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Português

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2.1- Ao longo deste poema o sujeito refere ter “visto” que o destino tomado pelos
“bons” era “sempre” o castigo, como podemos verificar pela expressão: Os bons
sempre vi passar / No mundo graves tormentos” e que ao contrário destes os maus
eram recompensados: “Os maus vi sempre nadar / Em mar de contentamentos.”.
Perante esta situação, o sujeito pensou que ao praticar o mal teria o mesmo destino
dos que vira, ou seja, seria recompensado. No entanto, isto não aconteceu, acabando
castigado como seria de esperar num “Mundo concertado”.

3- No poema, o sujeito poético é apresentado como sendo uma “exceção à regra”,


isto é, o que aconteceu com ele não era comum acontecer. Este refere que viu os que
agiam mal, serem recompensados como podemos verificar pela expressão “Os maus vi
sempre andar / Em mar de contentamentos.” e que os bons, os que, na sua opinião,
praticavam o bem, viviam graves tormentos como podemos averiguar na expressão
“Os bons vi sempre passar / No Mundo graves tormentos”. O Mundo estava
desconcertado… O mau era bom e o bom era mau e para ser feliz, era melhor ser mau
acabando assim o sujeito por praticar o mal com o objetivo de ser recompensado.
Este, sendo um caso de exceção, e ao contrário dos outros que seguiram o mesmo
caminho, foi castigado, tendo assim um desfecho contrário ao observado por ele nos
outros que agiram mal.
Assim, esta relação entre o sujeito poético e o mundo permite-lhe concluir que possui
uma posição excecional não só pelo facto do seu destino ser diferente do esperado,
estando apenas para ele o mundo concertado, mas também por conseguir reparar que
existe um contraste entre o merecimento e o destino das pessoas existindo assim uma
inversão de valores.

Tomás Calado Cerqueira nº27 10ºA

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