utilização de palavras que manifestam o sentido oposto do seu significado literal. Desta
forma, a ironia afirma o contrário daquilo que se quer dizer ou do que se pensa.
A ironia é a arte de gozar de alguém, de denunciar, de criticar ou de censurar algo ou alguma
coisa. A ironia procura valorizar algo, mas quando na realidade quer desvalorizar, incluindo
também um timbre de voz para caracterizar melhor o ato. Apesar disso, a ironia não é apenas
usada em relação a uma pessoa, mas também para fazer referência a uma situação ou
acontecimento engraçado ou curioso.
É frequente encontrarmos ironia em diferentes textos com os quais entramos em contato
diariamente. Para o desenvolvimento da nossa competência de bons leitores, é essencial que
saibamos identificar a ocorrência da ironia nos textos, pois somente assim seremos capazes de
dar a esses textos a interpretação pretendida pelo seu autor. A ironia é a figura de linguagem que
consiste no emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente
do habitual e produza um humor sutil.
Para que a ironia funcione, esse jogo com as palavras deve ser feito com elegância, de uma
maneira que não deixe transparecer imediatamente a intenção. A ironia deve estimular o
raciocínio, deve fazer o leitor (ou ouvinte) considerar os diversos sentidos possíveis que uma
determinada palavra ou expressão pode ter, até encontrar aquele que se encaixa na mensagem
produzindo um significado inusitado. Frequentemente, esse jogo é feito utilizando-se uma palavra
quando na verdade se quer dizer o oposto dela, mas vale lembrar que nem só de oposições se
constroem as ironias. Às vezes, o sentido real do que se diz não é exatamente o oposto, mas é
diferente, e isso basta para tornar a sentença irônica.
Geralmente, presente nos gêneros textuais como cartuns, tiras e piadas, o humor
apresenta crítica e a reflexão por meio de ironias e outras figuras de linguagem, ou
mesmo pelo uso de produções linguísticas presentes na dinâmica social. Os
produtores, autores e cartunistas contribuem com produções que refletem a realidade
que vivemos e têm como matéria-prima os comportamentos humanos, produções
linguísticas; sociedade, política, esporte, cultura e outros temas que estejam em foco
na mídia e na sociedade.
Exemplo:
Leia o texto abaixo.
BOM DIA. Charge. 25 jan. 201. Disponível cm : http://bomdiariopreto.com.br/Charges/todas/5>. Acesso em: 17 set. 2011.
Nessa charge, o humor é criado pela
a) irritação da personagem vítima do golpe.
b) menção à qualidade dos serviços bancários.
c) falta de cuidado das pessoas com os crimes na internet.
d) reclamação do hacker sobre o saldo na conta da personagem.
REFERÊNCIAS
https://www.infoescola.com/linguistica/ironia/
http://www.lerecompreendertextos.com.br/2014/09/efeito-de-sentido-nos-textos-humor.html
https://micarlamichelle.wordpress.com/2015/09/29/efeitos-de-sentido-a-ironia-e-o-humor/
https://profwarles.blogspot.com.br/2013/08/simulados-preparatorio-para-saebprova.html
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-interpretacao-textual.htm
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/linguagem-verbal-e-aquela-que-utiliza-palavras.
htm
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/pontuao
https://www.coladaweb.com/portugues/figuras-de-linguagem-parte-1