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FEV 1993 NBR 12806


Análise sensorial dos alimentos e
bebidas
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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NORMATÉCNICA
Terminologia

Origem: Projeto 13:014.01-001/1992


CB-13 - Comitê Brasileiro de Alimentos e Bebidas
CE-13:014.01 - Comissão de Estudo de Terminologia de Análise Sensorial
NBR 12806 - Sensory analysis of food and beverage - Terminology
Descriptors: Sensory analysis. Food. Beverage
Esta Norma foi baseada na ISO 5492/1977
Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 29.04.1993
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Análise sensorial. Alimento. Bebida 8 páginas
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1 Objetivo 2.1.5 Apetitoso (appetizing)

Esta Norma define os termos empregados em estudos que Qualidade de um produto ser capaz de excitar o apetite de
envolvem análise sensorial dos alimentos e bebidas. um indivíduo.

2 Definições 2.1.6 Atributo (attribute)

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições Característica perceptível.


de 2.1 a 2.5.
2.1.7 Aversão (aversion)

2.1 Terminologia geral R eação de um indivíduo provocando a rejeição do produto.

2.1.1 Aceitabilidade (acceptability) 2.1.8 Consumidor (consumer)

Grau de aceitação de um produto favoravelmente recebi- Indivíduo que utiliza o produto.


do por um determinado indivíduo ou população, em ter-
mos de propriedades sensoriais. 2.1.9 Degustação (tasting)

2.1.2 Aceitação (acceptance) Avaliação sensorial de um produto alimentício na cavida-


de oral.
Ato de um determinado indivíduo ou população ser favo-
rável ao consumo de um produto. 2.1.10 Degustador (taster)

Indivíduo que executa a degustação.


2.1.3 Análise sensorial (sensory analysis)
2.1.11 Discriminação (discrimination)
Disciplina científica usada para evocar, medir, analisar e
interpretar reações das características dos alimentos e Diferenciação qualitativa e/ou quantitativa entre dois ou
materiais como são percebidas pelos sentidos da visão, mais estímulos.
olfato, gosto, tato e audição.
2.1.12 Equipe (panel)
2.1.4 Apetite (appetite)
2.1.12.1 Equipe selecionada é o grupo de julgadores sele-
Estado fisiológico expresso pelo desejo de comer. cionados.
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2.1.12.2 Equipe treinada é o grupo de julgadores selecio- 2.1.24 Triagem (screaning)


nados e treinados.
Processo preliminar de seleção.
2.1.13 Fator de qualidade (quality factor)
2.2 Terminologia relativa aos sentidos
Aspecto ou característica escolhida para avaliar a quali-
dade global de um produto. 2.2.1 Acuidade (sensitivity)

2.1.14 Hedônico (hedonic) Habilidade em perceber, identificar e/ou diferenciar quali-


tativa e/ou quantitativamente um ou mais estímulos, pe-
Relativo ao gostar e desgostar. los órgãos dos sentidos.

2.1.15 Julgador ou provador (assessor) 2.2.2 Adaptação sensorial (sensory adaptation)

Indivíduo que participa do teste sensorial. Modificação temporária da acuidade de um órgão dos
sentidos, devido a uma estimulação contínua ou repetida.
2.1.15.1 Julgador selecionado (selected assessor)
2.2.3 Ageusia (ageusia)
Indivíduo escolhido pela sua acuidade em realizar um tes-
te sensorial. Deficiência de sensibilidade aos estímulos gustativos, po-
dendo ser total ou parcial, temporária ou permanente.
2.1.15.2 Julgador treinado
2.2.4 Anosmia (anosmia)
Indivíduo selecionado e submetido a treinamento para
determinado teste e produto. Deficiência de sensibilidade aos estímulos olfativos, po-
dendo ser total ou parcial, temporária ou permanente.
2.1.16 Organoléptico (organoleptic)
2.2.5 Antagonismo (antagonism)
Relativo a um atributo perceptível em um produto, prin-
cipalmente pelos sentidos químicos e outros sentidos na Ação conjunta de dois ou mais estímulos, cuja combina-
cavidade oral. ção provoca um nível de sensação menor que o esperado
da adição dos efeitos de cada estímulo separadamente.
2.1.17 Palatabilidade (palatability)
2.2.6 Cinestesia (kinaesthesis)
Combinação das propriedades de um produto, percebi-
das na cavidade oral, que o torna agradável ao consumo. Conjunto de sensações resultantes da pressão aplicada
na amostra, produzida pelo movimento. Por exemplo: en-
2.1.18 Perito ou especialista (expert) saio de queijo pela pressão dos dedos, ensaio de maçã
pela pressão dos dentes.
Julgador que possui grande experiência com o produto,
sendo capaz de realizar individualmente a avaliação sen- 2.2.7 Cor (color)
sorial deste.
2.2.7.1 Sensação produzida pela estimulação da retina pe-
2.1.19 Preferência (preference) los raios luminosos de comprimentos de onda variáveis.

Expressão do estado emocional ou reação afetiva de um 2.2.7.2 Propriedade dos produtos de provocar a estimula-
indivíduo que o leva à escolha de um produto sobre ou- ção da retina pelos raios luminosos de comprimentos de
tro(s). onda variáveis.

2.1.20 Psicofísica (psychophysics) 2.2.8 Discromatopsia (dyschromatopsia)

Estudo das relações quantitativas entre os estímulos e as Anomalia na visão, caracterizada pela baixa discrimina-
respostas sensoriais correspondentes. ção das cores.

2.1.21 Qualidade (quality) 2.2.9 Efeito de contraste (contrast effect)

Conjunto de características que diferencia unidades indi- Aumento da resposta às diferenças entre dois estímulos
viduais de um produto, importante na determinação do simultâneos ou consecutivos.
grau de aceitação daquela unidade pelo consumidor.
2.2.10 Efeito de convergência (convergence effect)
2.1.22 Sensação (sensation)
Diminuição da resposta às diferenças entre dois estímu-
Reação fisiológica de um indivíduo resultante de uma es- los simultâneos ou consecutivos.
timulação sensorial.
2.2.11 Efeitos pseudotérmicos (pseudothermal effects)
2.1.23 Sensorial (sensory)
Sensações de quente ou frio produzidas por certas
Relativo ao uso dos órgãos dos sentidos. substâncias não relacionadas com suas temperaturas.
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Por exemplo: sensações produzidas pela pimenta (quen- 2.2.23 Limiar (threshold)
te) e pelo mentol (frio).
Termo sempre usado com um qualificativo (ver 2.2.24 a
2.2.12 Erro aleatório (aleatory error) 2.2.27, 2.2.39 e 2.2.40).

Erro imprevisto cuja média tende a zero. 2.2.24 Limiar de detecção (stimulus threshold)

2.2.13 Erro de avaliação (evaluation error) Intensidade mínima de um estímulo necessária para pro-
duzir uma sensação.
Diferença entre o valor observado e o valor verdadeiro.
2.2.25 Limiar de diferença (difference threshold)
2.2.14 Erro de expectativa (expectation error)
Menor diferença perceptível na intensidade de um estí-
Tendências devido a idéias preconcebidas. mulo.

2.2.15 Estímulo (stimulus) Nota: Em inglês, o termo “limiar de diferença” é, às vezes, de-
signado pelas letras JND (just noticiable difference).
Aquilo que pode excitar o receptor.
2.2.26 Limiar de reconhecimento (recognition threshold)
2.2.16 Fadiga sensorial (sensory fatigue)
Intensidade mínima de um estímulo necessária para
Forma de adaptação sensorial em que ocorre um decrés- identificar a sensação percebida.
cimo na acuidade.
2.2.27 Limiar terminal (terminal threshold)
2.2.17 Gosto (taste)
Intensidade mínima de um estímulo, abaixo da qual
2.2.17.1 Sentido do gosto nenhuma diferença pode ser percebida.

2.2.17.1.1 Sensação percebida pelos órgãos gustativos, 2.2.28 Mascaramento (masking)


quando estimulados por determinadas substâncias so-
lúveis.
Diminuição da intensidade ou modificação da qualidade
de percepção de um estímulo pela ação de um outro.
2.2.17.1.2 Propriedade dos produtos que provoca sensa-
ções gustativas.
2.2.29 Odorante, odorífero, odoroso (odorant)
Nota: O termo “gosto” não deve ser usado para designar a com-
binação de sensações gustativas, olfativas e táteis, que Produto ou substância capaz de induzir sensação olfa-
são designadas pelo termo “sabor”. Se na linguagem cor- tiva.
rente o termo for usado neste sentido, deve sempre estar
associado a um termo qualificativo. Por exemplo: gosto de 2.2.30 Odorimetria (odorymetry)
mofo, gosto de cortiça, gosto de cebola.
Medida das propriedades odoríferas das substâncias.
2.2.18 Gustação (gustation)
2.2.31 Olfativo (olfactory)
Função do sentido do gosto.
Relativo ao sentido do olfato.
2.2.19 Gustativo (gustatory)

2.2.32 Olfatometria (olfactometry)


Relativo ao sentido do gosto.
Medida da sensibilidade olfativa.
2.2.20 Hiperosmia (hyperosmia)

Aumento de sensibilidade para um ou vários estímulos 2.2.33 Olfatômetro (olfactometer)


olfativos.
Aparelho usado para apresentar o estímulo olfativo aos
2.2.21 Hiposmia (hyposmia) julgadores, sob condições reprodutíveis.

Redução de sensibilidade para um ou vários estímulos 2.2.34 Percepção (perception)


olfativos.
Interpretação das sensações dos efeitos de um estímulo
2.2.22 Intensidade (intensity) sensorial simples ou múltiplo.

2.2.22.1 A magnitude da sensação percebida. 2.2.35 Receptor (receptor)

2.2.22.2 A magnitude do estímulo que provoca a sensa- Parte específica de um órgão do sentido que responde a
ção percebida. um estímulo determinado.
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2.2.36 Tato (touch) artificial ou natural, definido pela International Lighting


Commission (CIE).
2.2.36.1 Sentido do tato
2.3.1.6 Saturação (saturation)
Reconhecimento da forma e do estado dos corpos por
meio de contato direto com a pele. Grau de pureza de uma cor.

2.2.37 Tendência (tendency) 2.3.1.7 Tom (hue)

Erro sistemático que pode ser positivo ou negativo. Dimensão da cor que corresponde à variação nos com-
primentos de onda.
2.2.38 Sinergismo (synergism)
2.3.1.8 Translúcido (translucent)
Ação conjunta de dois ou mais estímulos, cuja combina-
ção provoca um nível de sensação maior que o esperado Descreve um objeto, substância ou produto, que permite
da adição dos efeitos de cada estímulo separadamente. a passagem da luz mas não permite distinguir uma ima-
gem nítida.
2.2.39 Sublimiar (sub-threshold)
2.3.1.9 Transparente (transparent)
Relativo a um estímulo que se situa abaixo do limiar con-
siderado. Descreve um objeto, substância ou produto, que permite
a passagem da luz e o aparecimento de uma imagem
2.2.40 Supralimiar (supra-threshold) distinta.

Relativo a um estímulo que se situa acima do limiar con- 2.3.2 Odor (odour)
siderado.
Propriedade organoléptica perceptível pelo órgão olfativo
2.2.41 Visão (vision)
quando certas substâncias voláteis são aspiradas.

2.3.2.1 Aroma
2.2.41.1 Sentido da vista

Propriedade organoléptica perceptível pelo órgão olfativo


Discriminação de diferenças no meio externo, resultante
via retronasal durante a degustação.
da impressão sensorial produzida pelos raios luminosos
nos olhos.
2.3.2.2 “Bouquet”
2.3 Terminologia relativa às propriedades sensoriais
Conjunto de caracteres olfativos específicos de um pro-
duto (em vinhos, licores, etc.).
2.3.1 Aparência (appearance)
2.3.2.3 Conotação ou Nota (note)
Propriedades visíveis de uma substância ou objeto como
cor, forma, tamanho, brilho, característica da superfície,
Característica distinta e identificável de um odor ou sa-
transparência, carbonatação e outras.
bor.
2.3.1.1 Brilhante (shiny)
2.3.2.4 Conotação estranha (off-note)

Descreve o aspecto de uma superfície reluzente. Nota atípica (normalmente associada com deterioração).

2.3.1.2 Carbonatação (carbonation) 2.3.2.5 Inodoro (inodorous)

É o grau de efervescência observado em bebidas gasei- Descreve um produto que não tem odor.
ficadas.
2.3.2.6 Odor estranho (off-odour)
2.3.1.3 Luminosidade (luminance)
Odor não característico.
Grau de claro ou escuro de uma cor comparada com um
cinza neutro, numa escala que varia do preto absoluto ao 2.3.3 Sabor (flavour)
branco absoluto.
Experiência mista mas unitária de sensações olfativas,
2.3.1.4 Opaco (opaque) gustativas e táteis percebidas durante a degustação. O
sabor é influenciado pelos efeitos táteis, térmicos, dolo-
Descreve um objeto, substância ou produto, que não rosos e/ou cinestésicos.
permite a passagem da luz.
2.3.3.1 Acidez (acidity)
2.3.1.5 Padrão de iluminantes
Propriedade organoléptica de substâncias puras ou mis-
Iluminantes colorimétricos relacionando a faixa de luz turas que produzem gosto ácido.
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2.3.3.2 Ácido (acid) etc.); desgaseificado (em bebidas carbonatadas); com


baixa acidez (em vinhos); insosso (sem sal, sem tempero);
Descreve o gosto primário produzido por soluções aquo- choco (em cerveja, ovo).
sas de substâncias ácidas. Por exemplo: soluções de
ácido cítrico ou tartárico. Nota: Não existe equivalente em português.

2.3.3.3 Acidulado (acidullus) 2.3.3.14 Gosto primário (primary-taste)

Descreve um produto de gosto ligeiramente ácido. Qualquer um dos gostos: ácido, amargo, salgado ou do-
ce.
2.3.3.4 Adstringência (adstringency)
2.3.3.15 Insípido (tasteless)
Propriedade organoléptica de substâncias puras ou mis-
turas que produzem sensação adstringente. Descreve um produto que não tem sabor.

2.3.3.5 Adstringente (adstringent) 2.3.3.16 Picante (burning)

Descreve a sensação complexa resultante da contração Descreve a propriedade de um produto que causa a sen-
da mucosa da boca. Por exemplo: a sensação produzida sação de ardor na cavidade oral. Por exemplo: pimenta.
pelo tanino do caqui ou banana verde.
2.3.3.17 Realçador de sabor (flavour enhancer)
2.3.3.6 Alcalinidade (alkalinity)
Substância que intensifica o sabor de determinados pro-
Propriedade organoléptica de substâncias puras ou mis- dutos, sem contudo possuir este sabor.
turas que produzem gosto alcalino.
2.3.3.18 Sabor estranho (off-flavour)
2.3.3.7 Alcalino (alkaline)
Sabor não-característico.
Descreve o gosto produzido por soluções aquosas de
substâncias alcalinas. Por exemplo: solução de bicarbo- 2.3.3.19 Sabor remanescente ou residual (after taste)
nato de sódio.
Sensação olfato-gustativa que ocorre após a degustação
2.3.3.8 Amargo (bitter) do produto.

Descreve o gosto primário produzido por soluções aquo- 2.3.3.20 Salgado (salty) (gosto)
sas de substâncias amargas. Por exemplo: soluções de
cafeína e sais de quinino. Descreve o gosto primário produzido por soluções aquo-
sas de substâncias salgadas. Por exemplo: solução de
2.3.3.9 Amargor (bitterness) cloreto de sódio.

Propriedade organoléptica de substâncias puras ou mis- 2.3.3.21 Salinidade (saltiness)


turas que produzem gosto amargo.
Propriedade organoléptica de substâncias puras ou mis-
2.3.3.10 Azedo (sour) turas que produzem gosto salgado.

Descreve a sensação complexa olfativa e/ou gustativa, 2.3.4 Textura (texture)


geralmente devido à presença de ácidos orgânicos.
Todas as propriedades reológicas e estruturais (geomé-
Nota: O termo “azedo” não deve ser usado como sinônimo de trica e de superfície) de um alimento, perceptíveis pelos re-
gosto primário ácido. Algumas vezes este termo tem ceptores mecânicos, táteis e eventualmente pelos recep-
conotação hedônica negativa. tores visuais e auditivos.

2.3.3.11 Doce (sweet) 2.3.4.1 Coesividade (cohesiveness)

Descreve o gosto primário produzido por soluções aquo- Propriedade de textura percebida na cavidade oral em re-
sas de substâncias doces. Por exemplo: solução de sa- lação ao ponto-limite em que o material pode ser defor-
carose. mado antes de se romper.

2.3.3.12 Doçura (sweetness) 2.3.4.2 Consistência (consistency)

Propriedade organoléptica de substâncias puras ou mis- Propriedade de fluxo detectada pela estimulação dos re-
turas que produzem gosto doce. ceptores mecânicos e táteis, especialmente na cavidade
oral, e que varia com a textura do produto.
2.3.3.13 Flat (flat)
2.3.4.3 Corpo (body)
Descreve o produto que não atinge o nível organoléptico
esperado, podendo significar: aguado (em leite, sucos, Riqueza de sabor e/ou consistência de uma bebida.
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2.3.4.4 Crocante (crisp) dentes: baixa (“marshmalow”); média (bala tipo tofe); alta
(caramelo utilizado em confeitaria).
Descreve um produto duro que ao ser quebrado produz
um som característico. Por exemplo: batata frita (“chips”). Nota: O correspondente é adesividade.

2.3.4.5 Fraturabilidade - esfarelento, crocante, quebradiço 2.3.4.12 Plástico, elástico (plastic, elastic)
(fraturability - crumbly, crunchy, brittle)
Descreve a propriedade de textura em relação à veloci-
Descreve a propriedade de textura em relação à força dade de recuperação após cessar a aplicação de uma for-
necessária para que o produto se esmigalhe, esfarele ou ça deformante. Por exemplo: plástico (margarina cremo-
desintegre. Por exemplo: esfarelento - bolo de fubá; cro- sa); elástico (maria-mole).
cante - maçã; quebradiço - pé-de-moleque, confeito.
2.3.4.13 Pungente (pungent)
Nota: Fraturabilidade é o resultado de um alto grau de dureza e
baixo grau de coesividade. Descreve a propriedade de um produto que provoca uma
sensação de irritação nas mucosas bucal e nasal. Por
2.3.4.6 Fibroso, celuloso, cristalino (fibrous, cellular, exemplo: vinagre, mostarda.
crystalline)
2.3.4.14 Seco, úmido, aquoso, suculento (dry, moist, watery,
Descreve a propriedade de textura em relação à percep- juicy)
ção da forma e da orientação das partículas de um pro-
duto: fibroso (palmito, manga espada); celuloso (gomos de Descreve a propriedade de textura em relação à percep-
laranja); cristalino (açúcar cristal). ção da quantidade de umidade absorvida ou liberada de
um produto. Seco (biscoito tipo água e sal); úmido (caqui);
2.3.4.7 Gomosidade - farinhento, pastoso, gomoso aguoso (melancia, melão); suculento (laranja, carne).
(gumminess - mealy, pasty, gummy)
Nota: O termo “suculento” também descreve um produto que,
Descreve a propriedade de textura em relação à energia por sua aparência, induz uma reação de salivação.
necessária para desintegrar um produto semi-sólido a fim
de o tornar pronto para ser ingerido: baixa (batata e feijão 2.3.4.15 Sensações táteis bucais (mouth feel) (orais)
cozidos); média (mistura de água com farinha); alta (flocos
de aveia bem cozidos). Sensações táteis percebidas na mucosa da boca, incluin-
do a língua e os dentes.
Nota: Gomosidade é o resultado de um fraco grau de dureza e al-
to grau de coesão. 2.3.4.16 Tenro, borrachento, rijo (tender, chewy, tough)

2.3.4.8 Líquido, ralo, untuoso, viscoso (fluid, thin, unctuous, Descreve a propriedade de textura em relação ao tempo
viscous) necessário (ou ao número de mordidas necessárias) para
mastigar um produto sólido a fim de o tornar pronto para
Descreve a propriedade de resistência ao escoamento: ser ingerido. Baixa (ervilhas frescas); média (goma de
baixa (água); média-baixa (leite); média (creme de leite); mascar); alta (carne de boi velho).
alta (leite condensado).
Nota: O correspondente é mastigabilidade, que é a interação de
Nota: O correspondente é viscosidade. dureza, coesão e elasticidade.

2.3.4.9 Macio, firme, duro (soft, firm, hard) 2.4 Terminologia relativa a métodos

Descreve a propriedade de textura em relação à força 2.4.1 Amostra-teste (test sample)


necessária para obter uma dada deformação, penetração
e/ou cisalhamento: macio-baixa resistência (queijo cre- Amostra do material a ser avaliado.
moso); firme-média resistência (azeitona); duro-alta re-
sistência (bala vitrificada). 2.4.2 Análise descritiva (descriptive analysis)

Nota: O correspondente é dureza. Uso de termos descritivos na avaliação das característi-


cas sensoriais na ordem em que aparecem e suas inten-
2.3.4.10 Oleoso, gorduroso (oily, greasy, fatty) sidades.

Descreve a propriedade de textura em relação à percep- 2.4.3 Avaliação comparativa (comparative assessment)
ção do teor de gordura de um produto, tanto natural como
adquirido na preparação: oleoso (bolinho frito em óleo, Comparação de estímulos apresentados simultanea-
pingado-de-chuva); gorduroso (salame). mente.

2.3.4.11 Pegajoso, aderente, grudento (sticky, tacky, gooey) 2.4.4 Avaliação independente (independent assessment)

Descreve a propriedade de textura em relação à força ne- Avaliação de um ou mais estímulos sem comparação di-
cessária para remover o produto que adere ao palato e/ou reta.
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2.4.5 Controle ou padrão (control) 2.4.18 Porção-teste (test portion)

Amostra escolhida como ponto de referência, com a qual Quantidade de amostra-ensaio que é avaliada pelo julga-
todas as outras são comparadas. dor.

2.4.6 Descritor (descriptor) 2.4.19 Referência (reference)

Termo que descreve uma característica, atributo ou pro- Substância diferente do material sob ensaio usada para
priedade sensorial de um produto. definir um atributo ou um determinado nível de atributo.

2.4.20 Teste “A” ou “não A” (“A” or “not A” test)


2.4.7 Equiparação
Método para teste de diferença no qual uma série de
Método para comparar ou relacionar estímulos, em pa- amostras pode ser “A” ou “não A”. É apresentada ao jul-
res, normalmente usado para determinar o grau de simi- gador depois de treinado, o qual deve dizer quais são as
laridade entre o controle e uma amostra-teste. amostras “A”.

2.4.8 Escala (scale) 2.4.21 Teste de aceitação (acceptance test)

Elemento contínuo e graduado dividido em valores su- Teste para avaliar a aceitação de um produto.
cessivos, que pode ser gráfico, descritivo ou numérico,
usado para expressar avaliações. 2.4.22 Teste de classificação (classification test)

2.4.9 Escala de atitude (attitud scale) Método que classifica as amostras em categorias nomi-
nais predefinidas.
Expressa atitudes ou opiniões, visando a medir o nível de
aceitação de um produto pelo consumidor. 2.4.23 Teste de comparação múltipla (multi-sample test)

2.4.10 Escala bipolar (bipolar scale) Método para teste de diferença no qual três ou mais
amostras são avaliadas simultaneamente em compara-
Escala com descrições opostas nas duas extremidades. ção com uma amostra-padrão.
P or exem plo: escala de textura que varia do duro ao m ole.
2.4.24 Teste de comparação pareada (paired comparison test)
2.4.11 Escala hedônica (hedonic scale)
Método para teste de diferença em que os estímulos são
apresentados em pares para comparação.
Escala que expressa o grau de gostar ou desgostar.
2.4.25 Teste de diferença (difference test)
2.4.12 Escala unipolar (unipolar scale)
Método de teste envolvendo comparação entre amos-
Escala com uma extremidade zero. tras. Indica se existe ou não diferença.

2.4.13 Estimação de magnitude (magnitude stimation) 2.4.26 Teste de ordenação (ranking test)

Escala que envolve a livre atribuição de números pelos Método para teste de diferença no qual uma série de
julgadores para expressar as proporções entre as intensi- amostras é colocada em ordem de intensidade de algum
dades sensoriais. atributo específico. Não expressa a magnitude das dife-
renças.
2.4.14 Método de diluição (dilution method)
2.4.27 Teste de pontuação (scoring test)
Técnica na qual as amostras são preparadas em série
decrescente de intensidade de estímulo e avaliadas nes- Método da avaliação das características de um produto
ta seqüência. por meio de pontos.

2.4.28 Teste de sensibilidade (sensibility test)


2.4.15 Método objetivo (objective method)
Método no qual uma série de estímulos é apresentada ao
Todo método no qual os efeitos das opiniões pessoais
julgador a fim de estabelecer limiares de detecção, reco-
são minimizados.
nhecimento ou diferença.
2.4.16 Método subjetivo (subjective method) 2.4.29 Teste de tempo-intensidade (time intensity test)

Todo método no qual as opiniões pessoais são conside- Método que mede a relação duração/intensidade de um
radas. estímulo único.

2.4.17 Ponto de referência (reference point) 2.4.30 Teste dois em cinco (two-out-of five test)

Valor selecionado (de um ou vários atributos de um pro- Método para teste de diferença envolvendo cinco amos-
duto) em relação ao qual as amostras são avaliadas. tras codificadas, duas das quais são de um tipo e três de
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outro. Ao julgador é solicitado que reúna as amostras em 2.5.5.1 Blocos completos balanceados (complete balanced
dois grupos. block)

2.4.31 Teste duo-trio (duo-trio test) Delineamento onde a freqüência dos tratamentos é a mes-
ma para todas as posições das amostras.
Método para teste de diferença em que o padrão é apre-
sentado primeiro, seguido por duas amostras, uma das
quais é idêntica ao padrão. Ao provador é solicitado iden- 2.5.5.2 Blocos completos casualizados (complete
tificar a amostra que é igual ao padrão. randomized block design)

2.4.32 Teste triangular (triangular test) Delineamento onde todos os tratamentos são casualiza-
dos dentro de cada bloco.
Método para teste de diferença, que implica apresenta-
ção simultânea de três amostras codificadas, duas das
2.5.5.3 Blocos incompletos (incomplete block)
quais são idênticas. Ao julgador é solicitado indicar a
amostra diferente.
Delineamento em que os blocos não contêm todos os tra-
2.4.33 Teste de preferência (preference test) tamentos.

Teste para avaliar a preferência entre duas ou mais amos- 2.5.6 Erro-padrão da média (mean standard error)
tras.
Medida da precisão da média.
2.5 Terminologia relativa à estatística

2.5.1 Análise de variância (analysis of variance) 2.5.7 Intervalo de confiança (confidence interval)

Técnica estatística para avaliar os dados provenientes de Intervalo que contém o verdadeiro valor do atributo de
um delineamento experimental. qualidade a um dado nível de confiança (95% - 99%).

2.5.2 Coeficiente de correlação (coefficient of correlation)


2.5.8 Nível de significância ou nível de erro (significance level)
Medida da intensidade da associação entre duas variá-
veis (-1 - r - 1). Probabilidade de cometer erro do tipo I.

2.5.3 Coeficiente de determinação (coefficient of 2.5.8.1 Erro tipo I (error of first kind)
determination)
Rejeitar a hipótese de nulidade (Ho) quando ela é verda-
Indica o quanto uma determinada regressão explica a
deira.
variação total.

2.5.4 Coeficiente de variação (coefficient of variation) 2.5.8.2 Erro tipo II (error of second kind)

Medida da precisão do experimento, expressa em per- Aceitar a hipótese de nulidade (Ho) quando ela é falsa.
centagem.
2.5.9 Regressão (regression)
2.5.5 Delineamento experimental (experimental design)

Maneira racional de distribuir os tratamentos em um ex- Relação funcional entre uma variável aleatória e uma
perimento. variável fixa.

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