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COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE ENGENHARIA

EM INTEGRIDADE DE EQUIPAMENTOS LTDA.

Curso: Inspeção de Equipamentos e Instalações


Petrobrás / UN-Rio

VÁLVULAS DE SEGURANÇA

MILTON FRANCO MORAES


Técnico de Inspeção de Equipamentos II

Ano: 2004

Estrada do Engenho D’Água, 1210 - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - CEP 22765-240 – PABX: (21) 2427-6646 e-mail: integra@integra.org.br 0
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ÍNDICE

1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 2
2 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO............................................................................. 5
2.1 – Válvulas de alívio....................................................................................................... 7
2.2 – Válvulas de segurança................................................................................................ 9
2.3 – Válvulas de segurança e alívio................................................................................... 9
2.3.1 – Válvulas de segurança e alívio operando com líquidos................................. 10
2.3.2 – Válvulas de segurança e alívio operando com gás......................................... 12
2.3.2.1 –Válvulas de segurança e alívio convencionais................................. 14
2.3.2.2 –Válvulas de segurança e alívio balanceadas..................................... 17
2.4 – Válvulas de segurança piloto operadas....................................................................... 19
3 - DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIA................................................................................ 21
4 - TIPOS DE VÁLVULAS DE SGURANÇA E APLICAÇÕES........................................ 24
4.1 – Válvulas de segurança................................................................................................ 24
4.2 – Válvulas de alívio....................................................................................................... 25
4.3 – Válvulas de segurança e alívio................................................................................... 25
4.3.1 – Válvulas de segurança e alívio convencionais............................................... 26
4.3.2 – Válvulas de segurança e alívio balanceadas.................................................. 26
4.4 – Válvulas de segurança e alívio com anel “O” (O ring).............................................. 27
4.5 – Válvulas Piloto Operadas........................................................................................... 28
4.6 – Válvulas de alívio de vácuo........................................................................................ 28
5 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.................................................................................... 29
6 - INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO.................................................................................... 30
6.1 – Teste de recepção....................................................................................................... 31
7 – CALIBRAÇÃO................................................................................................................... 32
7.1 – Ensaio de abertura e fechamento................................................................................ 32
7.2 - Tolerâncias da pressão de ajuste................................................................................. 33
7.3 – Ensaio de vedação conforme API 527........................................................................ 34
7.4 – Ajuste dos anéis.......................................................................................................... 37
8 – LACRAÇÃO....................................................................................................................... 38
9 – TRANSPORTE................................................................................................................... 38

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1 – INTRODUÇÃO

Durante a operação de unidades de processo podem surgir pressões excessivas devidas a


explosões, reação química, descarga de bombas ou compressores, fogo externo ao equipamento,
etc. que podem provocar sérios problemas em equipamentos e pessoal. Para proteger as
instalações e as pessoas são empregadas umas séries de dispositivos que aliviam esses excessos de
pressão. Os mais utilizados são os discos de ruptura e as válvulas de segurança.
O disco de ruptura consiste num diafragma fino (metálico ou plástico) colocado entre
flanges e projetado para romper a uma pressão pré-determinada; são utilizados no caso de
descargas grandes e abruptas e também para fluidos corrosivos, com a desvantagem de não manter
a vedação cessada a sobrepressão. Em alguns casos são colocados antes das válvulas de segurança
para protegê-las contra corrosão.

Figura 1 – Disco de ruptura

A válvula de segurança é um dispositivo automático de alívio de pressão, movimentado


por mola ou peso, mais adequado para descargas não muito grandes e fluidos poucos corrosivos, e
proporciona uma vedação perfeita cessada a sobrepressão. São largamente utilizadas nas refinarias
de petróleo.
O termo válvula de segurança é utilizado genericamente, englobando as classificações
válvula de segurança, válvula de alívio, válvula de segurança e alívio e válvula de segurança piloto
operada.

Figura 2 – Válvula de segurança

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Figura 3 – Componentes de uma válvula de segurança

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Fotos 1 – Componentes - Mola e Suporte da mola de uma válvula de segurança

Fotos 2 – Componentes - Mola e Suporte da mola de uma válvula de segurança

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2 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O funcionamento das válvulas de segurança se baseia no equilíbrio entre a pressão do


fluido aplicada contra o disco vedante e a mola da válvula.

Figura 4 – Esquemático de funcionamento de uma válvula de segurança

Figura 5 – Esquemático de funcionamento de uma válvula de segurança

a) Po x AB < FM Po = Pressão de operação


b) PA x AD > FM onde PA = Pressão de abertura
c) PF x AD = FM PF = Pressão de fechamento
AB = Área do bocal
AD = Área do disco
FM = Força da mola

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Gráfico 1 – Funcionamento de uma válvula de segurança

l - Ponto de abertura
2- Ponto de fechamento teórico
3- Ponto de fechamento real
a- Pressão de fechamento
b- Pressão de vedação

O Gráfico 1 representa a curva de funcionamento da válvula de segurança. Quando a


pressão no equipamento ultrapassa a pressão operação e atinge a pressão de abertura há um
equilíbrio entre a força da mola e a pressão atuante na área do bocal, e a válvula se abre. Após a
descarga e aliviada a pressão, haverá fechamento quando a força da mola equilibrar a pressão
atuante na área do disco.
A força da mola, e em conseqüência a pressão de abertura, é regulada pelo parafuso de
ajuste da mola. A pressão de fechamento é regulada pelo anel de ajuste (ou anel de descarga).

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2.1 – Válvulas de alívio

As válvulas de alívio são geralmente utilizadas para líquidos. Com o acúmulo da pressão
no vaso, a mola é comprimida permitindo o disco elevar. Isto provoca uma área adicional que
permite um aumento da vazão do fluido.
A gradual elevação do disco com o aumento da pressão é uma característica que distingue
as válvulas de alívio das válvulas de segurança, nas quais o disco atinge seu curso máximo com
baixa sobrepressão. As válvulas de alívio para líquidos atingem sua capacidade nominal com 25%
de sobrepressão.
Para válvulas de alívio de alto curso, o curso é maior que um quarto do diâmetro do bocal,
do que resulta uma área de passagem entre o bocal e o disco maior que a área do bocal.
Algumas válvulas de alívio têm o disco com guias inferiores. Este arranjo é satisfatório para
fluidos limpos, mas uma vez que as guias estão em contato com o fluido a ser aliviado, alguma
corrosão ou depósitos podem causar um engripamento da guia, resultando um aumento de pressão
de abertura ou completa falha de abertura quando requerida.

Figura 6 – Componentes de uma válvula de alívio

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Foto 4 – Válvula de alívio

Foto 5 – Disco de vedação com guia

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2.2 – Válvulas de segurança

São dispositivos para gases que tem sido especificamente projetados para dar abertura total
com pequena sobrepressão. Um bocal é geralmente usado na entrada da válvula.
Uma carga estática desenvolvida pelo orifício secundário sobre uma área maior do disco e
a energia cinética do gás são utilizadas para superar a força da mola atuando no disco quando este
se eleva, resultando uma ação de disparo ou de estalo (“pop action”).
Para uso em refinarias de petróleo as molas são usualmente externas ou cobertas com
castelos para protegê-las da umidade e outros agentes corrosivos e para se ter uma forma de
coletar possíveis vazamentos pela haste ou guias.

2.3 – Válvulas de segurança e alívio

Podem operar tanto como válvulas de segurança como válvulas de alívio, dependendo da
aplicação.
A descarga da válvula pode ser feita para a atmosfera ou para um sistema que mantenha
uma contrapressão variável ou constante, superior à pressão atmosférica. Dependendo do efeito da
contrapressão no seu funcionamento, as válvulas de segurança e alívio são consideradas como
convencionais ou balanceadas.

Figura 7 – Componentes de uma válvula de segurança e alívio

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Foto 6 – Bocal de vedação de uma válvula de segurança e alívio

2.3.1 –Válvulas de segurança e alívio operando com líquidos

A abertura inicial é ocasionada pela pressão do líquido sob o disco que excede a força da
mola que mantinha a válvula fechada.
As válvulas operando com líquido requerem 25% de sobrepressão para alcançar o curso
máximo, devido à ausência de afeitos expansivos.
Quando a pressão aumenta acima da pressão de abertura da válvula o disco se eleva da
sede, permitindo um aumento de vazão através da válvula. Quando a vazão aumenta, a direção do
fluxo é mudada aproximadamente 180o e dirigida de cima para baixo pelo contato com a saia
inferior do disco. Esta ação ajuda às forças reativas elevar um pouco mais o disco. O curso
máximo é necessário para que a vazão seja controlada apenas pelo orifício do bocal.
Conseqüentemente, a válvula de segurança e alívio alivia numa proporção direta a sobrepressão.
Devido às forças reativas envolvidas na mudança da direção do fluxo em 1800, o curso alcançado
é ligeiramente maior que o que se obteria pela sobrepressão somente.

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Foto 7 – Disco de vedação

Foto 8 – Detalhe da conexão do disco de vedação

Foto 9 – Fole e suporte do disco de vedação

Foto 10 – Suporte do disco de vedação

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2.3.2 –Válvulas de segurança e alívio operando com gás

Quando uma válvula está fechada durante a operação normal, a pressão do vaso atuando
contra a área A é resistida pela força da mola. Quando a pressão do vaso aumenta, a pressão na
área A tende a se igualar à pressão da mola. Em operação com gás a válvula deve “ferver”
(simmer) antes de disparar (pop).
Quando a pressão no vaso alcançar cerca de 98 ou 99% da pressão de abertura haverá um
pequeno escapamento entre as superfícies de assentamento para o compartimento B. (Este
escapamento é audível). Como resultado da restrição no orifício secundário anelar se desenvolverá
uma pressão em B. Essa pressão atuante na área B somada à pressão atuante na área do disco
proporciona o início da elevação do disco.
Com o aumento da pressão e o início da elevação disco surge um escapamento maior que
criará uma pressão maior em B e em C. Nesse instante a soma dessas pressões supera a força da
mola e a válvula abre num estalo (pop). A pressão nesse instante é denominada Pressão de
Abertura.
A vazão é restringida pela abertura entre a sede do bocal e a sede do disco até que a sede
do disco tenha se elevado da sede do bocal de aproximadamente um quarto do diâmetro do bocal.
Após o disco ter atingido esse grau de elevação, a vazão é restringida mais pela área do bocal que
pela área entre as superfícies de assentamento. Esta condição de curso máximo pode ser obtida
com 5 ou 10% de sobrepressão, dependendo do fabricante.

PV . A < FM PVA. A + PBA. B + PCA. C >


F
Figura 8 – Esquema de funcionamento para abertura do disco

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Estando a válvula aberta e a pressão no equipamento descendo, o fechamento só vai


ocorrer quando a força da mola sobrepujar as pressões atuando nas áreas do disco e do suporte do
disco. A pressão no vaso nesse instante é a Pressão de Fechamento. Como as restrições dos
orifícios (anulares) são agora bem menores que no instante de abertura, resulta que PBF>PBA e
PCF>PCA e conseqüentemente a pressão de fechamento é menor que a pressão de abertura.

Pvf . A + Pbf . B + Pcf . C < Fm

Figura 9 – Mecanismo de diferenciamento de pressão

Foto 11 – Anéis de regulagem

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Figura 8 – Regulagem pela altura do anel

A posição do anel de descarga faz variar as restrições dos orifícios anulares secundários.
Assim é que em conseqüência as pressões criadas nos compartimentos B e C podem ser variadas.
Como as restrições para anel alto são maiores PB1 > PB2 e PC1 > PC2 . Em conseqüência,
PV1 < PV2 . Elevando-se o anel de descarga diminui-se a pressão de fechamento, e vice-versa.

ANEL ALTO – PRESSÃO DE FECHAMENTO MENOR


ANEL BAIXO – PRESSÃO DE FECHAMENTO MAIOR

2.3.2.1 –Válvulas de segurança e alívio convencionais

Podem ter o castelo especificado para ser aberto para a atmosfera ou para o lado de
descarga da válvula. Usualmente o castelo é aberto para a saída.
Válvulas de segurança e alívio convencionais tem sido empregadas onde a descarga é feita
através de um curto pedaço de tubo para a atmosfera ou para um sistema receptor (manifold) de
baixa pressão que leva a descarga de uma ou mais válvulas até um local remoto.
Redução no tamanho para reduzir custo do manifold de alívio pode resultar no acréscimo
de sua pressão de operação. Como a contrapressão na descarga da válvula convencional pode
afetar sua pressão de abertura e o desempenho em vazão, deve-se fornecer ao fabricante o valor da
contrapressão.
Muitas válvulas convencionais têm os discos com área maior que a área do bocal. O efeito
da contrapressão nestas válvulas é mostrado na figura 9. Se o castelo é aberto para a atmosfera, a
contrapressão atua no mesmo sentido da pressão do equipamento, ou seja, contrariando a força da
mola. Isto faz a pressão de alívio menor do que quando ajustada com pressão atmosférica na saída.
Por outro lado, se o castelo é aberto para a descarga da válvula, que está numa pressão maior que a

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atmosférica, esta contrapressão age no mesmo sentido da força da mola, aumentando portanto a
pressão de abertura.
Se a contrapressão é constante, pode ser levada em conta no ajuste da pressão de abertura.
Em operações, quando um determinado número de válvulas descarrega num mesmo manifold, a
contrapressão não é constante. As válvulas convencionais mostram um desempenho insatisfatório
sob contrapressão devido a algumas forças desbalanceadas que afetam a pressão de abertura.

Figura 9 – Esquema de válvula convencional

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Figura 10 – Válvula de segurança e alívio convencional

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2.3.2.2 –Válvulas de segurança e alívio balanceadas

São aquelas nas quais a contrapressão tem muito pouca influência na pressão de abertura.
Estas válvulas são de dois tipos: do tipo com pistão e do tipo com fole, como está mostrado
esquematicamente na figura11. No tipo com pistão, embora existam algumas variações de
fabricante para fabricante, a guia é aberta de tal forma que a contrapressão em faces opostas no
disco da válvula se cancelam, e a face do topo do pistão, que tem a mesma área que o bocal, está
sujeita à pressão atmosférica por ser o castelo aberto para a atmosfera.
No tipo com fole a área afetiva do fole é a mesma do bocal e por estar o fole preso ao
corpo da válvula, exclui a contra pressão da ação do topo do disco. A área do disco externa ao fole
é cancelada pela área do disco externa ao bocal, assim não existem forças desbalanceadas sob
qualquer contrapressão. O fole isola do castelo o fluido de serviço. Para se precaver de um
possível furo ou ruptura do fole, o castelo deve ser aberto para um local separado da descarga.

Figura 11 – A contra pressão realiza pouco efeito na pressão de abertura

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Figura 12 – Válvula com fole de balanceamento

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2.4 – Válvulas de segurança piloto operadas

As válvulas piloto operadas são utilizadas para altas pressões e quando se necessita de alta
capacidade, porque proporciona uma ampla abertura, possibilitando ótima vedação e custam
menos que as válvulas de segurança e alívio de grandes diâmetros.
O sistema de controle da válvula é diretamente pela pressão do fluido. A válvula piloto
sente a pressão do vaso e atua na válvula principal.

Figura 13 – Válvula de segurança piloto operada

A válvula é mantida fechada pela pressão estática atuando contra o pistão, que tem
aproximadamente o dobro da área da entrada. Quando a pressão alcança a pressão de abertura, o
relé disparador abre instantaneamente. A ação de levantamento fechará o relé diferencial, cortando
a alimentação do fluido. A abertura do relé disparador provocará uma rápida exaustão do pequeno
volume acima do pistão da válvula principal, para a atmosfera (ou para algum ponto de descarga
remoto se for o caso). A válvula principal então abre rapidamente e completamente, devido ao
pistão ser impulsionado pela força da pressão de entrada aplicada sobre o seu lado inferior.
Sobrepressão não é requerida para se alcançar o curso máximo até que a pressão no vaso seja
reduzida a uma pressão predeterminada. Isto é conseguido porque a área do relé diferencial sendo
ligeiramente maior que a do relé disparador, aquele é mantido fechado pela pressão estática do

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vaso. O movimento de abertura da válvula piloto transfere a função de sensibilização do relé


disparador para o relé diferencial que comandará a exaustão e o curso da válvula principal.
Quando a pressão no vaso for reduzida, e somente então, a força da pressão no relé diferencial é
superada pela carga da mola e dispara a abertura do relé diferencial e fechamento do relé
disparador. A pressão de entrada é então é rapidamente dirigida ao topo do pistão da válvula
principal que fecha suave e firmemente, A condição de pressão estática é reaplicada e as forças
originais mantêm a válvula fechada e estanque.

Figura 14 – Esquema de funcionamento de uma válvula piloto operada

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3 - DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIA

• ABERTURA (elevação) - É o deslocamento axial do disco da posição de repouso para


aquela alcançada durante uma descarga.

• ACUMULAÇÃO – É o acréscimo de pressão acima da pressão máxima de trabalho


permitida durante a descarga da válvula de segurança. É expressa em porcentagem da
pressão máxima de trabalho permitida.

• ÂNGULO DE ASSENTO (ângulo da sede) - Ângulo entre os eixos da válvula e da


superfície de assentamento. Válvula com sede plana tem ângulo de assento de 90 0.

• ÁREA DO ASSENTO - É a área da seção de contato entre o disco e o bocal.

• ÁREA DO BOCAL (área de garganta) - É a menor área perpendicular ao eixo, medida no


bocal. Para válvulas com guias inferiores, descontos deverão ser feitos referentes às áreas
das hastes e guias.

• CONTRAPRESSÃO (back pressure) - É a pressão a jusante da válvula.

• CONTRA PRESSÃO CONSTANTE - É a contrapressão que não muda apreciavelmente


sob qualquer condição de operação mesmo que a válvula de alívio esteja aberta ou
fechada.

• CONTRAPRESSÃO VARIÁVEL - É a contrapressão que desenvolve como um


resultado das condições definidas abaixo
• CONTRAPRESSÃO SUPERIMPOSTA (superimposed back pressure) - É a pressão
no coletor de descarga antes da válvula abrir.
• CONTRAPRESSÃO DESENVOLVIDA (built-up back pressure) - É a pressão no
coletor de descarga que aparece como resultado da vazão através da válvula após sua
abertura.

• FOLE - Dispositivo para diminuir ou anular a contrapressão

• CHATTER - Fenômeno caracterizado por uma série de aberturas rápidas e sucessivas,


podendo causar sérios danos a PSV.

• SIMMER - Escape audível ou visível do fluido entre a sede do bocal e o disco de


vedação, que ocorre a um valor imediatamente abaixo da pressão de disparo, e de
capacidade não mensurável.

• CARGA SÓLIDA - É a carga necessária para compressão da mola ao seu estado sólido,
ou seja, até que todas as suas espiras se encostem umas nas outras.

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• POP - Ação de disparo característica da abertura das válvulas de segurança e válvulas de


segurança e alívio, quando usada com gás ou vapor.

• CURSO MÁXIMO - É o deslocamento do disco entre a sede e a posição de abertura


completa.

• DIFERENCIAL DE ALÍVIO - ( blowdown ) - É a diferença entre as pressões de abertura


e fechamento, expressa em porcentagem da pressão de abertura ou em unidades de
pressão.

• GARGANTA - É o orifício de passagem do fluido.

• PRESSÃO DE ABERTURA (set pressure) - É a pressão em que a ação da válvula se faz


notar em operação, ou seja, é a pressão na qual a válvula é ajustada para abrir sob as
condições de serviço. No caso de operação com líquidos é a pressão na qual a válvula
começa a abrir nas condições de serviço. No caso de operação com gases é a pressão na
qual a válvula abre ( ação “pop” ) nas condições de serviço.

• PRESSÃO DE AJUSTE (cold differencial test pressure) - É a pressão na qual a válvula


abre na temperatura ambiente e sem contra pressão.

• PRESSÃO DE ALÍVIO (relief pressure) - É a soma da pressão de abertura e a


sobrepressão. É a pressão medida na entrada da válvula, quando a capacidade de alívio é
alcançada, isto é, quando não há mais aumento de pressão na entrada da válvula.

• PRESSÃO DE FECHAMENTO (reseating pressure) - É a pressão em que a válvula volta


a fechar reduzindo significadamente sua vazão.

• PRESSÃO MAXIMA DE TRABALHO PERMITIDA (maximum allowable working


pressure) - Como definida nos códigos de construção para vasos de pressão não sujeitos a
fogo, a pressão máxima de trabalho permitida depende do tipo de material, sua espessura e
as condições de serviço tomadas como base para o projeto. O vaso de pressão não deve ser
operado acima dessa pressão, conseqüentemente ela é a maior pressão na qual a válvula de
segurança e alívio primária está ajustada para abrir.

• PRESSÃO DE OPERAÇÃO (operating pressure) - É a pressão efetiva atuante sob a


válvula nas condições de trabalho.

• PRESSÃO DE PROJETO (design pressure) - É a máxima pressão diferencial entre a


parte interna e externa de um vaso de pressão ou entre compartimentos de um mesmo vaso
e coincide com a pressão de abertura do dispositivo de segurança.

• PRESSÃO DE VEDAÇÃO (pressão de selagem) - É a pressão medida na entrada da


válvula, logo após seu fechamento, tendo vedação total.

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• SOBREPRESSÃO (OVERPRESSURE) - Acréscimo de pressão acima da pressão de


abertura durante a descarga da válvula de segurança, expresso em porcentagem. É o
mesmo que acúmulo quando a válvula está ajustada para a pressão máxima de trabalho
permitida.

• VÁLVULA DE ALÍVIO (relief valve) - É um dispositivo de alívio de pressão


automático, acionado pela pressão estática à montante da válvula, que abre
proporcionalmente com o aumento de pressão. É usada para trabalhar com líquidos.

• VÁLVULA DE SEGURANÇA (safety valve) - É um dispositivo automático de alívio de


pressão, acionado pela pressão estática à montante da válvula e caracterizado pela abertura
rápida ou ação de estalo (pop action). Usado para gás ou vapor.

• VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO (safety relief valve) - É um dispositivo


automático de alívio de pressão, adequado para ser usado tanto como válvula de segurança
como de alívio, dependendo da aplicação. É caracterizada por um ajuste que permite ação
“pop” ou “non pop” e com uma entrada tipo bocal. Provavelmente o tipo o tipo de válvula
mais comum nas plantas químicas e petroquímicas, é usada em vapor, gás ou líquido.

• VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO TIPO CONVENCIONAL - É uma válvula


que tem a câmara da mola em comunicação com a descarga. As características de
comportamento ( pressão de abertura e fechamento, curso e capacidade de alívio ) são
afetadas diretamente pela contrapressão.

• VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO TIPO BALANCEADA - É uma válvula que


possui meios de minimizar o efeito da contrapressão nas características de
comportamento.

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4 - TIPOS DE VÁLVULAS DE SGURANÇA E APLICAÇÕES

4.1 – Válvulas de segurança

São dispositivos automáticos de alívio de pressão, atuados pela pressão estática existente à
montante e caracterizados por uma abertura rápida e total (ação de estalo ou “pop”). Usadas para
alívio de gases, vapor ou ar.
As válvulas de segurança normalmente apresentam a mola de acionamento aparente,
embora possam apresentá-la totalmente inserida dentro do castelo. Tendo em vista a possibilidade
de ocorrência de vazamentos entre as superfícies de selagem do dispositivo e entre a haste de
acionamento e sua superfície de guia, a mola aparente apresenta melhor protegida do contato com
o fluido a aliviar embora fique submetida a uma maior ação do meio ambiente.
As válvulas de segurança não são normalmente utilizadas em sistemas onde haja
contrapressões, isto é, sua descarga ocorre normalmente para a atmosfera. Estas válvulas podem
ser fornecidas com dispositivos de acionamento manual, que dependendo das condições de serviço
deverão ser acionados periodicamente para garantir liberdade de funcionamento das partes móveis
e conseqüentemente, total capacidade defluxo.

• APLICAÇÕES - As válvulas de segurança são normalmente usada sobre tubulões de


geradores de vapor e em superaquecedores, podendo também ser usadas em serviços
gerais de vapor d’água e ar.

• LIMITAÇÕES - As válvulas de segurança são contra indicadas quando:


• O fluido a aliviar seja considerado corrosivo ou tóxico.
• A contrapressão do sistema possa alterar as características operacionais da válvula.
• A tubulação de descarga for de grande comprimento.
• O fluido a aliviar seja líquido.
• O dispositivo de segurança possa ser utilizado como válvula de controle ou by-pass.
• Um possível escapamento do fluido aliviado, pelo sistema de vedação e guia da haste de
acionamento, não é desejável.

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4.2 – Válvulas de alívio

São dispositivos automáticos de alívio de pressão atuado pela pressão estática à montante e
caracterizados por uma abertura proporcional ao aumento de pressão, sobre a pressão inicial de
abertura.
São usadas para alívio de líquidos em geral.
As válvulas de alívio normalmente apresentam-se pressurizadas no lado da descarga, isto é,
não descarregam para a atmosfera e sim para um sistema fechado, e em geral não são fornecidas
com dispositivos de acionamento manual. A pressão de ajuste destes dispositivos é a pressão em
que a válvula começa a abrir, que pode ser melhor determinada ajustando-a com ar comprimido e
verificando o ponto em que o dispositivo começa a descarregar audivelmente.

• APLICAÇÕES - As válvulas de alívio são usadas basicamente em sistemas onde seja


necessário aliviar produtos líquidos. Um emprego bastante freqüente é na descarga de
bombas.

• LIMITAÇÕES - As válvulas de alívio são contra-indicadas quando:


• O fluido a aliviar for gás vapor ou ar.
• A contrapressão for excessivamente variável.
• O dispositivo de alívio possa ser usado como válvula de controle ou “by-pass”.

4.3 – Válvulas de segurança e alívio

São dispositivos automáticos de alívio de pressão atuado pela pressão estática existente à
montante e adequados para trabalhar como válvulas de segurança ou como válvulas de alívio,
dependendo da aplicação desejada. Estas válvulas são bastante utilizadas atualmente e podem ser
classificadas em dois tipos principais: válvulas de segurança e alívio convencionais e válvulas de
segurança e alívio balanceadas.

• APLICAÇÕES - As válvulas de segurança e alívio são projetadas onde o fluido


descarregado pela válvula é inflamável ou tóxico e devem ser descarregados num ponto
remoto através de um sistema de descarga fechado. São normalmente usadas quando:
• Os produtos a aliviar são líquidos, gases, vapor ou ar.
• O produto a aliviar é considerado tóxico ou corrosivo.
• A tubulação de descarga é de grande comprimento.
• Um possível escapamento do fluido aliviado, pelo sistema de vedação e guia da haste
de acionamento, deva ser evitado.
• Exista contrapressão no sistema de descarga da válvula.

• LIMITAÇÕES - As válvulas de segurança e alívio não devem ser usadas:


• Em tubulações de caldeiras ou superaquecedores.
• Quando o dispositivo de segurança possa ser usado como válvula de controle ou
válvula de “by-pass”.

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4.3.1 – Válvulas de segurança e alívio convencionais

São válvulas construídas de tal forma que uma contrapressão existente no lado da descarga
afetará diretamente as suas características operacionais: pressão de abertura, pressão de
fechamento e capacidade de alívio.
Estas válvulas normalmente apresentam uma ligação entre o castelo e o lado da descarga,
seja através de um tubo adutor ou de um orifício. Também podem apresentar um ou dois anéis
para ajuste da descarga e serem fornecidas com dispositivo de acionamento manual.

• APLICAÇÕES - Desde que a contrapressão superimposta existente no sistema seja


constante, as válvulas de segurança e alívio convencionais são utilizadas quando as condições
citadas no item 4.3 existirem.

• LIMITAÇÕES - As válvulas de segurança e alívio convencionais não devem ser usadas:


• Quando a contrapressão for variável.
• Quando o dispositivo de segurança possa ser usado como válvula de controle ou válvula
“by-pass”.
• Em tubulações de caldeiras e superaquecedores.

4.3.2 – Válvulas de segurança e alívio balanceadas

São válvulas construídas de tal forma que incorporam meios de minimizar o efeito da
contrapressão sobre as suas características operacionais. Os mecanismos de balanceamento são
foles, pistões ou uma combinação de ambos. Estas válvulas podem apresentar 1 ou 2 anéis para
ajuste de descarga e serem fornecidas com dispositivos de acionamento manual.

• APLICAÇÕES - As válvulas de segurança e alívio balanceadas podem ser utilizadas sob


todas as condições citadas no item 4.3 seja a contrapressão do sistema constante ou variável,
no alívio de fluidos de alta viscosidade e na descarga de bombas. As válvulas balanceadas
com fole são especialmente efetivas no alívio de produtos considerados corrosivos ou tóxicos
porque, pelas suas características construtivas, impedem a passagem destes fluidos através das
superfícies das partes móveis evitando não só o emperramento destas partes como resultado
da formação de produtos de corrosão, como também o seu possível escapamento para o meio
ambiente.

• LIMITAÇÕES - As válvulas de segurança e alívio balanceadas não devem ser usadas:


• Quando o dispositivo de segurança possa ser utilizado como válvula de controle ou válvula
de “by-pass”.
• Em tubulões de caldeiras e superaquecedores.

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4.4 – Válvulas de segurança e alívio com anel “O” (O ring)

São válvulas convencionais ou balanceadas, similares em todos os aspectos às válvulas


referidas anteriormente, exceto que os discos são projetados para acomodar algum tipo de anel
macio e resiliente, de modo a obter-se uma maior estanqueidade do que a encontrada nos sistemas
convencionais de vedação (metal contra metal). Os materiais utilizados na vedação são
geralmente: Viton, Buna N, Butyl e Silicone.

• APLICAÇÕES - Estas válvulas são utilizadas nas seguintes situações:


• Quando a ocorrência de um pequeno vazamento entre as superfícies de assentamento da
válvula possa torná-la inoperante seja pela incrustação ou corrosão das partes móveis.
• Quando o diferencial entre a pressão de ajuste do dispositivo e a pressão de operação do
sistema necessita ser bastante pequeno.
• Em descarga de equipamento tais como compressores onde as ondas de pressão possam
causar flutuações do disco.

• LIMITAÇÕES - Tendo em vista que os anéis de vedação podem ser selecionados para
resistir ao ataque da maioria dos fluidos, em geral as limitações na aplicação destas válvulas
referem-se às temperaturas limites em que estes anéis podem operar.

Figura 15 – Válvula de segurança e alívio com anel “o” (o ring)

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4.5 – Válvulas Piloto Operadas

São dispositivos em que a válvula principal de alívio está combinada e é controlada por
uma válvula auxiliar. Estes dispositivos compõem-se basicamente de duas unidades: uma unidade
piloto ou de controle e uma válvula principal para alívio do sistema.

• APLICAÇÕES - As válvulas piloto-operadas são usadas primariamente nas seguintes


condições:
• Onde são requeridas grandes áreas de alívio para altas pressões de ajuste.
• Onde o diferencial de pressão entre a pressão normal de operação de um vaso e a
pressão de ajuste do dispositivo é muito baixo.
• Onde descargas muito curtas são requeridas.
• Onde as contrapressões são elevadas e dispositivos balanceados são requeridos.
• Em tanques de armazenamento de baixa pressão para evitar congelamento e
emperramento do dispositivo.

• LIMITAÇÕES - As válvulas piloto-operadas não são usadas nas seguintes condições:


• Em unidades de processamento onde seja necessário aliviar fluidos em alta temperatura
ou fluidos “sujos”.
• No alívio de líquidos viscosos. Estas válvulas apresentam orifícios relativamente
pequenos, que podem ser plugueados.
• No alívio de vapores que podem polimerizar no interior da válvula.
• Onde a compatibilidade química do produto a aliviar é questionável em relação aos
materiais dos diafragmas ou selos da válvula, ou onde a corrosão possa impedir a
atuação adequada do piloto.

4.6 – Válvulas de alívio de vácuo

São dispositivos projetados de modo a admitir fluidos em um equipamento, evitando a


existência de pressão excessivamente baixas no interior do equipamento a proteger. Estas válvulas
normalmente fecham quando as condições normais de operação são restabelecidas. Os “vents”
instalados sobre os tanques de armazenamento estão incluídos nessa classe de dispositivos de
alívio e podem ser classificados em duas categorias principais: “vents” acionados por ação de peso
e “vents” piloto-operados.
Embora esses “vents” possam ser fornecidos separadamente em unidades para alívio de
pressão excessiva ou para alívio de vácuo excessivo, eles são normalmente combinados em uma
só unidade. Retentores de chama podem ser inseridos entre esses “vents” e o tanque, porém, a não
ser que os códigos regulamentares o exijam, não são recomendados pelo aumento de problemas de
manutenção e limpeza que ocasionam e também por reduzirem a capacidade de alívio do
dispositivo.
Os “vents” para alívio de pressão e vácuo excessivo são normalmente projetados para
proteger tanques de armazenamento que funcionam a pressões atmosféricas e devem ser limitados
a esse tipo de serviço. Em outros equipamentos que operam em condições diferentes as válvulas
de alívio e vácuo podem ser adequadamente selecionadas.

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Figura 16 – Válvula de alívio e vácuo

5 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

O disco e o bocal são as partes mais submetidas aos fluidos corrosivos e devem ser
portanto de materiais mais resistente à corrosão. Quando a válvula trabalha com fluidos muito
corrosivos as partes internas exposta eventualmente ao fluido, ou mesmo toda válvula, devem ser
de AISI 316, Monel ou Hastelloy.
Para trabalho em baixa temperatura, as partes da válvula submetidas a tensões devem ser
de materiais resistentes ao impacto.
Os foles, nas válvulas de segurança e alívio balanceadas, são sempre em AISI 316L. Nas
válvulas construídas inteiramente de Monel os foles também são de Monel.
As molas são de aço carbono, para serviço abaixo de 230 0C, e de aço ao tungstênio (8,75 –
9,75 %W) para temperaturas acima de 230 0C. Para fluidos corrosivos as molas são revestidas
com cádmio, alumínio ou níquel. As molas podem ser de Inconel ou Hastelloy C, quando as
válvulas são totalmente construídas de Monel ou Hastelloy, respectivamente. Para baixas
temperaturas usa-se mola em AISI 304.

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6 - INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO

No recebimento de uma válvula de segurança devem ser feitos diversos testes, com o uso
de uma bancada de testes, para a averiguação de sua condição inicial e calibração, com a
finalidade de garantir seu perfeito funcionamento em sua instalação de campo.

Foto 12 – Bancada de testes – Cilindros acumuladores de gás com bocais para a fixação da PSV

Foto 13 – Bancada de testes – Detalhe dos bocais para a fixação da PSV

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Foto 14 – Bancada de testes – Detalhe da fixação da PSV

Foto 15 – Bancada de testes – Teste de válvula de alívio e painel de PI’s

6.1 – Teste de recepção

Verifique se a válvula está lacrada. Faça limpeza, com ar, mas não desregule nem abra o
seu corpo antes ou durante o primeiro teste, que deverá ser executado na presença do inspetor de
equipamentos. Anote sempre a pressão em que a válvula abre. Se a válvula vaza sem abrir ou vaza
antes de abrir anote a pressão na qual isso acontece. No caso da válvula se apresentar muito suja, é
dispensado o teste de recepção, podendo a válvula ser aberta para inspeção.
Caso a válvula, ao ser testada na recepção, apresente perfeita abertura e fechamento nas
pressões indicadas, o Setor de Inspeção de Equipamentos poderá dispensar a desmontagem, desde
que esteja perfeitamente limpa e sem indícios de corrosão. Neste caso, deverá ser retestada na
presença do inspetor de equipamentos.

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7 - CALIBRAÇÃO

7.1 – Ensaio de abertura e fechamento

De acordo com o serviço da válvula de segurança, líquido ou gás, teste-a com água ou ar,
respectivamente. Os fluidos de ensaio devem estar isentos de óleo e partículas sólidas em
suspensão. Pode-se também usar nitrogênio para testar as válvulas.
Para execução dos ensaios é necessária a instalação de um reservatório de acumulação
intermediário, de onde se tem o suprimento de ar ou gás. Este reservatório deve possuir um
regulador na entrada, uma válvula de bloqueio na saída e um manômetro aferido.
Para se determinar a pressão de ajuste, siga os seguintes passos:
• Válvulas convencionais (sem fole).
• Verifique a pressão de abertura da válvula.
• Verifique a contra pressão que irá atuar na válvula.
• Subtraia a contrapressão constante da pressão de abertura para obter a pressão de ajuste
diferencial.
• Um acréscimo de temperatura causa uma redução na pressão de abertura da válvula como
resultado direto do efeito da temperatura na mola e a expansão do corpo e do castelo, que
reduz a carga da mola. Assim sendo, corrija o valor obtido no item acima da forma como
se segue, para compensar o efeito da temperatura.

Válvulas consolidated
Temperatura de Operação % de acréscimo na Pressão de Ajuste
Diferencial para obter a Pr. de Ajuste
- 29 a 121 0C 0
122 a 538 0C 3

Válvulas Farris
Temperatura de Operação % de acréscimo na Pressão de Ajuste
Diferencial para obter a Pr. de Ajuste
-267 a 93 0C 0
94 a 232 0C 2
233 a 482 0C 3
483 a 660 0C 4

• Válvulas balanceadas (com fole).


• Neste caso a existência de contrapressão não influencia a cálculo uma vez que o fole existe
exatamente para compensar a contrapressão. Então a pressão de ajuste diferencial será
igual à pressão de abertura. Por isso siga apenas o indicado no item anterior sobre a
correção de temperatura de operação.

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7.2 - Tolerâncias da pressão de ajuste

O código ASME fixa as seguintes tolerâncias para a abertura da válvula:


Pressão de Ajuste Tolerâncias
0 – 70 Psi ( 0 – 4,92 kg/mm2 ) ± 2 Psi
Mais que 70 Psi ±3%

Diferencial de Alívio ( Blowdown ).


a – Serviço de gás ,vapor (Válvulas testadas com ar) . De acordo com o ASME padroniza-se um
diferencial de alívio de 5%, isto é, a válvula tem que fechar com uma pressão de 5% abaixo da
pressão em que disparou.
B - Serviço com líquido (Válvulas testadas com água). Admite-se que a válvula só fecha
completamente até 15% abaixo da pressão em que começou a abrir.

EXEMPLO - Calcular a pressão de ajuste de uma válvula convencional FARRIS, cuja pressão de
abertura é 18 kg/cm2. A válvula trabalha com gás, num local onde a contrapressão é de 2 kg/cm2, a
uma temperatura de 2500C.

a) Pressão de abertura : 18 Kg/cm2


b) Contrapressão : 2 Kg/cm2
c) Pressão diferencial : 16 Kg/cm2
d) Efeito da temperatura : Para válvulas FARRIS, operando a 2500C, a pressão de ajuste será:
16 + 3% de 16 = 16,48 kg/cm2
e) Diferencial de alívio : Para serviço com gás, o diferencial de alívio será de 5%. A válvula
deverá fechar então com :
95% de 16,48 = 15,66 kg/cm2.
f) Tolerâncias : As tolerâncias adotadas, para pressão de ajuste de
16,48 Kg/cm2 são de ± 3%. Admite-se portanto que a válvula abra de (16,48 - 3% de 16,48) a
(16,48 + 3% de 16,48) ou seja, de 16 a 17 Kg/cm2. Calculando-se o diferencial de alívio de 5%
sobre esses valores teremos que a válvula poderá fechar respectivamente de 95% de 16 a 95% de
17, ou seja , de 15,2 a 16,15 Kg/cm2.
No caso de serviço com líquido a diferença é que se admitiria um diferencial de alívio de até 15%.
A pressão de fechamento da válvula é regulada pelo anel de ajuste de descarga. Para líquido o anel
de ajuste de descarga não tem função e deve ser rosqueado na sua posição mais baixa.

Foto 16 – Detalhe dos anéis de ajuste

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O orifício é a menor área de fluxo da seção transversal de um bocal, é designado por letras
conforme tabela abaixo.

Orifício Dimensão (Pol)


D 0, 519
E 0,687
F 0,831
G 0,953
H 1,123
J 1,435
K 1,711
L 2,132
M 2,400
N 2,627
P 3,182
Q 4,185
R 4,960
T 6,040

7.3 – Ensaio de vedação conforme API 527

• Vedação de Sedes de Válvulas de Alívio de Pressão: Este procedimento descreve métodos


para determinar a vedação de válvulas de alívio de pressão com sedes metal-a-metal e sedes
macias, incluindo válvulas convencionais, balanceadas e piloto operadas.
As taxas de vazamentos máximas aceitáveis estão definidas para válvulas de alívio de pressão
com pressão de abertura a partir de 15 psi (103 kilopascals) a 6,000 psi (41,379 kilopascals).
Se taxas de vedação maiores forem requeridas o comprador deverá especificar na ordem de
compra.
O meio de teste para determinar a vedação – ar, vapor ou água – deverá ser o mesmo que foi
usado para determinar a pressão de abertura da válvula.
Para válvula com dupla função, o meio – ar, vapor ou água – deverá ser o mesmo como
principal meio de alívio.
Por segurança, este procedimento deverá ser realizado por pessoas experientes no uso e
funções de uma válvula de alívio de pressão.

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• Teste com Ar - Aparelhagem de Teste: O arranjo de teste para determinar a vedação com ar
é mostrado na figura 1. O vazamento deverá ser medido usando um tubo de diâmetro externo
de 5/16 “(7,9 mm) e com espessura de parede de 0,035” (0,89 mm).A extremidade do tubo
deverá ser reta, lisa e estar imersa ½”(12,7 mm) abaixo da superfície da água. O tubo deverá
estar perpendicular a superfície da água.
O arranjo deverá ser feito de forma a aliviar com segurança ou conter a pressão no corpo da
válvula em caso de POP acidental.

• Procedimento
• Fluido de Teste: O fluido de teste deverá ser ar (ou nitrogênio) próximo da temperatura
ambiente.

• Configuração do Teste: A válvula deverá ser montada na posição vertical sobre a bancada
de teste, o aparelho de teste deverá ser conectado na saída da válvula.
Todas as aberturas tais como: capuz, drenos, vents... deverão ser fechados.

• Pressão de Teste: Para válvulas cuja pressão de abertura for maior do que 50 psi (345
kilopascals), a taxa de vazamento em bolhas por minuto deverá ser determinada com
pressão de teste na entrada da válvula mantida em 90% da pressão de abertura. Para
válvulas com pressão de abertura de 50 psi (345 kilopascals) ou menor, a pressão de teste
deverá ser mantida em 5 psi (34,5 kilopascals) abaixo da pressão de abertura.

• Teste de Vazamento: Antes do teste de vazamento, a pressão de abertura deverá ser


demonstrada, e todas as juntas do corpo da válvula e acessórios deverão ser checadas com
uma solução adequada para assegurar que todas as juntas estão fechadas.
Antes da contagem de bolhas, a pressão de teste deverá ser aplicada por um tempo mínimo
de 1 minuto para válvulas cujo diâmetro nominal na entrada for de 2 polegadas (50 mm) ou
menor; 2 minutos para válvulas cujo diâmetro nominal na entrada for de 2½, 3 ou 4
polegadas (65, 80 ou 100 mm); e 5 minutos para válvulas cujo diâmetro nominal na
entrada for de 6 polegadas (150 mm) ou maior.
A válvula então deverá observada para contagem de vazamento por no mínimo 1 minuto.

• Critério de Aceitação
Para válvulas com sede de metal, a taxa de vazamento em bolhas por minuto não deverá
ser maior do que os valores da tabela abaixo.
Para válvulas com sede macias, não deverá haver vazamento durante 1 minuto (zero bolhas
por minuto).

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Taxa de vazamento máxima para válvulas de alívio de pressão com vedação metal contra metal

Tamanho efetivo dos Tamanho efetivo dos


orifícios orifícios
0,307” e menores maiores do que 0,307”
psi Taxa de vazamento em Taxa de vazamento em
bolhas por minuto bolhas por min
15-1000 40 20
1500 60 30
2000 80 40
2500 100 50
3000 100 60
4000 100 80
5000 100 100
6000 100 100

Figura 17 – Observações sobre a ta,mpa de PSV

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7.4 – Ajuste dos anéis

Quando da inexistência de um histórico que de condições de se avaliar o desempenho da


válvula e, se necessário correções no ajuste, o anel de ajuste deve ser precisa e cuidadosamente
ajustado conforme as recomendações do fabricante. Alguns fabricantes de válvulas puncionam no
castelo da válvula o número de dentes que corresponde ao posicionamento dos anéis.
A tabela abaixo apresenta pontos de ajuste para condições usuais recomendadas pelo
fabricante CROSBY.

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8 – LACRAÇÃO

Após a válvula ter sido testada na oficina, e considerada adequada para operação, a mesma
devera ser lacrada. Esse lacre servirá como garantia de que as válvulas não foram mexidas durante
a operação.

9 – TRANSPORTE

A vedação da válvula é feita por superfícies metálicas polidas, que poderão ser
prejudicadas pela vibração que ocorre no transporte de um lugar para outro. Assim sendo,
recomenda-se que as válvulas, após serem testadas e consideradas em boas condições, sejam
transportadas para a unidade na posição vertical. Cuidados especiais devem ser tomados para que
não haja tombamento da mesma, pois além de imperfeições na sede, poderá haver desalinhamento
das partes internas.

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