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Educação Popular

Aluno: Diogo da Silva Ribeiro


Professora: Maria Tereza

A educação popular no Brasil contemporâneo: questões para aprofundamento

Podemos analisar essas questões abordadas (além da imagem apresentada) em


diferentes perspectivas sobre vários contextos sociais. A manifestação trazida na foto pode
nos remeter a um grupo econômico-social com maior poder aquisitivo que a massa do povo
brasileiro em geral. Uma pequena parcela que é responsável pela desigualdade que nos assola
nos tempos atuais.

Logo, essa classe estaria tentando se manter como estão. No maior escalão e patamar
social possível, para isso eles usam de meios diversos, dentre eles a mobilização popular. Em
uma tentativa de frear os avanços e crescimento das pessoas excluídas da lógica capitalista
(excluída no sentido de não serem pessoas que alimentam financeiramente a máquina do
capitalismo, através do gasto de seu capital e sim, são os braços, a força que fazem a
engrenagem girar e continuar da forma atual), tendo isso em mente essas pessoas não podem
ascender economicamente, mas não só, também intelectualmente.

Por terem um maior convívio social, cultural, econômico, a classe dominante acaba
tendo conhecimento dos mais diversos autores e certamente buscaram os que não os criticam
e os que são a favor e disseminador do eurocentrismo, ou seja, a lógica de que uma sociedade
branca, machista, europeia, são detentores dos saberes e são os que podem ditar os rumos dos
países e até mesmo do mundo.

Sendo assim, tentarão silenciar qualquer voz de tentativa de oposição e garantir a


igualdade dos povos, gêneros, etc. Dessa forma, uma manifestação contra o Paulo Freire e
com dizer: “Chega de doutrinação marxista” pode nos remeter a isto. Em um primeiro
momento como já explicitado essa classe busca manter a lógica de sua hegemonia no poder,
controlando a educação da grande massa popular.

Tendo em vista uma perspectiva de que esses manifestantes entendem tudo o que o
Paulo Freire abordava, lutava e buscava, eles entendem que se as pessoas que estão
principalmente nas periferias tomarem ciência do que Paulo Freire buscava o objetivo do
mesmo será alcançado. A libertação através do conhecimento, da educação.

Mas, se olharmos de uma maneira diferente podemos ver essa imagem como apenas
uma massa de manobra da grande mídia e dos grupos hegemônicos. Dessa forma, essas
pessoas por não terem grande conhecimento podem ter sido influenciadas pela pequena
parcela que tem conhecimento prévio das lutas desses movimentos criticados.

Sendo assim, por estarem sempre sendo controlados, infelizmente, não conseguem ter
acesso as informações reais que essa luta aborda. Pois, como já mencionado, a classe que
domina e dita como a educação será estabelecida no país buscará se manter no poder. Eles
não estão interessados em fazer uma mudança geral e verdadeira para que todos possam ter o
conhecimento. Sabendo que o mesmo pode ser libertador como defende Freire.

Assim, a massa usada como manobra não conseguirá ter a leitura, o material desses
grupos que defendem os periferizados devido a essa silenciação dos grupos hegemônicos
sobre a classe trabalhadora. Não querem que as pessoas tenham acesso a questões como, por
exemplo, que essa é uma educação que não é fria ou imposta já que ela é baseada no saber
local, da comunidade e não conceitos soltos que não ajudarão a pessoa entender e
problematizar sua realidade, seu contexto.

Ou, até mesmo, tentam invalidar essa educação, tentando fazer com que venhamos
pensar que é uma educação informal, quando não. É uma educação que deve ser aceita pois é
apenas uma maneira diferente de passar o conhecimento. Logo, esse é mais um problema
enfrentado pelos grupos que defendem a Educação Popular. A tentativa diária de validação e
consolidação.

O objetivo dessa educação é formar cidadãos pensantes, pessoas que entendem e


lutam por seus direitos. Essa educação é para que o cidadão seja transformado e
transformador de seu meio social e seu entorno. Ora, a partir do momento que a classe
trabalhadora como um conseguir ter em mãos e serem direcionadas por estudiosos,
professores, e afins, para essa educação libertadora, eles poderão transformar o contexto
atual.

É por esse motivo que quem detém os meios de produção querem que isso não seja
viável. Pois, sua intenção é se manter no poder. Para isso usam a mídia que opera de maneira
manipuladora como um meio para movimentar essa massa e deturpar as reais intenções de
outros movimentos contra-hegemônicos.

Assim, vemos claramente isso na imagem, se por um lado podemos ver esse
movimento como uma ação clara e objetiva dos detentores do saber e poder e com isso eles
mudam e descaracterizam o objetivo do ideário Marxista ou das lógicas Freireanas, podemos
notar também, como um agente orquestrante por trás desses movimentos que manipulam as
pessoas que acabam não tendo acesso ao conhecimento libertador.

De todo modo, são estratégias do capitalismo para manter o sistema da forma que
está. Os que detém os meios e modo de produção mandam e continuam ditando as regras do
jogo, e os que são os braços e força que vão fazer essa rodar do capitalismo girar continuem
em suas posições sem terem a possibilidade de saber um novo horizonte, uma forma de viver
distinta da atual.

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