3. Por fim, todas as espécies mais próximas ao ser humano são africanas, tais como os
bonobos, gorilas e chimpanzés.
Desse modo, tal como com todas as espécies do planeta, há milhões de anos, havia seres
que eram nossos ancestrais e também antepassados dos grandes símios, como os
chimpanzés. Em condições diferentes, populações distintas dessa mesma espécie
original foram modificadas em espécies que hoje são o homem, os bonobos, os
chimpanzés, os gorilas, e os orangotangos. Portanto, nenhuma dessa vai evoluir umas
para as outras, pois seguem caminhos evolutivos separados agora.
Além disso, nem os macacos nem nós paramos de evoluir. Compreendendo que as
circunstâncias evolutivas são diferentes e os seres são distintos, não é possível esperar
que os atuais macacos evoluam para seres humanos e nem os seres humanos evoluam
para macacos, mas seguiremos evoluindo.
Após isso, a nossa espécie se disseminou para os outros continentes, saindo da África e,
inclusive, tendo descendentes com outras espécies de hominídeos, como o Homo
neanderthalensis, resultando em que as pessoas não oriundas da África apresentem cerca
de 2% de seu DNA oriundo de outras espécies.
Após a saída da África, nossos antepassados saíram em direção à Europa e à Ásia,
alcançando os demais continentes nos milênios seguintes.
Chefatura
Estado
Num Estado cujo regime vigente é a democracia, tradicionalmente são três os poderes
estabelecidos para uma perfeita governabilidade: o Poder Executivo, o Poder
Legislativo e o Poder Judiciário.
Gana
Chamamos de reino e não de império de Gana. O motivo é que, império é tido como um
governo que pretende se expandir territorialmente.
Gana não tinha intenção de unificar os povos em seus domínios, não tinha uma visão
dominadora. No entanto foi uma das maiores civilizações africanas.
Impressiona o fato de um reino tão rico e poderoso surgir num local sem saída para o
mar.
Foi com o desenvolvimento das aldeias dos soninquês, sua agricultura, comércio e
exploração das minas de ouro que surgiu o reino de Gana.
Os nómadas, na época das piores secas traziam seus animais para pastarem nessa área e
faziam comércio com o povo.
Os berberes
Os berberes controlavam o sal, que vinha dos depósitos do deserto Tegaza (ao norte do
Mali atual).
O sal era mercadoria extremamente valorizada, sendo as vezes cotada no dobro do valor
do ouro.
Gana
O nome do reino, Gana, veio da forma como era chamado o seu rei O Gana, o Senhor
do Ouro.
Duas vezes por dia, o rei atravessava a cidade, precedido pelos toques de tambor, com
seu séquito, todos cobertos de ouro.
A outra cidade importante era Audagoste que havia sido conquistada na metade do
século 9 pelos azenegues.
O apogeu
Cavalos, dromedários, infantaria com arcos e flechas com ponta de ferro, o Gana
possuía mais de cem mil soldados.
O ouro era farto, o minério refinado era do rei e o ouro em pó era de quem o
encontrasse.
O que interessava era que, os vários povos próximos lhe pagassem tributos e
fornecessem soldados.
Para evitar que outros povos se aventurassem em roubar suas minas de ouro, eles
contavam histórias sobre seres fantásticos que trabalhavam nas minas.
Não havia motivo entre esses povos de desavenças, uma vez que mais importante era a
paz e o comércio florescente, o sal, tecidos, cavalos, tâmaras, escravos e ouro.
Declínio
O grande motivo do fim do reino de Gana foi uma guerra santa ou jihad.
Uns dos grupos de azenegues, os judalas tinham um líder chamado Yahia ibn Ibrahim,
que fez uma peregrinação a Meca em 1035.
Quando ele voltou, cheio de ideias radicais, achou que seu povo tinha que praticar o
verdadeiro islamismo.
O povo não gostou da ideia e, após a morte de seu chefe, expulsou Yacine.
- Nos séculos seguintes temos os povos sosso, songai e mali disputando a região
- O povo soninquês ainda existe, espalhado pelos atuais Mali, Mauritânia, Senegal e
Gâmbia.
O Império Songhai
Localizacao Geografica
Songai e e um antigo reino de africa ocidental que se estendia pelas as posicoes
geograficas as margens do Niger,na zona fronterica entre sudao e o Sahel,Gao tornou-se
nos seculos XII,a capital do jovem estado.
Foi último dos impérios sudaneses que foi originado pelos camponeses gaibas e os
pescadores sorkos, do mar do rio Níger. Estes clãs foram dominados pelos sorkos das
margens do rio Níger e pelo império do Mali por mais de 50 anos pagando tributo. Em
meados do século XIV, começaram a expandir suas áreas de domínio deste modo o
estado shongai foi construído fundamentalmente por camponeses e pescadores. No
século XIV, O shonghai desenvolveram e o mais importante imperador nesta época foi
Sunni Ali, que formou o poder em 1464 e fez do shonghai o mais poderoso estado
daquela época.
KI-ZERBO (2009:181), afirma que A HISTORIA DOS Songhais começou por várias
lendas, a primeira fala de um antepassado epónimo: Faran Boté, nascido de pai Sorko e
de mãe fada ligada aos espíritos da água, o que lhe facultava o favor dos senhores das
boas terras.
Havendo portanto, subido o rio, Faran Makan Boté ter-se-ia aliado aos Gows, caçadores
e sorkos, e ainda pescadores, um dos quais exercia as funções de Keita (grande
sacerdote). Ele estabeleceu assim o seu poder sobre um povo de camponeses na região
de Tillabery.
A Evolução social
Quanto a organização social dos shonghai, assemelha-se aos mais grupos sociais do
Sudão ocidental. A estratificação social define-se pela importância do atributo dos laços
familiares ou parentesco e o elemento básico que coloria todas as atenções sociais na
vida quotidiana era a família. Os clãs agrupavam muitas famílias de origem sonique tais
como os ture, tukara, os cisse, diakite e o dramados.
Evolução Politica
Economia
O fim do imperio Songai deu-se após ao grande progresso registado entre os seculos XII
a XVI, que Marrocos apercebendo-se do valor das minas, do sal de Teghazza chavi do
comércio oeste africano, comessou a pressionar o Askia. Com várias recusa do askia em
ceder as minas, marrocos organizou uma campanha militar a Gao e as terras do Niger
que após cinco anos eles chegam a quebrar a resistencia songhai e comquistaram a
autonomia na regiao passando a eleger os seus chefes e com o tempo fundiram se na
população local. Após vários progressos, os marroquinos organizarão uma campanha
militar a Gao e as terras do Níger tendo demorado 5 anos de lutas ate que quebrarão
com a resistência dos shongais. Os marroquinos acabam por ganhar a autonomia na
região.
O povo Haussa
habitava a área que ia desde os montes Air (norte), até o planalto de Jos (sul), da
fronteira do antigo reino de Bornu (leste), até o vale do Níger (oeste). Desde tempos
muito antigos, era a única língua indígena conhecida, o território era chamado de Kasar
hausa, que quer dizer, território de língua haussa. (ADAMU, 2010, p. 299)
Estrutura político-administrativa
Reinos hauçás
Hausa Bakwai
Os reinos hauçás começaram como sete Estados que partilhavam a mesma mitologia de
seus fundadores, segundo a qual seriam os filhos de uma rainha. Eles são conhecidos
como os Hausa Bakwai, que significa "Sete Hauçás".
Os Estados incluídos:
Daura? - 1806
Kano 998 - 1807
Katsina c. 1400 - 1805
Zazau (Zaria) c. 1200 - 1808
Gobir c. 1000 - 1808
Rano
Biram c. 1100 - 1805
Banza Bakwai
Zamfara
Kebbi
Yauri (também chamado Yawuri)
Gwari (também chamado Guarilândia)
Cuararafa (um estado jucum)
Nupes
Ilorin (um estado ioruba)
Apogeu
Os reinos hauçás emergiram antes do século XIII como centros comerciais vibrantes
que competiam com Canem-Bornu e o Império do Mali. As principais exportações
foram de couro, ouro, pano, sal, nozes de cola, peles dos animais, e hena. Exceto
alianças menores, as cidades-Estado hauçás funcionaram de forma independente. As
rivalidades geralmente inibiam a formação de uma autoridade centralizada.
Queda
Apesar do crescimento relativamente constante, as cidades-Estados eram vulneráveis à
agressão e, embora a grande maioria dos seus habitantes eram de muçulmanos até
o século XVI, eles foram atacados pelos muçulmanos jiadistas de 1804 a 1808. Em
1808 o último Estado hauçá foi finalmente conquistado por Usuman dan Fodio e
incorporado no Califado de Socoto.
Os Swahilis
A costa Africana do Oceano Indico é povoado por uma civilizacao muito rica e
complexa, *os Swahilli/Suahili/Kiswahili* comjunto de grupos etnicos e cultural
articulados por uma lingua e por uma serie de elementos culturais que fudem as as
tradicoes africanas.
Mais de 10 milhões de pessoas usam a língua da Swahili como língua materna e mais de
50 milhões utilizam-na como segunda língua. Na Tanzânia, para 7% da população é a
língua materna, mas usam-na como 1ª ou 2ª língua mais de 70%. Algo parecido
acontece no Quênia. Na República Democrática do Congo há mais de 10 milhões de
pessoas que o utilizam e é falada na região Norte de Moçambique.
Origem
O nome Swahili deriva da palavra árabe *Swahili*, plural do Sahel, que significa costa.
Por outro lado, alguns muçulmanos africanos na costa do Quênia são conhecidos pelos
povos vizinhos ou por eles próprios como Swahili, embora sua língua materna seja
diferente de Shwahili. A origem do termo é tão variada quanto as origens da linguagem.
Assim, a pequena comunidade dos Shirazi, são considerados descendentes do antigo
império persa. Em Mombasa são considerados descendentes de árabes misturados com
alguns Bantu e Iêmen. A maioria dos árabes no Quênia, falam swahili como língua
materna. Na Tanzânia, o termo swahili é frequentemente usado para designar todos os
africanos costeiros que falam Swahili como língua materna. Às vezes, o termo Shirazi é
usado para nomear pessoas com ascendência genética árabe.
História
Economia
Religião
O islamismo é a religião praticada por quase todos. No entanto, em relação íntima com
a fé islâmica, eles mantêm certas práticas e crenças que são consideradas estranhas ao
Islã. Eles acreditam em espíritos (djinns) que têm um caráter animista. A maioria dos
homens usa amuletos protecionistas ao redor de seus pescoços que contêm versos do
Alcorão. A adivinhação é praticada através das leituras do Corão. Muitas vezes, o
adivinho incorpora escrituras do Alcorão no tratamento das doenças, semelhante à
forma como os cristãos rezam para que seus deuses intervenham na cura dos doentes.
Economia da África
A África é o terceiro maior continente, o segundo mais populoso e, apesar das imensas
riquezas naturais e minerais, o mais pobre. O continente contribui apenas com 1% do
produto interno bruto (PIB) do mundo e cerca de 1/3 dos seus habitantes vivem com
menos de um dólar por dia, abaixo do nível de pobreza definido pelo Banco Mundial. O
principal motivo da miséria africana é o imperialismo praticado pelas nações europeias
a partir do século XVI e a tardia descolonização dos países, a partir da segunda metade
do século XX, o que levou a uma industrialização tardia e incompleta, ainda hoje.
Outros fatores como conflitos armados, técnicas atrasadas, mão de obra pouco
qualificada, dificultam ainda mais o desenvolvimento da África.
A extrema concentração de renda nas mãos das poucas elites africanas, as remessas de
lucros das empresas transnacionais e a industrialização tardia fazem com que poucos
países tenham uma indústria diversificada e produtiva capaz de influenciar no PIB. Os
únicos países com uma industrialização dinâmica e diversificada são a África do Sul e
Egito. A África do Sul é responsável por 1/5 do PIB do continente, com atividade
industrial nos ramos químico, de siderurgia, metalurgia, alimentício, maquinário
agrícola e de transporte, além da indústria têxtil. Sendo o mais importante país da
Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento, principal bloco
econômico do continente africano.
Reino do Congo
O Reino do Congo foi fundado por Ntinu Wene, por volta do século XIV, e ocupava a
porção centro-ocidental da África, estendendo-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até
o rio Cuangoa, a leste; e do rio Oguwé, no atual Gabão, ao norte, até o rio Kwanza, ao
sul.
Assim como o reino de Benin e de Mali, o reino do Congo está entre os mais
importantes e poderosos do continente africano. No Reino do Congo existia um grande
número de províncias ocupadas por vários grupos da etnia banto (principalmente os
bakongo), que tem origem nas narrativas míticas sobre a cidade de Ifé.
Apesar de ser um estado centralizado, neste reino existiam administradores locais,
vindos de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica. O Congo
era governado pelo rei, conhecido como manicongo, que tinha o direito de receber os
tributos vindos de cada uma das províncias dominadas. O império consistia de nove
províncias e três reinos (Ngoy, Kakongo e Loango), porém a sua área de influência
alcançava os estados limítrofes, como Ndongo, Matamba, Kassanje e Kissama.
A principal cidade do reino era Mbanza, local onde eram tomadas as decisões políticas
mais importantes e onde os portugueses entraram em contato com esta civilização
africana. A centralização estatal do Reino do Congo e o controle sobre a produção
econômica da costa oeste africana coincidiram com a consolidação do Império
Ultramarino Português, ao longo do século XV.
O tráfico de escravos foi movimentado pelo contato das autoridades políticas do Reino
do Congo com os portugueses. Inclusive, grande parte dos escravos que trabalharam na
exploração de ouro no século XVII no Brasil era originária das regiões do Congo e
Angola.
motivadas pela cede do poder que reinava entre os superiores do reino, estás desavenças
causaram
fortes divisões entre os irmãos, o que fortificou
cada vez mais os invasores.