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África o berço da humanidade

África o berço da humanidade Porque se diz que a África é o berço da humanidade? A


África é considerada o berço da humanidade porque, foi neste continente que se
encontraram os vestígios mais antigos (hominídeos) chamados de Australopitecos. Os
Hominídeos viveram na Namíbia, Botsuana e Tanzânia, (África Austrália) a cerca de
3.500 anos atrás, onde actualmente apresenta condições climáticas favoráveis para a
habitação do homem. Os Khoisam foram descendentes dos povos pré-históricos que
viveram ate 200 a 300 anos A.N.E. A caca e recolecção eram as principais actividades
desenvolvidas pelos Khoisam. Divisão do trabalho O trabalho era dividida segundo o
sexo e a idade: os homens iam a caca e as mulheres, velhos e crianças praticavam a
recolecção. Divisão do produto O produto conseguido no trabalho era dividido por igual
para todos. Modo de vida Os Khoisam tinham uma vida nómada, isto é, deslocavam se
de lugar para o outro a procura de alimentos.

Essa conclusão decorre dos seguintes fatos:

1. A maior diversidade genética dentre os humanos é encontrada no continente africano,


o que seria explicado pela presença antiga e continuada nessa parte do mundo, diferindo
do que se encontra nas demais partes do planeta;

2. Em razão dos fósseis de ancestrais do ser humanos encontrados na África serem


muito mais antigos que em qualquer outro lugar do mundo (em vários milhões de anos).
Desse modo, a presença de espécies do gênero Homo e antes só é encontrada na África,
possibilitando base para a teoria de que nossa espécie se originou lá e, depois, migrou
para outras partes do globo;

3. Por fim, todas as espécies mais próximas ao ser humano são africanas, tais como os
bonobos, gorilas e chimpanzés.

Desse modo, tal como com todas as espécies do planeta, há milhões de anos, havia seres
que eram nossos ancestrais e também antepassados dos grandes símios, como os
chimpanzés. Em condições diferentes, populações distintas dessa mesma espécie
original foram modificadas em espécies que hoje são o homem, os bonobos, os
chimpanzés, os gorilas, e os orangotangos. Portanto, nenhuma dessa vai evoluir umas
para as outras, pois seguem caminhos evolutivos separados agora.

Além disso, nem os macacos nem nós paramos de evoluir. Compreendendo que as
circunstâncias evolutivas são diferentes e os seres são distintos, não é possível esperar
que os atuais macacos evoluam para seres humanos e nem os seres humanos evoluam
para macacos, mas seguiremos evoluindo.

Após isso, a nossa espécie se disseminou para os outros continentes, saindo da África e,
inclusive, tendo descendentes com outras espécies de hominídeos, como o Homo
neanderthalensis, resultando em que as pessoas não oriundas da África apresentem cerca
de 2% de seu DNA oriundo de outras espécies.
Após a saída da África, nossos antepassados saíram em direção à Europa e à Ásia,
alcançando os demais continentes nos milênios seguintes.

Chefatura

Em antropologia social, entende-se por chefatura uma forma de organização política


hierárquica em sociedades não-industriais geralmente baseada no parentesco, em que a
liderança formal é monopolizada pelos legítimos membros seniores da seleção famílias
ou 'casas'. Estas elites formam uma aristocracia político-ideológico em relação ao grupo
geral.[1] A chefatura é, portanto, liderada por um titular altamente classificado de um
papel político herdado, chefe:. Os chefes mandam por causa do estatuto atribuído, e não
devido ao estatuto alcançado.

Reino é aquele território cujos habitantes estão sujeitos a um rei. Trata-se de


um território regido por uma monarquia, que é uma forma de governo em que o cargo
supremo é unipessoal (uma única pessoa), vitalício e, de um modo geral, hereditário.

Estado

O Estado é um conjunto de instituições formado por um governo, as forças armadas e o


funcionalismo público que administram e controlam uma nação, tornando-a um país
soberano, tendo estrutura própria e sendo politicamente organizado, numa área
territorial perfeitamente delimitada por fronteiras respeitadas internacionalmente.

Num Estado cujo regime vigente é a democracia, tradicionalmente são três os poderes
estabelecidos para uma perfeita governabilidade: o Poder Executivo, o Poder
Legislativo e o Poder Judiciário.

Gana

O reino de Gana nada tem a ver com o país, Gana, atual.

Chamamos de reino e não de império de Gana. O motivo é que, império é tido como um
governo que pretende se expandir territorialmente.

Gana não tinha intenção de unificar os povos em seus domínios, não tinha uma visão
dominadora. No entanto foi uma das maiores civilizações africanas.

Ficava no oeste da África onde hoje se situa o Mali e o sul da Mauritânia.

Impressiona o fato de um reino tão rico e poderoso surgir num local sem saída para o
mar.

O que havia era um mar de areia, o deserto do Saara.


O povo soninquês se organizou em vilarejos ou colónia agricultoras estáveis.

Foi com o desenvolvimento das aldeias dos soninquês, sua agricultura, comércio e
exploração das minas de ouro que surgiu o reino de Gana.

Os nómadas, na época das piores secas traziam seus animais para pastarem nessa área e
faziam comércio com o povo.

Quando estes ficaram mais violentos, os soninquês se organizaram para se defender o


que deu início a uma população bem protegida que mais tarde se tornaria um grande
reino.

Os berberes

Viviam no deserto desde o primeiro milénio a.C.

Eles eram pastores e dominavam as dificuldades do deserto, tinham pontos de parada no


oásis, eles eram pastores e quando a seca era violenta, se dirigiam para a região do
Sahel.

Lá davam pasto aos animais e trocavam mercadorias.

Os berberes controlavam o sal, que vinha dos depósitos do deserto Tegaza (ao norte do
Mali atual).

O sal era mercadoria extremamente valorizada, sendo as vezes cotada no dobro do valor
do ouro.

Havia várias linhagens de berberes. Os mais poderosos eram os azenegues.

Os azenegues se dividiam em: lantas e jazulas, massufas, judalas e lantunas.

Os azenegues e os soninquês conviveram em paz até o século 11.

Gana

Também conhecido como "terra do ouro"

O nome do reino, Gana, veio da forma como era chamado o seu rei O Gana, o Senhor
do Ouro.

Suas terras eram chamadas Uagadu.


A cidade de Koumbi Saleh era muito poderosa no começo do século 11, tinha por volta
de 20 mil habitantes e um movimento comercial impressionante.

Duas vezes por dia, o rei atravessava a cidade, precedido pelos toques de tambor, com
seu séquito, todos cobertos de ouro.

A outra cidade importante era Audagoste que havia sido conquistada na metade do
século 9 pelos azenegues.

Embora fosse pequena era um centro comercial, agrícola e mercantil.

O chefe azenegue vivia no deserto mas, de vez em quando, ia a Audagoste.

A cidade controlava o comércio do sal e a saída para o deserto.

Gana controlava o ouro e as trilhas para a savana e o cerrado.

No século 11 os soninquês conquistaram Audagoste e assim o Gana ficou ainda mais


poderoso.

O apogeu

Com a conquista de Audagoste o Gana passou a controlar as forças militares.

Cavalos, dromedários, infantaria com arcos e flechas com ponta de ferro, o Gana
possuía mais de cem mil soldados.

O ouro era farto, o minério refinado era do rei e o ouro em pó era de quem o
encontrasse.

O rei não estava interessado em ampliar seus domínios em termos territoriais.

O que interessava era que, os vários povos próximos lhe pagassem tributos e
fornecessem soldados.

Para evitar que outros povos se aventurassem em roubar suas minas de ouro, eles
contavam histórias sobre seres fantásticos que trabalhavam nas minas.

O ouro existia em quantidades tão inacreditáveis que despertavam a cobiça de qualquer


um.

O reino de Gana se tornou um grande entreposto comercial.


Embora quem mandasse no deserto fossem os berberes, donos das rotas dos oásis e do
comércio do sal, Gana recebia os tributos do Sahel.

Não havia motivo entre esses povos de desavenças, uma vez que mais importante era a
paz e o comércio florescente, o sal, tecidos, cavalos, tâmaras, escravos e ouro.

As grandes cidades comerciais eram o Bambuque, Buré e Lobi.

Declínio

O grande motivo do fim do reino de Gana foi uma guerra santa ou jihad.

Uns dos grupos de azenegues, os judalas tinham um líder chamado Yahia ibn Ibrahim,
que fez uma peregrinação a Meca em 1035.

Quando ele voltou, cheio de ideias radicais, achou que seu povo tinha que praticar o
verdadeiro islamismo.

Para isso chamou um religioso de nome Abdallah ibn Yacine.

O povo não gostou da ideia e, após a morte de seu chefe, expulsou Yacine.

Esse Yacine foi embora acompanhado de seguidores que passaram a se


chamar almorávidas.

Os almorávidas, envolvidos pelo espírito da jihad juntaram um exército e conquistaram


terras ao sul do Marrocos, fundaram Marrakesh e conquistaram Koumbi Salleh.

Essa é a história básica mas, entre os estudiosos existem opiniões diversas:

- os almorávidas converteram os soninquês a força

- Koumbi Salleh nunca foi conquistada pelos almorávidas

- Gana se converteu ao islamismo aos poucos

- O povo sosso teria dominado Gana

- O reino entrou em decadência porque as minas de ouro se esgotaram

- Mali é a continuação do reino de Gana, para onde fugiram os não muçulmanos

- Nos séculos seguintes temos os povos sosso, songai e mali disputando a região

- O povo soninquês ainda existe, espalhado pelos atuais Mali, Mauritânia, Senegal e
Gâmbia.
O Império Songhai

Localizacao Geografica
Songai e e um antigo reino de africa ocidental que se estendia pelas as posicoes
geograficas as margens do Niger,na zona fronterica entre sudao e o Sahel,Gao tornou-se
nos seculos XII,a capital do jovem estado.

Foi último dos impérios sudaneses que foi originado pelos camponeses gaibas e os
pescadores sorkos, do mar do rio Níger. Estes clãs foram dominados pelos sorkos das
margens do rio Níger e pelo império do Mali por mais de 50 anos pagando tributo. Em
meados do século XIV, começaram a expandir suas áreas de domínio deste modo o
estado shongai foi construído fundamentalmente por camponeses e pescadores. No
século XIV, O shonghai desenvolveram e o mais importante imperador nesta época foi
Sunni Ali, que formou o poder em 1464 e fez do shonghai o mais poderoso estado
daquela época.

KI-ZERBO (2009:181), afirma que A HISTORIA DOS Songhais começou por várias
lendas, a primeira fala de um antepassado epónimo: Faran Boté, nascido de pai Sorko e
de mãe fada ligada aos espíritos da água, o que lhe facultava o favor dos senhores das
boas terras.

Havendo portanto, subido o rio, Faran Makan Boté ter-se-ia aliado aos Gows, caçadores
e sorkos, e ainda pescadores, um dos quais exercia as funções de Keita (grande
sacerdote). Ele estabeleceu assim o seu poder sobre um povo de camponeses na região
de Tillabery.

Os denominados songhais têm como origem a dominação das comunidades de


agricultores (dás) ou de caçadores (gôs) da margem do rio Níger pelos sorcos, vindos da
região de Dendi, entre as actuais Nigéria e República do Benin. Assim como os de
Gana, os songhais centralizaram o poder político, estimulados pelo controle do
comércio com os berberes. Cuquia era a capital de Songhai no século VII e Gaô era, nos
séculos VIII e IX, um importante ponto de comércio transaariano de escravos e ouro
trocados por cobre, cavalos, tecidos, vidro, oriundos do Magrebe, do Egipto, do
Marrocos e da Europa.

A Evolução social

Quanto a organização social dos shonghai, assemelha-se aos mais grupos sociais do
Sudão ocidental. A estratificação social define-se pela importância do atributo dos laços
familiares ou parentesco e o elemento básico que coloria todas as atenções sociais na
vida quotidiana era a família. Os clãs agrupavam muitas famílias de origem sonique tais
como os ture, tukara, os cisse, diakite e o dramados.

Evolução Politica

A organização política do shonghai era bem elaborada duque a do Mali, a cabeça do


imperador no dia da sua entronização recebia como insígnias um selo de tributo dos
tempos, tradicionais herdado. Os askia criaram um exército profissional que melhorou a
qualidade do governo e libertou o povo para a produção agrícola. O exército era bem
ordenado que estava dividido em vários corpos‫ ׃‬dyna- roy.E estavam em varias cortes
ou grupo um dos quais era guarda imperial sendo outros repartidos entre governos
províncias. O império era dirigido por uma equipa de altos funcionários algum dos
quais tinham uma competência puramente funcional. Os outros usavam o titulo de Ran-
fary, que controlava, uma província considerada celeiro do império; hin-roy ministro da
navegação fluvial; Fari-Monday inspector-geral dos cobradores de imposto; hore-
farima grande sacerdote do culto dos antepassados; São –farima, inspector que era
conservador das florestas; Hoy-Roy- chefe dos pescadores e Horey – farima ministro
ou encarregado dos brancos. Portanto, Esta espécie de prudência descentralização não
nos deve iludir sobre a rigidez da administração Songhai, que era muito escrita. Com
efeito, os governadores ou ministros não era vassalo hereditário. Eram nomeados e
demitidos pelo Askia e seu Bel-Prazer. É certo que a sua qualidade de príncipe e o facto
de estarem á testa de contingentes armados os podiam iniciar a intervir quanto o trono
fosse vago, KI-ZERBO (2009:187).
é difícil saber se a vida dos servos dos senhores ou dos Marabus era mais suportável que
a dos servos do império, porque era muito frequente o absentismo, em particular dos
fiscais. Alguns residiam na África do norte. Os excedentes eram portanto deixados aos
interessados, escravos livres ou homens livres,

Economia

Quanto a economia Cada cidade tinha de receber imposto, em todas contribuições


acrescentadas ao tributo do estado vassalos. Constituía a receita ordenaria muito
abundante tais como o ouro, sal cauris, que serviam de moeda corrente para evitar
fraudes. KI-ZEBO (2009‫׃‬187-189).

Mas outros investigadores interessados a conhecer esta civilização abordam outros


meios de produção económica diferente do autor acima citado, como o caso de
BARROS (1945:24) sustenta que Songhai foi sucessor do reino do Mali, expandindo-se
2.000 km ao longo do vale do Níger. Na segunda metade do século XV, o chefe Soni
Ali fez com que Songhai atingisse o seu apogeu, explorando a agricultura e o comércio
com as cidades de Jenné e Tombuctu. Depois de sua morte, os membros da família real
e da nobreza militar enfrentaram-se em conflitos pela sucessão, provocando a divisão do
Estado.

As religiões tradicionais africanas mantiveram-se em muitos lugares nos quais o


islamismo penetrou. Os songhais preservaram-se fiéis as suas tradições religiosas até

o final do século XV, quando militares e clérigos muçulmanos dominaram o poder. Na


crónica Tarikh al-Fattash, escrita por volta de 1665, há discrição de aldeias agrícolas
em Songhai. Eram compostas, em média, por duzentas pessoas, que ficavam sob a
guarda de quatro feitores – fanfas – e um capataz chefe, sendo todos escravos. As
aldeias eram obrigadas a entregar uma produção de arroz e milho ate fixada anualmente.
Muitas vezes, sobrava pouco para a sobrevivência dos escravos. No entanto, nas aldeias
agrícolas de aristocratas e chefes militares, os escravos eram considerados servos, tendo
que entregar ao proprietário uma parte da produção, reservando o restante para seu
sustento e da sua família. Outras terras eram cultivadas por escravos de plebeus que
conseguiram enriquecer na agricultura ou no comércio e que as administravam com
rigor.
O Declínio do shonghai

O fim do imperio Songai deu-se após ao grande progresso registado entre os seculos XII
a XVI, que Marrocos apercebendo-se do valor das minas, do sal de Teghazza chavi do
comércio oeste africano, comessou a pressionar o Askia. Com várias recusa do askia em
ceder as minas, marrocos organizou uma campanha militar a Gao e as terras do Niger
que após cinco anos eles chegam a quebrar a resistencia songhai e comquistaram a
autonomia na regiao passando a eleger os seus chefes e com o tempo fundiram se na
população local. Após vários progressos, os marroquinos organizarão uma campanha
militar a Gao e as terras do Níger tendo demorado 5 anos de lutas ate que quebrarão
com a resistência dos shongais. Os marroquinos acabam por ganhar a autonomia na
região.

O povo Haussa

habitava a área que ia desde os montes Air (norte), até o planalto de Jos (sul), da
fronteira do antigo reino de Bornu (leste), até o vale do Níger (oeste). Desde tempos
muito antigos, era a única língua indígena conhecida, o território era chamado de Kasar
hausa, que quer dizer, território de língua haussa. (ADAMU, 2010, p. 299)

Estrutura político-administrativa

Os primeiros haussas viviam em pequenas aldeias ou comunidades onde cada linhagem


tinha seu chefe. Alguns poderiam desfrutar de certa superioridade aos demais por
considerarem-se descendentes do fundador. Assim alguns foram concentrando mais
poder que outros. Essas aldeias foram se expandindo, recebendo e fixando-se novas
pessoas, com isso, foi se aumentando o poder e algum chefe ia assumindo um caráter de
príncipe enquanto os demais chefes da família iam constituindo uma nobreza.(SILVA,
2011, p. 458-459) Umas aldeias cresciam mais do que outras, foram tornando-se
maiores e sobrepondo-se às menores. Uma das características da ascensão de uma aldeia
era a construção de murros para se proteger de ataques. As aldeias tinham um chefe, as
vilas, maiores, tinham o chefe da vila. Havia também o chefe do território. O rei tinha
poder absoluto e caráter sagrado, estando à frente do país. Apesar de haverem
diferenças regionais, a organização política seguiu um padrão semelhante, “[...] o
sistema administrativo surgiu nos Estados haussa, desde o século XIV, testemunha a
influência do Kanem-Bornu, de onde vieram os modelos de muitas instituições e
funções [...].” (ADAMU, 2010, p. 329) Com o crescimento das cidades apareceram
Estados centralizados como centros do poder político, cada um com suas características,
e sua importância variou com o tempo. Podemos citar alguns desses Estados como
Kano, Katsina, Rano, Gobir, e outros.

A vida econômica dos Haussas

Segundo Adamu, os Haussas se desenvolveram economicamente devido as suas


jazidas de minério de ferro que eram ricas e bem distribuídas. A qualidade do seu solo
foi outro fator determinante, pois na sua totalidade era rica e fértil. Dessa forma, a
agricultura era a atividade econômica mais importante dos Estados Haussas (2010,
p.331). O território era bastante povoado, porém a população não se concentrava
demograficamente em uma região do país. A localização geográfica do território, entre
o Sahel e o Saara ao norte, a savana e a floresta tropical ao sul; podia, desta forma, ser
intermédio de mercadorias entre estas regiões. Devido a esses fatores, o território haussa
logo desenvolveu o artesanato e o comércio de longa distância. A agricultura era o
centro da vida econômica do país. A terra era utilizada sobre a supervisão de um chefe
da comunidade (aldeia, vila, cidade). Nunca era vendida, e seu usufruto cabia aos que a
cultivavam. O agricultor (talaka) era dirigido em suas atividades por um chefe de
culturas (sarkin poma), responsável pela observação rigorosa do início da estação das
chuvas e pelos sacrifícios a serem feitos aos deuses locais, para que se assegurassem
boas colheitas

Reinos hauçás

é o nome pelo qual ficaram conhecidos uma série de cidades-Estado independentes


situadas entre os rio Níger e Lago Chade.

Hausa Bakwai

Os reinos hauçás começaram como sete Estados que partilhavam a mesma mitologia de
seus fundadores, segundo a qual seriam os filhos de uma rainha. Eles são conhecidos
como os Hausa Bakwai, que significa "Sete Hauçás".

Os Estados incluídos:
 Daura? - 1806
 Kano 998 - 1807
 Katsina c. 1400 - 1805
 Zazau (Zaria) c. 1200 - 1808
 Gobir c. 1000 - 1808
 Rano
 Biram c. 1100 - 1805

Banza Bakwai

O crescimento e a conquista dos Hausa Bakwai resultou na fundação de outros países


com os seus governantes seguindo a linhagem hauçá de uma concubina do pai
fundador, Bayajidda. Assim, eles são chamados a Banza Bakwai, que significa
"Bastardo", ou Bogus Seven ("os falsos sete"). Os Banza Bakwai adotaram muitos dos
costumes e das instituições dos Hausa Bakwai, mas foram consideradas não-
sancionadas por pessoas não-hauçá.

Esses estados são:

 Zamfara
 Kebbi
 Yauri (também chamado Yawuri)
 Gwari (também chamado Guarilândia)
 Cuararafa (um estado jucum)
 Nupes
 Ilorin (um estado ioruba)

Apogeu

Os reinos hauçás emergiram antes do século XIII como centros comerciais vibrantes
que competiam com Canem-Bornu e o Império do Mali. As principais exportações
foram de couro, ouro, pano, sal, nozes de cola, peles dos animais, e hena. Exceto
alianças menores, as cidades-Estado hauçás funcionaram de forma independente. As
rivalidades geralmente inibiam a formação de uma autoridade centralizada.

Queda
Apesar do crescimento relativamente constante, as cidades-Estados eram vulneráveis à
agressão e, embora a grande maioria dos seus habitantes eram de muçulmanos até
o século XVI, eles foram atacados pelos muçulmanos jiadistas de 1804 a 1808. Em
1808 o último Estado hauçá foi finalmente conquistado por Usuman dan Fodio e
incorporado no Califado de Socoto.

Os Swahilis

A costa Africana do Oceano Indico é povoado por uma civilizacao muito rica e
complexa, *os Swahilli/Suahili/Kiswahili* comjunto de grupos etnicos e cultural
articulados por uma lingua e por uma serie de elementos culturais que fudem as as
tradicoes africanas.

Mais de 10 milhões de pessoas usam a língua da Swahili como língua materna e mais de
50 milhões utilizam-na como segunda língua. Na Tanzânia, para 7% da população é a
língua materna, mas usam-na como 1ª ou 2ª língua mais de 70%. Algo parecido
acontece no Quênia. Na República Democrática do Congo há mais de 10 milhões de
pessoas que o utilizam e é falada na região Norte de Moçambique.

Origem

O nome Swahili deriva da palavra árabe *Swahili*, plural do Sahel, que significa costa.
Por outro lado, alguns muçulmanos africanos na costa do Quênia são conhecidos pelos
povos vizinhos ou por eles próprios como Swahili, embora sua língua materna seja
diferente de Shwahili. A origem do termo é tão variada quanto as origens da linguagem.
Assim, a pequena comunidade dos Shirazi, são considerados descendentes do antigo
império persa. Em Mombasa são considerados descendentes de árabes misturados com
alguns Bantu e Iêmen. A maioria dos árabes no Quênia, falam swahili como língua
materna. Na Tanzânia, o termo swahili é frequentemente usado para designar todos os
africanos costeiros que falam Swahili como língua materna. Às vezes, o termo Shirazi é
usado para nomear pessoas com ascendência genética árabe.

História

Os habitantes das áreas costeiras do Quênia, Tanzânia e Moçambique compartilham


tradições históricas, linguísticas e culturais que alguns estudiosos da Swahili
consideram como antemões ao primeiro século, data em que a história é escrita que um
viajante grego anônimo, autor de El Periplo por O mar de Eritreia, no qual se escreve
sobre um lugar na África Oriental que os árabes frequentavam o comércio.

No século VIII, grupos de comerciantes árabes são estabelecidos de forma permanente


em certos pontos da costa africana do Oceano Índico, misturando-se com a população
Bantu nativa, embora acredite-se que havia algumas dessas comunidades antes da
chegada do Islã. Eles moravam em Cidade - Dependentes do Sultão de Omã, e mais
tarde, no Sultão independente de Zanzibar. Entre os séculos nono e duodécimo, os
Benaadir navegam perto da costa da Somália e vêm criar na área do rio Juba um dos
mais importantes centros da cultura do Swahili. Muitas aldeias ainda mantêm sua língua
swahili, embora muito influenciadas por séculos de relacionamento com os somalis.

Economia

A economia da Swahili hoje, como no passado, está inextricavelmente ligada ao Oceano


Índico. Por cerca de 2.000 anos, os comerciantes Swahili, actuaram como
intermediários entre a África Oriental e Central e o resto do mundo. Eles
desempenharam um papel importante no comércio de marfim e no tráfico de escravos
por séculos. Nos tempos modernos, os comerciantes Swahili trouxeram produtos do
interior da actual República Democrática do Congo para as costas da Tanzânia, onde
foram vendidos para comerciantes árabes, indianos e portugueses. Os pescadores do
Swahili ainda contam com o oceano para obter sua principal fonte de renda e praticam a
agricultura.

Religião

O islamismo é a religião praticada por quase todos. No entanto, em relação íntima com
a fé islâmica, eles mantêm certas práticas e crenças que são consideradas estranhas ao
Islã. Eles acreditam em espíritos (djinns) que têm um caráter animista. A maioria dos
homens usa amuletos protecionistas ao redor de seus pescoços que contêm versos do
Alcorão. A adivinhação é praticada através das leituras do Corão. Muitas vezes, o
adivinho incorpora escrituras do Alcorão no tratamento das doenças, semelhante à
forma como os cristãos rezam para que seus deuses intervenham na cura dos doentes.
Economia da África

A África é o terceiro maior continente, o segundo mais populoso e, apesar das imensas
riquezas naturais e minerais, o mais pobre. O continente contribui apenas com 1% do
produto interno bruto (PIB) do mundo e cerca de 1/3 dos seus habitantes vivem com
menos de um dólar por dia, abaixo do nível de pobreza definido pelo Banco Mundial. O
principal motivo da miséria africana é o imperialismo praticado pelas nações europeias
a partir do século XVI e a tardia descolonização dos países, a partir da segunda metade
do século XX, o que levou a uma industrialização tardia e incompleta, ainda hoje.
Outros fatores como conflitos armados, técnicas atrasadas, mão de obra pouco
qualificada, dificultam ainda mais o desenvolvimento da África.

Tradicionalmente, as populações africanas são formadas, em sua maioria, por pastores e


agricultores. A agropecuária é a atividade econômica que mais absorve mão de obra no
continente. Observamos duas formas de plantio na África: a de subsistência e a em
forma de plantation. A agricultura de subsistência de baixo rendimento, que serve
apenas para a manutenção do individuo e/ou de sua família, com um pequeno excedente
comercial, varia de acordo com a formação climática. Na zona de clima mediterrâneo,
encontramos plantações de uva, legumes, oliveiras, frutas e cereais. Nas zonas tropicais
há o cultivo de cereais nativos como o painço e o sorgo, além da criação de gado
caprino e ovino. Na zona equatorial observamos uma cultura nômade de tubérculos:
mandioca, batata, inhame, plantados em solos pouco férteis e com técnicas
rudimentares. O sistema de plantation é gerido por empresas transnacionais e serve
principalmente para o abastecimento de mercados externos. Novamente o clima é o
principal fator determinante das culturas. No norte mediterrâneo encontramos o cultivo
de frutas, videiras, oliveiras, cereais. O clima tropical e equatorial favorece o cultivo de
cacau, café, chás, algodão, cana-de-açúcar e banana, além da extração de árvores de
madeira nobre, como ébano e mogno.

A principal atividade econômica praticada na África é o extrativismo mineral. Países


como Angola, Nigéria, Mauritânia, Líbia, África do Sul, Republica Democrática do
Congo (RPC) e Zâmbia têm nessa atividade mais da metade de suas exportações. Os
principais minérios explorados são: urânio, em Níger e Namíbia, cobre, na África do
Sul, Zâmbia, Zimbábue e RPC, diamantes, em Lesoto, Botsuana e Serra Leoa, ferro, na
Mauritânia e África do Sul, bauxita, no Moçambique, além de petróleo na Líbia e
Nigéria. A atividade de extração em superfície muitas vezes é feita de forma primitiva,
por garimpeiros com equipamentos simples, já a exploração em profundidade é feita por
empresas transnacionais. Os dois tipos de exploração têm por objetivo abastecer o
mercado externo. A exploração de diamantes, em alguns casos, utiliza mão de obra
escrava de jovens e crianças, associando-se ao tráfico das pedras e de armas.

A extrema concentração de renda nas mãos das poucas elites africanas, as remessas de
lucros das empresas transnacionais e a industrialização tardia fazem com que poucos
países tenham uma indústria diversificada e produtiva capaz de influenciar no PIB. Os
únicos países com uma industrialização dinâmica e diversificada são a África do Sul e
Egito. A África do Sul é responsável por 1/5 do PIB do continente, com atividade
industrial nos ramos químico, de siderurgia, metalurgia, alimentício, maquinário
agrícola e de transporte, além da indústria têxtil. Sendo o mais importante país da
Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento, principal bloco
econômico do continente africano.

Reino do Congo

O Reino do Congo foi fundado por Ntinu Wene, por volta do século XIV, e ocupava a
porção centro-ocidental da África, estendendo-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até
o rio Cuangoa, a leste; e do rio Oguwé, no atual Gabão, ao norte, até o rio Kwanza, ao
sul.

Durante o processo de expansão marítimo-comercial, os portugueses travaram contato


com várias culturas já consolidadas no litoral e outras regiões do interior do continente
africano. No ano de 1483, quando o navegador lusitano Diogo Cão chegou à foz do rio
Zaire, encontrou o Congo.

As características do Reino do Congo

Assim como o reino de Benin e de Mali, o reino do Congo está entre os mais
importantes e poderosos do continente africano. No Reino do Congo existia um grande
número de províncias ocupadas por vários grupos da etnia banto (principalmente os
bakongo), que tem origem nas narrativas míticas sobre a cidade de Ifé.
Apesar de ser um estado centralizado, neste reino existiam administradores locais,
vindos de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica. O Congo
era governado pelo rei, conhecido como manicongo, que tinha o direito de receber os
tributos vindos de cada uma das províncias dominadas. O império consistia de nove
províncias e três reinos (Ngoy, Kakongo e Loango), porém a sua área de influência
alcançava os estados limítrofes, como Ndongo, Matamba, Kassanje e Kissama.

A principal cidade do reino era Mbanza, local onde eram tomadas as decisões políticas
mais importantes e onde os portugueses entraram em contato com esta civilização
africana. A centralização estatal do Reino do Congo e o controle sobre a produção
econômica da costa oeste africana coincidiram com a consolidação do Império
Ultramarino Português, ao longo do século XV.

As actividades econômicas do Congo

As principais atividades econômicas dos congoleses envolviam o comércio de sal,


metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática deste desenvolvido comércio era
feita por meio do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, um tipo de concha
encontrada exclusivamente na região de Luanda.

O tráfico de escravos foi movimentado pelo contato das autoridades políticas do Reino
do Congo com os portugueses. Inclusive, grande parte dos escravos que trabalharam na
exploração de ouro no século XVII no Brasil era originária das regiões do Congo e
Angola.

O intercâmbio com os europeus, na economia e na cultura, trouxe novas práticas que


acabaram transformando a civilização congolesa, como, por exemplo, a incorporação de
elementos do catolicismo.

Formação política pré-colonial


A partir do século XIV os congos passaram a organizar-se politicamente, formando o
poderoso reino do Congo, a partir da reunião dos reinos Ampemba Cassi e Bambata. O
antigo reino de Bambata acabou por tornar-se um ducado dentro do reino, nas terras que
atualmente formam a província do Uíge.
A fundação do reino do Congo se deu com a investidura de Lukeni lua Nimi como
primeiro rei, em 1390, fixando capital em uma localidade por nome Nisi Cuílo, em
territórios do Congo-Quinxassa.
Já politicamente forte, o reino do Congo organizou uma expedição e conquistou o reino
rival de Muene Cabunga, que tinha sua capital, Mongo-dia-Congo, ao sopé de uma
montanha ao sul. A cidade mudou de nome, passando a chamar-se Mabanza Congo,
para onde o rei do Congo mudou-se e fez seu palácio

CAUSAS DO DECLINIO DO REINO DO KONGO .

uma das mais fortes foram as desavenças internas,

motivadas pela cede do poder que reinava entre os superiores do reino, estás desavenças
causaram
fortes divisões entre os irmãos, o que fortificou
cada vez mais os invasores.

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