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Tema:
As Fontes do Direito na Época Contemporânea
Discentes: Docente:
Adilson da Conceção Nunes Alberto Marqueza
Laura Francisco Madeira
Marques Mutequere
Minaty José Ramos
1.0 Introdução.........................................................................................................................3
2.0 Objetivos...........................................................................................................................4
4.1 Fontes do direito na época contemporânea (de 1789 aos nossos dias).........................9
4.1 Legislação:...................................................................................................................10
4.3 Codificação..................................................................................................................10
5.0 Conclusão........................................................................................................................12
6.0 Referência:......................................................................................................................13
1.0 Introdução
O presente trabalho da cadeira de História de Direito tem como finalidade realizar um breve
estudo sobre as fontes do direito na época contemporâneo, particularmente aquelas que
consagram as normas jurídicas das sociedades de modo a situá-lo no contexto da
contemporaneidade, enquanto período histórico da linha do tempo. No que tange à
formação do direito contemporâneo, resgata o movimento constitucionalista moderno e o
processo de codificação das normas como seus antecedentes mais marcantes, aspetos que
colaboram para a compreensão das respetivas fontes jurídicas.
Assim, antes de atingir o objeto central do trabalho, não podemos prescindir de abordar
aspetos adjacentes ao tema, uma vez que possuem estreita relação com a linha de raciocínio
que pretendemos desenvolver. Deste modo, como plano de exposição do estudo ora
apresentado. Para tanto, necessário se faz abordar o problema da periodificação da história
em geral e da historiografia jurídica em particular, a fim de esclarecer sobre o marco
cronológico que adotaremos para designar os limites e o alcance do objeto central de nossa
breve exposição: as fontes do direito contemporâneo. Finalmente, convém, outros sim,
realizar um rápido estudo a respeito da teoria das fontes, com vistas a compreender seus
aspetos mais relevantes para o recorte temporal aqui proposto.
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2.0 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Conhecer As Fontes do Direito na época contemporânea
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3.0 O Direito contemporâneo
Já é pacífico entre os teóricos do direito que as sociedades atuais não se estruturam sobre
bases de um suposto direito universal. Mesmo que sejam admitidos fundamentos comuns
para o direito - e algumas escolas ou correntes de pensamento jurídico nos ajudam a
melhor compreender tais fundamentos, não se pode olvidar da enorme diversidade de
sistemas e ordenamentos jurídicos que variam conforme cada sociedade em concreto. Por
isso, no período contemporâneo, uma das evidências herdadas da formação dos Estados
Modernos é que cada sociedade política e juridicamente organizada possui o seu próprio
direito.
Conforme o próprio autor assinala, “se no mundo contemporâneo existem muitos direitos,
estes deixam-se classificar em um número limitado de famílias”. Aqui, a referência feita à
diversidade de direitos não quer significar a mera multiplicidade de regras, isto é, o que
seja ou não permitido, proibido ou regulado em uma dada sociedade. Diferentemente, o
autor usa a expressão para designar o que se encontra na base estrutural de cada
ordenamento jurídico, considerando seu vocabulário, seus conceitos, suas técnicas de
formulação e interpretação de normas e a própria conceção que goza o direito em cada
sociedade - seja como um instrumento de ordem social geral, seja o considerando como
mero instrumento de resolução de litígios. Tudo isto faz a grande diferença entre a ideia
de simples ‘regra de direito’ e a de ‘fenômeno jurídico’ propriamente dito, sendo a
primeira questão de superfície e deveras mutável, enquanto que a segunda, questão de
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fundo e de maior estabilidade, haja vista estar ligada a uma cultura civilizacional e à
própria forma de pensar o direito.
Diante de todos os esclarecimentos postos, nos propomos ao conciso estudo sobre as
fontes de uma das mais representativas famílias do direito contemporâneo e ocidental: a
família romano-germânica, tendo como aspetos de fundo a historicidade e
mutabilidade do fenômeno jurídico, o que lhe confere caráter de produto e processo
cultural.
No campo dos estudos históricos do direito, igualmente, este esforço de delimitação das
fronteiras de um estudo historiográfico também é realizado. Definir o objeto de estudo da
disciplina História do Direito, portanto, é tarefa essencial para se enveredar pelos
primeiros passos de uma investigação científica que tanto requer métodos das ciências
jurídicas, quanto requer métodos das ciências históricas.
Ao realizar um estudo histórico do direito, o jurista deve se ater sobre o seu autêntico
objeto, ou seja, a vida do direito ao longo do tempo, como necessária via para a apreensão
e compreensão da essência do fenômeno jurídico.
Neste sentido, sendo a sociedade mutável, o direito há de refletir as transformações que lhe
tocam, seja direta ou indiretamente, a fim de moldar-se às novas situações. O argumento
central deste olhar historiográfico para o direito gravita sobre o fundamento de que cada
sistema jurídico traz em si o esforço de adaptação a circunstâncias diferentes daquelas
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que o originaram, transpondo certos elementos constituintes do sistema original.
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Numa perspetiva histórica geral, ou seja, da história como ciência, adota- se o modelo
denominado “periodização clássica”, que se construiu no final do século XIX, tendo como
critério os grandes acontecimentos que marcaram o devir da sociedade ocidental. Filiados
a este grande princípio, Ruy de Albuquerque e Martim de Albuquerque definem o
processo de periodificar dentro da História: “Periodificar significa aceitar datas-barreira,
separando, em função de certos eventos delimitadores de épocas, os fatos históricos. É
como uma espécie de compartimentação. Embora a realidade histórica nunca se detenha
no seu desenvolvimento cronológico”. Neste aspeto, nunca é demais ressaltar que a divisão
do tempo em fases ou períodos é um recurso plenamente artificial e pode se servir de
critérios distintos, o que resulta na possibilidade aberta de outras tantas divisões quantos
sejam os diferentes aspetos considerados.
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que exercem o poder num grupo sociopolítico mais ou menos autônomo”. (GILISSEN,
2003:27).
Costumes: “um conjunto de usos (práticas consagradas pela repetição) de natureza jurídica
que adquiriram força obrigatória num grupo sociopolítico dado, pela repetição de atos
públicos e pacíficos durante um lapso de tempo relativamente longo”. (GILISSEN,
2003: 27).
Doutrina: “é um conjunto de normas jurídicas formuladas por grandes juristas (...) e esta
na base da ciência do direito; pelos seus esforços de classificação, de sistematização, de
análise e de síntese”. (GILISSEN, 2003: 28).
4.1 Fontes do direito na época contemporânea (de 1789 aos nossos dias)
Revoluções burguesas promovem a formação de um direito individualista, calcado na
liberdade que deve ser garantida pela Lei e códigos.
Tem sua origem também nas teorias políticas: da soberania nacional (nação, povo), do
regime representativo, da separação dos poderes.
Os ideais racionalistas e iluministas, que motivaram os franceses no período pré-
revolucionário, apontavam para a criação de um direito simples e unitário, calcado sobre
exigências humanas universais.
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ordenamentos locais era visto como fonte de corrupção e instrumento de arbítrio do
governante, ao exemplo do que ocorrera no período monárquico. Durante a Revolução
Francesa estas ideias racionalistas aplicadas ao Direito ganharam consistência política,
culminando com a codificação do Direito francês, considerado um dos grandes marcos da
cultura jurídica universal. Até então não se concebiam códigos como até hoje são
conhecidos, como normas escritas organizadas em uma sequência lógica e dotadas de
unicidade e coerência.
4.1 Legislação:
1. Lei-principal fonte do direito, e aos poucos tornando-se a única fonte (direito positivo);
2. Constituição- Ato legislativo escrito no qual o regime político, a “forma do governo” do
país é fixado.
As constituições são leis, mas leis de uma natureza particular, pois quase todo lado elas só
podem ser modificadas senão por um processo de natureza especial, longo e complexo,
que implica maioria especial nas assembleias.
No processo histórico de formulação da moderna constituição desde o século XVIII,
procurou-se desenvolver um conceito de constituição, caracterizado por um modelo de
4.3 Codificação
Foi o nascimento da tendência à compilação (associação) de todas as regras (vinculadas a
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um mesmo tema, sistematizadas e com unidade) isoladas em um único código. Destacamos
o Código Civil Napoleônico (1806), quando instituições como família, propriedade e
contratos passam a ser reguladas em um único dispositivo.
A codificação das normas veio, também, facilitar a consulta e o aprendizado, contribuindo
para dissipação do conhecimento jurídico.
Este movimento trouxe à sociedade a garantia de limites à ação e marcou o crescimento da
“certeza jurídica” em detrimento da “flexibilidade evolutiva e de interpretação”.
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5.0 Conclusão
O estudo das fontes do direito contemporâneo nos levou a temas tangenciais que, embora
pareçam secundários, são fundamentais para a compreensão da racionalidade do sistema de
fontes nesta família adotado.
Vimos que a racionalidade do direito contemporâneo deu grande primazia à lei positivada
como fonte por excelência do direito, o que tem relação com uma série de condicionantes
de caráter extrajurídico. Ou seja, “Um sistema de fontes não é fruto do acaso ou do
capricho, mas sim consequência de múltiplos fatores políticos, sociológicos e ideológicos, e
através dele transparece um conjunto de ideias e de factos dominantes na comunidade a que
se aplica. O predomínio da lei como fonte indica a intensidade crescente do poder do
Estado e da sua organização e atividades perante as normas espontâneas de criação do
Direito, como o costume
Como nosso trabalho se conclui no âmbito da razão dos conteúdos do direito na época
contemporâneo, mas apenas suscitaremos reflexão a respeito dos motivos que explicam o
sistema de fontes jurídicas em nossa época e dentro da tradição romano-germânica aqui
tratada.
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6.0 Referência:
GILISSEN, John. Introdução histórica do direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
1995
CLÈVE, Clèmerson Merlin. O Direito e os Direitos: elementos para uma crítica do
direito contemporâneo. São Paulo: Max Limonad, 2001.
DE SALIS, J. R. historia del Mundo contemporaneo. Tomo I-l os fundamentos
históricos del Siglo xx. Madrid: Ediciones Guadarrama, 1960
SILVA, Nuno J. Espinosa Gomes da. história do Direito Português: fontes de direito.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2006.
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na história: lições introdutórias. São Paulo:
Max Limonad, 2002.
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