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Bem-vindo! É um prazer te-lo como visitante.

Aqui voce ira encontrar as


informacoes que precisa a respeito das duvidas mais frequentes que, acredito, sempre
foram motivo de preocupação para voce em relação à redes e formacao da
comunicacao via internet.

O texto original, escrito a mais ou menos dois anos,sofreu bastantes


modificacoes desde aquela epoca em que o projeto original era coloca-lo somente
como um artigo a respeito de protocolos de rede num e-zine que acredito nao exista
mais. De la pra cá, novos assuntos foram feitos e colocados na pagina.

Portas de Comunicação foi um Hierarquia de Redes foi outro capitulo


capitulo especial. Esse seria um artigo a que dediquei bastante atenção. Voce
parte no antigo projeto do e-zine e nao encontrará informações a respeito de
seria nem incluido nesta pagina mas as formaçao de redes que, acredito, nao
duvidas sobre o assunto eram tao sejam faceis de encontrar em paginas
grandes que alem de inclui-lo, o fiz da web.
maneira mais esclarecedora possivel.
Conceitos Técnicos foi um capitulo
A pagina de Links Úteis esta muito boa. problematico. Algumas informacoes
Os links foram escolhidos "a dedo" para dadas como exemplos sobre servidores
uma referencia mais adiantada sobre o foram tidas como sendo ilegais, hacking,
assunto ou ate mesmo sobre assuntos o que nao é verdade. Somente me servi
nao relacionados a redes. de um exmplo mais proximo possivel da
realidade. Tambem é outro capitulo
bastante esclarecedor.

Nota: Se voce é visitante da antiga página, deve estar achando bastante diferente a
nova apresentação. Resolvi fazer uma "tabelação" do site para uma melhor indexação
nos search engines e porque queria melhorar o visual. Voce ainda pode, como
alternativa, acessar a antiga pagina com o mesmo texto.

Básico
TCP:Transmission Control Protocol
IP: Internet Protocol

Bom, para comecar, alguns conceitos basicos sobe o tema:

Protocolos: Simplesmente um conjunto de regras bem definidas que


definem uma acao a ser executada (parece definicao de algoritmo mas
na verdade pode ate ser encarado como um). Assim, protocolos em
computacao, e em especial a redes, define como computadores podem
se comunicar entre si.

Todo computador conectado em rede necessita de uma


identificacao, sendo assim, já de posse dessa identificacao, o protocolo
tem por papel primordial estabelecer a conexao mais confiavel e
duradoura possivel entre computadores. Dessa forma, se define: como
enviar e receber e-mails, como me identifico a outro computador,
quanto tempo devo esperar para que você me envie um conjunto de
informacoes, com que intervalo um conjunto de informacoes deve ser
espacado a fim de se obter a conexao mais confiavel possivel, como
começar e como terminar uma conexao, etc.

Intranet: Intranet é o novo conceito para redes de acesso discado mas


não vinculado diretamente ao que conhecemos como Internet. Tal como
um provedor de acesso à Internet, a Intranet conecta clientes a suas
redes corporativas internas. Encare uma Intranet como servidora dela
mesma, ou seja, voce pode acessa-la sem mesmo ter uma conta com
um provedor Internet, contudo, o acesso limita-se apenas a rede privada
e, de forma alguma, voce poderia, por exemplo, visitar paginas em
outros locais alem da qual foi pre-programada pela empresa. As
diferenças residem ai, no resto, temos todas as caracteristicas de uma
rede qualquer: serviços WWW, ftp e o que mais a empresa venha a
necessitar para atender seus clientes. Um bom exemplo a dar a respeito
é sobre os serviços de Home Banking do Banco Itau (Isso não é
propaganda heim?); você conecta-se, por acesso discado, do seu
modem, a rede interna de servicos privados do Banco Itau e usufrui dos
servicos de um caixa on-line.

Extranet: Extranet é uma variante da Intranet, ou seja, podemos defini-


la como sendo uma interligação entre Intranets por meio da Internet.
Dessa forma, uma Intranet pode se comunicar a outra bastando apenas
a sua interligacao por meio da Internet o que, nesse caso, envolveria um
provedor de acesso discado. Pense comigo: uma empresa com varias
filiais precisando de comunicação urgente com uma outra localizada a
varios milhares de quilometros; a comunicacao por acesso puramente
discado, Intranet a Intranet seria inviável; usa-se, então, um provedor de
acesso local para a interligação entre as duas filiais.

Introdução
Ao contrario do que muita gente possa pensar, TCP/IP nao é o
unico protocolo utilizado em comunicao em redes, tanto é que ao
mesmo nivel de um IP, por exemplo, existe o x.25 e, ao TCP, o UDP. E
algo mais que algumas pessoas possam fazer confusao é a respeito do
que cada um faz, ou seja, TCP define um papel um tanto diferente do IP
e vice-versa, cada qual com um papel especifico mas com sobrevivencia
mutua e sempre "ajudado" por protocolos semelhantes. Na realidade
podemos ate mesmo estudar os dois protocolos separadamente.
O TCP/IP foi adotado como padrao em todo mundo como meio
de comunicacao com a Internet. Algumas empresas podem implementar
seus proprios protocolos de comunicacao em redes internas, se
quiserem, mas para a comunicacao com a Internet deverao adaptar seus
equipamentos a fim de operar em TCP/IP.

O TCP/IP foi primeiramente desenvolvido como um projeto


particular que atendesse aos servicos do Governo Americano em
especial as Forcas Armadas. No tempo da Guerra Fria, nao era possivel
um nivel de comunicao satisfatorio entre bases comandadas, entao foi
necessario a criacao de um nivel de transmissao de informacoes mais
adequado. Logicamente existiam as transmissoes puramente fisicas com
dados trafegando por meio de pulsos eletricos tal qual um barramento
transfere dados entre perifericos. Pensar em algo como isso naqueles
tempos era no minimo ridiculo. Como me comunicar dessa forma com
uma base militar a algumas centenas ou milhares de quilometros?
Levando em conta alguns conceitos de eletronica, o sinal se perderia ou
se anularia facilmente nesse meio, os fios.

Mesmo levando em conta que fosse possivel tal meio de


comunicao, as informacoes nao sao enviadas como em um protcolo por
TCP/IP, ou seja, por pacotes. É tudo enviado de uma vez so. Se a
transmissao por algum motivo fosse interrompida todo o processo iria
falhar e a informacao nao chegaria ao destino final. Desastroso.

Alem de permitir uma conexao mais confiavel em redes, o


TCP/IP permitia transmissoes bem mais arrojadas do que aquelas
realizadas em modo puramente fisico, ou seja, unicamente por
transmissao em pulsos. Assim, uma transmissao puramente fisica so
poderia ser realizada somente por dois usuarios por vez e se se quisesse
enviar mais informacoes a outros computadores nao seria possivel ou
entao deveria-se fechar uma das conexoes para que a informação
pudesse chegar em dois locais. Levando em conta que naquele tempo a
comunicacao era primordial entre varios lugares ao mesmo tempo, esse
modo de transmissao nao era o mais indicado. Pelo TCP/IP (outros
protocolos permitiam isso tambem) era possivel comunicacao entre
vários computadores ao mesmo tempo e isso atendia as pretensoes da
epoca.

Nesse tempo, os cientistas tiveram a ideia de transmissao por


pacotes, ou seja, somente partes da informacao que deveria ser
transmitida seriam enviadas. Assim, uma mensagem nao corria o risco
de se perder no meio da transmissao e mesmo uma conexao mal
realizada nao seria de toda inutil.
Bem ,alguem poderia estar se perguntando: "Tudo bem,
entendi o que você quis dizer, mas se se usa qualquer protocolo para
meios de comunicao atraves de pacotes segmentados, isso tambem
implica um meio fisico de transmissao e nesse meios os dados trafegam
normalmente como pulsos eletricos tambem." -- Ok, você esta certo, nao
ha diferencas em como a informação chega ao destino, ha sim no modo
como ela é enviada. Como sera explicado mais adiante, o IP segmenta a
informação em varios pacotes e esse pacotes sao tratados meramente
como pulsos eletricos quando transmitidos e quando chegam ao
computador destino, mas o TCP (o responsavel pelo recebimento)
implementa um metodo seguro de transmissao, isso porque se o que se
queria ser enviado nao chegou ao destino de forma completa, uma nova
conexao pode ser restabelecida sem prejuizo do que já havia sido feito.

Creio que você já deve ter ouvido falar no GetRight nao?


Otimo programa. Isso seria um bom exemplo para dar a você: quando
uma conexao termina por qualquer motivo com o meio de origem, o que
envia os dados, uma nova conexo pode ser estabelecida sem prejuizo
dos dados que estavam sendo recebidos, ou seja, pode ser reinicializada
de onde se parou sem problemas. Assim funciona o meio de transmissao
de pacotes e acho que você já pegou o espirito da coisa sobre a
importancia desse protocolo.

O protocolo TCP/IP implantou um novo conceito arrojado no


modo de transmissao mundial entre redes mesmo as heterogeneas
(Sistemas Operacionais diferentes) e qualquer Sistema que tenha por
pretensao conectar o usuario em rede mundial Internet deve ter tais
protocolos instalados Bom, era isso que eu queria falar a você como
introducao. Agora vamos a parte tecnica da coisa.

Conceitos Técnicos
Antes de comecar, um esclarecimento: Um provedor de acesso
a internet funciona por concessao de uma outra grande rede maior.
Assim, seu provedor nada mais é do que uma rede conectada a outra
maior e você, quando conectado ao seu provedor e fazendo parte dele
como um host, é um micro-host em toda a essa rede maior. Essa grande
rede maior é chamada de backbone (espinha-dorsal em ingles) e é nela
onde estao conectadas as redes menores que oferecem servicos, as
provedoras. É o nivel mais alto das redes. Os backbones nacionais sao:
RNP, Embratel, Unysis, Global One, IBM e Banco Rural. Creio que sao os
unicos ate o momento. Esse sao os de nivel mais alto no Brasil, mas
existem os backbones estaduais tambem (na realidade podem ser
considerados como centros de roteamento aos backbones nacionais):
ANSP - SP; Rede Bahia - BA; Rede Catarinense - SC; Rede Internet Minas
- MG; Rede Paraibana de Pesquisa - PB; Rede Rio - RJ; Rede Pernambuco
de Informática - PE; Rede Norte-riograndense de Informática - RN e Rede
Tchê - RS.

Sendo assim, a sua provedora é seu backbone pessoal, que se


liga ao backbone do estado onde esta localizada que por sua vez é
conectada ao de maior nivel, os backbones nacionais. Se seu estado nao
possui backbone provavelmente sua provedora utiliza um backbone de
outro estado ou entao de algum instituto de tecnologia proprio que
possa fazer pelo menos um roteamento satisfatorio.

Quando estabelecemos uma comunicacao com nosso provedor


de acesso a internet, por exemplo, nos é atribuido um numero de
identificacao na rede. Esse numero de identificacao é o IP. Um numero IP
nada mais é do um numero de 32 bits segmentado em quatro partes,
portanto com oito bits, formando um byte. Ao total teriamos 4 bytes. Se
voce recebe por exemplo 11001000.11111001.11011111.1110010
esse numero define voce no mundo inteiro, ou seja, seu computador é
unico na internet naquele momento e voce é perfeitamente identificado
por ele. Assim como um numero de telefone, não existem dois numeros
IP conectados ao mesmo tempo a não ser, obvio, que seja pertencente a
uma rede interna (que não possua acesso a Internet).

Algo interessante a se dizer sobre essa identificacao é que,


como foi dito, sao um conjunto de bits e como tal é representado por
numeros binarios. O mesmo numero acima traduzido para tabela
decimal ficaria: 200.249.223.114. Isso é importante notar, porque um
numero como esse nao é dado a voce em formato decimal mas sim
binario e depois convertido gracas ao servidor ou servidores DNS. Outra
coisa interessante a ser dita a respeito é que numeros IP nunca
ultrapassam o patamar de numero 256. Assim, voce nunca ira ver nada
como 200.286, isso não é possivel. Simplesmente porque a tabela de
conversao atinge somente 256 possibilidades numericas (de 0 a 255).
Portanto, o maximo que voce ira ver sera 255 como numero
identificador de um dos segmentos do quarteto decimal. Na realidade
poderiamos dizer 253 possibilidades porque o numero 0 eh destinado a
processos especiais e 255 não pode ser atribuido a numeros IP de hosts,
eles possuem outra finalidade (a mascara de sub-rede). Maiores
detalhes sobre isso na secao "HIERARQUIA DE REDES".

Outro fato que eu acredito muitas pessoas facam confusao é a


respeito do host. Um host nada mais é do que um computador
conectado em rede (em uma rede interna ele tambem pode ser
chamado de nó). Vamos citar um exemplo de provedora, a ELOGICA.
Quando voce disca para la e você é conectado, eles te fornecem um
numero IP, ok. Para a ELOGICA voce nada mais é do que um computador
conectado na rede dela, meramente um numero de identificacao.

Como identifico um host? simples. Um endereco IP é dividido


em duas partes: uma destinada a identificao da rede e a outra
identificando o host, ou seja o micro que pertence a essa rede e se
conectou a ela. Voltando ao exemplo acima: se nos temos
200.249.223.114 os dois primeiros bytes desse numero (lembre-se da
definicao mais acima, para nao ficar perdido) sao destinados a rede,
entao: 200.249 é a rede a qual me conectei. Ok. Os outros dois ultimos
bytes definem o host: 223.114. Entao, para ficar facil, eu sou um micro
chamado de host com identificacao 223.114 conectado na rede 200.249.

Mais outra coisa deve ser dita: acho que voce já ouviu falar em
sub-rede, claro. Pois é, uma sub-rede nada mais é do que uma rede
hierarquicamente inferior em relacao a uma rede maior. Geralmente, os
numeros que identificam a sub-rede sao referidos ao terceiro byte da
cadeia do IP, assim o mesmo numero 200.249.223.114 pode definir uma
sub-rede de identificacao 223. Como voce pode ver, uma rede pode ter
varias sub-redes menores cada uma interdependente entre si mas
dependente em relacao a rede maior.

(*Esse conceito de identificacao de sub-redes envolve detalhes maiores


e voce ira obter melhores informacoes na secao "HIERARQUIA DE
REDES"*)

Voltando ao exemplo da ELOGICA: ela possui varias sub-redes


cada uma com um papel diferente mas de importancia suma dentro de
toda a rede. Para a ELOGICA foi concedido o numero 200.249.XXX como
identificador da rede em geral. Dentro dessa rede maior, a ELOGICA
criou varios outros departamentos menores cada um com um servico
especifico. Assim, poderiamos ter 200.249.223; 200.249.238;
200.249.219; 200.249.218, etc. Cada uma dessas sub-redes com uma
funcao especifica. Se você por exemplo, se conecta a rede e recebe:
200.249.219.15 entao voce é um host de numero 15 dentro da sub-rede
219 na rede 200.249.

(*Infelizmente desconheco o menor e o maior nivel de rede concedido a


ELOGICA porque, como eh uma rede classe C, apenas o segundo byte
não informa a sub-rede verdadeira. Assim outras redes tambem podem
ter 200.249.XXX como identificador, o que vai diferenciar ai seria o
terceiro byte, justamente o que define uma rede dessa classe.*)

O conjunto de sub-redes da ELOGICA segue abaixo:

• 200.249.238.2 bbs.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.3 PE.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.4 ceiun01.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.9 irc.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.11 os390.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.15 dominus.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.16 oxente.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.17 clovis.ELOGICA.com.br.238.249.200.in-addr.arpa
• 200.249.238.18 host238-18.ELOGICA.com.br
• 200.249.238.19 host238-19.ELOGICA.com.br

Observe que os servidores principais se concentram na sub-


rede 238. Isso nao significa que um host de um usuario nao possa entrar
e ser identificado como pertencente a sub-rede 238. De fato, esses sao
enderecos fixos e pertencem aos servidores que atendem servicos tais
como o IRC mais acima ou o de e-mail (se nao me engano o responsavel
ai seria o ceiun01). Mas observe que mais abaixo (os dois ultimos hosts)
encontramos numeros de hosts comuns, ou seja, sao de usuarios
conectados no momento.
Um outro exemplo:

• 200.249.223.1 host223-1.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.2 host223-2.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.3 host223-3.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.4 host223-4.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.5 host223-5.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.6 host223-6.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.7 host223-7.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.8 host223-8.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.9 host223-9.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.10 host223-10.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.11 host223-11.ELOGICA.com.br
• 200.249.223.12 host223-12.ELOGICA.com.br

Nessa sub-rede de agora, a 223 nao ouve nenhum servidor


anunciado, apenas usuarios conectados. Outras sub-redes foram
verificadas mas nao houve nenhuma nova inclusao de servidores,
parece que todo o servico se concentra na sub-rede 238. De fato, como
sera visto no proximo capitulo, sub-redes superiores a 224 são
destinadas a servicos especiais e ficam destinadas aos servidores.

Hierarquia de Redes
Como havia dito antes, a ELOGICA não obteve um numero de
rede do nada. A ela foi concedido um numero de rede que é:
200.249.XXX. O fato de ter colocado os caracteres X é porque a
ELOGICA não é única no mundo com identificacao 200.249. De fato,
assim como ela, a NETPE (uma outra provedora aqui de PE) tambem
recebeu 200.249 como identificacao. Ambas são redes classe C e são
varias pelo mundo. O que vai diferenciar as duas sera o terceiro byte da
cadeia do IP. Uma organização mundial chamada IETF (Internet
Engineering Task Force, ou Força Tarefa de Engenharia da Internet) eh
quem outorga esses numeros a quem a solicita.

As redes são divididas hierarquicamente no mundo, assim nos


temos rede de maior tamanho e aquelas menores. Essa definicao de
maior ou menor atende o simples fato da possibilidade de um numero
maior ou menor de hosts conectados. Assim nos temos: Redes classe A,
B e C.

Redes classe A: São as redes de maior numero de hosts


conectados e somente pouquissimos orgaos ao redor do mundo
possuem o privilegio de possuir um endereco de rede situado na classe
A (diga-se de passagem, não existem mais enderecos dessa classe
disponiveis a novos cadastros, a não ser que alguem se descadastre).
De fato, não eh qualquer organizacao no mundo que possui esse
privilegio e eh apenas concedido a Universidades e organismos
Governamentais. A quantidade de enderecos disponiveis a esse nivel é
pequena, atinge numeros de 1 a 126. Observe que não utilizei os
caracteres X pra identificar um outro nivel, isso não eh necessario em
classes do tipo A, porque o primeiro byte jah eh suficiente para a
identificacao de toda a rede. Já deu pra perceber portanto que essas
redes são muito poucas mas atende o maior numero possivel de hosts
conectados: 16.777.215. No mundo inteiro somente existe 126 redes
classe A com demanda de aproximadamente 16 milhoes de hosts. Entao
nos poderiamos ter: 1.0.0.1 ate 126.255.255.254. Esses dezesseis
milhoes de hosts reflete o numero de possibilidades possiveis entre os
tres ultimos bytes do quarteto. Assim, se fizermos uma analise
combinatoria desses termos chegariamos no numero em questao. Bom,
uma pergunta poderia surgir: "Ok, redes desse tipo são realmente
grandes mas não entendi como ficou essa ultima parte, e quanto aos
outros enderecos? Por que não foram incluidos? - Os outros enderecos
de rede não foram incluidos poque são o resultado da analise
combinatoria entre os outros possiveis hosts. Levando em conta que
possuimos ainda os tres ultimos bytes da cadeia do IP, teriamos 256
possibilidades diferentes em um byte da cadeia do IP.

Se temos 256 possibilidades entre cada um dos tres ultimos


bytes da cadeia do IP entao faca o seguinte: eleve 256 ao cubo. O que
voce vai obter é exatamente 16.777.216 como resultado. Uma pergunta
interessante poderia surgir: "Certo, mas em outra parte do tutorial voce
afirma que o numero 0 e o 255 não podem ser atribuidos a numeros IP
porque possuem outras funcoes" - Não eh bem assim. O que afirmei eh
que numeros de hosts não podem ter esses numeros e quando me refiro
a host me refiro a um micro conectado e não um servidor de rede. Dessa
forma, uma rede pode se utilizar de todas as possibilidades desde que
não seja atribuido aqueles valores a hosts.

Rede tipo B: Essas são as redes intermediarias e possuem


enderecos de rede de 128 a 16.384. Redes desse tipo são identificadas
pelos dois primeiros bytes. São possiveis portanto um numero de redes
dessa classe da ordem de 16.256. Faca as contas: se voce já sabe que a
rede ira comecar em 128 e terminara em 191 (o proximo nivel da
hierarquia das redes começara em 192) , basta subtrair 128 de 192, o
resultado voce multiplica por 256. Assim, voce ira obter 16.384. Por
exemplo: o resultado que voce obteve foi 64 jah que o primeiro byte do
nivel iria de 128 a 192 e o segundo de 0 a 255. Assim, como exemplo,
poderiamos ter: 128.0.0.1 ate 191.255.255.254. O numero de hosts
disponiveis nessa classe eu acho que voce já sabe como calcular: 256
elevado ao quadrado (são os dois ultimos bytes restantes). Teriamos
entao 65.536. Esse é o numero possivel de hosts conectados nessa
classe. No mundo temos entao 16.256 redes classe B com um maximo
de 65.536 hosts conectados.

Uma pergunta poderia surgir: "Voce comecou a contar esta


rede a partir de 128, a rede anterior não terminou em 126? Onde esta o
numero 127?" - O numero 127 não se destina a identificar redes
publicas. De fato, esse numero eh destinado a testes de loopback em
uma rede. Um loopback nada mais eh do que a conexao que a rede faz
com ela mesma para testes internos, configuracoes, etc. Isso não eh
exclusivo de redes e tanto eh que loopbacks existem quando queremos
verificar a velocidade de trafego numa comunicacao paralela ou serial
por exemplo. Dessa forma, uma rede que comece com 127 não eh uma
rede que conecte hosts. Eh um teste interno apenas. Entao se voce vir
127.0.0.1, por exemplo, isso eh um numero de loopback.

Rede tipo C: Essas são as menores e são as mais numerosas


em todo mundo. Provavelmente a sua provedora de acesso a Internet
usa uma rede tipo C. Enderecos de rede vao de 192 ate 2.097.152. No
mundo são possiveis, entao, algo em torno de 2 milhoes de redes com
apenas 254 hosts conectados (que eh o ultimo byte). Os endereços de
rede ficariam entao: 192.0.0.1 a 224.255.255.254. Como provavelmente
sua provedora não possui apenas 254 usuarios cadastrados, ela com
certeza dividiu a sua rede em redes menores cada uma comportando
254 usuarios. Isso ira acontecer sempre a medida que a demanda por
acessos a novos usuarios aumentar, ou seja, se uma rede classe C jah
não atende mais a demanda, ela pode ser aumentada com a inclusao de
novas sub-redes. Para se chegar a esse numero de 2 milhoes o calculo
eh o mesmo do que jah foi feito acima, ou seja, redes classe C são
identificadas pelos tres primeiros bytes entao faça somente o 256
elevado ao cubo e vc achara o valor, certo? Bastante errado.

Ao contrario das outras redes, uma rede classe C possui mais


restricoes. Uma rede classe C comeca do numero 192, ok. Mas não
termina em 256! De fato, ela termina no numero 224. Isso acontece
porque numeros superiores a 224 são destinados a servicos especiais
(com protocolos diferentes) e não são incluidos como identificador de
rede. Assim nos teriamos apenas 32 possibilidades no primeiro byte (de
192 ate 224). Os dois bytes seguintes continuariam da mesma forma, ou
seja, não existem restricoes e continuariam com 256 possiblidades.
Entao nos teriamos: 32 x 256 x 256 = 2.097.152. E assim nos temos o
numero de redes disponiveis nessa classe. Na verdade o numero de
redes disponiveis eh isso menos uma rede: a 192.168 que eh feita
quando queremos construir nossa rede particular. Se algum dia voce
quiser montar sua rede provavelmente ira nomear seus hosts como:
192.168.0.1; 192.168.0.2.... ate o fim do numero de maquinas
disponiveis. Se chegar na maquina de numero 24, por exemplo, era
podera ser conhecia como: 192.168.2.4.

Outro item a ser comentado eh sobre o que se chama de


mascara da sub-rede. Isso nada mais eh do que a determinacao da
classe a qual uma rede pertence. Assim nos poderiamos ter:

• Classe A: 255.0.0.0
• Classe B: 255.255.0.0
• Classe C: 255.255.255.0

Parece desnecessario? Pois eh, realmente nos damos a olhar a


primeira vista e pensar que não eh necessario um tipo de identificacao
de redes desse tipo. Bastaria olhar o numero do primeiro byte e isso jah
seria suficiente p/ saber a que classe a rede pertence. Isso a nossos
olhos eh otimo mas para uma maquina, a que ira analisar pedidos, por
exemplo, isso não eh suficiente. Precisamos informar a ela que a rede eh
do tipo C, A ou B e isso eh feito pela mascara da sub-rede (tambem
chamada de netmask). Eh necessario esse tipo de informcao porque
uma rede de amplo espectro, uma classe A, por exemplo, pode ser
dividida em redes classe B que por sua vez pode ser subdividida em
redes classe C.
Por exemplo, voce pode ter uma rede classe A mas achou muito
grande e resolveu dividi-la em varias redes B, no final voce quis varias
tipo C, ok, sem problemas. Mas quando voce fez isso, voce
automaticamente criou redes verdadeiras e não apenas subsividoes.
Assim a menor divisao que voce fez foi em 20 vezes. Não se deu por
satisfeito e resolveu criar redes menores dentro daquelas 20, vamos
supor 5. Cada uma dessas divisoes não eh tratada como um mero host,
por exemplo, eh uma rede inteira. Sendo assim, voce precisa informar
que aquela subdivisao das 20, as outras 5 redes, não são hosts e sim
redes classe C. E, na verdade, quando se chega a um ponto como esse,
nem mesmo uma simples "olhada" nos numeros eh suficiente para
informar que tipo de rede é e fatalmente voce ira precisar se certificar
disso por meio do netmask. Isso eh importante porque sem essas
informacoes não eh possivel o roteamento de dados. Eh necessario
manter o nivel de hierarquia das redes.
Se voce tem, por exemplo, um numero de rede como:
125.142.75.6 isso parece ser uma rede classe A. Quem pode garantir?
Uma "olhada" nesse numero não eh suficiente pra termos certeza. Essa
pode ser a nossa divisao de redes que fizemos nas linhas acima ou
entao uma rede A verdadeira. Sendo assim, é extremamente necessario
informar que essa rede não eh uma rede A e sim uma classe C dentro de
uma A. Dependendo di sistema em uso, podemos definir simplesmente
pelo netmask. 255.255.255.0 eh suficiente pra informar que essa eh
uma rede C.
Espero que tenha sido esclarecedor essas informacoes. Eh
muito importante o conhecimento desses topicos se quiser saber mais
sobre construcao de redes.
Conceitos Técnicos
O protocolo IP possui outras determinacoes alem de identificar
voce na rede: ele transforma a informacao a ser enviada em pequenos
pacotes cada um contendo em torno de 512 bytes (alguns autores se
divergem quanto ao tamanho dos pacotes, alguns chegam a admitir 200
bytes). Esses pacotes recebem o nome de datagrams e em cada um
desses pacotes é alocada a informacao do computador de origem e de
destino. Que informacao é essa? o numero IP. Assim, se por exemplo
voce estabelece uma conexao com algum servidor tipo ftp, junto de
cada pacote vai o seu numero IP, para que o servidor saiba para quem
esta enviando os dados, alem do proprio numero IP do servidor para que
possa ser localizado, logico.

A respeito do tamanho dos pacotes eles podem ser facilmente


percebidos: experimente fazer um upload por e-mail de um arquivo
qualquer de, digamos, 137 kb. Na janela informativa de status da
operacao voce ira perceber que aquele pacote de 137 kb aumentou para
algo em torno de 188 kb. Esse arquivo de 137 kb foi segmentado em
varias partes de mais ou menos 512 bytes cada e foi anexado um
cabeçalho informativo feito pelo IP (explicado mais adiante) contendo
informacoes do computador de origem e de destino. Essa informacoes
adcionais, colocadas em cada pacote, constituem alguns kbytes a mais
em tudo e foi por isso que aumentou para 188 kb.
Um dado interessante a respeito é que algumas aplicacoes
cliente (leia-se programas que recebem exclusivamente dados) como
um mIRC por exemplo, anexa os dois protocolos em seu meio e é
perfeitamente configuravel o tamanho de cada pacote, ou seja, voce
poderia enviar pacotes de dados com 512 ou 200 bytes sem problemas.
Contudo, pacotes maiores sao mais confiaveis e é sempre aconselhavel
voce utilizar pacotes de 512 byes. Tambem nao vamos exagerar e
colocar pacotes de 1024 bytes. Absurdo. É possivel? é. Mas nao é uma
boa ideia.

Uma cartacteristica interessante da rede é que os dados


transformados em pacotes podem se perder no caminho da transmissao.
Nos primordios do TCP/IP, essas informacoes nao se perdiam tao
facilmente mas com o crescente congestionamento da rede, um ou
outro pacote pode se perder no caminho ou no minimo chegar na ordem
errada. Isso ocorre primeiramente porque qualquer coisa enviado
atraves de rede deve passar pelo meio fisico e nesse meio essas
"coisas" nada mais sao do que sinais eletricos provenientes de um meio
digital. Assim, um pacote de informacoes sao varios pulsos de
interrupcao numa corrente continua.

Assim, os pacotes sao enviados sequencialmente mas nao é


garantida a sucessao correta, assim um pacote de numero 20 pode
chegar na frente do 15. Ai entao entra o TCP responsavel pelo
recebimento dos pacotes que chegam. Esse protocolo tem sua maior
funcao no reordenamento dos pacotes. Assim, se um pacote enviado
pelo IP se perde no caminho, o TCP manda novo pedido ao computador
que estava enviando a informacao a fim de ser reestabelecido o
processo e o envio novamente do mesmo pacote ou entao, se todos os
pacotes conseguiram chegar, po-los na ordem correta. Esse pedido
geralmente eh feito pelo protocolo ICMP (parte do IP que trata de
controle de erros, explicado mais adiante) o qual é enviado em um
pacote menor do que 512 bytes informando que um pacote chegou de
forma inadequada ou nao chegou.

Perceba que a informacao nao chega inteira mas segmentada


em centenas ou milhares de pacotes, dependendo do tamanho do que
se quer enviar. Entao como o TCP ao receber o pacote sabe em que
ordem ele deve ficar? Nesse caso entra o TCP de origem. O TCP do
computador de origem fornece um numero sequencial a cada pacote
segmentado pelo IP. Assim, quandos os pacotes chegam no destino, o
TCP de destino se incumbe de "ver" esses numeros e po-los na ordem
correta e nao na ordem em que chegam. Já pensou se nao fosse assim?
Quando uma pagina html fosse "aberta" no seu navegador ficaria tudo
desorganizado, porque o seu TCP os receberia e os ordenaria do modo
como chegassem.
Outro protocolo que acredito que poucas pessoas possam
conhecer ou se conhecem tem certa duvida é o UDP. O UDP (User
Datagram Protocol) possui as mesmas qualificacoes que o protocolo TCP
e exerce a nivel de rede a mesma coisa. A diferenca real se resume no
fato de que qualquer conexao realizada por UDP é bastante falha e
insegura. Enquanto o TCP fornece um numero sequencial a cada pacote
a fim de serem reorganizados na ordem correta, o UDP envia os pacotes
a esmo, ou seja, sem sequencia. Quando esse pacotes chegam no
destino fica meio dificil a conexao. Mas ai fica a pergunta: para que
diabos serve o UDP entao? Bom, se voce tem certeza que possui uma
conexao confiavel e sabe que os pacotes nao irao se perder no meio do
caminho ou entao que chegarao na ordem correta, o UDP pode ser a sua
escolha. Nesse caso nao se perderia tempo na reordenacao de pacotes.

Um exemplo paratico de quando se usa o UDP? quando se nuka


alguem ou quando se da o chamado death ping. Ninguem vai se
preocupar em enviar alguma coisa a vitima na ordem correta. O objetivo
do nuke eu creio que você já conheca. Entao pode ser uma boa pedida
já que o envio é mais rapido, se bem que nuke alem de ser condenavel
eh um pouco antigo e diversas formas de protecao jah foram feitas.
Bom, entao alguem poderia se perguntar: "mas e como fica o IP?". Bom,
o IP fica na mesma, ou seja, ele, a nivel de rede, continua a exercer a
mesma funcao de antes e nao é porque foi incluido o UDP que ele nao
vai ser usado. Isso não implica. O TCP ai foi substituido meramente para
se acelerar o processo ou com algum outro proposito como o do nuke ou
death ping.

Os Servidores
Bom, resolvi incluir esse adido como parte integrante desse
tutorial a respeito de modos de transmissao em redes por ser um
assunto que, acredito, muita gente ainda faça bastante confusao.

Como havia dito em outra parte do texto, IP sao numeros de 32


bits segmentados em quatro partes cada uma contendo oito bits, um
byte portanto. Quando voce faz uma comunicacao remota com um
computador qualquer em especial os que atendem servicos, os
chamados servidores, o IP fornece um numero de identificacao que
recebe o nome de IP como simples alusao ao serviço que ele faz. Nao so
o numero de identificacao do seu proprio host mas tambem do servidor
que atendera os pedidos. Entao, quando voce faz a solicitacao de um
pedido qualquer a um servidor como o ftp por exemplo, junto a ele vai o
seu IP e o IP do servidor. Lembre-se que o processo IP "quebra" qualquer
informacao em pequenos pacotes conhecidos como datagrams. Entao
como é feita a comunicacao? Bastante simples: vamos supor que voce
esteja no seu navegador, um Netscape por exemplo, e voce quer
acessar uma pagina qualquer. Entao voce descreve uma url e aponta o
browser nesse pedido. O IP entao entra em açao. Ele agrupa esse pedido
num unico pacote contendo os Ips de identificacao e manda ao servidor
que atendera os pedidos.

(*Eu nao sei como funciona um servidor como um Windows® NT, por
exemplo, entao vou descrever como se processa tudo em uma maquina
padrao POSIX, um Linux por exemplo. Embora o NT esteja incluido
nesse padrao tambem, eu nao sei como o servico é atendido por la.*)

Esse pacote chegando por la é recebido por algo como se fosse


um grande secretario geral de um grande departamento. O responsavel
nesse caso seria o que é chamado em servidores UNIX de daemon, mais
conhecido como inetd (nao vou entrar em detalhes sobre isso, acredito
que ira fugir bastante do assunto em questao). Esse "secretario geral"
atende todos os pedidos que chegam, mas desvia o sercvico a um
servidor especifico que no nosso exemplo sera o httpd (outro daemon) .
Nesse caso, o servico que o inetd fez foi somente "avisar" ao pacote que
ele por si nao faz o servico, mas avisa quem é o responsavel, o httpd.
Entao, chegado o pedido, o httpd verifica em seus arquivos (novamente
nomes de arquivos nao sao importantes ao entendimento do assunto,
isso é uma questao especificca a assuntos em UNIX e nao é preciso
entrar em detalhes sobre isso) onde se encontra, por exemplo, uma
pagina qualquer. Encontrando essa pagina, o httpd a organiza e
segmenta em pacotes e envia ao computador que fez o pedido, o
cliente.

Os pacotes recem chegados no computador de origem sao


colocados em sua ordem correta e a aplicacao cliente, o Netscape, ira se
encarrega de mostrar o conteudo da pagina que foi organizada.

Portas de Comunicação
Esse é outro assunto bastante difundido na internet e temido
por muita gente. Mas antes, merece uma descricao detalhada:

Tal como os numeros IP, numeros de portas sao formados por


bits. As portas sao atendidas em numeros que vao de 0 a 65534 (na
verdade o mais correto seria de 1 a 65535. Ate agora nao vi nenhum
servidor que atendesse em portas de numero 0). Numeros de portas de
comunicao sao formadas por sequencia de 16 bits dividido em duas
partes cada uma com um byte portanto e separados por pontos de
divisao como em um numero IP.
Como havia dito, numeros de portas vao de 0 a 65535, sao
muitas portas portanto e cada uma destinada a alguma conexao
qualquer. Lembre-se que a cada dia sao inventados novos servicos que
se utilizam do protocolo TCP/IP como meio e esses novos servicos,
vamos citar como exemplo o ICQ, precisam de uma dessas portas
disponiveis para conexao. "Qualquer uma?" -- Sim, qualquer uma. Nao
ha um padrao para as portas serem abertas com o mesmo numero
anterior. O Sistema Operacional se encarregara de escolher uma porta
adequada nao necessariamente igual a anterior.

Numeros de porta inferiores a 1024 sao destinadas ao


computador que atende determinado servico. Voltando ao exemplo
anterior, o dos servidores: observe que esse pedido é sempre atendido
na porta 80 (porta padrao de servicos http), contudo, nada impede que
essa porta seja atendida em outro numero. Em relacao a isso, tal pratica
é muito corriqueira, ou seja, numa Intranet, por exemplo, é bastante
comum o administrador da rede reservar um numero maior a um servico
especial que nao possa ser acessado assim tao facilmente. Nesse ultimo
exemplo, vamos supor que o administrador tenha ficado receoso porque
algumas pessoas estao conseguindo acessar um determinado servico
que, embora deva ficar sempre no ar porque atende a certas pessoas,
nao deve ser acessivel a todos. Entao ele pode muito bem mudar a
porta padrao do servico - vamos supor um telnet que atende na porta 23
- para algo em torno de 56263. Bem, o administrador é realmente uma
pessoa responsavel e muda todos os dias o endereco da porta de forma
a que ninguem possa acessa-lo assim tao facilmente, dessa forma se
tornando bastante dificil a alguem o acesso a esse servico. Essa é uma
pratica bastante difundida em servidores particulares visando a
seguranda de toda a rede, mas nao pde ser usada em servidores
permanentes como um proevdor de acesso a intenet. Nesse caso , a
medida mais correta é inabilitar o servico inteiro já que nao se pode
avisar a todos os usuarios que o numero da porta mudou de numero.

Alguem pode estar se perguntando: "Ok, entendi o que voce


quis dizer. Mas vamos supor que o meu progama cliente, o que envia o
pedido, vamos supor um telnet, queira se comunicar com um servidor
telnet remoto. Nao saberia ele a porta correta de comunicao?" -- BBBem,
nao é assim tao simples. Já pensou se tudo fosse assim? Simplesmente
eu saberia onde qualquer servico é atendido e todo o trabalho do
administrador vai por agua a baixo com todas aquelas mudancas de
numeros. Na verdade, o seu telnet envia o pedido e o inetd o repassa ao
telned. Mas acontece uma coisa: se eu mudar o endereco de porta do
telnet para outro numero qualquer, o inetd nao sabera o numero a nao
ser que eu o informe. O pedido vai ser atendido? Nesse caso nao. Mas se
voce indicar a porta correta onde o servico esta disponivel, a
comunicacao sera estabelecida. Entao, voce teria de apontar o numero
correto ao seu cliente telnet e este enviaria o numero ao servidor
remoto. Simples? Pois é, é assim que as coisas funcionam e a seguranca
é mantida.

Algo importante que nao foi explicado anteriormente é que um


dos papeis que o TCP exerce nesse monte de protocolos é que ele
fornece o numero da porta a ser atendida. Assim, me utilizando do
cliente telnet, o TCP fornece o numero da porta. Mas quem envia é o IP.

Confundiu? Vamos dizer assim: O IP é responsavel na rede pela


transmissao de pacotes, como você já sabe. Em cada pacote vai o IP de
destino e de origem (isso esta meio repetitivo mas é necessario). Isso é
como se fosse um envelope onde no corpo externo da carta vai o
endereço para onde quero enviar, o destinatario, e de onde foi
mandado, o remetente. Dentro do envelope vai uma carta. Nessa carta
sao fornecidos os enderecos de portas onde o servico é atendido. É
interessante dizer que o IP nao sabe o numero da porta, isso é papel do
TCP ou do proprio UDP. Nem o UDP nem o TCP sabem para onde vao, ou
seja, eles nao sabem quais sao os numeros IP.

Bom, ok. Mas e quanto aos numeros de portas acima de 1024?


Bem, essas sao destinadas apenas a comunicao entre programas que se
utilizam de TCP/IP. Como havia dito mais acima, vamos citar o exemplo
do ICQ. Otimo programa. Quando voce estabelece uma comunicacao
com os servidores que conectam voce ao ICQ, automaticamente é
aberta uma porta de comunicao. Se voce executar qualquer PortScan
para rastreamento de portas abertas, voce ira verificar que uma porta,
sempre acima de 1024, foi aberta.

Voce pode verificar agora mesmo se alguma porta de


comunicacao foi aberta no seu micro. Simplesmente no prompt do seu
MS-DOS digite:netstat -an. Algo como o que segue abaixo vai aparecer:

Route Table
Active Connections
Proto Local Address Foreign Address State
TCP 127.0.0.1:1041 0.0.0.0 LISTENING
TCP 127.0.0.1:1041 127.0.0.1:110 ESTABLISHED
TCP 200.215.169.67:1034 200.215.160.63:110 TIME_WAIT
TCP 200.215.169.67:1040 200.215.160.63:110 TIME_WAIT
TCP 200.215.169.67:137 0.0.0.0:0 LISTENING
UDP 200.215.169.67:138 0.0.0.0:0 LISTENING
UDP 200.215.169.67:139 0.0.0.0:0 LISTENING
Podemos interpretar isso assim:

Proto: é o protocolo utilizado para transportar o servico, nesse caso foi


utilizado o TCP, mas poder poderia ter sido utilizado o UDP sem
problemas, quer dizer, ate certo ponto e dependendo do servico.

Local Address: É o numero de porta local ode foi estabelecida a


conexao. Observe que foram todas acima de 1024. Excecoes foram
vistas mas serao explicadas.

Foreign Address: É o endereco de porta remoto onde a conexao foi


estabelecida. Foi colocado o nome do protocolo que atende o servico, o
pop3. Poderia ter sido colocado o numero de porta sem problemas,
nesse caso ficaria 110.

State: Define o estado em que a conexao se encontra no momento.


Desses estados, tres foram efetuados:

listening: isso é a espera de conexao que ainda nao foi estabelecida.


No momento em que foi executado o netstat, a porta estava sendo
ouvida.

Established: Essa nao precisa de muita definicao, a conexao foi


efetuada com sucesso nas portas em questao e o programa cliente esta
recebendo dados de forma normal.

Time Wait: O servidor parou momentaneamente de enviar dados e no


momento em que o comando netstat foi executado isso estava
ocorrendo.

Observe as portas que foram estabelecidas no computador


local: 1041, 1034, 1040, 137, 138, 139. Como voce pode verificar foram
estabelecidas conexoes nas portas menores a 1024, como 137, 138,
139. Essas portas atendem servicos portanto. Vamos a elas:

A porta 139 na realidade é apenas um bug encontrado nas


versoes Windows® anteriores a OSR2 e pode ser fechada pelo usuario
com programas especificos ou pelo renomeamento de um driver de
dispositivo virtual que nesse caso é o vnbt.386. Os efeitos provocados
pelo mau uso dessa porta já sao bastante divulgados: isso causa uma
pane geral nos sistemas Windows® e mesmo os NTs mais antigos ainda
sofrem com esse problema. Nao é um nuke propriamente dito porque os
efeitos sao diferentes. Na realidade aproveita-se a falha que o
Windows® possui em atender servicos marcados como urgente (os
chamados OOB ou out-of-band). O Windows® da preferencia a pacotes
marcados dessa forma e relega a segundo plano as outras conexoes que
você possui. O efeito é o termino da sua conexao TCP/IP.

Isso siginifica que alguem poderia tentar usar seu micro com
alguma forma de hacking? Provavelmente nao. Digo provavelmente
porque a porta 139 é usada ainda como brincadeira por muita gente
metida a hacker mas que nada mais fazem do que cancelar uma
conexao TCP/IP e travar a maquina de um usuario inocente (existem
exceçoes). Brincadeira de criança. Essa porta, portanto, nao atende
servicos a nao ser o de enviar resposta ao pacote OOB.

As portas 137 e 138 sao reservadas ao NetBios (Network


Input/Output System) do Windows®. Na verdade nao é exclusividade
dos sistemas Windows® e pode ser implementado em qualquer
maquina. O NetBios foi desenvolvido pela IBM como forma de servir o
micro cliente como host servidor em alguns casos especificos. Assim,
alguem usando um Windows® 95 poderia disponibilizar essas duas
portas para permitir servicos como acesso a uma impressora
compartilhada por exemplo. Mas é altamente recomendavel que estas
portas estejam fechadas. Se voce nao é usuario de uma rede interna de
algum departamento e ninguem usa seu micro como host servidor
temporario para, por exemplo, compartilhar sua impressora entao nao
ha nenhum motivo para permanecer com essas portas abertas. O
usuario dessa configuracao de portas precisa urgentemente de uma re-
configuracao do Windows®. Verifique em seu micro, caso use
Windows®, se voce esta com algum servico compartilhador de redes
como o NetBios. Se está, nao permita nenhum compartilhamento entao.
Isso constitui-se de uma forma de hacking realmente e nao é usada por
criancas que adoram nukar o usuario inocente, hackers que possuem
conhecimento dessas portas abertas (e tem conhecimento da tecnica)
podem acessar seu micro da forma como quiserem jah que essas portas
sao atendentes de servicos ao contrario da porta 139. O Windows®
usando o NetBios vai permitir acesso nesse caso.

Essa descricao acima (do NetBios) nao se constitui de uma


falha dos sistemas Windows® propriamente dita - é inclusive anunciada
pela Microsoft. É sim uma má configuracao do usuario que, por algum
descuido, permitiu essa forma de conexao.

Mas as tres portas se encontravam em modo listening o que


quer dizer que nenhuma conexao foi estabelecida, o que nao significa
que nao possa ser feito.

Agora poderia sobrevir uma duvida: "Ok, essas tres portas


foram estabelecidas e estavam em modo listening mas e quanto ao
endreço do host? Por que nao foi informado nada?" - Bom, é simples. As
portas estavam abertas apenas, todas as tres, mas nenhum host
externo, naquele momento, estava tentando acessa-las Exatamente por
isso nao foi informado nenhum IP de identificação remoto.
Possivelmente, quando alguem tentasse firmar uma conexao, o IP seria
fornecido.

As outras portas maiores, acima de 1024 foram estabecidas


normalmente no computador local sem problemas. O que acontece é o
seguinte: Como expliquei mais acima a respeito de uma conexao telnet,
o programa cliente informa a porta na qual devera ser estabelecida a
conexao mas nao informa a porta local. Isso sera feito depois e quem o
fara é o seu Sistema Operacional. Assim, o computador remoto, o
servidor envia um pacote qualquer de volta ao computador de origem
(lember-se que ele sabe qual o IP de origem) e somente depois disso a
porta é aberta. Sera que isso seria motivo de preocupacao de alguem?
Acredito que, infelizmente, a maioria das pessoas ainda temem essas
portas abertas quando dao o comando netstat. Na verdade nao ha o que
se preocupar. As portas sao estabelecidas temporariamente e depois
que a conexao é terminada a porta se fecha, a nao ser aquelas que sao
conhecidas, como o bug do Windows® da porta 139 e/ou as 137 e 138.
Se isso nao acontecesse ninguem receberia informacao de lugar
nenhum. Assim, uma porta origem e destino devem ser abertas.

Uma outra duvida que poderia surgir a respeito: "Ok, as portas


sao fechadas, mas e durante a minha conexao, as portas estao abertas
e nao possuem conexao com portas tao altas, qualquer pessoa com um
scaneador de portas conseguiria descobrir facilmente onde estou
conectado." -- Calma, nao é bem assim. Uma porta so atende um servico
de cada vez e nao consegue estabelecer conexao em dois pontos
simultaneamente. Assim, qualquer um que tentasse estabelecer
qualquer comunicacao com seu computador primeiro teria de esperar a
porta aberta parar de ser solicitada para depois atender outra coisa. Ou
seja, para poder scanear as suas portas de comunicacao primeiro o
servico teria de cancelar a conexao que havia estabelecido antes, o que
nao é possivel , e segundo lhe enviar um pacote informando a porta que
esta aberta. Assim, deu para entender como o scaneador de portas
funciona: ele fica perturbando o computador remoto com pacotes
aleatorios de dados (ai entraria o UDP, porque nao é necessrio nenhuma
reorganizacao de pacotes) funcionando como uma especie de ping
esperando pelas resposta.

TCP/IP em Camadas
Uma rede TCP/IP eh dividida apenas em quatro camadas (não
confunda com divisao de redes em camadas OSI, isso jah eh aplicado a
construcao de redes desde o andamento e construcao dela em um
escritorio, por exemplo ate o ponto final, em outra localidade. Divisao
em camadas por TCP/IP não envolve os conceitos de construcao desde a
origem real ate o final). A divisao das redes TCP/IP eh como se segue
(Esse modelo de rede TCP/IP foi feito pensando-se na origem em relacao
ao destino):

Aplicação
Transporte
Rede
Físico

Fisico: Esse é o proprio meio fisico da rede ou , em outras


palavras, é onde as coisas acontecem de fato. Assim, qualquer
comunicacao entre mcros deverao pessar pelo meio fisico. Nessas
camada esto incluidas todos os dispositivos fisicos de sua rede: cabos,
placas da rede, enfim todo hardware usado em comunicacao em redes
esta incluido nessa camada. Em relacao a esse nivel, todos os dados sao
tratados como pulsos eletricos, ou seja, interrupcoes na corrente
continua do micro.

Rede: Essa camada é a responsavel pelo roteamento dos


pacotes entre os hosts, ou seja, tem por funcao encontrar o caminho
mais curto e confiavel entres os computadores. Eh exercida pelo
protocolo IP. A nivel de redes espcificicamente, (não apenas a TCP/IP
podemos incluir ainda nessa camada um outro protocolo conhecido
como X.25) esse nivel eh ainda responsavel pelo envio dos pacotes.

Transporte: Essa camada jah inclue o protocolo que


transporta o servico, ou seja, ai esta incluido o TCP e/ou o UDP. Assim,
essa camada eh a responsavel pelos pacotes criados pelo IP da camada
anterior. Eh obrigacao da camada de transporte oferecer a comunicacao
mais confiavel entre os hosts de uma rede e tentar a todo custo enviar
dados da forma mais clara e limpa possivel. Caso algum pacote se perda
na rede, por exemplo, eh obrigacao dessa camada enviar novo pedido a
fim de ser restabecida a conexao correta novamente. Para não evitar
confusao nessa camada: o nivel mais acima, o de rede, cria os pacotes e
os envia mas lembre-se que o TCP eh quem tem por obrigacao fornecer
uma maneira de colocar esses pacotes na ordem correta. Assim, o TCP
aloca essas informacoes em cada pacote e o IP o envia. Quando esses
pacotes chegam ao destino, o TCP desse destino eh quem vai coloca-los
em ordem de acordo com o que o TCP de origem fez.

Aplicação: Aqui se incluem as aplicacoes processadas (os


programas). Assim, quando voce faz um pedido a fim de receber uma
pagina html, o seu navegador processa os pacotes que chegam (ai
entrar o TCP) e forma a pagina para que voce possa ver. Isso não ocorre
apenas com o destino, ou seja, para que voce recebesse essas
informacoes um outro programa teve de ser processado para que as
informacoes chegassem a voce.

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