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 O Estado na teoria política grega:

-Os Estados podem ser classificados sob vários critérios, com categorias a eles inerentes.

* Platão e Aristóteles analisaram as formas de governo através do estudo histórico e da


visualização real; Suas classificações são descritivas e prescritivas, nos termos de (BOBBIO,
1997)

-Segundo o mesmo autor, para Platão, todas as formas de governo existentes eram
imperfeitas, embora em diferentes graus.

* Critérios platônicos: Quem governa; Qual paixão/desejo o guia; Por que o Estado é ruim
e qual sua maior falha.

-Os desejos que guiam o governante: Honra (timocracia); Dinheiro (oligarquia); Liberdade
(democracia e; violência (tirania)

* A falha maior desse Estados reais (moléstia) ocorre quando o governante sucumbe a
esses desejos.

-Importante notar que, segundo BOBBIO (1997), Platão da visão ex parte principi (de quem
governa) e, portanto, considera a democracia uma forma ruim de governo (liberdade
excessiva quebraria a ordem social)

-A visão atual que temos de democracia começou a nascer apenas no Iluminismo francês.

* Governos ditatoriais impõem poder pela força; Oligarquias usam todos os meios
possíveis para manter seus privilégios.

 A visão aristotélica:

-Aristóteles acreditava que o Estado surgiu a partir da união das famílias na polis, para
garantir recursos e proteção.

* Critérios de classificação: Quem governa e como governa.

-Formas boas governam para todos; Formas más, segundo seus próprios interesses.

* O desvirtuo de uma forma boa gera uma má. (monarquia/tirania; aristocracia/oligarquia;


democracia/democracia)

-A democracia é, ao mesmo tempo, a pior das melhores e a melhor das piores formas
possíveis)

 Governo ideal levaria o interesse de todos em conta, atenuando as disputas de classe.

-Na interpretação de Bobbio, a presença de uma classe média numerosa (informada, mas
no meio-termo econômico) garante a estabilidade do Estado.
 O Estado maquiavélico:

-Suas obras são consideradas clássicas pois formulam conceitos até hoje utilizados, sendo
percursor da Ciência Política moderna (distante de uma análise meramente jurídica)

* O Príncipe é um manual de governo, de como chegar ao e se manter no poder. Estado é


uma instituição centralizada, cuja ruína, tal qual para os gregos, advém de falhas humanas.
(ser humano é egoísta e individualista)

-Estado existe em realidade conflituosa e deve agir pela coerção, garantindo a ordem
social (uso das qualidades de governante/virtù)

* O governante, portanto, deveria agir acima da moral e da ética e mesmo da lei.

-Governantes precisam ter um exército forte e leis eficazes. Decisões políticas não vêm do
aparato jurídico, mas de uma correta análise dos fatos postos (fortuna)

Fortuna+ virtù=bom governo


-Monarquia e República seriam formas complementares de organização do Estado, sendo
também as únicas possíveis.

*Monarquia seria estabelecida para “descorromper” a população, com a República sendo


estabelecida em seguida.

 O Estado contratualista:

-Estado seria necessidade racional, advinda do Contrato Social (para parar a anarquia do
Estado de Natureza).

* As características do Contrato Social variam conforme o autor em questão.

-O Estado de Hobbes:

*Homem sairia do Estado de natureza legitimando o poder do Estado monárquico.

-Igualdade de capacidade e desejos (bens são escassos) torna os homens inimigos, além de
seus vícios e impulsos. Homem seria naturalmente antissocial (homo homini lupus)

*Estado, portanto, existiria para preservar o homem. Poder indissolúvel e irrevogável.

 O tratado de Locke:

-Os constitucionalistas se colocam contra os déspotas, buscando limitar o poder do rei.

* Estado não deveria violar certos direitos naturais do homem (obrigações negativas);
Inspirou as revoluções francesa e americana.

*Governo civil é o estado de natureza institucionalizado.

-Liberdade e igualdade só são limitadas pela natureza. Estado civil vem da violação da
propriedade privada (que será assegurada pelo Estado civil)
*Legislativo é o poder de destaque, pois, representa o povo e fiscaliza o governante.

-Inspirou as teorias liberais das Ris.

 As teorias de Rousseau:

-Poder deveria estar nas mãos do povo. Liberdade só existe na sociedade civil.

*Homem nasce livre mas é aprisionado pelos seus vícios

-Hábito de viver em comunhão gera o amor e a proteção mútua.

*Existência da propriedade privada traz à tona a maldade humana e o conflito, dentro de


um estado natural até então pacífico.

 O Contrato Social:
 Homens abrem mão de sua liberdade e submetem à vontade da maioria (elaborada
pelo Legislativo e executada pelo Executivo)

-Vontade popular subjuga as vontades dos governantes, preservando o Estado.

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