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P ORTUGUÊS 7º ANO

– MARÇO

ESCOLA_______________________________________________ DATA ____/ ____/ 20___

NOME_____________________________________________________ Nº_____ TURMA______

Grupo I – COMPREENSÃO DA ORAL

Para responderes aos itens que se seguem, vais visionar um pequeno vídeo que apresenta
uma entrevista a Júlio Isidro, apresentador de programas televisivos durante muitos anos,
onde se aborda o tema da amizade.

https://tvi24.iol.pt/dossier/a-flor-da-pele-a-amizade/5c1d1fa70cf24b98d357e25f

(documento 12 ‒ Júlio Isidro tem “dois níveis de amizade” na vida)

Antes de iniciares, lê as questões. Em seguida, ouve, atentamente, duas vezes e responde


ao que é pedido.

1. Para cada item (1.1. a 1.3.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o
sentido do texto.

1.1. Júlio Isidro revela que a amizade tem dois níveis porque é composta pelas pessoas

(A) que conheceu mais recentemente e pelos amigos de longa data.


(B) que conhece e por aquelas que há de vir a conhecer diretamente.
(C) que conhece diretamente e por aquelas que o conhecem pela televisão.

1.2. Numa entrevista que deu quando era apresentador, Júlio Isidro afirmou que quase
não tinha amigos, situação que justificou com

(A) a sua vida ocupada que não lhe deixava tempo para amizades.
(B) o receio que as pessoas tinham de se aproximarem de alguém tão famoso.
(C) o seu mau feitio, que afastava as pessoas.

1.3. Numa festa, várias pessoas disseram a Júlio Isidro que “cresceram com ele”, o que
significa que

(A) tinham a mesma idade que ele.


(B) durante anos o viram na televisão.
(C) eram amigos desde a infância.

2. Seleciona três valores que, segundo Júlio Isidro, se associam à amizade.

a) Compreensão
b) Aceitação
c) Lealdade
d) Reciprocidade
e) Gratidão
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Grupo II – LEITURA

As amizades perdidas

O auge1 das amizades é na adolescência. Aquelas amizades em que um dia não sabemos o
nome um do outro e na semana seguinte não passamos um dia sem nos falar. Fazemos
amigos num piscar de olho, por vezes literalmente. Estamos todos a passar pelos mesmos
dilemas2 e com a intensidade típica da nossa idade, criamos uma ligação única entre nós.
5 Existem amizades que vêm e pouco depois, sem grande alarido, partem. São pessoas que
conhecemos por acaso, durante uma certa altura da nossa vida, mas que por circunstâncias
alheias a nós ou até por falta de tempo, de um momento para o outro, deixam de existir. E se
algum dia nos voltarmos a encontrar, iremos colocar um sorriso na cara e perguntar como é
que a vida lhes correu até agora.
10 Não são essas as amizades de que quero falar, porque, embora com alguma pena, essas
estavam destinadas a partir. Não existiram aqueles momentos de confidencialidade entre dois
amigos que enfrentaram o mundo juntos. O tipo de amigos que se sentam num carro,
cercados por uma noite escurecida, a falar sobre tudo aquilo que os rodeia, entristece, anima,
ou que os confunde.
15 As horas passam tão depressa como os anos que já tiveram juntos. E assim tão
rapidamente devagar, cria-se uma amizade sem fim. Entre risos e segredos, todas essas
pequenas aventuras partilhadas deixam-nos com o sentimento tranquilo de que entre o
inseguro funcionamento do mundo, aquilo que temos está pregado no ar... Até que um dia,
sem um aviso prévio, o vento sopra e tudo voa. São as amizades perdidas, que, em vez de
20 partir, fogem.
Não acontece tão de repente assim, acontece devagarinho e é quase sorrateiramente 3 que
palavras deixam de ser trocadas. Ninguém nos disse que a nossa última conversa seria a
última. No entanto, suavemente, brutalmente, o tempo passou e agora somos apenas
estranhos que partilham memórias.
25 Sinto curiosidade em saber se ao voltarmos a encontrar esses nossos amigos daqui a
muitos anos, trocar umas palavras com a pessoa a quem contávamos todos os nossos
segredos será constrangedor4, ou se será um encontro entre velhos amigos que um dia se
conheceram sem filtros.
Benedita Mendonça in http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2018-04-13-As-amizades-perdidas
(consultado em 15/02/2019).

Notas
1
auge: ponto mais alto.
2
dilema: situação difícil, sem aparente saída.
3
sorrateiramente: de modo discreto.
4
constrangedor: que causa embaraço.

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1. Para cada item (1.1. a 1.4.), escolhe a opção que completa corretamente as afirmações que
se seguem de acordo com o texto.

1.1. No texto afirma-se que algumas amizades são passageiras


(A) porque não eram verdadeiras ou não aconteceram no tempo certo.
(B) por motivos que não estão relacionados connosco ou por serem superficiais.
(C) porque lhes dedicámos pouco tempo ou por fatores que não dependem de nós.
(D) porque aconteceram na altura errada e não tiveram significado.

1.2. A cronista considera que


(A) é uma satisfação que algumas amizades passageiras acabem.
(B) é normal que algumas amizades passageiras acabem.
(C) é normal que algumas amizades passageiras sejam indesejáveis.
(D) é lamentável que algumas amizades passageiras sejam indesejáveis.

1.3. A verdadeira amizade distingue-se pelo facto de


(A) se associar às confidências.
(B) de implicar cumplicidade nalguns assuntos.
(C) durar para sempre.
(D) estar destinada a acabar.

1.4. No final do texto, a cronista confessa que gostava de saber como se sentiria ao
reencontrar um amigo
(A) do passado.
(B) passageiro.
(C) que nunca foi um estranho.
(D) que partiu de repente.

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Grupo III – EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o poema que se segue. Em caso de necessidade, consulta as notas.

Amigo

Mal nos conhecemos


Inaugurámos a palavra “amigo”.

“Amigo” é um sorriso
De boca em boca,
5 Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

“Amigo” (recordam-se, vocês aí,


10 Escrupulosos1 detritos2?)
“Amigo” é o contrário de inimigo!

“Amigo” é o erro corrigido,


Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

15 “Amigo” é a solidão derrotada!

“Amigo” é uma grande tarefa,


Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
“Amigo” vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O’Neill, Poesias completas, Lisboa,


Assírio & Alvim, 2000.

1
escrupulosos: cuidadosos.
2
detritos: restos; resíduos.

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1. O sujeito poético inicia o poema com o verso “Mal nos conhecemos”.


Identifica a quem se refere o pronome pessoal “nos”.
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2. Relê a segunda estrofe e estabelece a relação entre as expressões da coluna A e uma


possível interpretação na coluna B.

Coluna A Coluna B
A. “um sorriso / De boca em boca”
B. “Um olhar bem limpo” 1. Amor
2. Honestidade
C. “Uma casa, mesmo modesta, que se
3. Alegria
oferece” 4. Acolhimento/Partilha
D. “Um coração pronto a pulsar”

3. Assinala a opção que corresponde à intenção do poeta quando se refere aos “escrupulosos
detritos” (verso 10).
(A) Os amigos verdadeiros.
(B) Os amigos falsos.
(C) Os amigos antipáticos.

4. Explica o significado do verso: “‘Amigo’ é um erro corrigido” (verso 13).


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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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5. Seleciona a opção que completa corretamente a afirmação.


5.1. No verso “‘Amigo’ é a solidão derrotada!” (verso 15), está presente
(A) uma metáfora que mostra que os amigos compartilham a nossa solidão.
(B) uma metáfora que mostra que os amigos não nos deixam sozinhos.
(C) uma personificação que mostra que os amigos compartilham a nossa solidão.
(D) uma personificação que mostra que os amigos não nos deixam sozinhos.

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6. Na última estrofe, o sujeito poético diz que a amizade pode ser trabalhosa, mas, ao mesmo
tempo, motivo de felicidade.
Explica o que significam estas afirmações.
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7. Analisa formalmente o poema, classificando as estrofes que o compõem.


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Grupo IV – GRAMÁTICA

1. Associa corretamente as orações sublinhadas na coluna A à sua classificação na coluna B.

Coluna A Coluna B
A. Os amigos são importantes porque nunca
nos abandonam. 1. Oração coordenada
copulativa.
B. A verdadeira amizade alegra a vida e afasta
2. Oração subordinada adjetiva
a solidão. relativa restritiva.
C. Os amigos que perdemos ficarão sempre na 3. Oração subordinada adverbial
temporal.
nossa memória.
4. Oração subordinada adverbial
D. Quando nos sentimos tristes, queremos os causal.
nossos amigos junto de nós.

2. Substitui o constituinte sublinhado pelo pronome pessoal adequado. Faz as alterações


necessárias.

Os verdadeiros amigos respeitam sempre a opinião dos outros.

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3. Associa as expressões sublinhadas em cada frase da coluna A à sua função sintática na


coluna B.

Coluna A Coluna B
A. Amigo é uma grande tarefa. 1. Sujeito simples

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B. A amizade traz momentos de alegria. 2. Predicado
C. Os amigos enriquecem a nossa vida. 3. Predicativo do sujeito

4. Transforma as frases ativas em frases passivas.


a) Os amigos ocupam muito do nosso tempo.
_______________________________________________________________________

b) A amizade alegrará sempre a nossa vida.


_______________________________________________________________________

5. Identifica a única opção cuja palavra sublinhada não é um pronome.

(A) Os nossos amigos enchem o coração de alegria.


(B) A amizade enriquece-nos.
(C) Os teus amigos são também nossos.
(D) Nós vivemos para ajudar os amigos.

Grupo V – ESCRITA
Tanto o texto do grupo II como o do grupo III têm por base o tema da amizade.
Escreve um texto de opinião referindo a tua perspetiva sobre a importância dos amigos na
nossa vida. Fundamenta o teu ponto de vista com pelo menos dois argumentos.
O teu texto deve ter um mínimo de 150 e um máximo de 200 palavras.
Segue o esquema apresentado:
Introdução:
‒ Apresentação do teu ponto de vista sobre a importância dos amigos na nossa vida.
Desenvolvimento:
‒ Argumento 1: apresentação de uma razão que justifique a tua opinião.
‒ Argumento 2: apresentação de uma razão que justifique a tua opinião.
Conclusão:
‒ Síntese das ideias principais.

COTAÇÃO DO TESTE
Item
Grupo
Cotação (em pontos) Total
Grupo I
Compreensão do 1.1. 1.2. 1.3. 2.
Oral 3 3 3 3 12

Grupo II 1.2. 1.3. 1.4.


Leitura 1.1.
3 3 3 3 12
Grupo III
1. 2. 3. 4. 5.1. 6. 7.
Educação
4 4 3 4 3 4 4 26
Literária
(1 x 4)

Grupo IV 1. 2. 3. 4. 5.
Gramática 6 4 3 4 3 20
(1,5 x 4) (1 x 3) (2 x 2)

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Grupo V Item único
Escrita 30
Total 100

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PROPOSTAS DE CORREÇÃO

Grupo I – Compreensão do Oral


1.1. (C)
1.2. (A)
1.3. (B)
2. b), c) e)

Grupo II – Leitura
1.1. (C)
1.2. (B)
1.3. (A)
1.4. (A)

Grupo III – Educação Literária


1. O pronome “nos” refere-se ao sujeito poético e ao seu interlocutor, um “tu”, que representará o seu amigo.
2. A – 3; B – 2; C – 4; D – 1.
3. (B)
4. O verso significa que os amigos sabem perdoar e aceitam os outros com os seus defeitos e os ajudam a melhorar,
apontando os seus defeitos sem criticar.
5.1. (B)
6. O sujeito poético refere, primeiro, que ter um amigo é uma tarefa grande e que não tem fim. Ao mesmo tempo,
um amigo é sinónimo de momentos de grande alegria, “grande festa”.
7. O poema é composto por seis estrofes: a primeira é um dístico; a segunda uma sextilha, a terceira e a quarta são
tercetos, a quinta é um monóstico e a última é uma quadra.

Grupo IV – Gramática
1. A – 4; B – 1; C – 2; D – 3.
2. Os verdadeiros amigos respeitam-na sempre.
3. A – 3; B – 2; C – 1
4.
a) Muito do nosso tempo é ocupado pelos amigos.
b) A nossa vida será sempre alegrada pela amizade.
5. (A)

Grupo V – Escrita
Proposta:
A amizade é um sentimento fundamental na vida de todos nós. Na verdade, ninguém consegue viver sem ter
amigos, uns mais próximos e outros mais distantes.
Os amigos apoiam-nos nos momentos difíceis. Quando surge um problema na nossa vida, por exemplo um
desentendimento com os pais, um resultado mais fraco num teste ou um problema amoroso, os nossos amigos
estão presentes para nos ajudarem. Às vezes, só para nos ouvirem. Assim, o problema torna-se mais simples,
porque o partilhámos com alguém especial.
Os amigos também tornam a nossa vida mais feliz. São os amigos que nos fazem festas surpresa no nosso
aniversário, que nos visitam em casa quando estamos doentes, que nos acompanham a festas, que nos telefonam
só para saberem de nós e nos ouvem, horas a fio.
Concluindo, os amigos tornam a nossa vida mais simples, mais feliz. E nós, como amigos deles, retribuímos
com prazer a amizade que eles nos oferecem.
(153 palavras)

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