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de Segurança e
Higiene no Trabalho
Manual do
FORMADOR
Ficha Técnica
Título
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Avaliação de Riscos Profissionais
Autor
Consultua - Ensino e Formação Profissional, Lda
Direcção
Rita Messias
Coordenação
Sónia Romano
Consultor
Amável Cardoso Fidalgo
Investigadores
Nuno Santos
Manuel Freitas
Design e Imagem
MESTRECLIQUE - Sistemas de Informação Lda.
Impressão
Servimira
Índice
I - Nota Introdutória
II - Apresentação do Manual do Formador
II.1 - A que necessidades visa dar resposta
II.2 - Objectivos do Manual
II.3 - Públicos - alvo
III - Como usar o Manual
III.1 - Manual do Formando
III.2 - Manual do Formador
IV - Algumas Considerações sobre o Método
IV.1 - Factores de Êxito da Formação Profissional
IV.2 - Teorização dos Factores de êxito
IV.3 - Um Modelo para o Ensino-Aprendizagem: Os 4 Passos
IV.4 - Operacionalização do Modelo - O Plano de Unidade
IV.5 - Sinopse do Plano de Unidade
V - Procedimentos Sugeridos
V-1 - Plano do Módulo
V-2 - O que fazer e como fazer
I – Nota Introdutória
Para que as práticas de segurança e higiene do trabalho ao nível das empresas nas suas
mais variadas facetas sejam implementadas de um modo correcto e eficaz, é necessária
a qualificação profissional e posteriormente a correspondente certificação.
Estando a Consultua sensível a esta necessidade, esta área passa a ser encarada como
prioritária, sendo que a partir de 2003, passou a contemplar na sua oferta formativa, o
curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho, integrado nas acções de
especialização profissional, sendo um dos mais procurados pelos nossos clientes.
Pretende-se assim, que este auxiliares, possam contribuir para uma melhoria nos de-
sempenhos dos profissionais no exercício da profissão de técnico Superior de Seguran-
ça e Higiene no Trabalho, auxiliando as empresas e contribuindo para a sua competiti-
vidade.
Salientamos que a concretização destes manuais só foi possível, devido à entrega,
empenho, dedicação e profissionalismo de todos os que contribuíram para a sua
realização. Dirigimos a todos o nosso sincero reconhecimento e gratidão pelo esforço
demonstrado.
A Direcção
Dado tratar-se de uma área relativamente recente em Portugal, ainda existe alguma
carência de recursos pedagógicos nesta área. Na concretização do manual, participaram
técnicos/formadores, especializados nesta área e com uma longa experiência no
exercício destas funções. Os conteúdos presentes no manual são o resultado de vários
anos de experiência, investigação, reflexão, levantamento de situações apresentadas
por formandos, selecção e debate dos profissionais que neles participaram.
2. Objectivos do Manual
3. Públicos – alvo
1 - Manual do Formador
1.1 Estrutura
I. Nota Introdutória
O presente capítulo onde se abordam algumas ideias sobre a forma de tirar um melhor
partido deste manual.
V. Procedimentos sugeridos
O Plano de Módulo referente a este Módulo bem como algumas indicações do que
fazer e como fazer para cada uma das Unidades/Sub-Unidades, que podem ser
incorporados no Plano de Unidade/Sub - Unidade.
2. - Manual do Formando
2.1 Estrutura
Quando necessário, o critério para o uso de Sub – Unidades radicou em dois factores
cumulativos:
2 ADDIE – Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation. Pela mão do INOFOR foi introduzido em Por-
tugal um modelo semelhante, embora com algumas adaptações, o ADORA – Analisar, Desenhar, Organizar, Realizar,
Avaliar.
3 Entende-se por Actividade o tipo de participação dos formandos no desenvolver da sessão que pode ser: Trabalho
Individual – quando a actividade se centra na prestação individual (p.ex.: Exercício, Teste, Formulário, etc.), Trabalho
em Grupo – quando da constituição de pequenos Grupos de Trabalho (p.ex.: Estudo de Caso, Processamento de
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Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
A. Índice
B. Apresentação do Manual
C. Preâmbulo
H. Glossário.
A documentação constante neste manual foi pensada de forma a poder ser directamente
fotocopiada para distribuição aos formandos. No entanto, estes procedimentos são
sugeridos no caso do uso do Método CAV. Para o uso de outros métodos, será necessário
avaliar a utilidade dos instrumentos apresentados e adaptá-los, se necessário, caso a
caso.
Informação, etc.) e Plenário – quando da participação em conjunto de todos os participantes (p.ex.: Exposição Dialo-
gada, Generalização, etc.)
Manual do Formador - 11 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
1. Não distribua a totalidade do Manual no início da acção pois isso iria retirar uma
das vantagens ao método que é o da descoberta de novos elementos pelos
próprios formandos ao longo da acção. Distribua, de início, o seguinte material:
b. Índice do Módulo;
c. Apresentação do Manual
d. Preâmbulo;
f. Glossário.
4 Nunca é demais insistir na necessidade da elaboração de textos de apoio específicos para os conteúdos da Uni-
dade/Sub-Unidade. Embora dê mais trabalho ao formador(a) é muito mais eficiente em termos de conteúdos e mais
eficaz em termos de objectivos.
Também a prática “académica” de distribuição de fotocópias dos slides que o formador usa na apresentação do tema
para os formandos acompanharem o mesmo é, quanto a nós, contraproducente já que se pretende “participação” e
não um recolhimento próprio de ambiente de biblioteca.
Além disto a ideia de considerar “Texto de Apoio” esse conjunto de fotocópias dos slides, parece-nos incorrecta. Das
duas uma. Ou os slides estão elaborados de forma correcta e só contêm os pontos-chave da apresentação não po-
dendo assim servir de “Texto de Apoio”, ou contêm muita informação não sendo assim uma ajuda visual.
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Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
A abordagem ao método que aqui é efectuada não pretende de forma alguma esgotar
o assunto mas sim dar a conhecer aos formadores/facilitadores, um método largamente
usado noutros países mas, quanto a nós infelizmente, pouco difundido em Portugal.
Além desta “experiência” pessoal de que cada um de nós é portador e que legitima
a colocação do sujeito que aprende no centro do acto de aprender há que relembrar
que “uma pessoa só assimila perfeitamente as coisas que lhe parecem necessárias à
manutenção do seu eu”2 . Por outras palavras, o adulto só aprende o que lhe é útil e tem
aplicação no seu dia a dia, quer duma forma prática, quer como competência adquirida
que contribui para o seu crescimento.
A aprendizagem é um acto voluntário e não se ensina nada a outra pessoa a não ser
que ela deixe. E para que ela aprenda qualquer coisa de novo é necessário tempo para
reflectir, questionar e comparar com os actuais conhecimentos a fim de poder interiorizar
uma nova abordagem, reorganizar os seus saberes, o que pode pôr em causa os seus
próprios pontos de vista e por vezes, os seus valores. Assim “não podemos ensinar
directamente outra pessoa; só podemos facilitar a sua aprendizagem3”.
Ensinar será pôr em prática, numa abordagem contemporânea, o que Carl Rogers4
já propunha ao afirmar que qualquer educação deve centrar‑se na pessoa. Todos os
1 Cf. KNOWLES M., “L’apprenant adulte, vers un nouvel art de la formation », Paris, Belin, 1991, p.72
2 Cf. KNOWLES M., Op. cit., p. 54
3 Cf. KNOWLES M., Op. cit., p. 54
4 Cf. ROGERS C., “A Psicossociologia dos grupos”, Cap. 19
Manual do Formador - 13 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
trabalhos sobre aprendizagem fazem ressaltar, com bastante nitidez, que todas as pessoas
conservam a sua capacidade de aprender, consoante os seus ritmos e modalidades e
independentemente da sua idade.
A Formação Profissional defronta‑se muitas vezes com a resistência dos próprios sujeitos
que aprendem o que se prende, entre outras coisas, à recusa de voltar a uma situação
escolar, à submissão ao professor, a uma auto-imagem depreciativa ou super valorizada,
ao medo do insucesso. Esta resistência é um obstáculo sério que deve ser contornado
antes de eliminado. E para a contornar, há que partir daquilo que são os sujeitos que
aprendem, daquilo que são portadores: conhecimentos, competências e experiências.
Assim, implicando o próprio sujeito no processo Ensino-Aprendizagem, permitindo‑lhe
participar como detentor de saberes que, ao serem partilhadas, reforçam o seu interesse
e permitem a transferência das novas aquisições para outros contextos sociais e
profissionais, atenuam‑se ou até eliminam‑se, as potenciais resistências existentes.
Em suma, para que haja efectivamente aprendizagem, para que ela perdure e possa
ser transferida para outros contextos sociais e profissionais há que ter em conta “três
factores de êxito”:
5 ENOIR, Hughes, “Os princípios e Métodos da Pedagogia de Adultos (ou Andragogia)”, Policopiado, 1997
- 14 - Manual do Formador
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Analisando o significado das palavras contidas na sigla CAV vemos que Ciclo não é
mais do que um determinado caminho (método) que se percorre com vários passos
(etapas) partindo duma situação base e chegando a uma meta (objectivo) e que este se
transforma numa nova situação base, levando novamente a um determinado caminho,
necessariamente diferente do anterior, mas que se percorre com os mesmos passos que
nos levam a um outro objectivo, e assim sucessivamente.
Por último, Vivencial tem a ver com a vivência duma determinada situação, vivida na
altura, ou transposta por qualquer meio para uma situação de formação.
O CAV, tem como quadro teórico base o que resulta dos estilos de aprendizagem de Kolb7
que se podem definir como a “maneira” como cada indivíduo aprende. Desta definição
pode‑se desde logo concluir que a aprendizagem é um processo individual, que cada um
de nós aprende à sua própria “maneira”.
Vários são os factores que contribuem para as diferenças existentes entre as “maneiras”
como cada um de nós aprende, mas todos estão ligados ao contexto cultural onde
crescemos e onde estamos inseridos.
Com base num Inventário dos Estilos de Aprendizagem construído sobre um pré teste
de hipóteses, conclui‑se pela existência de quatro estilos básicos de aprendizagem a
saber:
1. EC – Experiência Concreta;
2. OR – Observação Reflexiva;
3. CA – Conceitualização Abstracta;
4. EA – Experimentação Activa,
Analisando cada um dos estilos vemos que cada um deles tem as seguintes características
próprias, que reflectem um pouco os principais traços de personalidade existentes nos
indivíduos:
Manual do Formador - 15 -
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Este uso mais ou menos intenso dos vários estilos de aprendizagem leva às “maneiras”
diferentes de aprendizagem. E o privilégio dado a este ou aquele estilo e o uso não
equilibrado dos diferentes estilos leva a uma maior ou menor eficácia na aprendizagem.
Tendo como ponto de partida os estilos de aprendizagem, pode-se criar um modelo para a
execução das diferentes Unidades/Sub-Unidades de uma acção de Formação Profissional
fazendo corresponder aos diferentes estilos aos sucessivos passos necessários para
uma aprendizagem. Assim teremos:
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Muitas vezes, neste passo, são criadas actividades que levam a vivenciar determinadas
situações que criam um experiência. Obviamente, se o processo pára após este passo,
toda a aprendizagem é deixada ao acaso e o trabalho do facilitador fica incompleto.
- Dramatização
- Interacções
8 Kolb defende que a Aprendizagem poderá ser iniciada em qualquer um dos passos - no que existe acordo. No en-
tanto, para efeitos de modelo a aplicar no Ensino-Aprendizagem, é normal iniciarem-se as sessões pela Experiência.
9 O conceito de Técnica usado neste Manual está explicitado no ponto IV.1 – Plano de Módulo
Manual do Formador - 17 -
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
- Exposição dialogada
- Redacção
- Negociação
- Planeamento
- Demonstração
- ….
Estas actividades podem ser levadas a efeito por indivíduos isoladamente, em díades,
tríades, pequenos grupos, arranjos de pequenos grupos ou grandes grupos. Naturalmente,
os objectivos de aprendizagem irão indicar, tanto a actividade, quanto o tipo de grupo
apropriado.
Tudo o que se quer neste passo do Ciclo de Aprendizagem é desenvolver uma base
comum de dados para a discussão que se segue. Isto quer dizer que o que acontecer na
actividade, seja ou não esperado, torna-se a base para uma análise crítica.
É axiomático que os próximos três passos do Ciclo de Aprendizagem Vivencial são até
mesmo mais importantes do que a fase da Experiência. Com efeito, o facilitador precisa
de estar alerta para que a actividade não gere dados em excesso, ou crie um ambiente
que torne difícil a discussão dos resultados.
Processamento10
Este passo pode ser considerado como o fulcro ou passo central da Aprendizagem
Vivencial. Consiste na verificação sistemática das experiências compartilhadas pelas
pessoas nelas envolvidas. Neste passo do ciclo os participantes esclarecem as dúvidas
existentes e aprofundam conceitos e definições.
10 Embora, para efeitos didácticos se dividam os dois primeiros passos – Experiência e Processamento – na prática
eles são simultâneos pois não é possível separá-los já que, ao vivenciar ou partilhar uma experiência, automática-
mente o nosso cérebro inicia o seu processamento. Podem, no entanto, existir dois tempos separados em que, no
primeiro existe uma maior intensidade na Experiência e no segundo, uma maior intensidade no Processamento.
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Esta “discussão em profundidade” é a parte crítica do ciclo e não pode ser ignorada nem
concebida espontaneamente se se pretende atingir uma aprendizagem significativa.
Algumas formas que podem ser usadas neste estágio de Processamento, são as
seguintes:
Este estágio deve ser trabalhado em toda a sua extensão antes de se prosseguir para
o próximo. Os participantes devem ser levados a esclarecer todas as possíveis dúvidas
existentes.
Generalização
Um salto inferencial tem que ser feito, da realidade da actividade para a realidade da
vida quotidiana fora da situação de formação. As perguntas chave aqui são “Qual foi a
aprendizagem?” e “Qual a utilidade da mesma”. Os participantes deverão ser levados
a concentrar a sua atenção em situações da sua vida pessoal ou profissional similares
àquelas que vivenciaram.
É usual neste passo fazer uso do Quadro Branco (outro suporte também é possível desde
que tenha “espaço”) e registar de forma sistematizada e esquemática a aprendizagem
realizada12, dita pelos participantes.13
11 A experiência indica que o debate em Grande Grupo é bastante difícil pois gera uma grande quantidade de inter-
venções e uma certa confusão. O melhor processo é efectuar o processamento a dois tempos: 1 – Debate em Peque-
nos Grupos onde se podem obter consensos parciais (o papel do formador neste caso será o de dar apoio a todos os
pequenos grupos, prestando esclarecimentos e reforçando a experiência); 2 – Debate em Grande Grupo já de uma
forma mais consensual.
12 Lógicamente que essa aprendizagem terá de estar consonante com os objectivos específicos traçados para a
Unidade/Sub – Unidade.
13 Uma boa ferramenta para este registo é o “MapMind”.
Manual do Formador - 19 -
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Aplicação
Aprendizagem. Ignorar este estágio é correr o risco de que a aprendizagem não seja
útil.
O termo “aplicação” é aliado muitas vezes à “execução”. Neste caso, não é executar.
A finalidade da aprendizagem é sempre o seu uso no Mundo Real. Mesmo que fosse
possível a execução, uma situação de formação é sempre uma situação simulada, pois
o contexto é bastante diferente do contexto de vida e de trabalho dos participantes. Na
formação existe uma situação estruturada e na vida real as coisas não são assim.
Então, esta “Aplicação” é sobretudo a tomada de intenção, por parte dos participantes,
após terem decidido sobre a utilidade da aprendizagem, de virem a aplicar no futuro,
logo que oportuno, essa mesma aprendizagem no seu dia a dia. Não é “Aplicar” mas sim
“Planear a Aplicação”.
Para isto, são vários os procedimentos que podem ser adoptados neste estágio:
- 20 - Manual do Formador
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
pretendem fazer com o que aprenderam e isto pode encorajar outros a experimentar
novos comportamentos.
É importante notar que no diagrama do Ciclo de Aprendizagem Vivencial (Fig. 1), há uma
seta pontilhada que parte da “Aplicação” para a “Experiência”. A intenção é indicar que
a aplicação real da aprendizagem é já uma nova experiência para o participante e que
também é examinada indutivamente. Assim, teremos mais apropriadamente, não um
Ciclo de Aprendizagem Vivencial mas sim um conjunto sucessivo de ciclos que aumentam
e melhoram a aprendizagem. No fundo, representa a “Aprendizagem Contínua”.
Não sendo o único método possível de usar, o que o Ciclo de Aprendizagem Vivencial
pode conseguir é que as pessoas assumam o que aprenderam. Isto será mais facilmente
atingido se nos certificarmos de que cada estágio do Ciclo de Aprendizagem é desenvolvido
adequadamente. Para isso é necessário planear antecipadamente
O Plano de Unidade serve para planificar a forma como a Unidade/Sub - Unidade vai ser
desenvolvida em termos de sequência de etapas, tendo em conta o método de ensino
seguido que, neste caso, é o Ciclo de Aprendizagem Vivencial.
O que se pretende com este plano é efectuar uma planificação cuidada da melhor forma
para atingir os objectivos da Unidade, o que obriga a uma reflexão cuidadosa de todo o
percurso a seguir desde o início da unidade até ao seu encerramento.
14 Embora aparece muitas vezes como referido como “Plano de Sessão” julgamos que é mais correcto chamar-lhe
“Plano de Unidade”. A divisão em Módulos e Unidades de um Curso, não deve ser espartilhada pelo tempo mas sim
pelos objectivos a atingir. O termo sessão é uma divisão temporal e o termo unidade é uma divisão didáctica.
Manual do Formador - 21 -
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
1. CRIAÇÃO DO CLIMA
Tenha em atenção que esta etapa deve ser efectuada duma forma rápida, não
desenvolvendo o tema profundamente. A finalidade que se pretende atingir é a de envolver
logo de início os participantes, criando um clima informal que leve à participação dos
mesmos. Para isto, é indicada a procura de um exemplo, do dia a dia dos participantes,
que justifique a inclusão do assunto que se vai tratar como conteúdo da Unidade/Sub -
Unidade ou/e a “invenção” de uma pequena história credível, que satisfaça esta finalidade.
Um certo humor tem aqui cabimento. Entre em diálogo com os participantes colocando
questões.
Caso use uma Folha de Rosto da Unidade/Sub - Unidade, onde constam os objectivos
da mesma, esta deverá ser distribuída nesta altura, ou seja, depois da Criação do Clima
e antes do início da Experiência. Se não for este o caso, não se esqueça de escrever
(previamente) os objectivos da Unidade numa folha de álbum de conferência, que deverá
estar colocada num local bem visível da sala, mas inicialmente tapada, e que deverá ser
destapada nesta altura.
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3. EXPERIÊNCIA / PROCESSAMENTO
No entanto, as técnicas e actividades para cada uma destas duas etapas podem ser
diferenciadas e aplicadas/efectuadas em simultâneo ou sequencialmente.
3.1- Experiência
Nesta etapa trata-se, em primeiro lugar, de averiguar até que ponto os conhecimentos/
capacidades/habilidades que se pretendem transmitir, estão presentes no grupo. Para
isso, coloque questões ao grupo que possam fazer sobressair esses conhecimentos e
de que forma eles estão interiorizados.
Uma boa abordagem será a de considerar que o grupo é portador de uma experiência
em relação ao assunto e que a sua intervenção, enquanto facilitador da aprendizagem,
será a de” trabalhar” essas experiências, levando à construção de novas aprendizagens.
E todos podem contribuir com experiências, embora algumas possam não ser muito
correctas ou terem tido resultados pouco satisfatórios. Neste caso, a sua intervenção
deverá ser na linha da correcção desses contributos.
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Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Várias técnicas podem ser usadas para este efeito que vão desde a Exposição Dialogada
à Leitura Dirigida, passando pelo Debate em Grupo, Demonstração, Estudo de Caso,
Jogos Pedagógicos, Dramatizações, etc. Tenha em atenção que a escolha da técnica e
a sequência das actividades depende do tipo dos domínios dos objectivos a atingir, bem
como da manutenção da motivação por parte dos formandos.
3.2 - Processamento
Tenha em atenção que esta etapa da aprendizagem é essencial, já que será aqui
que as dúvidas devem ser esclarecidas tendo em conta a extracção posterior de
conclusões.
O seu papel será o de conduzir um debate vivo sobre o que foi ou está a ser falado e a
sua habilidade nesta fase consiste na colocação de questões que lhe possam dar um
feedback sobre a forma como está a ser feita a interiorização da aprendizagem. Por
vezes, é necessário fazer um pouco o papel de “advogado do diabo”. E não se esqueça
de quais são os objectivos da Unidade/Sub - Unidade.
Normalmente, nesta etapa da aprendizagem, formam-se sub - grupos que, com base
na técnica de debate em grupo (ou outra), irão procurar o esclarecimento de dúvidas
existentes e não resolvidas ainda, voltando-se depois novamente a plenário.
Não se esqueça que tudo o que diz respeito ao objectivo da Unidade/Sub - Unidade (e
mais alguma coisa), tem que ser abordado na etapa da Experiência e debatido na etapa
do Processamento para possibilitar a etapa seguinte da Generalização.
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
4. Generalização
Por norma, usa-se o quadro de porcelana da sala para escrever a Generalização com
as mesmas palavras que são ditas pelos participantes, a não ser que não façam sentido.
Não esqueça que quem tem que generalizar são os participantes e não o formador.
Portanto, o seu papel nesta etapa é de colocar as questões certas para obter respostas
que venham de encontro aos objectivos e que representem a aprendizagem efectuada.
5. Aplicação
Toda a aprendizagem efectuada terá de ser possível aplicar na prática do dia a dia dos
participantes, ou servir para a construção de outras aprendizagens de grau superior.
Estabelece-se por vezes uma certa confusão com o conceito comum do termo “aplicação”.
Não se trata aqui de levar à prática qualquer actividade mas sim da visualização da
possibilidade de transferência dessa aprendizagem, incorporando-a no futuro desempenho
e, pela sua utilidade, de uma tomada de intenção de a vir a aplicar.
Também aqui o seu papel é o de colocar as questões correctas que levem a uma reflexão
sobre a utilidade/possibilidade/intenção de aplicação.
Manual do Formador - 25 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
6. Encerramento
• Sumarie a sessão de formação, dando-lhe o sentido de um todo;
• Reveja os objectivos e procure que os participantes refiram se foram
alcançados;
• Relacione a Unidade com as próximas Unidades do Módulo ou Curso.
Esta etapa final serve essencialmente para, muito rapidamente, fazer uma síntese da
Unidade/Sub - Unidade percorrendo a forma como foi desenvolvida e as conclusões
a que se chegou, comprovar o alcance dos objectivos da mesma por parte dos
participantes e fazer a ponte para a Unidade/Sub - Unidade seguinte, se for o caso.
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Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Bibliografia:
DEWEY, J. (1997) “Experience and Education”, New York: Simon and Schuster
KOLB, D.A. (1984) “Experiential Learning: Experience as the source of learning and
development”, New Jersey: Prentice Hall
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ETAPAS O QUE FAZER ACTIVIDADE DO FORMADOR ACTIVIDADE DO PARTICIPANTE FINALIDADE
ALTA MÉDIA
Manual
do
• Ligação à Unidade Compete ao formador apresentar o · Integrar a
1 - Criação do Clima Nesta etapa, as intervenções dos participantes
anterior; assunto da Unidade, justificando a sua Unidade no
• Direccionamento inclusão no Curso ou Módulo, bem nunca são, normalmente, numerosas. todo do Curso
Formador
do pensamento dos como efectuar a ligação lógica ao que ou Módulo;
participantes para o anteriormente tenha sido abordado. É desejável que manifestem algumas
assunto que se vai tratar. experiências ligadas ao assunto da Unidade, · Levar os
Além desta ligação, deverá activar a sem no entanto ocuparem muito tempo. participantes à
participação através da possibilidade participação,
No PU deverá constar qual a Unidade dos participantes apresentarem alguns Estas intervenções permitem ao formador integrando-os
anterior, e o episódio preparado para exemplos relacionados com o assunto. É uma primeira auscultação sobre o perfil de no assunto;
introdução do assunto essencial que logo de início os participantes participação do grupo.
se apercebam da necessidade e
receptividade das intervenções. Na ausência de participação o formador deverá · Criar um
avançar com um pequeno episódio credível que ambiente
Cabe aqui uma abordagem do assunto venha de encontro ao assunto que vai tratar. descontraído
duma forma leve, no sentido de provocar que facilite
uma boa disposição que conduza a uma o ensino –
certa informalidade e também ao interesse aprendizagem
no mesmo, por parte dos formandos.
ALTA BAIXA
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene
MÉDIA/ALTA ALTA/MÉDIA
3 – Experiência/Processamento
• Actividade para troca de A participação dos formandos depende, em • Facilitar a
experiências; Conforme os objectivos a atingir e o tipo grande medida, da capacidade de motivação e à Aprendizagem
No PU deverão constar, além • Partilha das experiências de conteúdos a transmitir deverá ser vontade do formador. dos pontos
do esquema de actividades e esclarecimento de decidida qual a técnica ou técnicas a usar contidos no
a desenvolver, as questões dúvidas. bem como a sequência das actividades a É desejável que esta participação seja espontânea Objectivo da
pertinentes para serem atingidos executar. e pertinente. No entanto, principalmente quando Unidade
os objectivos se usa a técnica de Exposição Dialogada, há a
Como exemplo de uma unidade em que se vai tendência, por parte do formador, em fechar um
usar a pouco o diálogo.
É também nesta etapa que cabe o uso deve ser descurada sob pena de ser ultrapassado
de meios áudio – visuais (se necessários) em muito.
que possam contribuir para aumentar a
aprendizagem, através de uma melhor
clarificação dos conceitos.
Trabalho
Manual
situar-se entre os 30 e 45 minutos.2
do
Formador
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ACTIVIDADE DO
ETAPAS O QUE FAZER ACTIVIDADE DO FORMADOR FINALIDADE
PARTICIPANTE
MÉDIA ALTA
Manual
4 – Generalização
do
• Extracção de • Síntese e estruturação
Conclusões Esta etapa deve ser executada com base nos conhecimentos adquiridos Os participantes deverão da Aprendizagem
No PU deverão (Princípios, Regras, pelos participantes. São eles que têm de dizer o que aprenderam. referir o que aprenderam
Formador
constaras conclusões Normas, Leis); durante a Unidade, pelo • Inferência da
que se pretendem da Só deve haver Generalização depois de todas as dúvidas esclarecidas, menos o que está contido possibilidade de
Unidade, organizadas ou melhor, depois das dúvidas levantadas serem esclarecidas. no objectivo da mesma, Transferência para o dia
e sistematizadas, além • Utilidade da mas pode ser mais. a dia
das questões a colocar Aprendizagem. Normalmente, usa-se o quadro de porcelana para registar a
para obter as respostas Generalização, que não tem de ser forçosamente igual (mesmas • Auto Avaliação da
pretendidas palavras), à que previamente foi registada no PU, com excepção de Aprendizagem
conclusões muito precisas como, por exemplo, no caso do Teorema de
Pitágoras. Se o sentido for o mesmo, é de aceitar uma outra redacção. • Feedback para o
Formador
A duração estimada desta etapa deve situar-se entre os 10 e 15
minutos
MÉDIA ALTA
5 – Aplicação
• Tomada de intenção • Aferir da possibilidade
de vir a aplicar À semelhança da etapa anterior, também aqui vão ser os participantes Esta etapa pode ser de aplicação da nova
a referirem aspectos significativos para a aplicação dos novos efectuada de várias
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
vir a aplicar.
A duração estimada desta etapa deve situar-se entre os 5 e 10
minutos
Trabalho
ACTIVIDADE DO
ETAPAS O QUE FAZER ACTIVIDADE DO FORMADOR FINALIDADE
PARTICIPANTE
ALTA BAIXA
6 – Encerramento
• Síntese da Unidade; • Dar um todo à Unidade;
• Comprovação dos Nesta etapa é efectuada uma síntese da Unidade, referindo os vários A participação dos
No PU deverá constar Objectivos; passos dados para chegar às conclusões. Esta síntese deve ser muito formandos é baixa, • Verificar se os
um esquema dos vários • Ligação à Unidade rápida. limitando-se (quase) a objectivos forma
passos, bem como seguinte. ouvir o formador. atingidos;
o nome da Unidade Deve ser perguntado aos participantes o que acham do alcance, ou não,
seguinte dos objectivos, depois destes lidos em voz alta. • Inserir a Unidade no
todo do Módulo ou do
Por último, deverá ser feita a ligação à Unidade seguinte. Curso.
(Endnotes)
1 Esta sequência de actividades é exemplificativa de como se pode atingir uma aprendizagem de uma forma mais eficaz. Na primeira fase da Exposição Dialogada, a informação
transmitida pode não ter sido completamente clara. Seguindo-se um Trabalho em Grupo e através de Debate em Grupo e com o apoio do formador, consegue-se obter um melhor
Trabalho
esclarecimento do que foi transmitido e assim melhorar a aprendizagem. Por último e novamente em Plenário é só uma questão de coadunar as conclusões dos diferentes sub
Manual
grupos. que, à partida, devem ser muito parecidas.
do
2 Os tempos referidos são indicativos já que os mesmos dependem dos objectivos da Unidade e dos seus conteúdos, bem como das Técnicas a serem usadas e das
Actividades.
Formador
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Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
V – Procedimentos sugeridos
Este capítulo é constituído pelo Plano de Módulo bem como por alguns procedimentos
sugeridos para a execução das Unidades/Sub – Unidades.
1 – Plano de Módulo
1 O nº de ordem da Sub – Unidade será sempre o mesmo da Unidade mais a ordem dentro da Unidade ( Ex.: 1.1,
1.2,…)
2 Havendo Sub – Unidades o Objectivo específico da Unidade não figura no Plano de Módulo já que será o somatório
dos Objectivos Específicos das Sub – Unidades. Os objectivos deverão ser numerados sequencialmente dentro do
Módulo
Manual do Formador - 33 -
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
- 34 - Manual do Formador
CURSO DE: Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho Módulo: Avaliação de Riscos
Objectivo Geral: Desenvolver processos de avaliação de riscos profissionais, através da aplicação de metodologias e técnicas
adequadas, que permitam estimar e valorar os riscos afectos às actividades desenvolvidas numa organização.
Actividades
Objectivo Procedimentos de Técnica de Instrumentos de Recursos
Nº Unidade Sub-Unidade Conteúdo de Ensino- Duração
Específico Avaliação Ensino Trabalho Didácticos
Aprendizagem
1 Introdução 1- Descrever o Não aplicável 1. Introdução Exposição Plenário A. Reflexão sobre -Descrição do 1h
funcionamento `Avaliação de Dialogada as expectativas Módulo ppt; 30 m
do Módulo e Riscos; dos participantes -Projector
enquadrar a 2.Estrutura do quanto ao Módulo Multimédia;
Avaliação de Módulo; “Avaliação de -Computador
Riscos no contexto 3. Directrizes Riscos.
da Segurança, para o estudo.
Higiene e Saúde no
Trabalho. TXT 01 –
“Introdução à
Avaliação de
Riscos;
TXT 02 –
“Estrutura do
Módulo”.
2 Conceitos e 2.1 - 2- Distinguir os Avaliação 1. Evolução Exposição Plenário A. Conceitos de - Introducao 1h
Terminologia Introdução conceitos de Formativa histórica do risco; Dialogada perigo e risco; Av Risco ppt; 30 m
Relativa ao à Avaliação Perigo do de com base em 2.O Perigo; -Legislação
Processo de de Riscos Risco. Trabalho Prático e 3.O Risco; Estudo de Caso Trabalho em B. Identificação e Normas
Avaliação de Profissionais Questionário. 4. Actos Grupo de perigos e Relevantes
Risco Inseguros; Discussão em estimativa de (Convenção
5. Condições Grupo Trabalho risco; 155 da OIT,
Perigosas. Individual Directiva
C. Questionário 89/391/
primário de CEE, NP
avaliação de 4397:2001,
riscos; DL 441/91, Lei
99/2003 e Lei
D. Conclusões 35/04);
sobre os -Projector
conceitos de Multimédia;
perigo e risco. -Computador
-Vídeo “Oh
TXT 03 – que Diabo”,
“Principais VIDEOARTES
Conceitos
Adoptados I”;
TXT 04 – “Actos
Inseguros e
Condições
Perigosas”.
2 Conceitos e 2.2 – 3-. Identificar, Avaliação 1.O Acidente; Exposição Plenário A. Conceitos -Conceitos Av 1h
Terminologia onceitualização definir e distinguir Formativa com 2.A Doença Dialogada de avaliação de Riscos ppt; 30 m
Relativa ao da Avaliação de a principal base em Trabalho Profissional; riscos; -Normas
Processo de Riscos terminologia Prático 3.A Avaliação Estudo de Caso Trabalho em Relevantes
Avaliação de associada à de Riscos Grupo B. Lista de (NP
Risco avaliação de Profissionais; Discussão em perigos, 4397:2001,
riscos. 4.A Prevenção. Grupo riscos e NP
respectiva 4410:2004);
aceitabilidade; -Projector
Multimédia;
C. Principal -Computador
terminologia -Vídeo
“Jogo da
TXT 05 – Cabra Cega”
“Principais LONGMAN
Conceitos TRAINING
Adoptados II”
A. Normativo Enquadra-
2 Conceitos e 2.3 - 4 – Referir e Avaliação 1.Legislação Exposição Plenário aplicável à mento legal Av 1h
Terminologia Inquadramento interpretar o Formativa através aplicável; Dialogada avaliação de Riscos 30 m
relativa ao Legal e modelo legislativo de Questionário de 2.Normas Trabalho risco; ppt;
processo de Normativo regulador e Auto - Avaliação aplicáveis. Individual -Legislação e
Avaliação de B. Exercício de Normas
do Processo normativo Auto Avaliação;
Risco de Avaliação aplicável à Relevantes
de Riscos avaliação de risco. C. Legislação e (Convenção
Profissionais normas principais 155 da OIT,
Directiva
TXT 06 – 89/391/
“Enquadramento CEE, NP
Legislativo e 4397:2001, DL
Normativo na 441/91,
Avaliação de Lei 99/2003 e
Risco”. Lei 35/04);
-Projector
Multimédia;
-Computador
TXT 07 – “Modelo
Conceptual
da Análise e
Avaliação de
Riscos”
4 Análise de Riscos 4.1 Métodos 6 – Identificar e Avaliação A Análise Exposição Plenário A. Análise -Analise 1h
Profissionais Reactivos desenvolver o Formativa Oral estatística da Dialogada estatística de Estatística ppt; 30 m
– Análise método reactivo de sinistralidade sinistralidade -Legislação
estatística de análise estatística laboral; laboral; Relevante (Lei
Sinistralidade de sinistralidade 99/2003);
Laboral laboral, B. A importância -Projector
extrapolando dos dados Multimédia;
dados úteis estatísticos na -Quadro
para proceder à sinistralidade Branco;
avaliação de riscos laboral. -Computador
profissionais.
TXT 08 – “Análise
Estatística de
Sinistralidade
Laboral”
A Árvore de A. Método de
4 Análise de Riscos 4.2 Métodos 7 – Aplicar o Avaliação Causas. Exposição árvore de causas; -Arvore 1h
Profissionais Reactivos método reactivo de Formativa através Dialogada Causas ppt; 30 m
de um Exercício de B. Exercício -Projector
– Árvore de árvore de causas a de aplicação
Causas um acontecimento Aplicação Estudo de Caso Trabalho em Multimédia;
Grupo do método -Quadro
indesejado, de árvores de
extrapolando Discussão em Branco;
Grupo Plenário causas; -Computador
dados úteis
para proceder à C. Conclusões
avaliação de riscos sobre o método
profissionais. de árvore de
causas.
TXT 09 – “Método
de Árvore de
Causas
4 Análise de Riscos 4.3 Métodos 8 – Aplicar o Avaliação Análise Exposição Trabalho em A. Método de -Analise 1h
Profissionais Pró-activos: método pró- Formativa através Preliminar de Dialogada Grupo análise preliminar Preliminar de 30 m
Análise activo de análise de um Exercício de Riscos. de riscos; Riscos ppt;
Preliminar de preliminar de Aplicação Estudo de Caso -Projector
Riscos riscos a uma B. Exercício Multimédia;
dada situação Discussão em Plenário de aplicação -Quadro
de trabalho e Grupo do método de Branco;
identificar eventos análise preliminar -Computador
perigosos, as de riscos;
suas causas,
consequências C. Conclusões
e respectivas sobre o método
medidas de de análise
controlo a adoptar. preliminar de
riscos.
TXT 10 –“Análise
Preliminar de
Riscos”
4 Análise de Riscos 4.4 Métodos 9 – Desenvolver e Avaliação Checklist’s de Exposição Plenário A. Verificação e -Verificacao 1h
Profissionais Pró-activos: aplicar ferramentas Formativa através verificação; Dialogada controlo; controlo ppt; 30 m
Verificação e para verificar o da elaboração -Legislação
Controlo cumprimento de checklist’s de B. Relevante (Lei
das disposições verificação, a partir Discussão em Trabalho em Desenvolvimento 99/2003, Lei
que estejam de diplomas legais; Grupo Grupo de uma lista 35/2004, DL
especificadas em de verificação 243/86, Port
diplomas legais, a partir de um 987/93);
normas específicas diploma legal; -Projector
e códigos de boas Multimédia;
práticas. C. Conclusões -Computador
sobre a
elaboração
de listas de
verificação.
TXT 11 –
“Verificações e
Controlos”
4 Análise de Riscos 4.5 Métodos 10 – Aplicar Avaliação Árvore de Exposição Plenário A. Árvores de -Arv Eventos 1h
Profissionais Pró-activos: o método de Formativa através Eventos; Dialogada eventos; ppt; 30 m
Árvore de árvore de eventos de um Exercício de -Projector
Eventos de modo a Aplicação Trabalho em B. Exercício de Multimédia;
identificar as Discussão em Grupo aplicação do -Quadro
várias e possíveis Grupo método de árvore Branco;
consequências de eventos; -Computador
resultantes do
evento iniciador. C. Conclusões
sobre o método
de árvores de
eventos.
TXT 12 – “Árvore
de Eventos”
4 Análise de Riscos 4.6 Métodos 11 – Aplicar o Avaliação Árvore de Falhas; Exposição Plenário A. Árvore de -Arv Falhas 1h
Profissionais Pró-activos: método de árvore Formativa através Dialogada falhas; ppt; 30 m
Árvore de de falhas para de um Exercício de -Projector
Falhas determinação das Aplicação Trabalho em B. Exercício de Multimédia;
combinações de Discussão em Grupo Aplicação do -Quadro
falhas e condições Grupo Método de Árvore Branco;
sequenciais de Falhas; -Computador
que poderão
desencadear um C. Conclusões
evento. sobre o método
de árvore de
falhas.
TXT 13 – “Análise
de Árvore de
Falhas”
5 Metodologias 5.1 Métodos 12 – Aplicar Avaliação Método das Exposição Plenário A. Método das -Met Matrizes 1h
de Avaliação Qualitativos: o método das Formativa através Matrizes Dialogada matrizes; Qualitativo. 30 m
de Riscos Método das matrizes na de um Estudo de ppt;
Profissionais Matrizes avaliação de riscos Caso B. Caso simulado -Projector
profissionais. Discussão em Trabalho em para aplicação Multimédia;
Grupo Grupo do método das -Quadro
matrizes; Branco;
-Computador
C. Conclusões
sobre o método
das matrizes.
TXT 14 – “Método
das Matrizes”.
5 Metodologias 5.2 Métodos 13 – Aplicar Avaliação Método Exposição Plenário A. Método -Met INSHT. 1h
de Avaliação Semi- o método Formativa através simplificado Dialogada simplificado ppt; 30 m
de Riscos Quantitativos: simplificado de um Estudo de (segundo o (segundo o -Projector
Profissionais método (segundo o INSHT) Caso INSHT) INSHT); Multimédia;
simplificado na avaliação Discussão em Trabalho em -Quadro
(segundo o de riscos Grupo Grupo B. Caso simulado Branco;
INSHT) profissionais. para aplicação -Computador
do Método
Simplificado
(segundo o
INSHT);
C. Conclusões
sobre o método
simplificado /
segundo o
INSHT).
TXT 15 – “Método
Simplificado
(segundo o
INSHT).
5 Metodologias 5.3 Métodos 14 – Aplicar o Avaliação Método W. T. Exposição Plenário A. Método W.T. -Met W T Fine 1h
de Avaliação Semi- método W. T. Formativa através Fine Dialogada Fine; ppt; 30 m
de Riscos Quantitativos: Fine na avaliação de um Estudo de -Projector
Profissionais método W. T. de riscos Caso B. Caso simulado Multimédia;
Fine profissionais. Discussão em Trabalho em para aplicação -Quadro
Grupo Grupo do Método W. T. Branco;
Fine; -Computador
C. Conclusões
sobre o método
W. T. Fine.
TXT 16 – “Método
W. T. Fine”.
5 Metodologias 5.4 Métodos 15 – Aplicar o Avaliação Método RULA Exposição Plenário A- Método RULA; -Met Rula ppt; 1h
de Avaliação Semi- método RULA na Formativa através Dialogada -Projector 30 m
de Riscos Quantitativos: avaliação rápida de um Estudo de B- Caso simulado Multimédia;
Profissionais método RULA dos membros Caso para aplicação do -Quadro
superiores Discussão em Trabalho em Método RULA; Branco;
tendo em vista Grupo Grupo -Computador
a prevenção de C. Conclusões
perturbações sobre o método
músculo- RULA.
esqueléticas.
TXT 17 – “Método
RULA”.
5 Metodologias 5.5 Métodos 16 – Descrever Avaliação Principio Geral Exposição Plenário A. Exposição a -Met Quant 1h
de Avaliação Quantitativos: a metodologia Formativa Oral de Avaliação Dialogada agentes físicos e ppt; 30 m
de Riscos metodologia geral de avaliação de Exposição a químicos; -Projector
Profissionais genérica de da exposição a Agentes Físico e Multimédia;
avaliação de agentes físicos e Químicos B. Avaliação de -Quadro
exposição a químicos. riscos associada Branco;
agentes físicos à exposição de -Computador
e químicos agentes físicos e
químicos.
TXT 18 –
“Princípio Geral
da Avaliação
da Exposição a
Agentes Físicos e
Químicos”.
5 Metodologias 5.6 Métodos 17 – Descrever o Avaliação Método MESERI Exposição Plenário A. Método -Met MESERI 1h
de Avaliação Quantitativos: Método de MESERI Formativa Oral Dialogada MESERI; ppt; 30 m
de Riscos método de avaliação do -Projector
Profissionais MESERI - risco de incêndio B. Conclusões Multimédia;
Teoria sobre o método -Quadro
MESERI. Branco;
-Computador
TXT 19 – “Método
MESERI”.
5 Metodologias 5.7 Métodos 18 – Aplicar o Avaliação Método MESERI Discussão em Trabalho em A. Caso simulado 1h
de Avaliação Quantitativos: Método MESERI de Formativa através Grupo Grupo para aplicação 30 m
de Riscos método de avaliação de riscos de um Estudo de do Método de
Profissionais MESERI - de incêndio. Caso MESERI
Prática
devidas adaptações.
UNIDADE 1 – Introdução
O que fazer?
Deve ser invariavelmente focado a relevância que a avaliação de riscos apresenta como
agente iniciador e potenciador das actividades de prevenção de riscos profissionais
nas organizações, e consequente melhoria das respectivas condições de trabalho.
Como fazer?
2 – Explique a divisão das unidades e subunidades, bem como dos seus objectivos
específicos;
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de riscos:
O que fazer?
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Como fazer?
6 – Visionar o vídeo de apoio “Oh que Diabo”, pedindo no final comentário aos
participantes.
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O que fazer?
Dada a importância que assume, à medida que os vários conceitos forem expostos, o
formador deve, sempre que possível, discernir a diferença entre perigo e risco.
Como fazer?
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O que fazer?
Salientar o destaque que é dado à avaliação de riscos pelo o actual quadro legal, bem
como pela legislação específica (equipamentos de trabalho, ruído, vibrações, …).
Como fazer?
1 – Abra a sessão de uma forma informal, salientado logo na sua fase inicial
a importância que a legislação e as normas têm em matéria de avaliação de
riscos.
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
4 – Depois de concluída a exposição e esclarecidas as dúvidas, distribua aos
formandos o Instrumento de Trabalho B) – Exercício de Autoavaliação.
O que fazer?
Como fazer?
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
O que fazer?
Como fazer?
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
O que fazer?
Como fazer?
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Duração: 1h 30 min
O que fazer?
Como fazer?
1 – Abra a sessão de uma forma informal, referindo que para além dos métodos
reactivos apresentados nas subunidades anteriores, existem os métodos pró-
activos nos quais se inclui a Análise Preliminar de Riscos. Introduza de uma
maneira muito breve esta subunidade, chamando desde já a atenção para o
momento em que esta metodologia poderá ser aplicada.
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O que fazer?
Como fazer?
1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade servindo-se para isso da folha de capa da subunidade que deverá
ser distribuída nesta altura;
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Duração: 1h 30 min
O que fazer?
Para este fim, o formador deve descrever as bases do método, salientado o seu carácter
indutivo e a sua aplicabilidade. Deve informar igualmente que, caso se conheça a
probabilidade de cada um dos eventos, é possível determinar a probabilidades dos
eventos últimos.
Como fazer?
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minutos. Findo o tempo, em conjunto efectue a correcção deste exercício.
O que fazer?
Como fazer?
1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade e fazendo a ligação sequencial com as subunidades anteriores,
nas quais foram apresentados os métodos pró-activos.
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O que fazer?
Para o efeito, dever-se-á apresentar o método das matrizes e realçar a forma como
este poderá ser aplicado na valoração dos riscos profissionais identificados numa dada
situação de trabalho, a partir de um conjunto de factores operacionais, ambientais e
organizacionais.
Como fazer?
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O que fazer?
Como fazer?
- 60 - Manual do Formador
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
O que fazer?
Como fazer?
1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade. Apresente o objectivo da sessão, distribuindo a folha de rosto da
subunidade e chamando a atenção para a forma como se vai desenvolver;
O que fazer?
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Para este fim dever-se-á apresentar o método RULA e realçar a forma como este
poderá ser aplicado na valoração do risco de contrair perturbações músculo-
esqueléticas ao nível dos membros superiores.
Como fazer?
1 – Abra a sessão de uma forma informal, introduzindo de uma maneira muito breve
esta subunidade e fazendo a ligação sequencial com as subunidades anteriores,
nas quais foram apresentados os métodos semi-quantitativos.
O que fazer?
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Como fazer?
O que fazer?
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Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais
Como fazer?
O que fazer?
Como fazer?
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