extra
Os recordes
da fotografia
A propósito da venda milionária da colecção
fotográfica de Edwin Land, fundador da Polaroid,
examinam-se os preços históricos alcançados pela
fotografia em leilão nos últimos dez anos. Antiga,
moderna ou contemporânea, a fotografia enquanto
objecto de arte continua a escalar posições
nas preferências dos coleccionadores, uma realidade
que confirma o seu valor cultural e especulativo
no mercado da arte
Durante a década de 1960, o inventor da fotografia
instantânea e da câmara Polaroid, Edwin H. Land (1909-
1991), alentou a via experimental da fotografia artística
através do projecto Artists Support Program. Sob a lideran-
ça de Ansel Adams, Land colocou o material fotográfico
instantâneo ao serviço dos artistas fotógrafos e recom-
pilou as peças resultantes, formando uma colecção com
obras de grande valor estético, histórico e tecnológico. No
Verão passado, a sede nova-iorquina da Sotheby’s arreca-
dou mais de 12 milhões de dólares (cerca de 10 milhões
de euros) com a venda de parte da colecção de fotografia
da empresa Polaroid, forçada a declarar falência em 2001 e
novamente em 2008. O leilão teve por objectivo pagar aos
credores e o seu resultado foi um êxito que nem a própria
Sotheby’s esperava, quebrando recordes de venda para 14
nomes da História da Fotografia e da Arte. O valor mais
elevado, 722,5 mil dólares (c. 581 mil euros), calhou a Cle-
aring Winter Storm, Yosemite National Park (c. 1950-60),
uma das obras mais conhecidas do norte-americano Ansel
Adams. O acontecimento apenas veio corroborar que,
desde finais dos anos 1990, o coleccionismo de fotografia
é um mercado em progressiva expansão, tornando-se
presença habitual nas principais leiloeiras internacionais
e batendo recordes de venda inimagináveis até há relativa-
mente pouco tempo.
O impulso da fotografia nas bienais, feiras e outras
exposições de arte contemporânea, e a sua introdução em
notáveis colecções de museus, centros de arte e fundações,
possibilitou a redefinição e a consagração de um meio que
goza actualmente de grande prestígio no seio das artes
plásticas, ultrapassando o debate suscitado em torno da
sua artisticidade e de conceitos tais como originalidade,
unicidade e reprodutibilidade. Aliás, a sua assimilação por
parte do mercado é muito superior à de outras linguagens
artísticas susceptíveis de reprodução, como o vídeo ou a
arte digital, embora a aceitação e interesse pela linguagem
fotográfica se dirija, sobretudo, para figuras já consolida-
das e reconhecidas unanimemente pela crítica especiali-
zada. É o caso da fotografia realizada por nomes incontor-
náveis da sua História, como Gustave Le Gray, Man Ray,
Ansel Adams, Alfred Stieglitz, Paul Strand, Edward Wes-
ton, Edward Steichen e Robert Mapplethorpe e de artistas
ainda no activo como Andreas Gursky, Richard Prince,
Gilbert & George, Cindy Sherman, Hiroshi Sugimoto, Jeff
Wall ou Thomas Struth, cujas obras integram a selecta
lista das fotografias mais cotadas e cobiçadas, chegando
Texto Fernando Montesinos
 Man Ray
Noire et Blanche,
Paris, 1926
© Man Ray Trust/
ADAGP,
Paris, 2010

Richard
Avedon
Dovima with
elephants,
evening dress
by Dior, Cirque
d’Hiver, Paris,
August, 1955.
© The Richard
Avedon
Foundation.
Cortesia
da Christie’s

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extra

a quebrar, por vezes, em leilão, a

barreira dos 500 mil euros.
Esta recepção em força pelo
mercado da arte é mais uma conse-
quência ou reflexo de um proces-
so de gradual aceitação do valor
artístico e cultural do meio. Desde
o seu nascimento, na década de
30 do século XIX, a fotografia tem
vindo a ser entesourada por co-
leccionadores públicos e privados.
Contudo, desde que a primeira
instituição museológica, o Victoria
& Albert Museum, de Londres,
iniciou, na década de 1850, uma
política de aquisição de fotografia
artística, ainda vigente, ou desde
que o MoMA, de Nova Iorque, nos
anos 30 do século passado, decidiu dedicar-lhe um espaço espe- Não é por acaso que estas cidades – onde foram lançadas as
cífico da colecção e de exposições, transcorreram décadas sem bases e os critérios do seu comércio – são os epicentros do
ser possível a configuração de um mercado estável em redor da mercado da fotografia, facto demonstrado pelas elevadas
fotografia. De facto, seria necessário aguardar pelos finais de 1960 cifras atingidas nas diversas leiloeiras. Assim, as casas
para que esse mercado começasse a ser criado, após o surgimento Sotheby’s e Christie’s concentram os máximos recordes de
das primeiras galerias centradas na comercialização da fotografia. venda. Fotógrafos contemporâneos como Andreas Gur-
Em 1969, Lee D. Witkin abre a sua galeria em Nova Iorque sky, Richard Prince, Cindy Sherman e Hiroshi Sugimoto
e, em 1971, Sue Davis e Dorothy Bohm abrem em Londres a atingiram cotações comparáveis às da pintura, mas foi uma
Photographer’s Gallery. Paris, Los Angeles, Hamburgo, Milão e fotografia de Man Ray – Noire et Blanche, Paris, 1926 – a
Barcelona são algumas das cidades que também inauguraram que, pela primeira vez, a 5 de Outubro de 1998, conseguiu
galerias a trabalhar com fotografia, mas poucas conseguiram superar a fronteira dos 500 mil dólares ao ser arrematada,
sobreviver. No entanto, devido ao crescente interesse mostrado na sede nova-iorquina da Christie’s, por 607.500 dólares.
pela fotografia enquanto objecto de colecção, durante a década de Embora a fotografia tenha nascido em França, o mer-
1970 começaram a organizar-se leilões, de forma mais ou menos cado da fotografia naquele país apenas teve um verdadeiro
regular, sobretudo nos EUA e em Inglaterra. A Sotheby's foi a desenvolvimento no início dos anos 1980 e, em países
primeira leiloeira internacional a iniciar vendas regulares de foto- como Portugal e Espanha, o acesso da fotografia às leilo-
grafias, a partir de 1971, em Londres, e de 1975, em Nova Iorque. eiras, com sessões a ela inteiramente dedicadas, foi ainda
mais demorado, com décadas de atraso. Basta recordar o
mediático anúncio, em 2006, do primeiro leilão exclusivo
de imagens fotográficas – Leilão de Fotografia. Imagens
Joseph-Philibert
Girault portuguesas e estrangeiras do século XIX e XX – organiza-
de Prangey do em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, pela mão de
113. Athènes. 1842. Bernardo Trindade, da Livraria Campos Trindade, e Luís
T.[emple] de J.[upiter]
Olympien. pris de l'Est,
Trindade, da Potássio 4. Uma iniciativa que provou que a
1842 fotografia tem mercado em Portugal e que gerou grande
Cortesia Christie’s expectativa junto de investigadores, coleccionadores e ins-
Gustave Le Gray tituições ligadas à fotografia, pois até então a fotografia só
Grande vague - séte, tinha aparecido em leilões de forma episódica, misturada
c. 1855 com lotes de diversa natureza.
© V&A Images
Cortesia
Victoria & Albert Um mercado em expansão
Museum Na sua introdução ao Salon de 1859, Charles Baudelaire
inseriu uma epígrafe intitulada O público moderno e a
fotografia, onde a invalidava do ponto de vista artístico, e
o visionário Walter Benjamin, na sua Pequena história da
fotografia (1931), a partir de uma citação de Làszló Moholy-
-Nagy (“Não será o analfabeto, mas o ignorante em foto-
grafia o iletrado do futuro”) chegou a afirmar o seguinte:
“Não o que ignore a escritura, mas o que ignore a foto-

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grafia, será o analfabeto do futuro”. Ambos os ensaístas,
se hoje levantassem a cabeça, surpreender-se-iam ao ver
como a fotografia exerce sem falsa modéstia o seu estatuto
de membro das Belas-Artes e alcança preços estratosféricos
em leilões, como as célebres 99 Cent II Diptychon (2001),
Los Angeles (1998) e Madonna I (2001) do alemão Andreas
Gursky, vendidas por 1,7 milhões de libras (2,5 milhões de
euros), 1,4 milhões de libras (1,9 milhões de euros) e 1,07
milhões de libras (1,2 milhões de euros), respectivamente.
A Andreas Gursky podem somar-se outros autores contem-
porâneos como Gilbert & George, Richard Prince, Cindy
Sherman e Hiroshi Sugimoto, com imagens que excederam
o milhão de euros. Também a fotografia anterior se cota
em alta, especialmente autores históricos como Edward
Steichen, Edward Weston e Alfred Stieglitz.
No relatório de tendências de mercado para 2009,
elaborado pela consultora francesa ArtPrice, Richard
Prince, o polémico autor das fotos de grandes dimensões
apropriadas dos cowboys da Marlboro, figurava como o
artista fotógrafo mais estimado em leilão, num meritório
75º lugar sobre um total de 500 artistas de diversas disci-
plinas e períodos: antigos, modernos e contemporâneos.
Outros nomes que aparecem neste Top 500, provenientes
do Olimpo de artistas que experimentam com a linguagem
fotográfica – de forma autónoma ou como complemento
de outras técnicas –, são os de Andreas Gursky (159º),
John Baldessari (181º), Gilbert & George (317º), Hiroshi
Sugimoto (402º) e Cindy Sherman (416º). Por outro lado,
segundo a consultora britânica ArtTactic, o mercado da
fotografia leva uma década em permanente estado de
crescimento e, na actualidade, são artistas contemporâneos
como John Baldessari e Cindy Sherman os mais valoriza-
dos por investidores e coleccionadores, o que vem a con-
firmar os dados da Artprice sobre o brutal crescimento do
volume de negócio da fotografia contemporânea entre 1998
e 2008, indicando que entre 5 mil e 7 mil lotes de fotografia
contemporânea são objecto de transacção ao ano, uma mé-
dia muito superior à da fotografia antiga e moderna, talvez
pela simples razão de esta circular muito menos em leilão
ou pelo rejuvenescimento dos coleccionadores, ávidos pelo
contemporâneo e actual, sintoma, por vezes, do desconhe-
cimento da própria História da Fotografia. De qualquer
modo, à margem do ambiente de crise global, a confiança
neste sector do mercado é inegável, já que o preço médio
das fotografias estrela que saem a leilão nas grandes sessões
de arte contemporânea ascende a 250 mil dólares (cerca
de 200 mil euros) e os grandes nomes chegam a alcançar
valores milionários. Neste sentido, para a ArtTactic, um
dos que oferece maior segurança a nível de investimento a
médio e longo prazo é Cindy Sherman, que se tem conso-
lidado na lista dos quinze artistas mais seguros e estáveis,
juntamente com Andreas Gursky e Jeff Wall.
As mais cobiçadas
Face ao exposto, torna-se óbvio dizer que a fotografia é
um dos meios de expressão artística mais considerados da
actualidade, facto posto novamente em relevo nos princi-
pais leilões de 2010,
como os celebra-
dos nas salas da
Phillips de Pury, em
Londres, (Maio e
Novembro) e Nova
Iorque (Outubro),
nos quais se alcan-
çaram volumes que
ultrapassaram o
milhão de euros, e
na sala nova-iorqui-
na da Sotheby’s, em
Abril, que arrecadou
um total de cerca de
3,7 milhões de euros
– excelentes resul-
tados para leilões
centrados unica-
mente na fotografia.
A 20 de Novembro
teve lugar, na sala
parisiense da Christie’s, o leilão de 65 obras de um dos fotógrafos Eugène Atget
mais famosos do século XX, Richard Avedon (1923-2004), pro- Joueur d'Orgue,
c. 1898-1899
venientes da Fundação homónima, entre as quais sobressaíram Cortesia da Christie’s
imagens emblemáticas como Dovima with elephants, evening dress
by Dior (1955) e retratos de Marilyn Monroe, Brigitte Bardot,
Pablo Picasso ou Malcolm X. A leiloeira calculou que o resultado
iria oscilar entre os três e os cinco milhões de euros, mas acabou
por arrecadar um total de 5.467.250 euros. A imagem da mane-
quim Dovima vestida de Dior e acompanhada de elefantes atingiu
os 841 mil euros, convertendo-se na obra mais cara de Avedon
vendida em leilão até ao momento.
A receptividade do público e dos coleccionadores por enquan-
to continua sólida, pelo que é possível que próximos leilões de
fotografia e de arte contemporânea representem novas vendas
históricas para um mercado que começou a amadurecer nos anos
1980, consolidou-se nos anos 1990 e disparou na primeira década
do século XXI. Da lista de 64 obras que lograram ultrapassar o
meio milhão de euros – vendas concentradas no eixo anglo-saxó-
nico Londres/Nova Iorque – apenas quatro foram vendidas na se-
gunda metade da década de 1990. A grande maioria são criações
enquadradas na arte contemporânea, entre 1973 e 2006, sendo
que só três das dez fotografias mais caras foram realizadas nas 33
primeiras duas décadas do século XX, da autoria de três mestres
da fotografia moderna norte-americana: Edward Steichen (The
Pond-Moonlight, 1904), Edward Weston (Nude, 1925) e Alfred
Stieglitz (Georgia O’keefe, Hands, 1919). Mais próximos da época
actual, as já clássicas-contemporâneas criações de fotógrafos ale-
mães da Escola de Düsseldorf (Andreas Gursky, Thomas Struth)
e do panorama americano (Richard Prince, Cindy Sherman, Jeff
Wall, John Baldessari) são exemplos representativos da inflação
e especulação que a fotografia tem vindo a alcançar. O mesmo
acontece com a dupla britânica Gilbert & George e com o japonês
Hiroshi Sugimoto. Relativamente à fotografia oitocentista, três fi-
guras francesas dominam os recordes máximos: Joseph-Philibert
Girault de Prangey, Gustave Le Gray e Eugène Atget +
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extra

Ultrapassando a barreira dos 500 mil euros

As fotografias
mais caras em Leilão
 Andreas Gursky (1955)  Cindy Sherman (1954)  Alfred Stieglitz  Richard Avedon
99 Cent II Diptychon, 2001 Untitled No. 92, 1981 (1864-1946) (1923-2004)
Uma segunda impressão foi vendida na $2.112.000 Georgia O'Keeffe (Nude), 1919 Dovima with elephants, Evening
Phillips, Nova Iorque, por $2.480.000 €1.552.530,21 $1.360.000 dress by Dior, Cirque d'Hiver, Paris,
(€1.935.398,28) em 16 Novembro de 2006 Christie’s, Nova Iorque €1.141.485,44 August 1955
e uma terceira na Sotheby’s, Nova Iorque, 16 Maio 2007 Sotheby's, Nova Iorque Impressa em 1978
por $2.256.000 (€1.767.941,95) em 10 Maio 14 Fevereiro 2006 €841.000
de 2006.  Hiroshi Sugimoto (1948) Christie's, Paris
£1.700.000 Black Sea, Ozuluce; Yellow Sea, Cheju;  Richard Prince (1949) 20 Novembro 2010
€2.584.349,19 Red Sea, Safaga, 1991-1992 Untitled (Cowboy), 1989
Sotheby's, Londres $1.888.000 $1.248.000  Piotr Uklanski (1968)
7 Fevereiro 2007 €1.387.867,92 €1.063.412,81 The Nazis (Set of 164), 1998
Christie’s, Nova Iorque Christie's, Nova Iorque £568.000
 Edward Steichen 16 Maio 2007 8 Novembro 2005 €838.312,85
(1879-1973) Phillips, Londres
The Pond-Moonlight, 1904  Andreas Gursky (1955)  Andreas Gursky (n. 1955) 14 Outubro 2006
$2.928.000 Madonna I, 2001 Pyongyang IV, 2007
€2.457.551,01 £1.077.250 $1.375.000  Cindy Sherman (1954)
Sotheby's, Nova Iorque €1.224.405,14 €940.235,23 Untitled Film Still No. 48, 1979
14 Fevereiro 2006 Sotheby's, Londres Sotheby’s, Nova Iorque $1.217.000
10 Fevereiro 2010 14 Fevereiro 2008 €835.805,72
 Gilbert & George Christie’s, Nova Iorque
(1943 & 1942)  Edward Weston  Richard Prince (1949) 13 Novembro 2007
To Her Majesty, 1973 (1886-1958) Untitled (Fashion), 1982-1984
£1.889.250 Nude, 1925 £735.650  Sigmar Polke (1941)
€2.385.178,27 $1.609.000 €928.758,18 Untitled (São Paulo Series), 1975
Christie’s, Londres €1.030.445,86 Christie’s, Londres £568.000
30 Junho 2008 Sotheby's, Nova Iorque 30 Junho 2008 €827.175,26
7 Abril 2008 Christie’s, Londres
 Richard Prince (1949)  Richard Prince (1949) 8 Fevereiro 2006
Untitled (Cowboy), 2001-2002  Cindy Sherman (1954) Untitled (Cowboy), 2001
Outra impressão foi vendida na Christie’s, Untitled #420, 2004 £713.250  Hiroshi Sugimoto (1948)
Nova Iorque, por $2.840.000 (€2.087.682,67) $1.426.500 €900.264,03 Black Sea, Ozuluce, 1991
em 16 de Maio de 2007. €1.024.026,76 Sotheby’s, Londres £646,050
$3.401.000 Phillips de Pury & Company, Nova 1 Julho 2008 €815.638,18
€2.321.771,13 Iorque Christie’s, Londres
Sotheby's, Nova Iorque 8 Novembro 2010  Richard Prince (1949) 30 Junho 2008
14 Novembro 2007 Untitled, 1994
 Alfred Stieglitz $1.385.000  Edward Weston
 Andreas Gursky (1955) (1864-1946) €897.957,07 (1886-1958)
Los Angeles, 1998 Georgia O'Keeffe (Hands), 1919 Sotheby’s, Nova Iorque Nautilus, 1927
£1.476.500 $1.472.000 14 Maio 2008 $1.082.500
34 €1.959.315,53 €1.235.490,13 €798.922,47
Sotheby's, Londres Sotheby's, Nova Iorque  Andreas Gursky (1955) Sotheby’s, Nova Iorque
27 Fevereiro 2008 14 Fevereiro 2006 Börse, Tokyo 13 Abril 2010
(Tokyo Stock Exchange), 1990
 Cindy Sherman (1954)  Edward S. Curtis £636,500  Joseph-Philibert
Untitled #153, 1985 (1868-1952) €844.635,51 Girault de Prangey
$2.770.500 The North American Indian, Sotheby’s, Londres (1804-1892)
€1.988.830,10 Portfolios 1-20; and Volumes 1-20, 27 Fevereiro 2008 113. Athènes. 1842. T.[emple]
Phillips de Pury & Company, Nova 1907-1930 de J.[upiter] Olympien. pris de l'Est,
Iorque $1.416.000  Gilbert & George 1842
8 Novembro 2010 €1.183.560,54 (1943 & n. 1942) £565.250
Christie’s, Nova Iorque Bad Thoughts No. 2, 1975 €790.426,38
12 Outubro 2005 £636,500 Christie’s, Londres
€844.635,51 20 Maio 2003
Sotheby’s, Londres
27 Fevereiro 2008

L +a r t e | M a r ç o 2 0 1 1 |
 Gustave Le Gray
(1820-1882)
Grande vague - séte, c. 1855
£507.500
$840,370
Sotheby’s, Londres
27 Outubro 1999
 Jeff Wall (1946)
The Well, 1989
£623.650
€787.170,92
Sotheby’s, Londres
1 Julho 2008
 William Eggleston
(1939)
Los Alamos, 1965-1974, 2002
$1.022.500
€757.328,87
Christie’s, Nova Iorque
13 Outubro 2008
 John Baldessari (1931)
Kiss/Panic, 1984
$992.000
€731.412,39
Sotheby’s, Nova Iorque
15 Maio 2007
 Gilbert & George
(1943 & n. 1942)
Red Morning (Hate), 1977
$856.000
€729.392,12
Christie’s, Nova Iorque
8 Novembro 2005
 Thomas Struth (1954)
Pantheon, Rome, 1990
$1.049.000
€720.427,45
Christie’s, Nova Iorque
13 Novembro 2007
 Richard Prince (1949)
Untitled (Cowboy), 2000
$1.049.000
€716.124,06
Christie’s, Nova Iorque
14 Novembro 2007
 Andreas Gursky (1955)
Untitled V, 1997
£432.750
€706.094,64
Christie’s, Londres
6 Fevereiro 2002
 Hiroshi Sugimoto (1948)
Aegean Sea, Pilion, 1990
£524.500
€703.038,94
Christie’s, Londres
6 Fevereiro 2008
 Andreas Gursky (1955)  Gustave Le Gray  Thomas Struth (1954)
Klitschko, 1999 (1820-1882) Mailänder Dom (Fassade), 1998
Outra impressão foi vendida na Christie’s, Hetre, Fontainebleau, c. 1855 £412.500
Nova Iorque, por $800.000 (€624,136.94) £419.500 €591.812,55
em 15 Novembro de 2006. $694.651 Christie’s, Londres
£524.500 Sotheby’s, Londres 14 Outubro 2007
€703.038,94 27 Outubro 1999
Christie’s, Londres  Andreas Gursky (1955)
6 Fevereiro 2008  John Baldessari (1931) Monaco, 2006
Hands / Horses (To agree), 1987 £517.250
 Richard Prince (1949) $880.000 €589.147,01
Untitled (Self-Portrait), 1980 €650.195,06 Sotheby’s, Londres
$936.000 Phillips, Nova Iorque 5 Fevereiro 2009
€691.571,11 17 Maio 2007
Christie’s, Nova Iorque  Richard prince (1949)
17 Maio 2007  Richard Prince (1949) Untitled (Cowboy), 1997
Untitled (Cowboy), 1998-1999 $744.000
 Thomas Schütte (1954) $902.500 €580.619,48
Old Friends, 1992, impressa em 1993 €647.868,32 Phillips, Nova Iorque
$962.500 Phillips de Pury & Company, Nova 16 Novembro 2006
€690.939,89 Iorque
Phillips de Pury & Company, Nova 8 Novembro 2010  Richard Prince (1949)
Iorque Untitled (Three women looking
8 Novembro 2010  Jeff Wall (1946) in the same direction), 1980
The Forest, 2001 $736.000
 Paul Strand (1890-1976) $993.000 €569.346,57
Mullein, Maine, 1927 €643.806,04 Sotheby’s, Nova Iorque
$607.500 Sotheby’s, Nova Iorque 9 Novembro 2004
€688.905,01 14 Maio 2008
Phillips, Nova Iorque  Hiroshi Sugimoto (1948)
15 Abril 2002  Cindy Sherman (1954) Tyrrhenian Sea, Conca, 1994
Untitled Film Still #13, 1978 £377.600
 Dorothea Lange $902.500 €557.300,94
(1895-1965) €639.698,90 Christie’s, Londres
White Angel Bread Line, 1933 Christie’s, Nova Iorque 15 Outubro 2006
Impressa não após Maio de 1936 9 Setembro 2008
$822.400  Mike Kelley (1954)
€684.409,38  Man Ray (1890-1976) Ahh…Youth, 1991
Sotheby’s, Nova Iorque Noire et Blanche, Paris, $688.000
11 Outubro 2005 (Positive and Negative), 1926 €541.318,84
$607.500 Christie’s, Nova Iorque
 Gilbert & George Christie’s, Nova Iorque 9 Maio 2006
(1943 & 1942) 5 Outubro 1998
Dead Boards No. 13, 1976  Edward Steichen
£541.250  Charles Sheeler (1879-1973)
€683.165,66 (1883-1965) Balzac-The open sky, 1908
Sotheby’s, Londres Ford Works (Criss-Crossed $632.000
1 Julho 2008 Conveyors, Ford Plant), 1927 €530.455
Impressa não após Fevereiro de 1928 Sotheby’s, Nova Iorque
 Andreas Gursky (1955) $607.500 14 Fevereiro 2006
Paris, Montparnasse, 1993 Sotheby’s, Nova Iorque
$600.000 6 Outubro 1999  Robert Mapplethorpe
€678.960,07 (1946-1989)
Christie’s, Nova Iorque  Ansel Adams (1902-1984) Andy Warhol, 1987
15 Novembro 2001 Clearing Winter Storm, Yosemite $643.200 35
National Park, 1938 €513.463,24
 Thomas Struth (1954) Impressa provavelmente na década Christie’s, Nova Iorque
National Museum of Art, Tokyo, 1999 de 1950 ou 1960 17 Outubro 2006
£456.800 $722.500
€678.028,74 €580.801,79  Eugène Atget (1857-1927)
Sotheby’s, Londres Sotheby’s, Nova Iorque Joueur d'Orgue, c. 1898-1899
21 Junho 2007 21 Junho 2010 $686.500
€504.560,52
 Hiroshi Sugimoto (1948)  Bruce Nauman (1941) Christie’s, Nova Iorque
North Pacific Ocean, Ohkurosaki, Light Trap for Henry Moore No. 1, 15 Abril 2010
2000 1967
£456.800 $533.750
€677.112,71 Sotheby’s, Nova Iorque
Christie’s, Londres 17 Maio 2000
20 Junho 2007
Dados extraídos das leiloeiras mencionadas
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