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Amados irmãos e irmãs, graça e paz.

Minhas palavras nessa manhã apelam para o bom censo, para a compaixão e para
justiça no coração de cada um presente nessa manhã de domingo. Externo aqui meu total
ato de repulsa a qualquer movimento de injustiça, difamação, calúnia ou segregação que
esteja dividindo a igreja como noiva de Cristo como também dividindo a igreja como
corpo de cristo. Aqueles que o fazem se encontrarão com o noivo.
Como já foi mencionado nosso pastor, foi julgado e disciplinado por um
acontecimento que se ocorreu a quase oitos anos. Disciplinado a um ano de não atividade
da atividade pastoral. Sentença essa dada dentro do concílio da aliança e outorgada pelo
conselho de ética de nossa instituição eclesiástica.
Meu intuito aqui não é questionar a disciplina, não é questionar o tempo dela, ou
até mesmo os meios e incoerências dentro desse processo. Porque sei que as justiça dos
homens é como trapo de imundície. Mas meu intuito aqui é lembrar certos detalhes
importantes na hora de nossa votação que precisam ser levados em conta, levados em
consideração para que nosso voto seja justo, seja benéfico e edificante.
Lembro a cada um de vocês que na passagem bíblica da mulher que quebrou o
sétimo mandamento, Cristo não absorveu ela. Pelo contrário a julgou segundo a lei,
enfrentando os anciãos da época que buscavam uma forma de confronta-lo, já que ele
pregava sobre amor. Queriam que Cristo fosse o primeiro a jogar a pedra. E ali ele
mostrou que eles eram tão pecadores quanto ela, tão falhos e merecedores de compaixão
e misericórdia.
Lembro ainda da conduta comum de nosso pastor. Lembro sobre cada vida que
foi e é edificada por sua vida, por seus sermões por seus conselhos pelas suas oração. Não
podemos e nem devemos demonizar um homem de Deus por um ato falho. Ou por um
ato específico condenar toda uma vida. Desse modo não chamaríamos Abraão de pai da
fé porque ele mentiu pra entrar no Egito dizendo que Sara era sua irmã, não admiraríamos
Moises e toda sua trajetória por que ele matou um homem. Não chamaríamos Davi de um
“homem segundo o coração de Deus” por que ele caiu com Bate-Seba. Homens como eu
e você que tiveram seus momentos de fraqueza e isso não impediu de Deus os ama-los e
usa-los. Assim como usa você e eu. Não sejamos meninos.
Lembro ainda que não podemos e nem devemos virar as costas paras as pessoas
quanto elas mais precisam. Lembro inclusive que o pastor passa atualmente por um
tratamento contra depressão, tendo laudo do INSS está sendo acompanhado por um
equipe técnica. É de suma importância para sua total recuperação e para o seu bem estar
enquanto ser humano, que ele continue o tratamento.
Não devemos virar a costas quando nossos feridos mais necessitam. Num total ato
de covardia. Não podemos ser o exército que mata seus próprios soldados. Nossas igrejas
precisam ser mais hospitais do que tribunais. Afinal Cristo veio para os doentes. Caso
contrário onde estará o amor? A nossa vãn justiça que derrama sangue e traz dores, nos
colocamos em patamares farisaicos e esquecemos que ontem mesmo pecamos. Sejamos
instrumentos de conciliação, de renovo e recomeços. Afinal de contas quem tem o papel
de matar, roubar e destruir não somos nós.
Deus abençoe.
Campina Grande 09.02.2020

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