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Nome: Ester Alves Russo R.

A:
4414969
Curso: Biomedicina - 1° Semestre
Turno: Matutino
Disciplina: Políticas Públicas de Saúde
Professora: Odete Trindade.

Relatório da longa metragem ‘’Sicko’’

EUA e Cuba:

O filme retrata claramente a deficiência do sistema de saúde americano e a


abusividade dos planos de saúde, denotando um sistema caótico quando se
trata de gratuidade. A longa metragem explicita a vida de algumas pessoas que
perderam seus empregos e não podem pagar por um plano de saúde como
Adam, tendo que cuidar de acidentes com as próprias mãos, ou Rick que teve
seus dedos amputados e teve de escolher qual dedo teria que operar pelo alto
custo. Assim como diversas famílias se afundaram em dividas de hospitais
para conseguir um tratamento adequado, mas perderam tudo. Portanto a
grande questão é: até que ponto o sistema capitalista pode chegar para salvar
ou deixar de salvar uma vida? Onde um ‘’eu’’ pode se tornar melhor do que um
‘’nós’’? Os padrões importam quando se trata de saúde? Por que não dão às
pessoas a chance de viver?
Nos Estados Unidos da América, onde 50 milhões não tem plano de saúde e
250 milhões vivem o sonho americano, as pessoas de baixa renda trabalham
até ficarem debilitados (seja fisicamente ou pela idade) para conseguir
condições para pagar remédios para si ou para algum membro da família. É
também um país onde os estereótipos e o histórico tornam-se pontos cruciais
para obter um plano de saúde; negando pela estatura física, racial e por
problemas de saúde no passado, levando diversas pessoas à óbito por
‘besteiras’. Além disso, os convênios negam diversos tratamentos por
simplesmente não quererem pagar, pobremente justificando ‘’não estamos
negando tratamento. Estamos negando pagamentos’’. Mas muitas vezes
alguns procedimentos são feitos, porém com uma absurda maximização de
lucro tornando os que deviam ser vistos como heróis (profissionais da saúde)
os verdadeiros vilões para a sociedade menos favorecida, deixando muitas
vezes, pessoas no meio-fio porquê não têm condições de pagar as despesas
médicas.
Edgar Kaiser criou os planos de saúde para explanar um status para os EUA,
mas em contramão Hilary Clinton, ex-primeira dama, priorizou a saúde,
tornando um sistema de medicina socializada, isto é, sistemas de boa
qualidade universalizado. Porém a oposição fez de tudo para acabar com esse
sistema que se findou com uma nova lei que protegia os laboratórios,
ocasionando o crescimento da indústria farmacêutica e os planos de saúde se
tornaram intermediários nesse meio lucrativo, ações que são motivadas pelo
sistema capitalista e o medo do ‘’perigo vermelho’’ (comunismo e socialismo).
Uma grande questão que deve ser tomada para conceito nos EUA é: ‘’devemos
julgar uma sociedade como ela trata seus heróis, ou pela maneira que tratam
as pessoas menos favorecidas?”, claramente os EUA não cumpre nenhum dos
critérios desse conceito, pois até os heróis do 11 de setembro não são tratadas
como tratam quem atacou a América (com tratamento de ponta), então um civil
comum tem o tratamento ainda pior, esperando muito tempo em hospitais por
um atendimento ‘’básico’’ e caro.
Por outro lado, a Cuba (socialista), um país de terceiro mundo, com uma
economia desfavorecida e explorada, investe na saúde como sua prioridade,
tornando-se o país que tem a menor mortalidade infantil de todas as américas.
Além disso, é focado em um sistema assistencial e educacional, influenciando
diretamente no avanço cientifico, onde pessoas recebem um bom tratamento
médico gratuitamente e com remédios à baixo custo, independente de quem
precise de maneira solidaria e justa, buscando a equidade.
Se um sistema contrario como da Cuba é capaz de estender a mão para um
americano, diversas vidas poderiam ser salvas se fossem deixado de lado as
diferenças politicas e econômicas, pois uma vida não pode ser comprada por
algo que é impresso a toda hora como dinheiro, nós só temos uma vida e deve
ser valorizada por nós mesmos e pelas nações.
EUA/Cuba e SUS – Brasil

O Brasil é um país que não segue o modelo ‘’capitalismo perfeito’’, porém está
bem longe de ser um país socialista. No entanto, compartilha de muitos
princípios do modelo de saúde da Cuba e dos EUA, estando subdividido no
setor da saúde particular e pública. Nossa saúde pública sempre foi deficiente,
os avanços são inegáveis, porém continua sendo muito falho.
O SUS foi criado para garantir que todos tivessem um sistema descentralizado,
com participação popular, igualdade, equidade, universalidade, integralidade e
de qualidade.
Em comparação aos dois sistemas, estamos em uma linha tênue de igualdade
entre os dois. A saúde brasileira é garantida gratuitamente pelo SUS, porém
não tem a qualidade do sistema cubano, por consequência de falta de verbas
por conta da corrupção e desvios, o que fica claro que a saúde acaba não se
tornando uma prioridade no Brasil como na cuba, além da falta de profissionais
no setor público. Em relação aos EUA, temos diversos planos de saúde com
preços absurdos, em que apenas os planos de maior custo e os hospitais das
capitais têm equipamentos de ponta, além do alto custo de remédios nas
farmácias.
Estima-se que cerca de 30% da população possui plano de saúde (IBGE/2019)
e outros 70% usam o sistema único de saúde.
A longevidade de vida é muito relacionada com a qualidade do sistema de
saúde nacional, seja ele público. Além disso, a saúde, não é somente ligada
aos hospitais, mas sim pelo modo de vida que a nação oferece. Se a educação
é boa, teremos profissionais da saúde mais capazes; se a população tem ajuda
de custo para remédios, teremos menos doentes e por assim vai.
É possível que possamos ter uma qualidade de vida melhor, mas isso depende
muito mais da nação e suas esferas como um todo do que individualmente. O
SUS tem tudo para ser o melhor sistema do mundo, pois a teoria dele é
considerada ‘’perfeita’’, só falta a prática.

https://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-gerais
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142011000200008
Filme ‘’Sicko’’, dirigido por Michael Moore

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