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Curso de Técnico Superior

de Segurança e
Higiene no Trabalho

Avaliação de Riscos Profissionais

Manual do
FORMADOR
Ficha Técnica

Título
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Avaliação de Riscos Profissionais

Autor
Consultua - Ensino e Formação Profissional, Lda

Direcção
Rita Messias

Coordenação
Sónia Romano

Consultor
Amável Cardoso Fidalgo

Investigadores
Nuno Santos
Manuel Freitas

Design e Imagem
MESTRECLIQUE - Sistemas de Informação Lda.

Impressão
Servimira

Local e data de edição


Mirandela, 2007 (1ª edição)
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

Índice

I - Nota Introdutória

II - Apresentação do Manual do Formador
II.1 - A que necessidades visa dar resposta
II.2 - Objectivos do Manual
II.3 - Públicos - alvo

III - Como usar o Manual
III.1 - Manual do Formando
III.2 - Manual do Formador

IV - Algumas Considerações sobre o Método
IV.1 - Factores de Êxito da Formação Profissional
IV.2 - Teorização dos Factores de êxito
IV.3 - Um Modelo para o Ensino-Aprendizagem: Os 4 Passos
IV.4 - Operacionalização do Modelo - O Plano de Unidade
IV.5 - Sinopse do Plano de Unidade

V - Procedimentos Sugeridos
V-1 - Plano do Módulo
V-2 - O que fazer e como fazer

Manual do Formador -3-


Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

I – Nota Introdutória

De acordo com os dados do EUROSTAT, Portugal apresenta elevados índices de


sinistralidade com repercussões na produtividade das empresas.

Segundo o Decreto-Lei nº 441/91 de 14 de Novembro, as actividades de Segurança,


Higiene e Saúde no trabalho, são um elemento fundamental de qualquer programa de
prevenção de riscos profissionais e da promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores,
contribuindo, na empresa, para o aumento da competitividade com a diminuição da
sinistralidade.

Para que as práticas de segurança e higiene do trabalho ao nível das empresas nas suas
mais variadas facetas sejam implementadas de um modo correcto e eficaz, é necessária
a qualificação profissional e posteriormente a correspondente certificação.

O Decreto–Lei nº 110/2000 de 30 de Junho, estabelece as normas de acesso à certificação


profissional e as condições de homologação dos cursos para o perfil profissional de
Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho.

É necessário formar técnicos qualificados e certificados de forma a garantir a qualidade


dos serviços prestados.

Estando a Consultua sensível a esta necessidade, esta área passa a ser encarada como
prioritária, sendo que a partir de 2003, passou a contemplar na sua oferta formativa, o
curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho, integrado nas acções de
especialização profissional, sendo um dos mais procurados pelos nossos clientes.

Neste sentido, e no âmbito da sua orientação para resultados e melhoria contínua da


formação que desenvolve, a Consultua tem uma permanente preocupação em melhorar
as suas prática pedagógicas. Assim, a criação dos manuais pedagógicos para os
módulos de Avaliação de Riscos, Controle de Riscos Profissionais, Gestão da Prevenção
e Psicossociologia do Trabalho, surgem integrados no âmbito do curso de Técnico
Superior de Segurança e Higiene do Trabalho e tem como objectivo auxiliar o formando
no aprofundamento das suas aprendizagens surgindo como um método adicional de

Manual do Formador -5-


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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

que o formando dispõe para atingir o conhecimento, promovendo a interacção entre os


vários domínios do saber, contribuindo para uma maior eficácia das suas aprendizagens.
Pretende também fornecer pistas de trabalho para as equipas formativas.

Pretende-se assim, que este auxiliares, possam contribuir para uma melhoria nos de-
sempenhos dos profissionais no exercício da profissão de técnico Superior de Seguran-
ça e Higiene no Trabalho, auxiliando as empresas e contribuindo para a sua competiti-
vidade.
Salientamos que a concretização destes manuais só foi possível, devido à entrega,
empenho, dedicação e profissionalismo de todos os que contribuíram para a sua
realização. Dirigimos a todos o nosso sincero reconhecimento e gratidão pelo esforço
demonstrado.

A Direcção

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II – Apresentação do Manual do Formador

1. A que necessidades visa dar resposta

Decorrente da aplicação do Decreto-Lei n.º 110/2000 de 30 de Junho, surge a necessidade


de formação de técnicos qualificados na área específica de segurança e higiene no
trabalho.

O módulo de “Avaliação de Riscos” faz parte da componente do curso de Técnico Superior


de Segurança e Higiene do Trabalho, nível V. A concepção deste manual, visa contribuir
para a melhoria das práticas formativas, elevando a sua qualidade.

Dado tratar-se de uma área relativamente recente em Portugal, ainda existe alguma
carência de recursos pedagógicos nesta área. Na concretização do manual, participaram
técnicos/formadores, especializados nesta área e com uma longa experiência no
exercício destas funções. Os conteúdos presentes no manual são o resultado de vários
anos de experiência, investigação, reflexão, levantamento de situações apresentadas
por formandos, selecção e debate dos profissionais que neles participaram.

2. Objectivos do Manual

O presente Manual tem como principais objectivos, os seguintes:

A. Proporcionar aos Formadores uma estrutura para o Módulo de “Avaliação de


Riscos” do Curso de Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho;

B. Levar à reflexão sobre os possíveis métodos de Ensino-Aprendizagem, focando


uma atenção especial nos mais eficazes;

C. Dar a conhecer uma metodologia de planificação, que pode conduzir a uma


melhoria da prestação dos formadores e, consequentemente, a uma melhor
aprendizagem por parte dos formandos;

D. Apresentar alguns instrumentos de trabalho para a formação resultantes


de uma abordagem prática do Módulo, que podem conduzir a uma maior
eficiência da execução e a uma maior eficácia no alcance dos objectivos de
aprendizagem.

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3. Públicos – alvo

O manual do formador tem como destinatários as entidades formadoras e os formadores,


que intervêm no curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho e que
têm a seu cargo o desenvolvimento do módulo de “Avaliação de Riscos”.

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III – Como usar o Manual

O presente “Manual” do Módulo de “Avaliação de Riscos” do curso de Técnico Superior


de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho integra um “Manual do Formador” (Parte I)
e um “Manual do Formando” (Parte II), este último apresentado em folhas destacáveis.
Atendendo a que os conteúdo técnicos constam apenas do “Manual do Formando”,
a utilização do “Manual do Formador” pressupõe a utilização conjunta de ambos os
recursos.

1 - Manual do Formador

1.1 Estrutura

O Manual do Formador é constituído pelas seguintes partes:

I. Nota Introdutória

Considerações gerais sobre o enquadramento do Manual.

II. Apresentação do Manual

Apresentação, pela Consultua, do produto agora disponibilizado

III. Como usar o Manual

O presente capítulo onde se abordam algumas ideias sobre a forma de tirar um melhor
partido deste manual.

IV. Algumas considerações sobre o método

Uma abordagem leve sobre a teoria, o modelo e a operacionalização desse modelo.

V. Procedimentos sugeridos

O Plano de Módulo referente a este Módulo bem como algumas indicações do que
fazer e como fazer para cada uma das Unidades/Sub-Unidades, que podem ser
incorporados no Plano de Unidade/Sub - Unidade.

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2. - Manual do Formando

2.1 Estrutura

A estrutura deste manual obedece ao método de Ensino-Aprendizagem “Ciclo de


Aprendizagem Vivencial1” vulgarmente conhecido como CAV e o seu planeamento
seguiu os passos do modelo ADDIE2.

Para efeitos de execução das sessões, o Módulo:

– Conjunto de aprendizagens interrelacionadas que concorrem para a obtenção ou


melhoria de uma (ou de um conjunto) de competências necessárias a uma determinada
função,

foi subdividido em Unidades:

– Segmentos do módulo, contendo partes significativas das tarefas de trabalho de modo


que, no final da Unidade, o formando seja capaz de saber (saber/saber ser/saber fazer)
algo que não sabia antes (objectivo com novo desempenho), mantendo constante a sua
motivação.

Quando necessário, o critério para o uso de Sub – Unidades radicou em dois factores
cumulativos:

1. O número de itens dos objectivos é elevado, o que levaria à necessidade de


passagem de nova informação em grande quantidade;

2. A não ultrapassagem da duração média de uma sessão de uma hora e meia a


duas horas.

Para cada Unidade/Sub – Unidade, foram desenhados os seguintes Instrumentos:

1. Folha de Rosto da Unidade onde constam: a Identificação da Unidade/Sub-


Unidade, os Objectivos a atingir, ordenados numericamente ao longo do Módulo,
as Actividades3 a desenvolver, o Conteúdo, não em termos de informação mas
1 Este Método foi inicialmente elaborado para acções com uma forte componente do Domínio Afectivo. Posteriormen-
te, foi também aplicado aos Domínios Cognitivo e Psicomotor. Para mais informações sobre o método, veja o Capítulo
III – Algumas considerações sobre o Método.

2 ADDIE – Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation. Pela mão do INOFOR foi introduzido em Por-
tugal um modelo semelhante, embora com algumas adaptações, o ADORA – Analisar, Desenhar, Organizar, Realizar,
Avaliar.

3 Entende-se por Actividade o tipo de participação dos formandos no desenvolver da sessão que pode ser: Trabalho
Individual – quando a actividade se centra na prestação individual (p.ex.: Exercício, Teste, Formulário, etc.), Trabalho
em Grupo – quando da constituição de pequenos Grupos de Trabalho (p.ex.: Estudo de Caso, Processamento de

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sim em termos de instrumentos de trabalho existentes para o desenvolvimento da


sessão (ordenados por ordem alfabética, dentro de cada Unidade/Sub-Unidade),
bem como o(s) Texto(s) de Apoio respectivo(s) (quando existe(m)) e por último, o
Tempo Previsto para a Unidade/Sub-Unidade;

2. Instrumentos de Trabalho identificados alfabética e sequencialmente dentro


de cada Unidade/Sub-Unidade bem como com o assunto e procedimentos
respeitantes ao passo específico da Unidade/Sub-Unidade a que dizem respeito;

3. Texto(s) de Apoio respeitante(s) à Unidade/Sub-Unidade.

No caso de se ter optado pela decomposição da Unidade em Sub-Unidades, existe um


outro documento – Separador de Unidade – onde consta, além da Identificação da
Unidade, um Objectivo Geral para a mesma, a Identificação das Sub-Unidades que a
compõem e o Tempo Previsto para a totalidade da Unidade.

Em resumo, o Manual do Formando é assim constituído por:

A. Índice

B. Apresentação do Manual

C. Preâmbulo

D. Separadores de Unidades -1 por cada Unidade

E. Folhas de Rosto das Unidades/Sub-Unidades - Várias

F. Instrumentos de Trabalho das Unidades/Sub-Unidades – Vários

G. Textos de Apoio das Unidades/Sub-Unidades – Vários

H. Glossário.

2.2 Como Usar

A documentação constante neste manual foi pensada de forma a poder ser directamente
fotocopiada para distribuição aos formandos. No entanto, estes procedimentos são
sugeridos no caso do uso do Método CAV. Para o uso de outros métodos, será necessário
avaliar a utilidade dos instrumentos apresentados e adaptá-los, se necessário, caso a
caso.

Informação, etc.) e Plenário – quando da participação em conjunto de todos os participantes (p.ex.: Exposição Dialo-
gada, Generalização, etc.)

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Os procedimentos sugeridos para o uso do Método CAV são os seguintes:

1. Não distribua a totalidade do Manual no início da acção pois isso iria retirar uma
das vantagens ao método que é o da descoberta de novos elementos pelos
próprios formandos ao longo da acção. Distribua, de início, o seguinte material:

a. Capa do Manual do Formando;

b. Índice do Módulo;

c. Apresentação do Manual

d. Preâmbulo;

e. Separadores das diferentes Unidades (se os houver);

f. Glossário.

2. Os Anexos existentes, deverão ser distribuídos quando forem necessários às


Unidades/Sub-Unidades;

3. Os Textos de Apoio4, deverão ser distribuídos só no final da Unidade/Sub-Unidade.


No caso de ser necessário um texto, como por exemplo um diploma legislativo,
para desenvolvimento da Unidade/Sub-Unidade - ao qual chamamos “Documento
de Consulta” - o mesmo estará incluído nos Instrumentos de Trabalho;

4. Inicie sempre as Unidades/Sub-Unidades apresentando aos formandos as folhas


de rosto respectivas, explicitando o objectivo e descrevendo, de uma forma breve,
a sequência do desenvolvimento da Unidade/Sub-Unidade;

5. Distribua os diferentes instrumentos pela ordem alfabética em que se encontram,


um de cada vez e no momento oportuno;

6. Para o desenvolvimento da Unidade/Sub-Unidade, consulte o ponto III.4, neste


Manual – “Operacionalização do Método”.

4 Nunca é demais insistir na necessidade da elaboração de textos de apoio específicos para os conteúdos da Uni-
dade/Sub-Unidade. Embora dê mais trabalho ao formador(a) é muito mais eficiente em termos de conteúdos e mais
eficaz em termos de objectivos.

Também a prática “académica” de distribuição de fotocópias dos slides que o formador usa na apresentação do tema
para os formandos acompanharem o mesmo é, quanto a nós, contraproducente já que se pretende “participação” e
não um recolhimento próprio de ambiente de biblioteca.

Além disto a ideia de considerar “Texto de Apoio” esse conjunto de fotocópias dos slides, parece-nos incorrecta. Das
duas uma. Ou os slides estão elaborados de forma correcta e só contêm os pontos-chave da apresentação não po-
dendo assim servir de “Texto de Apoio”, ou contêm muita informação não sendo assim uma ajuda visual.

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IV - Algumas considerações sobre o Método

A abordagem ao método que aqui é efectuada não pretende de forma alguma esgotar
o assunto mas sim dar a conhecer aos formadores/facilitadores, um método largamente
usado noutros países mas, quanto a nós infelizmente, pouco difundido em Portugal.

Na perto de centena e meia de acções em que participámos, como formadores/facilitadores


ao longo dos últimos 25 anos, este método foi aplicado com elevada percentagem de
êxito.

Para os formadores que tenham interesse em aprofundar os seus conhecimentos sobre


o método aqui abordado é apresentada, no final deste capítulo, uma bibliografia básica
seleccionada sobre o assunto.

1 ‑ Factores de Êxito da Formação Profissional

Qualquer acção de Formação Profissional implica que se leve em consideração, entre


outros factores, uma dupla dimensão lógica: a lógica do conteúdo e as multilógicas
das pessoas que aprendem, que constituem sempre grupos heterogéneos quer pelo
seu percurso pessoal e as suas competências, quer pelo seu nível escolar: “Em
numerosas formações, são os próprios adultos que constituem o mais rico recurso de
aprendizagem”1.

Além desta “experiência” pessoal de que cada um de nós é portador e que legitima
a colocação do sujeito que aprende no centro do acto de aprender há que relembrar
que “uma pessoa só assimila perfeitamente as coisas que lhe parecem necessárias à
manutenção do seu eu”2 . Por outras palavras, o adulto só aprende o que lhe é útil e tem
aplicação no seu dia a dia, quer duma forma prática, quer como competência adquirida
que contribui para o seu crescimento.

A aprendizagem é um acto voluntário e não se ensina nada a outra pessoa a não ser
que ela deixe. E para que ela aprenda qualquer coisa de novo é necessário tempo para
reflectir, questionar e comparar com os actuais conhecimentos a fim de poder interiorizar
uma nova abordagem, reorganizar os seus saberes, o que pode pôr em causa os seus
próprios pontos de vista e por vezes, os seus valores. Assim “não podemos ensinar
directamente outra pessoa; só podemos facilitar a sua aprendizagem3”.

Ensinar será pôr em prática, numa abordagem contemporânea, o que Carl Rogers4
já propunha ao afirmar que qualquer educação deve centrar‑se na pessoa. Todos os

1 Cf. KNOWLES M., “L’apprenant adulte, vers un nouvel art de la formation », Paris, Belin, 1991, p.72
2 Cf. KNOWLES M., Op. cit., p. 54
3 Cf. KNOWLES M., Op. cit., p. 54
4 Cf. ROGERS C., “A Psicossociologia dos grupos”, Cap. 19

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trabalhos sobre aprendizagem fazem ressaltar, com bastante nitidez, que todas as pessoas
conservam a sua capacidade de aprender, consoante os seus ritmos e modalidades e
independentemente da sua idade.

A Formação Profissional defronta‑se muitas vezes com a resistência dos próprios sujeitos
que aprendem o que se prende, entre outras coisas, à recusa de voltar a uma situação
escolar, à submissão ao professor, a uma auto-imagem depreciativa ou super valorizada,
ao medo do insucesso. Esta resistência é um obstáculo sério que deve ser contornado
antes de eliminado. E para a contornar, há que partir daquilo que são os sujeitos que
aprendem, daquilo que são portadores: conhecimentos, competências e experiências.
Assim, implicando o próprio sujeito no processo Ensino-Aprendizagem, permitindo‑lhe
participar como detentor de saberes que, ao serem partilhadas, reforçam o seu interesse
e permitem a transferência das novas aquisições para outros contextos sociais e
profissionais, atenuam‑se ou até eliminam‑se, as potenciais resistências existentes.

Quando a Formação Profissional é construída sobre a própria realidade e experiência,


as tentativas de passividade e de bloqueio que os saberes excessivamente escolares e
teóricos podem provocar são ultrapassadas. Fazer com que o sujeito que aprende seja o
protagonista da sua própria aprendizagem é fomentar o seu desejo de aprendizagem, é
envolvê‑lo, é motivá‑lo, é facilitar a sua aprendizagem. E não existe aquisição de novos
conhecimentos sem motivação.

Em suma, para que haja efectivamente aprendizagem, para que ela perdure e possa
ser transferida para outros contextos sociais e profissionais há que ter em conta “três
factores de êxito”:

Partir do sujeito que aprende;

Fazer dele o protagonista do seu próprio sucesso;

Apoiar-se nos seus desejos e motivações.5

2 ‑ Teorização dos Factores de Êxito

Tendo em conta os princípios atrás apresentados e que todo o formador ‑ facilitador de


aprendizagem ‑ necessita ao mesmo tempo de uma teoria sintetizadora e da tradução
dessa teoria na prática, vamos abordar um método de Ensino-Aprendizagem que põe em
prática todos os princípios já enunciados: O Ciclo de Aprendizagem Vivencial (Experiential
Learning Cycle), também conhecido por CAV.

5 ENOIR, Hughes, “Os princípios e Métodos da Pedagogia de Adultos (ou Andragogia)”, Policopiado, 1997

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Analisando o significado das palavras contidas na sigla CAV vemos que Ciclo não é
mais do que um determinado caminho (método) que se percorre com vários passos
(etapas) partindo duma situação base e chegando a uma meta (objectivo) e que este se
transforma numa nova situação base, levando novamente a um determinado caminho,
necessariamente diferente do anterior, mas que se percorre com os mesmos passos que
nos levam a um outro objectivo, e assim sucessivamente.

Mas o que é a Aprendizagem? Uma possível definição simplificada é que é um “processo


integrado em que uma pessoa, como um todo, se mobiliza no sentido de uma mudança
ao nível do cognitivo, do afectivo e do psicomotor”6 Existe aprendizagem quando o
comportamento sofre modificações ou aumento de uma ou mais características. Se esse
comportamento é expresso duma forma permanente e contínua, poder‑se‑á falar já em
mudança de atitude que, em última análise, é o objectivo da aprendizagem.

Por último, Vivencial tem a ver com a vivência duma determinada situação, vivida na
altura, ou transposta por qualquer meio para uma situação de formação.

O CAV, tem como quadro teórico base o que resulta dos estilos de aprendizagem de Kolb7
que se podem definir como a “maneira” como cada indivíduo aprende. Desta definição
pode‑se desde logo concluir que a aprendizagem é um processo individual, que cada um
de nós aprende à sua própria “maneira”.

Vários são os factores que contribuem para as diferenças existentes entre as “maneiras”
como cada um de nós aprende, mas todos estão ligados ao contexto cultural onde
crescemos e onde estamos inseridos.

Com base num Inventário dos Estilos de Aprendizagem construído sobre um pré teste
de hipóteses, conclui‑se pela existência de quatro estilos básicos de aprendizagem a
saber:

1. EC – Experiência Concreta;

2. OR – Observação Reflexiva;

3. CA – Conceitualização Abstracta;

4. EA – Experimentação Activa,

Analisando cada um dos estilos vemos que cada um deles tem as seguintes características
próprias, que reflectem um pouco os principais traços de personalidade existentes nos
indivíduos:

6 “Glossário dos Termos de Formação Profissional”, MAPA, 1998, p.6


7 “Experiential Learning: Experience as a source of learning and development”. New Jersey:Prentice Hall - 1984

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1. EC – Experiência Concreta: está orientado para o presente, tendo em atenção


a experiência;

2. OR – Observação Reflexiva: está orientado para a observação e a


interiorização;

3. CA – Conceitualização Abstracta: está orientado para o analítico, o racional e


o lógico;

4. EA – Experimentação Activa: está orientado para a experimentação e o


pragmatismo.

Cada um destes estilos de aprendizagem é mais ou menos privilegiado por cada um de


nós. No entanto, usamos todos estes estilos na nossa aprendizagem, embora gostemos
mais de um do que outro e o usemos mais.

Este uso mais ou menos intenso dos vários estilos de aprendizagem leva às “maneiras”
diferentes de aprendizagem. E o privilégio dado a este ou aquele estilo e o uso não
equilibrado dos diferentes estilos leva a uma maior ou menor eficácia na aprendizagem.

3 - Um Modelo para o Ensino-Aprendizagem – Os 4 passos

Tendo como ponto de partida os estilos de aprendizagem, pode-se criar um modelo para a
execução das diferentes Unidades/Sub-Unidades de uma acção de Formação Profissional
fazendo corresponder aos diferentes estilos aos sucessivos passos necessários para
uma aprendizagem. Assim teremos:

1. EC – Experiência Concreta – no CAV irá corresponder à Experiência;

2. OR – Observação Reflexiva – no CAV irá corresponder ao Processamento;

3. CA – Conceitualização Abstracta – no CAV irá corresponder à


Generalização;

4. EA – Experimentação Activa – no CAV irá corresponder à Aplicação

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Fig. 1 - Ciclo de Aprendizagem Vivencial

Analisando cada um destes passos teremos8:

Experiência – Este passo é a parte geradora de dados para a Aprendizagem. É um passo


muitas vezes associado sobretudo à troca de experiências entre Formandos/Facilitador,
contribuindo o Facilitador com a sua própria experiência, mas dando espaço suficiente
para que os formandos possam também manifestar a sua.

Muitas vezes, neste passo, são criadas actividades que levam a vivenciar determinadas
situações que criam um experiência. Obviamente, se o processo pára após este passo,
toda a aprendizagem é deixada ao acaso e o trabalho do facilitador fica incompleto.

Quase todas as técnicas de Ensino-Aprendizagem9 podem ser usadas no passo de


Experiência do CAV. A relação que se apresenta abaixo refere-se ás que são mais
comuns:

- Dramatização

- Interacções


8 Kolb defende que a Aprendizagem poderá ser iniciada em qualquer um dos passos - no que existe acordo. No en-
tanto, para efeitos de modelo a aplicar no Ensino-Aprendizagem, é normal iniciarem-se as sessões pela Experiência.
9 O conceito de Técnica usado neste Manual está explicitado no ponto IV.1 – Plano de Módulo

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- Busca de solução de problemas

- Exposição dialogada

- Redacção

- Análise de estudos de caso

- Negociação

- Planeamento

- Demonstração

- ….

Estas actividades podem ser levadas a efeito por indivíduos isoladamente, em díades,
tríades, pequenos grupos, arranjos de pequenos grupos ou grandes grupos. Naturalmente,
os objectivos de aprendizagem irão indicar, tanto a actividade, quanto o tipo de grupo
apropriado.

Tudo o que se quer neste passo do Ciclo de Aprendizagem é desenvolver uma base
comum de dados para a discussão que se segue. Isto quer dizer que o que acontecer na
actividade, seja ou não esperado, torna-se a base para uma análise crítica.

Algumas vezes o facilitador despende uma quantidade enorme de energia a planear a


actividade; contudo, deixa de planear a sua fase de análise. Como consequência disto,
a aprendizagem não pode ser facilitada.

É axiomático que os próximos três passos do Ciclo de Aprendizagem Vivencial são até
mesmo mais importantes do que a fase da Experiência. Com efeito, o facilitador precisa
de estar alerta para que a actividade não gere dados em excesso, ou crie um ambiente
que torne difícil a discussão dos resultados.

Processamento10

Este passo pode ser considerado como o fulcro ou passo central da Aprendizagem
Vivencial. Consiste na verificação sistemática das experiências compartilhadas pelas
pessoas nelas envolvidas. Neste passo do ciclo os participantes esclarecem as dúvidas
existentes e aprofundam conceitos e definições.

10 Embora, para efeitos didácticos se dividam os dois primeiros passos – Experiência e Processamento – na prática
eles são simultâneos pois não é possível separá-los já que, ao vivenciar ou partilhar uma experiência, automática-
mente o nosso cérebro inicia o seu processamento. Podem, no entanto, existir dois tempos separados em que, no
primeiro existe uma maior intensidade na Experiência e no segundo, uma maior intensidade no Processamento.

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Esta “discussão em profundidade” é a parte crítica do ciclo e não pode ser ignorada nem
concebida espontaneamente se se pretende atingir uma aprendizagem significativa.

O facilitador precisa planear cuidadosamente como é que o Processamento vai ser


desenvolvido e dirigido para o próximo passo, a Generalização. Dados não processados
podem ser sentidos pelos participantes como “tarefas incompletas” e poderão impedir
uma aprendizagem posterior.

Algumas formas que podem ser usadas neste estágio de Processamento, são as
seguintes:

- Trabalhos em Grupo: debate em pequenos grupos sobre a experiência vivida


com aprofundamento de conceitos e esclarecimento de dúvidas;

- Debate Plenário: o mesmo que o anterior mas em Grande Grupo11.

Este estágio deve ser trabalhado em toda a sua extensão antes de se prosseguir para
o próximo. Os participantes devem ser levados a esclarecer todas as possíveis dúvidas
existentes.

Os participantes antecipam-se muitas vezes ao próximo estágio do ciclo de aprendizagem


e fazem generalizações prematuras. O facilitador precisa certificar-se de que o
processamento foi adequado antes de prosseguir para o estágio seguinte.

Generalização

Um salto inferencial tem que ser feito, da realidade da actividade para a realidade da
vida quotidiana fora da situação de formação. As perguntas chave aqui são “Qual foi a
aprendizagem?” e “Qual a utilidade da mesma”. Os participantes deverão ser levados
a concentrar a sua atenção em situações da sua vida pessoal ou profissional similares
àquelas que vivenciaram.

A tarefa dos participantes consiste em extrair do processo alguns princípios, regras,


normas, conceitos, etc. (conclusões) que poderão ser aplicados “lá fora”.

É usual neste passo fazer uso do Quadro Branco (outro suporte também é possível desde
que tenha “espaço”) e registar de forma sistematizada e esquemática a aprendizagem
realizada12, dita pelos participantes.13
11 A experiência indica que o debate em Grande Grupo é bastante difícil pois gera uma grande quantidade de inter-
venções e uma certa confusão. O melhor processo é efectuar o processamento a dois tempos: 1 – Debate em Peque-
nos Grupos onde se podem obter consensos parciais (o papel do formador neste caso será o de dar apoio a todos os
pequenos grupos, prestando esclarecimentos e reforçando a experiência); 2 – Debate em Grande Grupo já de uma
forma mais consensual.
12 Lógicamente que essa aprendizagem terá de estar consonante com os objectivos específicos traçados para a
Unidade/Sub – Unidade.
13 Uma boa ferramenta para este registo é o “MapMind”.

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Os participantes algumas vezes antecipam-se ao estágio final do ciclo de Aprendizagem


(Aplicação) e devem ser mantidos na linha do esclarecimento do que foi aprendido antes
de discutir que mudanças são necessárias.

Aplicação

O estágio final do Ciclo de Aprendizagem Vivencial é o propósito para o qual toda a


formação é planeada. A questão central aqui é “E agora?”. Neste passo o formador
provoca a reflexão sobre o uso que os participantes vão fazer da

Aprendizagem. Ignorar este estágio é correr o risco de que a aprendizagem não seja
útil.

O termo “aplicação” é aliado muitas vezes à “execução”. Neste caso, não é executar.
A finalidade da aprendizagem é sempre o seu uso no Mundo Real. Mesmo que fosse
possível a execução, uma situação de formação é sempre uma situação simulada, pois
o contexto é bastante diferente do contexto de vida e de trabalho dos participantes. Na
formação existe uma situação estruturada e na vida real as coisas não são assim.

Então, esta “Aplicação” é sobretudo a tomada de intenção, por parte dos participantes,
após terem decidido sobre a utilidade da aprendizagem, de virem a aplicar no futuro,
logo que oportuno, essa mesma aprendizagem no seu dia a dia. Não é “Aplicar” mas sim
“Planear a Aplicação”.

Para isto, são vários os procedimentos que podem ser adoptados neste estágio:

- Consultoria em grupos de duas e três pessoas: Os participantes ajudam-se


uns aos outros no levantamento de problemas do dia-a-dia e na aplicação das
generalizações.

- Estabelecimento de objectivos: Escrever aplicações das generalizações de


acordo com os critérios de estabelecimento de objectivos tais como: desempenho,
tempo e medida.

- Contrato: Assumir, uns perante os outros, compromissos explícitos no que diz


respeito à aplicação.

- Formação de subgrupos: formar grupos de interesses comuns para discutir


generalizações concretas, em termos do que pode ser aproveitado mais
efectivamente.

Os indivíduos estão mais propensos a implementar as aplicações planeadas se as


compartilharem com outros. Podem ser solicitados voluntários para partilharem o que

- 20 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

pretendem fazer com o que aprenderam e isto pode encorajar outros a experimentar
novos comportamentos.

É importante notar que no diagrama do Ciclo de Aprendizagem Vivencial (Fig. 1), há uma
seta pontilhada que parte da “Aplicação” para a “Experiência”. A intenção é indicar que
a aplicação real da aprendizagem é já uma nova experiência para o participante e que
também é examinada indutivamente. Assim, teremos mais apropriadamente, não um
Ciclo de Aprendizagem Vivencial mas sim um conjunto sucessivo de ciclos que aumentam
e melhoram a aprendizagem. No fundo, representa a “Aprendizagem Contínua”.

Não sendo o único método possível de usar, o que o Ciclo de Aprendizagem Vivencial
pode conseguir é que as pessoas assumam o que aprenderam. Isto será mais facilmente
atingido se nos certificarmos de que cada estágio do Ciclo de Aprendizagem é desenvolvido
adequadamente. Para isso é necessário planear antecipadamente

4 – Operacionalização do Modelo - O Plano de Unidade14

O Plano de Unidade serve para planificar a forma como a Unidade/Sub - Unidade vai ser
desenvolvida em termos de sequência de etapas, tendo em conta o método de ensino
seguido que, neste caso, é o Ciclo de Aprendizagem Vivencial.

Não é um mero resumo de conteúdos a ensinar.

O que se pretende com este plano é efectuar uma planificação cuidada da melhor forma
para atingir os objectivos da Unidade, o que obriga a uma reflexão cuidadosa de todo o
percurso a seguir desde o início da unidade até ao seu encerramento.

È obvio que o Plano de Unidade/Sub - Unidade, apesar de ser um documento a seguir na


execução, tem de ser suficientemente flexível para se adaptar a situações imponderáveis
durante a mesma.

O Plano de Unidade/Sub - Unidade Tipo que se apresenta a seguir é a título indicativo.


Não é um modelo fixo. Cada formador, atendendo a que este plano é pessoal, terá a sua
forma de o elaborar.

14 Embora aparece muitas vezes como referido como “Plano de Sessão” julgamos que é mais correcto chamar-lhe
“Plano de Unidade”. A divisão em Módulos e Unidades de um Curso, não deve ser espartilhada pelo tempo mas sim
pelos objectivos a atingir. O termo sessão é uma divisão temporal e o termo unidade é uma divisão didáctica.

Manual do Formador - 21 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

1. CRIAÇÃO DO CLIMA

• Relacione a unidade que vai desenvolver com outras anteriores e insira-a


na estrutura do Módulo ou do Curso;

• Estimule o interesse e a curiosidade;

• Canalize o pensamento dos participantes para o assunto a tratar;

• Fundamente a importância do assunto para os participantes.

Tenha em atenção que esta etapa deve ser efectuada duma forma rápida, não
desenvolvendo o tema profundamente. A finalidade que se pretende atingir é a de envolver
logo de início os participantes, criando um clima informal que leve à participação dos
mesmos. Para isto, é indicada a procura de um exemplo, do dia a dia dos participantes,
que justifique a inclusão do assunto que se vai tratar como conteúdo da Unidade/Sub -
Unidade ou/e a “invenção” de uma pequena história credível, que satisfaça esta finalidade.
Um certo humor tem aqui cabimento. Entre em diálogo com os participantes colocando
questões.

No máximo, dedique 5 minutos a esta etapa.

2. CLARIFICAÇÃO DOS OBJECTIVOS

• Apresente aos participantes o(s) objectivo(s) específico(s) da Unidade/Sub


- Unidade;

• Provoque, por parte dos participantes, a clarificação dos objectivos e o


interesse pelo assunto.

Caso use uma Folha de Rosto da Unidade/Sub - Unidade, onde constam os objectivos
da mesma, esta deverá ser distribuída nesta altura, ou seja, depois da Criação do Clima
e antes do início da Experiência. Se não for este o caso, não se esqueça de escrever
(previamente) os objectivos da Unidade numa folha de álbum de conferência, que deverá
estar colocada num local bem visível da sala, mas inicialmente tapada, e que deverá ser
destapada nesta altura.

Para qualquer um destes dois casos, os objectivos da Unidade/Sub - Unidade deverão


ser lidos em voz alta por si, e deverá também esclarecer as dúvidas que possam

- 22 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

aparecer sobre os objectivos. No entanto, deve ter em atenção que o esclarecimento


dessas dúvidas não deve ultrapassar o significado de alguns termos novos, sem entrar
em pormenores que já devem fazer parte da Experiência.

3. EXPERIÊNCIA / PROCESSAMENTO

Embora no Ciclo de Aprendizagem Vivencial (CAV) estas duas etapas estejam


separadas para facilitar a compreensão do processo da aprendizagem, na prática, elas
são simultâneas, ou seja, não podem ser separadas com nitidez já que, ao viver-se uma
experiência inicia-se logo a análise do que se está a vivenciar (Processamento).

No entanto, as técnicas e actividades para cada uma destas duas etapas podem ser
diferenciadas e aplicadas/efectuadas em simultâneo ou sequencialmente.

3.1- Experiência

• Desenvolva uma actividade na qual o grupo participe e que dê oportunidade


para que os participantes “experimentem” uma situação relevante aos
objectivos da Unidade/Sub - Unidade;

• Esta “experiência”, qualquer que ela seja, transforma-se no acontecimento


produtor de dados, dos quais os participantes podem extrair e analisar
conhecimentos, enquanto completam o CAV;

• “Experiências” comuns podem ser partilhadas através de: relato de


situações, jogos pedagógicos, função desempenhada, exposição dialogada,
demonstração, estudo de caso, etc.

Nesta etapa trata-se, em primeiro lugar, de averiguar até que ponto os conhecimentos/
capacidades/habilidades que se pretendem transmitir, estão presentes no grupo. Para
isso, coloque questões ao grupo que possam fazer sobressair esses conhecimentos e
de que forma eles estão interiorizados.

Uma boa abordagem será a de considerar que o grupo é portador de uma experiência
em relação ao assunto e que a sua intervenção, enquanto facilitador da aprendizagem,
será a de” trabalhar” essas experiências, levando à construção de novas aprendizagens.
E todos podem contribuir com experiências, embora algumas possam não ser muito
correctas ou terem tido resultados pouco satisfatórios. Neste caso, a sua intervenção
deverá ser na linha da correcção desses contributos.

Enquanto formador/facilitador, o seu contributo deverá passar pela estruturação dessa

Manual do Formador - 23 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

aprendizagem, contribuindo com novos conhecimentos na medida em que eles possam


estar ausentes no grupo, ou seja, ponha os participantes a falar e fale o quanto baste.

Em situações em que o conhecimento é novo e está ausente do grupo, então a sua


intervenção será maior.

Várias técnicas podem ser usadas para este efeito que vão desde a Exposição Dialogada
à Leitura Dirigida, passando pelo Debate em Grupo, Demonstração, Estudo de Caso,
Jogos Pedagógicos, Dramatizações, etc. Tenha em atenção que a escolha da técnica e
a sequência das actividades depende do tipo dos domínios dos objectivos a atingir, bem
como da manutenção da motivação por parte dos formandos.

Normalmente, esta etapa da aprendizagem é executada em Plenário, não invalidando


outro tipo de actividade que seja necessária.

3.2 - Processamento

• Os participantes compartilham experiências individuais e reacções à


experiência;

• A experiência é cuidadosamente analisada e reflectida pelo grupo;

• O formador dirige e conduz este processo.

Tenha em atenção que esta etapa da aprendizagem é essencial, já que será aqui
que as dúvidas devem ser esclarecidas tendo em conta a extracção posterior de
conclusões.

O seu papel será o de conduzir um debate vivo sobre o que foi ou está a ser falado e a
sua habilidade nesta fase consiste na colocação de questões que lhe possam dar um
feedback sobre a forma como está a ser feita a interiorização da aprendizagem. Por
vezes, é necessário fazer um pouco o papel de “advogado do diabo”. E não se esqueça
de quais são os objectivos da Unidade/Sub - Unidade.

Normalmente, nesta etapa da aprendizagem, formam-se sub - grupos que, com base
na técnica de debate em grupo (ou outra), irão procurar o esclarecimento de dúvidas
existentes e não resolvidas ainda, voltando-se depois novamente a plenário.

Não se esqueça que tudo o que diz respeito ao objectivo da Unidade/Sub - Unidade (e
mais alguma coisa), tem que ser abordado na etapa da Experiência e debatido na etapa
do Processamento para possibilitar a etapa seguinte da Generalização.

- 24 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

4. Generalização

• Os participantes relacionam os dados extraídos durante a Experiência/


Processamento, com as experiências do dia a dia;

• Os participantes procuram identificar as generalizações chave que podem ser


deduzidas da experiência.

Pode-se considerar esta etapa da Unidade como uma espécie de conclusões


(Regras, Princípios, Normas, Conceitos, etc.). Aqui, trata-se de sistematizar/
organizar o novo conhecimento adquirido.

Este novo conhecimento deverá ser coincidente com o objectivo da Unidade, ou um


pouco mais. E este objectivo deve ter utilidade para o dia a dia dos participantes. Daí
o cuidado a ter nas duas etapas anteriores para nunca perder de vista o objectivo e
também para que o objectivo seja útil.

Por norma, usa-se o quadro de porcelana da sala para escrever a Generalização com
as mesmas palavras que são ditas pelos participantes, a não ser que não façam sentido.
Não esqueça que quem tem que generalizar são os participantes e não o formador.
Portanto, o seu papel nesta etapa é de colocar as questões certas para obter respostas
que venham de encontro aos objectivos e que representem a aprendizagem efectuada.

5. Aplicação

• Usando os esclarecimentos e conclusões obtidas nas fases anteriores, os


participantes identificam e compartilham a forma como estão a planear incorporar
estes novos conhecimentos à sua vida quotidiana;

• Respondem às perguntas: “E agora?”, “Como posso aplicar o que aprendi?”.

Toda a aprendizagem efectuada terá de ser possível aplicar na prática do dia a dia dos
participantes, ou servir para a construção de outras aprendizagens de grau superior.

Estabelece-se por vezes uma certa confusão com o conceito comum do termo “aplicação”.
Não se trata aqui de levar à prática qualquer actividade mas sim da visualização da
possibilidade de transferência dessa aprendizagem, incorporando-a no futuro desempenho
e, pela sua utilidade, de uma tomada de intenção de a vir a aplicar.

Também aqui o seu papel é o de colocar as questões correctas que levem a uma reflexão
sobre a utilidade/possibilidade/intenção de aplicação.

Manual do Formador - 25 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

6. Encerramento
• Sumarie a sessão de formação, dando-lhe o sentido de um todo;
• Reveja os objectivos e procure que os participantes refiram se foram
alcançados;
• Relacione a Unidade com as próximas Unidades do Módulo ou Curso.

Esta etapa final serve essencialmente para, muito rapidamente, fazer uma síntese da
Unidade/Sub - Unidade percorrendo a forma como foi desenvolvida e as conclusões
a que se chegou, comprovar o alcance dos objectivos da mesma por parte dos
participantes e fazer a ponte para a Unidade/Sub - Unidade seguinte, se for o caso.

7. Sinopse do Plano de Unidade

Na folha seguinte apresenta-se uma sinopse do Plano de Unidade abordando o mesmo


em termos de Etapas, O que fazer, Actividade do Formador, Actividade do Formando e
Finalidade.

- 26 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

Bibliografia:

Toda a extensa bibliografia disponível no site da ASTD – American Society of Training


and Development. http://www.astd.org/astd

DEWEY, J. (1997) “Experience and Education”, New York: Simon and Schuster

KELLY, G.A. (1955) “Theory of personality: The psychology of personal constructs”,


New York: W. W. Norton

KOLB, D.A. (1984) “Experiential Learning: Experience as the source of learning and
development”, New Jersey: Prentice Hall

PFEIFFER, W., & JONES, J. E. “A Handbook of structured experiences for human


relations training”, Vols. 1 – 5, La Jolla, CA.: University Associates.

Manual do Formador - 27 -
- 28 -
ETAPAS O QUE FAZER ACTIVIDADE DO FORMADOR ACTIVIDADE DO PARTICIPANTE FINALIDADE

ALTA MÉDIA

Manual
do
• Ligação à Unidade Compete ao formador apresentar o · Integrar a
1 - Criação do Clima Nesta etapa, as intervenções dos participantes
anterior; assunto da Unidade, justificando a sua Unidade no
• Direccionamento inclusão no Curso ou Módulo, bem nunca são, normalmente, numerosas. todo do Curso

Formador
do pensamento dos como efectuar a ligação lógica ao que ou Módulo;
participantes para o anteriormente tenha sido abordado. É desejável que manifestem algumas
assunto que se vai tratar. experiências ligadas ao assunto da Unidade, · Levar os
Além desta ligação, deverá activar a sem no entanto ocuparem muito tempo. participantes à
participação através da possibilidade participação,
No PU deverá constar qual a Unidade dos participantes apresentarem alguns Estas intervenções permitem ao formador integrando-os
anterior, e o episódio preparado para exemplos relacionados com o assunto. É uma primeira auscultação sobre o perfil de no assunto;
introdução do assunto essencial que logo de início os participantes participação do grupo.
se apercebam da necessidade e
receptividade das intervenções. Na ausência de participação o formador deverá · Criar um
avançar com um pequeno episódio credível que ambiente
Cabe aqui uma abordagem do assunto venha de encontro ao assunto que vai tratar. descontraído
duma forma leve, no sentido de provocar que facilite
uma boa disposição que conduza a uma o ensino –
certa informalidade e também ao interesse aprendizagem
no mesmo, por parte dos formandos.

A duração estimada desta etapa deve


situar-se entre os 3 e 5 minutos.
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

ALTA BAIXA
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene

2 - Clarificação dos Objectivos


• Apresentação dos • Obter um
A apresentação do objectivo limita-se a A intervenção dos participantes limita-se a
no

objectivos da Unidade entendimento


No PU deverá constar o e clarificação de algum uma leitura do mesmo e a uma clarificação solicitarem algum esclarecimento conforme os único de qual a
objectivo bem como devem estar ponto mais obscuro de palavras ou conceitos nele contidos que casos. aprendizagem
sublinhadas as palavras ou frases sejam menos claros. Isto porque o objectivo que se
a esclarecer deve ser entendido por todos da mesma pretende com a
forma. Unidade.
Trabalho

É nesta altura que, conforme o caso,


deve ser distribuída a Folha de Rosto da
Unidade onde constam os objectivos ou
revelado o objectivo escrito previamente
numa folha de Flipchart.

A duração estimada desta etapa deve


situar-se entre os 2 e 3 minutos.
ETAPAS O QUE FAZER ACTIVIDADE DO FORMADOR ACTIVIDADE DO PARTICIPANTE FINALIDADE

MÉDIA/ALTA ALTA/MÉDIA
3 – Experiência/Processamento
• Actividade para troca de A participação dos formandos depende, em • Facilitar a
experiências; Conforme os objectivos a atingir e o tipo grande medida, da capacidade de motivação e à Aprendizagem
No PU deverão constar, além • Partilha das experiências de conteúdos a transmitir deverá ser vontade do formador. dos pontos
do esquema de actividades e esclarecimento de decidida qual a técnica ou técnicas a usar contidos no
a desenvolver, as questões dúvidas. bem como a sequência das actividades a É desejável que esta participação seja espontânea Objectivo da
pertinentes para serem atingidos executar. e pertinente. No entanto, principalmente quando Unidade
os objectivos se usa a técnica de Exposição Dialogada, há a
Como exemplo de uma unidade em que se vai tendência, por parte do formador, em fechar um
usar a pouco o diálogo.

Como princípio, estas Exposições Dialogadas


1. Exposição Dialogada em Plenário devem ser iniciadas com base na colocação de
na fase da Experiência, questões para o grupo. Se houver experiência
2. seguida de Debate em Grupo em no grupo sobre o assunto, embora alguma não
Trabalho em Grupo na fase do muito correcta, o formador só deverá intervir
Processamento para o esclarecimento de algum conceito menos
3. e novamente de Exposição correcto.
Dialogada em Plenário com base
nos resultados do Trabalho em Caso não haja experiência, então o formador
Grupo para consolidação do deverá fornecer a sua experiência mas dando
Processamento1, sempre espaço e tempo para intervenções por
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

parte dos formandos.


deverão ser previstas questões a pôr ao
grupo. A reflexão prévia sobre que questões levantar
ao grupo a fim de fomentar a participação bem
Estas questões devem ser previamente como a redacção das mesmas no PU é de grande
pensadas, tendo em conta a sua pertinência importância para a eficácia desta etapa.
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene

quanto aos objectivos a atingir.


A gestão do tempo previsto para esta etapa não
no

É também nesta etapa que cabe o uso deve ser descurada sob pena de ser ultrapassado
de meios áudio – visuais (se necessários) em muito.
que possam contribuir para aumentar a
aprendizagem, através de uma melhor
clarificação dos conceitos.
Trabalho

A duração estimada desta etapa deve

Manual
situar-se entre os 30 e 45 minutos.2

do
Formador
- 29 -
- 30 -
ACTIVIDADE DO
ETAPAS O QUE FAZER ACTIVIDADE DO FORMADOR FINALIDADE
PARTICIPANTE
MÉDIA ALTA

Manual
4 – Generalização

do
• Extracção de • Síntese e estruturação
Conclusões Esta etapa deve ser executada com base nos conhecimentos adquiridos Os participantes deverão da Aprendizagem
No PU deverão (Princípios, Regras, pelos participantes. São eles que têm de dizer o que aprenderam. referir o que aprenderam

Formador
constaras conclusões Normas, Leis); durante a Unidade, pelo • Inferência da
que se pretendem da Só deve haver Generalização depois de todas as dúvidas esclarecidas, menos o que está contido possibilidade de
Unidade, organizadas ou melhor, depois das dúvidas levantadas serem esclarecidas. no objectivo da mesma, Transferência para o dia
e sistematizadas, além • Utilidade da mas pode ser mais. a dia
das questões a colocar Aprendizagem. Normalmente, usa-se o quadro de porcelana para registar a
para obter as respostas Generalização, que não tem de ser forçosamente igual (mesmas • Auto Avaliação da
pretendidas palavras), à que previamente foi registada no PU, com excepção de Aprendizagem
conclusões muito precisas como, por exemplo, no caso do Teorema de
Pitágoras. Se o sentido for o mesmo, é de aceitar uma outra redacção. • Feedback para o
Formador
A duração estimada desta etapa deve situar-se entre os 10 e 15
minutos

MÉDIA ALTA
5 – Aplicação
• Tomada de intenção • Aferir da possibilidade
de vir a aplicar À semelhança da etapa anterior, também aqui vão ser os participantes Esta etapa pode ser de aplicação da nova
a referirem aspectos significativos para a aplicação dos novos efectuada de várias
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

No PU deverão no futuro a nova aprendizagem


constaras questões a aprendizagem e conhecimentos nos postos de trabalho e/ou no dia a dia. formas, individualmente,
colocar para conduzir à planificação de ou em trabalho em grupo. • Manifestar a intenção
reflexão sobre o que e como a aplicar. A intervenção do formador deve estar limitada à colocação de questões nessa aplicação
como aplicar no futuro no sentido de levar os participantes a reflectirem na possibilidade de De qualquer forma, são
aplicação futura. os participantes que
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene

deverão indicar formas de


De forma alguma se trata aqui de executar de aplicações reais. aplicação e a intenção de
no

vir a aplicar.
A duração estimada desta etapa deve situar-se entre os 5 e 10
minutos
Trabalho
ACTIVIDADE DO
ETAPAS O QUE FAZER ACTIVIDADE DO FORMADOR FINALIDADE
PARTICIPANTE

ALTA BAIXA
6 – Encerramento
• Síntese da Unidade; • Dar um todo à Unidade;
• Comprovação dos Nesta etapa é efectuada uma síntese da Unidade, referindo os vários A participação dos
No PU deverá constar Objectivos; passos dados para chegar às conclusões. Esta síntese deve ser muito formandos é baixa, • Verificar se os
um esquema dos vários • Ligação à Unidade rápida. limitando-se (quase) a objectivos forma
passos, bem como seguinte. ouvir o formador. atingidos;
o nome da Unidade Deve ser perguntado aos participantes o que acham do alcance, ou não,
seguinte dos objectivos, depois destes lidos em voz alta. • Inserir a Unidade no
todo do Módulo ou do
Por último, deverá ser feita a ligação à Unidade seguinte. Curso.

E... não esquecer de distribuir os Textos de Apoio, quando existam.

A duração estimada desta etapa deve situar-se entre os 3 e 5


minutos.
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene
no

(Endnotes)
1 Esta sequência de actividades é exemplificativa de como se pode atingir uma aprendizagem de uma forma mais eficaz. Na primeira fase da Exposição Dialogada, a informação
transmitida pode não ter sido completamente clara. Seguindo-se um Trabalho em Grupo e através de Debate em Grupo e com o apoio do formador, consegue-se obter um melhor
Trabalho

esclarecimento do que foi transmitido e assim melhorar a aprendizagem. Por último e novamente em Plenário é só uma questão de coadunar as conclusões dos diferentes sub

Manual
grupos. que, à partida, devem ser muito parecidas.

do
2 Os tempos referidos são indicativos já que os mesmos dependem dos objectivos da Unidade e dos seus conteúdos, bem como das Técnicas a serem usadas e das
Actividades.

Formador
- 31 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

V – Procedimentos sugeridos

Este capítulo é constituído pelo Plano de Módulo bem como por alguns procedimentos
sugeridos para a execução das Unidades/Sub – Unidades.

1 – Plano de Módulo

O Plano de Módulo é um instrumento de planeamento, resultante das fases de Analysis,


Design e Development (parcial) do Modelo ADDIE. Congrega em si, de uma forma
sintética e estruturada todas as Unidades e Sub-Unidades do módulo desenvolvidas em
termos de pontos-chave das mesmas, que irão proporcionar uma base de partida para a
elaboração dos Planos de Unidade. A sua estrutura é a seguinte:

Nº - de ordem sequencial da Unidade;


Unidade – Nome dado à Unidade;
Sub – Unidade – Nº de ordem e nome da Sub – Unidade1;
Objectivo Específico – Objectivo de Aprendizagem para a Unidade/Sub – Unidade2;
Procedimentos de Avaliação – Forma de avaliar;
Conteúdo – Sumário dos pontos principais a serem desenvolvidos;
Técnica de Ensino – A Técnica mais indicada para passar o conteúdo. Na Figura 2,
encontram-se descriminadas as principais técnicas relacionadas com os domínios
cognitivo, afectivo e psicomotor.

Fig. 2 – Técnicas de Ensino

1 O nº de ordem da Sub – Unidade será sempre o mesmo da Unidade mais a ordem dentro da Unidade ( Ex.: 1.1,
1.2,…)
2 Havendo Sub – Unidades o Objectivo específico da Unidade não figura no Plano de Módulo já que será o somatório
dos Objectivos Específicos das Sub – Unidades. Os objectivos deverão ser numerados sequencialmente dentro do
Módulo

Manual do Formador - 33 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

Actividades de Ensino – Aprendizagem – Conforme consta na nota de rodapé nº 3


do ponto II deste Manual – Como usar o Manual, as actividades consideradas são 3:
Trabalho Individual, Trabalho em Grupo e Plenário;

Instrumentos de Trabalho – Consideram-se Instrumentos de Trabalho, todo o material


a distribuir aos formandos tais como, Separadores de Unidade, Folhas de Rosto das
Unidades/Sub – Unidades, Instrumentos de Procedimento, Textos de Apoio e Documentos
de Consulta;

Recursos Didácticos – Todo o material e equipamento necessário à execução da


Unidade/Sub – Unidade, incluindo Apresentações, Videogramas, Ajudas, Quadro,
Flipchart, etc.;

Duração – O tempo necessário, previsto, para a execução da Unidade/Sub – Unidade.

Apresenta-se de seguida o Plano do Módulo “Avaliação de Riscos”

- 34 - Manual do Formador
CURSO DE: Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho Módulo: Avaliação de Riscos

Objectivo Geral: Desenvolver processos de avaliação de riscos profissionais, através da aplicação de metodologias e técnicas
adequadas, que permitam estimar e valorar os riscos afectos às actividades desenvolvidas numa organização.

Duração total do módulo – 28h

Actividades
Objectivo Procedimentos de Técnica de Instrumentos de Recursos
Nº Unidade Sub-Unidade Conteúdo de Ensino- Duração
Específico Avaliação Ensino Trabalho Didácticos
Aprendizagem

1 Introdução 1- Descrever o Não aplicável 1. Introdução Exposição Plenário A. Reflexão sobre -Descrição do 1h
funcionamento `Avaliação de Dialogada as expectativas Módulo ppt; 30 m
do Módulo e Riscos; dos participantes -Projector
enquadrar a 2.Estrutura do quanto ao Módulo Multimédia;
Avaliação de Módulo; “Avaliação de -Computador
Riscos no contexto 3. Directrizes Riscos.
da Segurança, para o estudo.
Higiene e Saúde no
Trabalho. TXT 01 –
“Introdução à
Avaliação de
Riscos;

TXT 02 –
“Estrutura do
Módulo”.
2 Conceitos e 2.1 - 2- Distinguir os Avaliação 1. Evolução Exposição Plenário A. Conceitos de - Introducao 1h
Terminologia Introdução conceitos de Formativa histórica do risco; Dialogada perigo e risco; Av Risco ppt; 30 m
Relativa ao à Avaliação Perigo do de com base em 2.O Perigo; -Legislação
Processo de de Riscos Risco. Trabalho Prático e 3.O Risco; Estudo de Caso Trabalho em B. Identificação e Normas
Avaliação de Profissionais Questionário. 4. Actos Grupo de perigos e Relevantes
Risco Inseguros; Discussão em estimativa de (Convenção
5. Condições Grupo Trabalho risco; 155 da OIT,
Perigosas. Individual Directiva
C. Questionário 89/391/
primário de CEE, NP
avaliação de 4397:2001,
riscos; DL 441/91, Lei
99/2003 e Lei
D. Conclusões 35/04);
sobre os -Projector
conceitos de Multimédia;
perigo e risco. -Computador
-Vídeo “Oh
TXT 03 – que Diabo”,
“Principais VIDEOARTES
Conceitos
Adoptados I”;
TXT 04 – “Actos
Inseguros e
Condições
Perigosas”.
2 Conceitos e 2.2 – 3-. Identificar, Avaliação 1.O Acidente; Exposição Plenário A. Conceitos -Conceitos Av 1h
Terminologia onceitualização definir e distinguir Formativa com 2.A Doença Dialogada de avaliação de Riscos ppt; 30 m
Relativa ao da Avaliação de a principal base em Trabalho Profissional; riscos; -Normas
Processo de Riscos terminologia Prático 3.A Avaliação Estudo de Caso Trabalho em Relevantes
Avaliação de associada à de Riscos Grupo B. Lista de (NP
Risco avaliação de Profissionais; Discussão em perigos, 4397:2001,
riscos. 4.A Prevenção. Grupo riscos e NP
respectiva 4410:2004);
aceitabilidade; -Projector
Multimédia;
C. Principal -Computador
terminologia -Vídeo
“Jogo da
TXT 05 – Cabra Cega”
“Principais LONGMAN
Conceitos TRAINING
Adoptados II”
A. Normativo Enquadra-
2 Conceitos e 2.3 - 4 – Referir e Avaliação 1.Legislação Exposição Plenário aplicável à mento legal Av 1h
Terminologia Inquadramento interpretar o Formativa através aplicável; Dialogada avaliação de Riscos 30 m
relativa ao Legal e modelo legislativo de Questionário de 2.Normas Trabalho risco; ppt;
processo de Normativo regulador e Auto - Avaliação aplicáveis. Individual -Legislação e
Avaliação de B. Exercício de Normas
do Processo normativo Auto Avaliação;
Risco de Avaliação aplicável à Relevantes
de Riscos avaliação de risco. C. Legislação e (Convenção
Profissionais normas principais 155 da OIT,
Directiva
TXT 06 – 89/391/
“Enquadramento CEE, NP
Legislativo e 4397:2001, DL
Normativo na 441/91,
Avaliação de Lei 99/2003 e
Risco”. Lei 35/04);
-Projector
Multimédia;
-Computador

3 Modelo 5 – Descrever o Avaliação 1.Análise Exposição Plenário A. O modelo -Modelo 1h


conceptual modelo conceptual Formativa Oral de Riscos Dialogada conceptual Conceptual Av 30 m
de Avaliação de avaliação de Profissionais: de avaliação Riscos ppt;
de Riscos riscos. 1.1.Identificação de riscos -Projector
Profissionais dos Perigos; profissionais; Multimédia;
1.2.Trabalha- -Quadro
dores Expostos; B. Conclusões Branco;
sobre o modelo -Computador
2.Valoração conceptual
dos Riscos de avaliação
Profissionais; de riscos
profissionais.

TXT 07 – “Modelo
Conceptual
da Análise e
Avaliação de
Riscos”
4 Análise de Riscos 4.1 Métodos 6 – Identificar e Avaliação A Análise Exposição Plenário A. Análise -Analise 1h
Profissionais Reactivos desenvolver o Formativa Oral estatística da Dialogada estatística de Estatística ppt; 30 m
– Análise método reactivo de sinistralidade sinistralidade -Legislação
estatística de análise estatística laboral; laboral; Relevante (Lei
Sinistralidade de sinistralidade 99/2003);
Laboral laboral, B. A importância -Projector
extrapolando dos dados Multimédia;
dados úteis estatísticos na -Quadro
para proceder à sinistralidade Branco;
avaliação de riscos laboral. -Computador
profissionais.
TXT 08 – “Análise
Estatística de
Sinistralidade
Laboral”
A Árvore de A. Método de
4 Análise de Riscos 4.2 Métodos 7 – Aplicar o Avaliação Causas. Exposição árvore de causas; -Arvore 1h
Profissionais Reactivos método reactivo de Formativa através Dialogada Causas ppt; 30 m
de um Exercício de B. Exercício -Projector
– Árvore de árvore de causas a de aplicação
Causas um acontecimento Aplicação Estudo de Caso Trabalho em Multimédia;
Grupo do método -Quadro
indesejado, de árvores de
extrapolando Discussão em Branco;
Grupo Plenário causas; -Computador
dados úteis
para proceder à C. Conclusões
avaliação de riscos sobre o método
profissionais. de árvore de
causas.
TXT 09 – “Método
de Árvore de
Causas
4 Análise de Riscos 4.3 Métodos 8 – Aplicar o Avaliação Análise Exposição Trabalho em A. Método de -Analise 1h
Profissionais Pró-activos: método pró- Formativa através Preliminar de Dialogada Grupo análise preliminar Preliminar de 30 m
Análise activo de análise de um Exercício de Riscos. de riscos; Riscos ppt;
Preliminar de preliminar de Aplicação Estudo de Caso -Projector
Riscos riscos a uma B. Exercício Multimédia;
dada situação Discussão em Plenário de aplicação -Quadro
de trabalho e Grupo do método de Branco;
identificar eventos análise preliminar -Computador
perigosos, as de riscos;
suas causas,
consequências C. Conclusões
e respectivas sobre o método
medidas de de análise
controlo a adoptar. preliminar de
riscos.

TXT 10 –“Análise
Preliminar de
Riscos”

4 Análise de Riscos 4.4 Métodos 9 – Desenvolver e Avaliação Checklist’s de Exposição Plenário A. Verificação e -Verificacao 1h
Profissionais Pró-activos: aplicar ferramentas Formativa através verificação; Dialogada controlo; controlo ppt; 30 m
Verificação e para verificar o da elaboração -Legislação
Controlo cumprimento de checklist’s de B. Relevante (Lei
das disposições verificação, a partir Discussão em Trabalho em Desenvolvimento 99/2003, Lei
que estejam de diplomas legais; Grupo Grupo de uma lista 35/2004, DL
especificadas em de verificação 243/86, Port
diplomas legais, a partir de um 987/93);
normas específicas diploma legal; -Projector
e códigos de boas Multimédia;
práticas. C. Conclusões -Computador
sobre a
elaboração
de listas de
verificação.

TXT 11 –
“Verificações e
Controlos”
4 Análise de Riscos 4.5 Métodos 10 – Aplicar Avaliação Árvore de Exposição Plenário A. Árvores de -Arv Eventos 1h
Profissionais Pró-activos: o método de Formativa através Eventos; Dialogada eventos; ppt; 30 m
Árvore de árvore de eventos de um Exercício de -Projector
Eventos de modo a Aplicação Trabalho em B. Exercício de Multimédia;
identificar as Discussão em Grupo aplicação do -Quadro
várias e possíveis Grupo método de árvore Branco;
consequências de eventos; -Computador
resultantes do
evento iniciador. C. Conclusões
sobre o método
de árvores de
eventos.
TXT 12 – “Árvore
de Eventos”
4 Análise de Riscos 4.6 Métodos 11 – Aplicar o Avaliação Árvore de Falhas; Exposição Plenário A. Árvore de -Arv Falhas 1h
Profissionais Pró-activos: método de árvore Formativa através Dialogada falhas; ppt; 30 m
Árvore de de falhas para de um Exercício de -Projector
Falhas determinação das Aplicação Trabalho em B. Exercício de Multimédia;
combinações de Discussão em Grupo Aplicação do -Quadro
falhas e condições Grupo Método de Árvore Branco;
sequenciais de Falhas; -Computador
que poderão
desencadear um C. Conclusões
evento. sobre o método
de árvore de
falhas.
TXT 13 – “Análise
de Árvore de
Falhas”
5 Metodologias 5.1 Métodos 12 – Aplicar Avaliação Método das Exposição Plenário A. Método das -Met Matrizes 1h
de Avaliação Qualitativos: o método das Formativa através Matrizes Dialogada matrizes; Qualitativo. 30 m
de Riscos Método das matrizes na de um Estudo de ppt;
Profissionais Matrizes avaliação de riscos Caso B. Caso simulado -Projector
profissionais. Discussão em Trabalho em para aplicação Multimédia;
Grupo Grupo do método das -Quadro
matrizes; Branco;
-Computador
C. Conclusões
sobre o método
das matrizes.
TXT 14 – “Método
das Matrizes”.
5 Metodologias 5.2 Métodos 13 – Aplicar Avaliação Método Exposição Plenário A. Método -Met INSHT. 1h
de Avaliação Semi- o método Formativa através simplificado Dialogada simplificado ppt; 30 m
de Riscos Quantitativos: simplificado de um Estudo de (segundo o (segundo o -Projector
Profissionais método (segundo o INSHT) Caso INSHT) INSHT); Multimédia;
simplificado na avaliação Discussão em Trabalho em -Quadro
(segundo o de riscos Grupo Grupo B. Caso simulado Branco;
INSHT) profissionais. para aplicação -Computador
do Método
Simplificado
(segundo o
INSHT);

C. Conclusões
sobre o método
simplificado /
segundo o
INSHT).

TXT 15 – “Método
Simplificado
(segundo o
INSHT).

5 Metodologias 5.3 Métodos 14 – Aplicar o Avaliação Método W. T. Exposição Plenário A. Método W.T. -Met W T Fine 1h
de Avaliação Semi- método W. T. Formativa através Fine Dialogada Fine; ppt; 30 m
de Riscos Quantitativos: Fine na avaliação de um Estudo de -Projector
Profissionais método W. T. de riscos Caso B. Caso simulado Multimédia;
Fine profissionais. Discussão em Trabalho em para aplicação -Quadro
Grupo Grupo do Método W. T. Branco;
Fine; -Computador

C. Conclusões
sobre o método
W. T. Fine.

TXT 16 – “Método
W. T. Fine”.
5 Metodologias 5.4 Métodos 15 – Aplicar o Avaliação Método RULA Exposição Plenário A- Método RULA; -Met Rula ppt; 1h
de Avaliação Semi- método RULA na Formativa através Dialogada -Projector 30 m
de Riscos Quantitativos: avaliação rápida de um Estudo de B- Caso simulado Multimédia;
Profissionais método RULA dos membros Caso para aplicação do -Quadro
superiores Discussão em Trabalho em Método RULA; Branco;
tendo em vista Grupo Grupo -Computador
a prevenção de C. Conclusões
perturbações sobre o método
músculo- RULA.
esqueléticas.
TXT 17 – “Método
RULA”.
5 Metodologias 5.5 Métodos 16 – Descrever Avaliação Principio Geral Exposição Plenário A. Exposição a -Met Quant 1h
de Avaliação Quantitativos: a metodologia Formativa Oral de Avaliação Dialogada agentes físicos e ppt; 30 m
de Riscos metodologia geral de avaliação de Exposição a químicos; -Projector
Profissionais genérica de da exposição a Agentes Físico e Multimédia;
avaliação de agentes físicos e Químicos B. Avaliação de -Quadro
exposição a químicos. riscos associada Branco;
agentes físicos à exposição de -Computador
e químicos agentes físicos e
químicos.
TXT 18 –
“Princípio Geral
da Avaliação
da Exposição a
Agentes Físicos e
Químicos”.
5 Metodologias 5.6 Métodos 17 – Descrever o Avaliação Método MESERI Exposição Plenário A. Método -Met MESERI 1h
de Avaliação Quantitativos: Método de MESERI Formativa Oral Dialogada MESERI; ppt; 30 m
de Riscos método de avaliação do -Projector
Profissionais MESERI - risco de incêndio B. Conclusões Multimédia;
Teoria sobre o método -Quadro
MESERI. Branco;
-Computador
TXT 19 – “Método
MESERI”.
5 Metodologias 5.7 Métodos 18 – Aplicar o Avaliação Método MESERI Discussão em Trabalho em A. Caso simulado 1h
de Avaliação Quantitativos: Método MESERI de Formativa através Grupo Grupo para aplicação 30 m
de Riscos método de avaliação de riscos de um Estudo de do Método de
Profissionais MESERI - de incêndio. Caso MESERI
Prática

6 Avaliação Escrita 19 – Avaliar os Avaliação Sumativa Trabalho A – Ficha de 1h


do Módulo conhecimentos da totalidade do Individual Avaliação Final;
adquiridos Módulo
durante o módulo B – Correcção
de Avaliação da Ficha de
de Riscos Avaliação
Profissionais.
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

2 – O que Fazer e como Fazer

Os procedimentos que se sugerem destinam-se à elaboração dos Planos de Unidade/


Sub – Unidade, que terão como base o Plano de Módulo anteriormente apresentado.
Deverão ser encarados como sugestões e depreendem o uso do Método do Ciclo de
Aprendizagem Vivencial. Para o uso de outros métodos terão de ser efectuadas as

devidas adaptações.

UNIDADE 1 – Introdução

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

Nesta unidade de carácter introdutório, pretende-se dar uma panorâmica geral


dos objectivos a atingir, enumerar os conteúdos do Módulo, explicar a sua divisão
estrutural em Unidades e Subunidades, bem como os seus objectivos específicos,
Unidade a Unidade e Subunidade a Subunidade.

O formador deve salientar a importância da “avaliação de riscos” no contexto da


Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, socorrendo-se de exemplos simples e
práticos.

Deve ser invariavelmente focado a relevância que a avaliação de riscos apresenta como
agente iniciador e potenciador das actividades de prevenção de riscos profissionais
nas organizações, e consequente melhoria das respectivas condições de trabalho.

O formador deve incentivar cada um dos formandos a transmitir ao grupo as suas


experiências, quer individuais quer colectivas, onde a avaliação de riscos tenha
assumido papel relevante.

Como fazer?

1 – Abra a sessão apresentando-se de uma forma informal, dando uma visão


global do Módulo e dos seus objectivos e dê início à unidade 1;

2 – Explique a divisão das unidades e subunidades, bem como dos seus objectivos
específicos;

3 – Transmita alguns exemplos simples que ilustrem a necessidade da avaliação

Manual do Formador - 45 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

de riscos:

4 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, incentive os


formandos a apresentar as suas expectativas perante o módulo, e qual o seu
entendimento relativamente à importância da avaliação de riscos no contexto do
curso de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho;

5 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade, faça a ligação para a subunidade
seguinte e distribua os textos de apoio TXT 01 e TXT 02.

UNIDADE 2 – Conceito e Terminologia relativa aos processos de avaliação de


risco.

Tempo Previsto para a totalidade da Unidade – 4 h 30 min.

No final desta unidade pretende-se que o formando seja capaz de:

- Distinguir os conceitos de Perigo do de Risco.

- Identificar, definir e distinguir a principal terminologia associada à avaliação


de riscos.

- Referir e interpretar o modelo legislativo regulador e normativo aplicável à


avaliação de risco.

SUB-UNIDADE 2.1 – Introdução à Avaliação de Riscos Profissionais

Tempo Previsto: 1 h 30 min

O que fazer?

No final desta Sub-Unidade, pretende-se que o formando seja capaz de distinguir,


claramente, os conceitos de perigo e risco. Para este efeito, após a definição de
perigo e risco, o formador deve dar exemplos claros que permitam os formandos
distinguir claramente estes dois conceitos.

O recurso a exemplos extraídos da “vida real”, do conhecimento e experiência do


formador constituirão um impacto significativo nos formandos.

- 46 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

Após a conclusão da exposição, procure que os formandos expressem a sua opinião,


através de experiências do seu dia a dia. Ao verificar que estes conceitos estão
assimilados, distribua os instrumentos constantes do manual.

Como fazer?

1 – Abra a sessão apresentando-se de uma forma informal, dando uma visão


global do Módulo e dos seus objectivos e dê início à unidade 2. Distribua a folha
de capa da unidade.

2 – Continue a sessão começando a subunidade 2.1. Nesta fase, pode sugerir


aos participantes que expressem a sua opinião sobre perigo e risco. Apresente o
objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade e chamando a
atenção para a forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua o instrumento A) relativo aos conceitos de perigo e risco e inicie a


exposição dialogada sobre os pontos 1, 2, 3, 4 e 5 do conteúdo da subunidade,
socorrendo-se para isso da apresentação em PowerPoint “Introdução Av. Risco
ppt”, pedindo a participação das pessoas com os seus conhecimentos.

4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos


formandos o Instrumento de Trabalho B) para ser preenchido em grupo durante 20
minutos. Findo o tempo, em conjunto efectue a correcção desta actividade.

5 – Distribua o Instrumento de Trabalho C), para ser preenchido individualmente


durante o tempo máximo de 10 minutos. No final, em conjunto, efectue a correcção
desta tarefa.

6 – Visionar o vídeo de apoio “Oh que Diabo”, pedindo no final comentário aos
participantes.

7 – Posteriormente distribua o Instrumento de Trabalho D), e em conjunto


com os formandos, efectue uma síntese e elabore as conclusões a retirar da
subunidade.

8 – Por último, encerre a sessão, comprovando os objectivos da subunidade, e


faça a ligação para a subunidade seguinte e distribua os textos de apoio TXT 03
e TXT 04.

Manual do Formador - 47 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

SUB-UNIDADE 2.2 – Conceitualização da Avaliação de Riscos Profissionais

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final desta Sub-Unidade, com recurso às definições legais, normativas e


ilustrações, os participantes devem ser capazes de identificar, definir e distinguir a
principal terminologia associada à avaliação de riscos.

Dada a importância que assume, à medida que os vários conceitos forem expostos, o
formador deve, sempre que possível, discernir a diferença entre perigo e risco.

No desenrolar da exposição dialogada, o formador deve efectuar pequenos momentos


de reflexão, solicitando aos formandos os seus contributos para a mesma. Por
exemplo: a partir de que estimativa é que se considera o risco como aceitável?

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade fazendo a ligação sequencial com a subunidade anterior.

2 – Continue a sessão, dando início à subunidade 2.2. Apresente o objectivo da


sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade. Posteriormente descreva a
forma como a sessão se vai desenvolver. Pode solicitar aos presentes que, por
palavras próprias, definam os conceitos de perigo e risco.

3 – Distribua o instrumento de trabalho A) relativo ao conceito de avaliação de


riscos e inicie a exposição dialogada sobre os pontos 1, 2, 3 e 4 do conteúdo da
subunidade, socorrendo para o efeito da apresentação “Conceito Av Risco.ppt”,
solicitando a participação das pessoas com os seus conhecimentos;

4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos


formandos o Instrumento de Trabalho B). Em grupos de 3, os formandos devem
elaborar listas de tarefas e operações, para em seguida identificarem os perigos,
caracterizarem os riscos e pronunciarem-se quanto à sua aceitabilidade. O tempo
previsto para execução da tarefa é de 45 minutos.

5 – Concluída a tarefa, os grupos devem apresentar o resultado do seu trabalho,


devendo o formador ser um elemento pivot, incentivando os comentários dos
outros grupos.

6 – Visionar o vídeo de apoio “Jogo da Cabra Cega”, pedindo no final comentário


aos participantes;

- 48 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

7 – Posteriormente distribua o Instrumento de Trabalho C), e em conjunto com


os formandos, efectue uma síntese das principais definições apresentadas nesta
subunidade;

8 – Por último, encerre a sessão, comprovando os objectivos da subunidade, e


faça a ligação para a subunidade seguinte e distribua o texto de apoio TXT 05.

SUB-UNIDADE 2.3 – Enquadramento Legal e Normativo do Processo de Avaliação


de Riscos Profissionais

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final desta Sub-Unidade, os participantes devem ser capazes de referir e interpretar


o modelo legislativo regulador e normativo aplicável à avaliação de risco.

A exposição sobre o enquadramento legal e normativo do processo de avaliação de


riscos profissionais deve-se iniciar descrevendo a sua evolução histórica, realçando
sobretudo o quadro que emana da Convenção 155 da OIT e da Directiva 89/391/
CEE.

Salientar o destaque que é dado à avaliação de riscos pelo o actual quadro legal, bem
como pela legislação específica (equipamentos de trabalho, ruído, vibrações, …).

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, salientado logo na sua fase inicial
a importância que a legislação e as normas têm em matéria de avaliação de
riscos.

2 - Continue a sessão, dando início à subunidade 2.3. Apresente o objectivo da


sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade. Posteriormente descreva
a forma como a sessão se vai desenvolver. Pode solicitar aos presentes que
enumerem um conjunto de legislação, que eventualmente conheçam, onde veja
expressa a obrigatoriedade de realizar avaliação de riscos.

3 – Distribua os instrumentos de trabalho A) e C) e inicie a exposição dialogada


sobre os pontos 1 e 2 do conteúdo da subunidade, socorrendo-se para o efeito da
apresentação “Enquadramento legal Av Riscos ppt”, solicitando a participação das
pessoas com os seus conhecimentos. No decorrer da exposição dialogada deve
orientar a discussão para os objectivos das Directivas Comunitárias.

Manual do Formador - 49 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos
formandos o Instrumento de Trabalho B) – Exercício de Autoavaliação.

Individualmente, os participantes devem responder por escrito às várias questões


propostas. O tempo previsto para esta tarefa é de 20 minutos.

5 – Em conjunto deve ser feita a correcção do Instrumento de Trabalho B).

6 – Por último, encerre a sessão, comprovando os objectivos da subunidade, e


faça a ligação para a subunidade seguinte e distribua o texto de apoio TXT 06.

UNIDADE 3 – Modelo conceptual de avaliação de riscos profissionais

No final desta unidade pretende-se que o formando seja capaz de:

- Descrever o modelo conceptual da avaliação de riscos

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final desta Sub-Unidade, os participantes devem ser capazes de descrever o


modelo conceptual da avaliação de riscos.

Deve realçar-se a importância de cada uma das fases do modelo conceptual da


avaliação de riscos profissionais. Ao longo da exposição do conteúdo, o formador
deve salientar o “campo de actuação” de cada uma das fases, sem nunca deixar de
transmitir a visão global do modelo conceptual.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta unidade servindo-se para isso da folha de capa da unidade que deverá
ser distribuída nesta altura;

2 - Apresente o objectivo da sessão. Posteriormente descreva a forma como


a sessão se vai desenvolver. Interpele os participantes com o objectivo destes
se recordarem dos principais conceitos, nomeadamente, perigo, risco e risco
aceitável.

3 – Distribua o instrumento de trabalho A) e inicie a exposição dialogada sobre


os pontos 1, 1.1, 1.2 e 2 do conteúdo da unidade, socorrendo-se para o efeito da

- 50 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

apresentação “Modelo Conceptual Av Riscos.ppt”, solicitando a participação das


pessoas com os seus conhecimentos.

4 – Depois de concluída a exposição, distribua o Instrumento de Trabalho B),


e elabore com participação dos formandos um conjunto de conclusões sobre o
modelo conceptual de avaliação de riscos.

5 – Por último, encerre a sessão, comprovando o objectivo da unidade, e distribua


o texto de apoio TXT 07.

UNIDADE 4 – Análise de riscos profissionais.

Tempo Previsto para a totalidade da Unidade – 9 h

No final desta unidade pretende-se que o formando seja capaz de:

– Identificar e desenvolver o método reactivo de análise estatística de


sinistralidade laboral.

– Aplicar o método reactivo de árvore de causas a um acontecimento


indesejado.

– Aplicar o método pró-activo de análise preliminar de riscos a uma dada situação


de trabalho e identificar eventos perigosos, as suas causas, consequências e
respectivas medidas de controlo a adoptar.

– Desenvolver e aplicar ferramentas para verificar o cumprimento das


disposições que estejam especificadas em diplomas legais, normas específicas
e códigos de boas práticas.

– Aplicar o método de árvore de eventos de modo a identificar as várias e


possíveis consequências resultantes do evento iniciador.

– Aplicar o método de árvore de falhas para determinação das combinações de


falhas e condições sequenciais que poderão desencadear um evento.

SUB-UNIDADE 4.1 – Métodos Reactivos: Análise Estatística de Sinistralidade


Laboral

Tempo Previsto: 1h 30 min

Manual do Formador - 51 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

O que fazer?

No final da unidade, os participantes deverão ser capazes de identificar e desenvolver


o método reactivo de análise estatística de sinistralidade laboral, extrapolando dados
úteis para proceder à avaliação de riscos profissionais.

Nesta subunidade é conveniente efectuar a distinção entre “acidente de trabalho” e


doença profissional. Para o efeito, o recurso às definições que constam na legislação
é o procedimento recomendado.

O formador deve enquadrar a determinação das várias taxas no modelo conceptual


da avaliação de riscos, bem como da necessidade da sua determinação para posterior
estimativa dos riscos. Deve ser dado a conhecer os vários níveis de aplicação das
taxas (organização, sector de actividade, país), bem como a possibilidade de adoptar
outras taxas e diferentes espaços temporais.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade servindo-se para isso da folha de capa da unidade que
deverá ser distribuída nesta altura;

2 - Continue a sessão, dando início à subunidade 4.1. Apresente o objectivo da


sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade. Posteriormente descreva a
forma como a sessão se vai desenvolver.

3 – Distribua o instrumento A) e inicie a exposição dialogada sobre a análise


estatística da sinistralidade laboral, socorrendo-se para isso da apresentação em
PowerPoint “Analise Estatística.ppt”, pedindo a participação das pessoas com os
seus conhecimentos.

4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos


formandos o Instrumento de Trabalho B), e em conjunto discuta a pertinência
da análise da estatística ao nível da empresa ou do sector para o processo de
avaliação de riscos.

5 – Por último, encerre a sessão, comprovando os objectivos da subunidade, e


faça a ligação para a subunidade seguinte e distribua o texto de apoio TXT 08.

- 52 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

SUB-UNIDADE 4.2 – Métodos Reactivos: Arvores de Causas

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes deverão ser capazes de aplicar o método reactivo


de árvore de causas a um acontecimento indesejado, extrapolando dados úteis para
proceder à análise de riscos.

Antes de enquadrar o Método de Árvores de Causas no processo global de avaliação


de riscos, o conceito de métodos indutivos e dedutivos deve ser clarificado no início
da sessão.

Inicialmente, o formador deve socorrer-se de exemplos básicos que ilustrem de um


modo simples e conciso a aplicação deste método. Para o efeito, recomenda-se a
adopção de uma metodologia baseada em questões quando na presença de um
facto da Árvore de Causas.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade servindo-se para isso da folha de capa da unidade que
deverá ser distribuída nesta altura;

2 – Continue a sessão começando a subunidade 4.2. Nesta fase, pode sugerir


aos participantes que expressem a sua opinião sobre métodos pró-activos e
reactivos, bem como métodos indutivos e dedutivos. Apresente o objectivo da
sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade e chamando a atenção para a
forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua o instrumento A) e inicie a exposição dialogada sobre o Método de


Árvore de Causas, socorrendo-se para isso da apresentação em PowerPoint “Arvore
Causas ppt”, pedindo a participação das pessoas com os seus conhecimentos.

4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos


formandos o Instrumento de Trabalho B) para ser preenchido em grupo durante 60
minutos. Findo o tempo, em conjunto efectue a correcção desta actividade.

5 – Distribua o Instrumento de Trabalho C), e em conjunto reflictam e concluam


sobre a relevância que este método apresenta para a análise e avaliação de
riscos.

6 – Por último, encerre a sessão, comprovando os objectivos da subunidade, e

Manual do Formador - 53 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

distribua o texto de apoio TXT 09.

SUB-UNIDADE 4.3 – Métodos Pró-activos: Análise Preliminar de Riscos

Duração: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método pró-


activo de Análise Preliminar de Riscos a uma dada situação de trabalho e identificar
eventos perigosos, as suas causas, consequências e respectivas medidas de controlo
a adoptar.

Para este fim, na apresentação deste método deve realçar-se a importância da


aplicação desta metodologia na fase de projecto ou de desenvolvimento de um novo
processo, produto ou sistema, sobretudo quando a informação disponível relativa aos
procedimentos operacionais ainda é escassa e/ou não sistematizada.

Os exemplos a apresentar devem ser simples, relativo a processo, produto ou sistema


facilmente identificável pelos participantes.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, referindo que para além dos métodos
reactivos apresentados nas subunidades anteriores, existem os métodos pró-
activos nos quais se inclui a Análise Preliminar de Riscos. Introduza de uma
maneira muito breve esta subunidade, chamando desde já a atenção para o
momento em que esta metodologia poderá ser aplicada.

2 – Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade


e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua os instrumentos A) e C) e inicie uma exposição dialogada sobre o


tema da Análise Preliminar de Riscos do conteúdo da subunidade socorrendo-se
para isso da Apresentação em PowerPoint “Análise Preliminar de Riscos.ppt”.

4 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-se


de que os formandos entenderam quais são os momentos ideais para a aplicação
desta metodologia.

5 – Distribua o instrumento B) e inicie o processo de divisão da turma em grupos


que não excedam as 4 pessoas. Cada grupo deverá, durante 30 minutos, efectuar

- 54 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

o exercício de aplicação do método, após o qual se procederá à discussão em


grupo dos resultados obtidos;

6 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade, faça a ligação para a subunidade
seguinte e distribua o texto de apoio TXT10.

SUB-UNIDADE 4.4 – Métodos Pró-activos: Verificação e Controlo

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da subunidade, os participantes devem ser capazes de desenvolver e aplicar


ferramentas para verificar o cumprimento das disposições que estejam especificadas
em diplomas legais, normas específicas e códigos de boas práticas.

Com este propósito, o formador deve evidenciar que aplicabilidade do método é


sustentada pela regulamentação geral ou específica, por normas e por regras de
arte, sendo exigível uma rigorosa preparação e planeamento.

Realçar que os instrumentos de trabalho são as listas de verificação (Checklist) que


permitem recolher um conjunto vasto de informação

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade servindo-se para isso da folha de capa da subunidade que deverá
ser distribuída nesta altura;

2 – Continue a sessão começando a subunidade 4.4. Nesta fase, pode interpelar os


participantes a expressarem a sua opinião sobre a necessidade de adoptar métodos
pró-activos. Apresente o objectivo da sessão, chamando a atenção para a forma
como se vai desenvolver;

3 – Distribua o instrumento A) relativo à Verificação e Controlo e inicie a exposição


dialogada sobre Listas de Verificação, socorrendo-se para isso da apresentação em
PowerPoint “Verificação controlo.ppt”, pedindo a participação das pessoas com os
seus conhecimentos.

4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos formandos


o Instrumento de Trabalho B) para ser elaborado em grupo durante 60 minutos. Para

Manual do Formador - 55 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

o efeito, deve ser distribuída, no mínimo, a legislação constante do Plano de Módulo.


Deve ser dada a possibilidade aos formandos de escolherem outros diplomas legais
ou normativos para elaborar lista de verificação.

5 – Posteriormente distribua o Instrumento de Trabalho C), e em conjunto com os


formandos, efectue uma síntese e elabore as conclusões a retirar da subunidade

6 – Por último, encerre a sessão, comprovando o objectivo da subunidade, e distribua


o texto de apoio TXT 11.

SUB-UNIDADE 4.5 – Métodos Pró-activos: Árvore de Eventos

Duração: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método de árvore


de eventos de modo a identificar as várias e possíveis consequências resultantes de
um evento iniciador.

Para este fim, o formador deve descrever as bases do método, salientado o seu carácter
indutivo e a sua aplicabilidade. Deve informar igualmente que, caso se conheça a
probabilidade de cada um dos eventos, é possível determinar a probabilidades dos
eventos últimos.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade;

2 – Continue a sessão começando a subunidade 4.5. Apresente o objectivo da


sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade e chamando a atenção para
a forma como se vai desenvolver. Pode pedir aos participantes que expressem a
sua opinião sobre métodos indutivos.

3 – Distribua o instrumento A) aplicável à Árvore de Eventos e inicie a exposição


dialogada sobre este método, socorrendo-se para isso da apresentação em
PowerPoint “Arv Eventos.ppt”, pedindo a participação das pessoas com os seus
conhecimentos.

4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos


formandos o Instrumento de Trabalho B) para ser preenchido em grupo durante 45

- 56 - Manual do Formador
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
minutos. Findo o tempo, em conjunto efectue a correcção deste exercício.

5 – Posteriormente distribua o Instrumento de Trabalho C), e em conjunto


com os formandos, efectue uma síntese e elabore as conclusões a retirar da
subunidade.

6 – Por último, encerre a sessão, comprovando os objectivos da subunidade, e


distribua o texto de apoio TXT 12.

SUB-UNIDADE 4.6 – Métodos Pró-activos: Árvore de Falhas

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da subunidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método


de árvore de eventos de modo a identificar as várias e possíveis consequências
resultantes do evento iniciador.

Para o efeito dever-se-á apresentar o método de Árvore de Falhas, realçando-se


a importância de aplicar esta metodologia no estudo dos factores que podem dar
origem a um evento indesejado (falha). Dever-se-á ainda realçar a capacidade deste
método transformar um sistema físico num diagrama lógico estruturado, onde são
especificadas as causas que levam à ocorrência do evento.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade e fazendo a ligação sequencial com as subunidades anteriores,
nas quais foram apresentados os métodos pró-activos.

2 – Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade


e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua os instrumentos A) e C) e inicie uma exposição dialogada sobre o


método de Árvore de Falhas do conteúdo da subunidade socorrendo-se para isso
da Apresentação em PowerPoint “Árvore de Falhas.ppt”.

4 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-


se de que os formandos entenderam de que forma se procede ao cálculo da
probabilidade de ocorrência do evento de topo a partir da combinação das
probabilidades de ocorrência dos eventos que lhe deram origem.

Manual do Formador - 57 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

5 – Distribua o instrumento B) e inicie o processo de divisão da turma em grupos


que não excedam as 4 pessoas. Cada grupo deverá, durante 45 minutos, efectuar
o exercício de aplicação do método, após o qual se procederá à discussão em
grupo dos resultados obtidos;

6 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade, faça a ligação para a subunidade
seguinte e distribua o texto de apoio TXT 13.

UNIDADE 5 – ANÁLISE DE RISCOS PROFISSIONAIS.

Tempo Previsto para a totalidade da Unidade – 10 h 30 min.

As Metodologias de Avaliação de Riscos Profissionais são essenciais para a


valoração dos riscos identificados numa dada situação de trabalho. A partir dos
resultados obtidos, poder-se-á proceder a juízos de valor sobre a aceitabilidade do
risco profissional, bem como seleccionar as medidas de prevenção e de protecção
adequadas para controlar esse mesmo risco.

Pretende-se com esta unidade, apresentar diferentes metodologias para proceder


à avaliação dos riscos profissionais, nomeadamente, métodos qualitativos, semi-
quantitativos e quantitativos.

No final desta unidade pretende-se que o formando seja capaz de:

– Aplicar o método das matrizes na avaliação de riscos profissionais.

– Aplicar o método simplificado (segundo o INSHT) na avaliação de riscos


profissionais.

– Aplicar o método W. T. Fine na avaliação de riscos profissionais.

– Aplicar o método RULA na avaliação rápida dos membros superiores tendo


em vista a prevenção de perturbações músculo-esqueléticas.

– Descrever a metodologia geral de avaliação da exposição a agentes físicos e


químicos.

– Descrever o Método de MESERI de avaliação do risco de incêndio

- 58 - Manual do Formador
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

SUB-UNIDADE 5.1 – Métodos Qualitativos: Método das Matrizes

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da subunidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método das


matrizes na avaliação dos riscos profissionais.

Para o efeito, dever-se-á apresentar o método das matrizes e realçar a forma como
este poderá ser aplicado na valoração dos riscos profissionais identificados numa dada
situação de trabalho, a partir de um conjunto de factores operacionais, ambientais e
organizacionais.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, referindo a unidade anterior e introduzindo


de uma maneira muito breve esta unidade servindo-se para isso da folha de capa
da unidade que deverá ser distribuída nesta altura;

2 – Continue a sessão começando a subunidade 5.1. Apresente o objectivo da


sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade e chamando a atenção para a
forma como se vai desenvolver.

3 – Realce a importância da valoração dos riscos no processo de avaliação dos


riscos profissionais, chamando desde já a atenção para as vantagens da aplicação
do método das matrizes na avaliação dos riscos profissionais.

4 – Distribua os instrumentos A) e C) e inicie uma exposição dialogada sobre o


tema do Método das Matrizes do conteúdo da subunidade socorrendo-se para
isso da Apresentação em PowerPoint “Met. Matrizes Qualitativo.ppt”.

5 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-


se de que os formandos entenderam de que forma se procede à ponderação do
risco, em função da probabilidade e da gravidade de ocorrência.

6 – Distribua o instrumento B) e inicie o processo de divisão da turma em grupos


que não excedam as 4 pessoas. Cada grupo deverá, durante 45 minutos, efectuar
o exercício de aplicação do método, após o qual se procederá à discussão em
grupo dos resultados obtidos;

7 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade, faça a ligação para a subunidade
seguinte e distribua o texto de apoio TXT 14.

Manual do Formador - 59 -
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

SUB-UNIDADE 5.2 – Métodos Semi-Quantitativos: Método Simplificado (Segundo


o INSHT)

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método


simplificado (segundo o INSHT) na avaliação dos riscos profissionais.

Com este propósito, dever-se-á apresentar o método simplificado (segundo o INSHT)


e realçar a forma como este poderá ser aplicado na valoração dos riscos profissionais
identificados numa dada situação de trabalho, a partir de um conjunto de factores
operacionais, ambientais e organizacionais.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade e fazendo a ligação sequencial com a subunidade anterior,
chamando desde já a atenção para as diferenças existentes entre os métodos
qualitativos e semi-quantitativos na avaliação dos riscos profissionais.

2 – Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade


e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua os instrumentos A) e C) e inicie uma exposição dialogada sobre o


tema do Método Simplificado (segundo o INSHT) do conteúdo da subunidade
socorrendo-se para isso da Apresentação em PowerPoint “Met. INSHT.ppt”.

4 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-se de


que os formandos entenderam de que forma se procede à determinação do nível
de intervenção, a partir dos níveis de deficiência, de exposição, de probabilidade
e de consequência definidos no método.

5 – Distribua o instrumento B) e inicie o processo de divisão da turma em grupos


que não excedam as 4 pessoas. Cada grupo deverá, durante 45 minutos, efectuar
o exercício de aplicação do método, após o qual se procederá à discussão em
grupo dos resultados obtidos;

6 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade, faça a ligação para a subunidade
seguinte e distribua o texto de apoio TXT 15.

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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

SUB-UNIDADE 5.3 – Métodos Semi-Quantitativos: Método W. T. Fine

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método W. T.


Fine na avaliação dos riscos profissionais.

Com este propósito, dever-se-á apresentar o método W. T. Fine e realçar a forma


como este poderá ser aplicado na valoração dos riscos profissionais identificados
numa dada situação de trabalho.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade. Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da
subunidade e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

2 – Distribua os instrumentos A) e C) e inicie uma exposição dialogada sobre o


tema do Método W. T. Fine do conteúdo da subunidade socorrendo-se para isso
da Apresentação em PowerPoint “Met W T Fine.ppt”.

3 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-se


de que os formandos entenderam de que forma se procede à determinação das
várias variáveis de entrada definidas no método.

4 – Distribua o instrumento B) e inicie o processo de divisão da turma em grupos


que não excedam as 4 pessoas. Cada grupo deverá, durante 45 minutos, efectuar
o exercício de aplicação do método, após o qual se procederá à discussão em
grupo dos resultados obtidos;

5 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade, e distribua o texto de apoio TXT 16.

SUB-UNIDADE 5.4 – Métodos Semi-Quantitativos: Método RULA

Tempo Previsot: 1h 30 min

O que fazer?

No final da subunidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método


RULA na avaliação rápida dos membros superiores tendo em vista a prevenção do

Manual do Formador - 61 -
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

risco de perturbações músculo-esqueléticas.

Para este fim dever-se-á apresentar o método RULA e realçar a forma como este
poderá ser aplicado na valoração do risco de contrair perturbações músculo-
esqueléticas ao nível dos membros superiores.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade e fazendo a ligação sequencial com as subunidades anteriores,
nas quais foram apresentados os métodos semi-quantitativos.

2 – Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade


e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua os instrumentos A) e C) e inicie uma exposição dialogada sobre


o método de RULA do conteúdo da subunidade socorrendo-se para isso da
Apresentação em PowerPoint “Mét. RULA.ppt”.

4 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-se


de que os formandos entenderam de que forma se procede à avaliação do risco
de contracção de uma perturbação músculo-esquelética ao nível dos membros
superiores, a partir da análise postural do trabalhador.

5 – Distribua o instrumento B) e inicie o processo de divisão da turma em grupos


que não excedam as 4 pessoas. Cada grupo deverá, durante 30 minutos, efectuar
o exercício de aplicação do método, após o qual se procederá à discussão em
grupo dos resultados obtidos;

6 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade, faça a ligação para a subunidade
seguinte e distribua o texto de apoio TXT 17.

SUB-UNIDADE 5.5 – Métodos Quantitativos: Metodologia Genérica de Avaliação


de Exposição a Agentes Físicos Químicos

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes devem ser capazes de descrever a metodologia


geral de avaliação da exposição a agentes físicos e químicos.

- 62 - Manual do Formador
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

Atendendo ao facto de na Higiene do Trabalho existir vários agentes ou contaminantes,


com metodologias, níveis de acção e valores limites de exposição diferentes, o
formador deve descrever e explicar os princípios metodológicos gerais da avaliação.
Poderá explicitar uma metodologia específica (ex.: ruído, vibrações, químicos, …).

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade, explicando o conceito de método quantitativo.

2 – Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade


e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua o instrumento A) e C) e inicie uma exposição dialogada sobre a


metodologia genérica de avaliação da exposição a agentes físicos e químicos,
socorrendo-se para isso da Apresentação em PowerPoint “Met Quant.ppt”.

4 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-se


de que os formandos entenderam a metodologia geral de avaliação da exposição
a agentes físicos e químicos.

5 – Distribua o instrumento B) e, em conjunto, inicie um processo de reflexão


sobre a metodologia quantitativa apresentada, incidindo sobre a sua pertinência,
rigor, aplicabilidade.

6 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade e distribua o texto de apoio TXT 18.

SUB-UNIDADE 5.6 – Métodos Quantitativos: Método MESERI – Teoria

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes devem ser capazes de descrever o método de


MESERI de avaliação de Riscos de Incêndio.

Com este propósito, o formador deve descrever o método de MESERI, o significado


da quantificação de cada um dos factores de entrada, e os critérios de valorização.

Atendendo à especificidade deste método, o formador poderá descrever algum


conteúdo relacionado com segurança contra incêndios.

Manual do Formador - 63 -
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade, explicando a pertinência da adopção de métodos de
avaliação de riscos específicos para o caso do incêndio.

2 – Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade


e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

3 – Distribua o instrumento A) e B) e inicie uma exposição dialogada sobre o


método de MESERI, socorrendo-se para isso da Apresentação em PowerPoint
“Met MESERI.ppt”.

4 – Depois de concluídas as exposições e esclarecidas as dúvidas, aperceba-se


de que os formandos entenderam como utilizar este método, fazendo questões
simples sobre o conteúdo.

5 – Por último, encerre a sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma,


comprovando os objectivos da subunidade e distribua o texto de apoio TXT 19.

SUB-UNIDADE 5.7 – Métodos Quantitativos: Método MESERI – Prática

Tempo Previsto: 1h 30 min

O que fazer?

No final da unidade, os participantes devem ser capazes de aplicar o método de


MESERI na avaliação de Riscos de Incêndio.

Esta subunidade apresenta, em toda a sua extensão, um cariz prático. Dada a


diversidade de conhecimentos necessários para utilizar este método, o formador
deve apresentar uma maior disponibilidade para transmissão de alguns conceitos a
ele subjacentes.

Como fazer?

1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito


breve esta subunidade, efectuando um resumo sobre os principais parâmetros do
método de MESERI.

2 – Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da subunidade


e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;

- 64 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

3 – Distribua o instrumento A) e em grupo aplique o método de MESERI, ao estudo


de caso proposto. Após a sua conclusão, deve ser efectuada a correcção em
grupo

4 – Depois de concluídas a correcção e esclarecidas as dúvidas, encerre a


sessão, fazendo uma síntese rápida da mesma, comprovando os objectivos da
subunidade.

UNIDADE 6 – Avaliação Escrita do Módulo.

Avaliar os conhecimentos adquiridos durante o módulo de Avaliação de Riscos


Profissionais.

O que fazer? Como fazer?

Aplique a Ficha de Avaliação Sumativa.

Efectue a correcção da mesma

Manual do Formador - 65 -

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