Este demonstrativo deve ser levantado mensalmente segundo a NBC T 2.7, unicamente
para fins operacionais, não tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas
dos registros contábeis mais atualizados. O grau de detalhamento do balancete de
verificação deverá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo seja
destinado a usuários externos o documento deverá ser assinado por contador habilitado
pelo conselho regional de contabilidade (CRC).
Nota: Contas de resultado com saldos remanescentes também devem ser inseridas no
balancete caso existam, neste exemplo supõe-se que antes da elaboração do
demonstrativo as contas foram apuradas na Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE) e agora integram a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Introdução:
Porém fazer o balanço algumas vezes também tem o seu inconveniente, vocês já
perceberam?
Que é o de ter que ficar zerando os saldos das contas de despesas e receitas,
transferindo-os para a conta de Apuração do Resultado do Exercício, e após para finalizar
transferíamos para a uma conta dentro do Patrimônio Liquido, que podia ser a conta de
Lucros do Exercício ou Prejuízos do Exercício.
Para resolver tal impasse temos um outro demonstrativo contábil, que e chamado de
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO ou BALANCETE.
Antigamente ainda tínhamos um outro impasse que era resolvido com a utilização do
Balancete de Verificação, sabemos que para cada valor a debito teremos um credito em igual
valor certo?. Logo, todos os lançamentos a créditos devem ser iguais a todos os lançamentos
a debito. Certo? E que é esse mecanismo que faz o balanço fechar, ou seja, ativo é igual ao
passivo.
Então o que contador fazia, pegava todos os saldos finais das contas no livro razão
(razonetes não existe na pratica só para fins de aprendizagem), e para cada conta colocava
o seu respectivo saldo e ainda indicava se era credor ou devedor, assim na conta caixa, ele
indicava o seu saldo final de R$ 1.000,00 DV (por exemplo) e assim com todas as demais
contas.
Quando acabasse esse procedimento, bastava somar todos os saldos finais CREDOR
e depois todos os saldos finais CREDOR, se um fosse igual ao outro, caso ele efetuasse o
zeramento das contas de resultado naquela hora o balanço teria que fechar, a não ser que
ele errasse em algum lançamento na hora de zerar as contas.
Bem, até aqui temos todas as operações contabilizadas, somente para efeito de
melhor compreensão do balancete de verificação vamos fazer os lançamentos de apuração
do resultado em novos razonetes, já considerando os lançamentos efetuados.
Balancete de Verificação:
Ou seja, no balancete temos uma parte das informações que aparecem no balanço,
vejam que o saldo das contas de BANCOS, MERCADORIAS, CLIENTES, FORNECEDORES E
CAPITAL SOCIAL, são idênticas as apresentadas no balanço.
Temos também uma boa parte das informações que estavam na DRE percebam que
o valor apresentado nas contas de RECEITA DE VENDAS e CMV são os mesmo que estavam
na DRE.
Qual foi a conta que tem no balanço que o balancete de verificação não mostrou? A
conta de Lucros do Exercício.
E qual a conta que tem na DRE que o balancete não mostrou? A conta de Lucros do
Exercício.
Ou seja, uma única conta que não foi mostrada, que é comum aos dois
demonstrativos. Voltaremos a falar dessa diferença depois.
Outro ponto é quanto a forma de apresentação, vejam que primeiro foi apresentada
as contas de ATIVO, depois as contas de PASSIVO e PATRIMONIO LIQUIDO. Essas contas
devem ser apresentadas sempre nessa ordem primeiro ativo e depois passivo e patrimônio
líquido.
Vejam que ao lado de cada valor temos a sigla da natureza do saldo da conta CR
para CREDOR e DV para DEVEDOR, basta somarmos todos os saldos devedores, e depois
somarmos todos os saldos credores, os resultados devem ser iguais.
Vamos ver?
Saldos devedores:
Mas vamos entender por que podemos dizer que o balanço fechará.
O primeiro ponto que faz diferença são as contas de RECEITA, CUSTOS e DESPESAS,
se percebemos bem, a diferença do balanço para o balancete, é que no balancete essas
contas são mostradas pelos seus saldos totais, e que no balanço essas contas não são
mostradas pelos saldos totais e sim pela diferença entre elas, assim no balanço temos um
único valor que mostra a diferença entre as contas de resultado, no balanço, mostramos a
conta de Lucros do Exercício com o saldo de R$ 300,00 que é a diferença do saldo da conta
de Receita de Vendas menos o saldo da conta de CMV (700,00 – 400 = 300).
Vamos agora fazer o mesmo nos saldos credores, temos um total de R$ 3.800,00,
diminuindo o saldo da conta de Receita de Vendas (700,00), temos um total de R$ 3.100,00,
que não é igual ao total do nosso passivo, que é de R$ 3.400,00, ou seja, temos uma
diferença de R$ 300,00.
Isso acontece por causa do mecanismo da contabilidade onde temos que ter sempre
um débito e um crédito de igual valor.
Mais somente por curiosidade vamos ver se que o vimos acima é verdade, agora
vamos utilizar um balancete com os valores a débitos diferentes dos valores a créditos:
Vejam que é o mesmo balancete do outro exercício, a única alteração foi que diminui
R$ 100,00 do saldo da conta de CMV.