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PROTOCOLO 2018/2.069.047-2
O Sistema Portal do Processo Eletrônico, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, registrou recebimento
dos documentos descritos abaixo:
Responsável pelo Envio Ministério Público Estadual do RS representado por Marcelo Tubino Vieira
Pedido de Urgência Outros (justificativa obrigatória) Perigo a vida de juízes, testemunhas e policiais.
Senhor(a) Advogado(a):
1. Enquanto a petição inicial estiver no estado 'Em Processamento', a consulta do andamento processual ainda não está
acessível.
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OPERAÇÃO GÂNGSTER
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Douglas de Sá Gomes, Éderson Farias Coimbra, Edigar Souza Nunes, José Dalvani
Nunes Rodrigues, Luís Fernando da Silva Soares Júnior, Luiz Eduardo Silva da Silva,
Marlon Teixeira dos Santos, Paulo Ricardo da Rosa Santos, Rafael Fernando de
Oliveira Costa e Rodrigo Rosa da Rosa (cópia em anexo), deixando de analisar o dano
à ordem pública e perigo à aplicação da lei penal, art. 312 do Código de Processo Penal,
ensejando, ainda, situação que implica risco iminente à vida de várias pessoas,
especialmente risco concreto a juízes, policiais e testemunhas, uma vez que se esta
diante de pessoas com alto grau de periculosidade, criminosos contumazes, com
perturbação à ordem pública de forma irreversível; risco à segurança, à pacificação
social, bem como a todos os direitos fundamentais que são protegidos pelo Código
Penal através da função da prevenção geral; afronta ao artigo 5º, caput, e inciso XXXV
da CF/88, que elenca a vida como direito fundamental constitucional e cláusula pétrea,
assegurando, outrossim, a impossibilidade de subtrair-se da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito, conforme razões de fato e de direito a
seguir expostas:
1 – RELATÓRIO
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É o relatório.
Ao exame.
2 – DA FUNDAMENTAÇÃO
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BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; COELHO, Inocêncio Mártires. MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de
Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2008. 2 ed.
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FERNANDES, Antônio Scarance; GOMES FILHO, Antônio Magalhães; GRINOVER, Ada Pellegrini.
RECURSO NO PROCESSO PENAL. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010. 6 ed. p 35.
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3
BONFIM, Edilson Mougenout. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2011. 7 ed.
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ARANHA, Adalberto José Q. T. de Camargo. DOS RECURSOS NO PROCESSO PENAL, São Paulo:
Saraiva, 2010.p 377
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FERNANDES, Antônio Scarance; GOMES FILHO, Antônio Magalhães; GRINOVER, Ada Pellegrini.
S RECURSOS NO PROCESSO PENA. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009. 6 ed. p. 315
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TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. PROCESSO PENAL. Vol. 4. 34 ed. São Paulo: Saraiva,
2011.
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FISCHER, Douglas; OLIVEIRA, Eugenio Pacelli de, COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL E SUA JURISPRUDÊNCIA. São Paulo: Atlas, 2011, 4 ed,.
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NUCCI, Guilherme de Souza. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COMENTADO, São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2011. 10 ed.
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No mais, este “Parquet” deve zelar pelo efetivo respeito, por parte dos
Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública, aos direitos assegurados na
Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias para a sua garantia,
conforme art. 129, inciso II, da Constituição Federal de 1988. No caso em análise, o
Ministério Público está zelando pelo direito à segurança pública, à paz social, e de
forma reflexa, por todos os direitos fundamentais, potencialmente violáveis pelos
recorridos, que por exercerem práticas criminosas graves, com violência às pessoas
e seus direitos fundamentais à liberdade, à propriedade, à vida e integridades física
e de saúde acabam vendo-se tolhidos de suas liberdades, inclusive de colaborar
com a elucidação de delitos junto ao Poder Judiciário. Assim, os recorridos violam
os demais direitos fundamentais descritos na Constituição Federal de 1988.
2.4 – DOS PRESSUPOSTOS AUTORIZADORES DA MEDIDA CAUTELAR
EXCEPCIONAL E DO RECEBIMENTO INAUDITA ALTERA PARS
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SILVA, Virgílio Afonso da. DIREITOS FUNDAMENTAIS: conteúdo essencial, restrições e eficácia.
São Paulo: Malheiros Editores, 2011. 2 ed.
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FISCHER, Douglas; PACELLI, Eugênio. COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
E DE SUA JURISPRUDÊNCIA. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2012. 4 ed. 1306
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Peter Häberle, Die Wesemsgehaltgrantie des art 19 Abs, 2 Grundgesetz, p. 225
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pública e a pacificação social, visando coibir ofensas reflexas aos direitos fundamentais
protegidos pelo direito penal.
“Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a
decretação da prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade
máxima superior a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do
art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser
colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se
outra hipótese recomendar a manutenção da medida.”
Note-se, por tudo quanto foi dito até agora, que os réus vêm atuando
ativamente na organização criminosa, especializada no tráfico de entorpecentes,
disseminando graves delitos, como homicídios, roubos, receptações, inclusive
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Descrição dos fatos em denúncia.
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001/2.17.0090624-9
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(...)
1º FATO:
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
(Artigo 2.º, caput, e §§ 2.º,3.º e 4º, inciso I, da Lei n.º 12.850/2013)
Em diversas datas e horários não esclarecidos nos autos, mas entre 2016 até
maio de 2017, nas Cidades de Porto Alegre e sua Região Metropolitana, especialmente
nas Cidades de Canoas, Alvorada, Gravataí e Viamão, sem se esquecer de Foz do
Iguaçu/PR, os denunciados ANDERSON FIGUEIRA DA ROZA, ANDERSON
REMBOWSKI, ANDERSON DA CRUZ, DARCI COIMBRA, DOUGLAS DE SÁ
15
cópia do conteúdo do ofício que deferiu autorização judicial de acesso ao conteúdo aos telefones de
MINHOCA, fl. 48 do IP: Vara Criminal do Foro Regional Alto Petrópolis de Comarca de Porto Alegre
Processo ng: 001/2.16.0022072-8 (CNJ:.0001940-93.2016.8.21.2001) Tipo de Ação: Escuta Telefônica -
IP n°04/2016/700320A Requerente: Delegacia de Policia de Capturas Réu: Ignorado Local e data: Porto
Alegre, 21 de setembro de 2016. OFÍCIO Oficio n°: 2536/2016 Não responder, favor mencionar o n° do
processo] Senhor Delegado: Comunico a Vossa Excelência que este juizo decretou a quebra do sigilo
telefônico dos aparelhos celulares apreendidos em poder do investigado JOSE DALVANI NUNES
RODRIGUES quando de sua prisão, com isso autorizando ampla e irrestrita análise dos dados neles
contidos, no que se refere a mensagens, ligações realizadas, mensagens de whatsapp e outros dados
existentes, com fundamento no artigo 2°, da Lei 9.296/1996, artigo 7°, inciso Ill, da Lei 12.965/2014.
Atenciosamente. Betina MeinharNit Ronchetti, Juiza de Direito. Auto de apreensão do telefone no
Paraguai, fl. 430 dos autos 00121600220728.
16
primeira interceptação deferida em 22 de março de 2016 nos autos 001/2.16.0022072-8, fl. 1205 do IP
e despacho da fl. 1316 dando o histórico dos deferimentos.
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Relatório Final, fls. 516/517 (001/2.18.0020000-3). Fls. 600/605, 1.648/1.649, da Medida Cautelar n.°
001/2.16.0022072-8.
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certidão judicial das fls. 1393/8 dos autos 001/2.16.0022072-8.
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CD da fl. 119 do PIC. Resumo do depoimento à fl. 149 do PIC.
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conduta pormenorizada no relatório das fls. 504/9 do IP.
21
cópias das procurações de JOSÉ DALVANI NUNES RODRIGUES (vulgo MINHOCA, líder),
CERILDA NUNES RODRIGUES, integrantes da organização criminosa e cópia de informações
processuais em que consta como advogado do grupo às fls. 87/103 do PIC.
22
Consta no relatório da autoridade policial, fl. 308 do IP, que ANDERSON ROZA envia fotos com rol
de testemunhas de determinado processo. MINHOCA mostra surpresa ao ver o nome de Suélen entre as
testemunhas, pois afirma que o ANDERSON foi falar com ela (provavelmente o outro advogado de
MINHOCA, ANDERSON REMBOVVSKI), indicando uma possível coação no curso do processo.
23
Estatuto da OAB, Lei nº 8.906/1994, arts. 7º, inciso II (Direitos do Advogado), a contrário senso; 31,
33 (Ética) e 34, especialmente inciso XVII e XXV (Infrações Disciplinares). Art. 2º, I, III, VIII, a, b, d, e
art. 6º do Código de Ética e Disciplina da OAB.
24
histórico da vida carcerária, atendimentos a MINHOCA e MUSEU. Último atendimento constatado em
08.05.2018 em companhia de seu colega de escritório Jean Severo, fls. 151 e 173 do PIC.
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25
haja vista troca de mensagens com MINHOCA sobre reportagens a respeito dos atos dos BALA NA
CARA, fls. 301 e 302 dos autos da investigação e fl. 81, verso, do PIC.
26
cópia da denúncia da Operação Ruína no CD da fl. 119 do PIC.
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Por tudo isso, o denunciado afastou-se de seus direitos profissionais e foi além
de seus deveres, usurpando dos limites da atividade jurídica e da ampla defesa,
concorrendo para o crime de organização criminosa.
27
Relatório de investigação, fl. 295 e fl. 78 do PIC.
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