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Entre as orientações para a elaboração dos planos de carreira pelos entes federados,
destaca-se a do Prasem, promovida pelo Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola) do
MEC e desenvolvida com a colaboração de diversos autores e entidades, com financiamento
do Banco Mundial. Produzida na gestão do governo Fernando Henrique Cardoso, foi
publicada em 2000.
O projeto tinha o intuito de subsidiar a produção de um documento que ajudasse os
municípios a produzirem planos de carreira e remuneração do magistério público, e era
composto por um software, distribuído junto com o livro Plano de carreira e remuneração do
magistério público (DUTRA JÚNIOR et al., 2000).
O documento baseou-se num levantamento de legislações nacionais, estaduais e
municipais, a fim de comparar aspectos dos planos de carreira que se apresentavam naquele
momento. Nesse tocante, encontraram-se sobreposições entre a organização dos estatutos e
dos planos de carreira que, segundo o estudo, devem ser compreendidos da seguinte forma.
além daqueles para os demais servidores públicos (nesse caso, o documento ressalta que não
pode haver contradição entre os estatutos), como também situações em que o estatuto é único
para todos os servidores, incluindo o magistério.
Apesar de existir esse tipo de diferenciação entre estatuto e plano de carreira, Adhemar
Ferreira Dutra Júnior e outros (2000) admitem que a diferença entre os conteúdos não é muito
nítida. Nesse sentido, verificou-se a existência de categorias híbridas que aparecem tanto nos
estatutos como nos planos de carreira, como é o caso da licença: no documento do Pradime
(BRASIL, 2006b) o termo aparece relacionado ao estatuto67, enquanto no Prasem (DUTRA
JÚNIOR et al., 2000) as licenças relativas à formação continuada apresentam-se dentro do
plano de carreira.
Do ponto de vista jurídico, existem três situações possíveis para a composição da
legislação:
- uma única lei dispondo ao mesmo tempo sobre estatuto e plano de carreira
do magistério;
- duas leis específicas versando, respectivamente, sobre estatuto e plano de
carreira do magistério;
- uma lei dispondo sobre o estatuto do conjunto dos servidores, inclusive
professores, e outra versando exclusivamente sobre a carreira do magistério,
situação que predomina nos municípios. (DUTRA JÚNIOR et al., 2000, p.
37)
67
Embora cite a licença como um item a ser incluído no estatuto, o documento não aborda as recomendações
quanto aos tipos de licenças possíveis.
68
Apesar da informação no portal do MEC constar como “Parecer ainda não homologado”, ele foi homologado
por despacho do ministro de 17 de junho de 2009, publicado em 18 de junho de 2009 no Diário Oficial da
União, Seção 1, p. 16.