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Faculdade de Engenharia
Licenciatura em Engenharia Mecânica
materiais cristalinos
Discentes:
Ali Dos Santos
Carlos Paulo Sassique Andrassone
Faque Bacar Faque
Rafael Jose Junior
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Os gases e a grande maioria dos líquidos não apresentam periodicidade
nos seus arranjos atómicos. No entanto todos os metais, grande parte
dos cerâmicos e certos polímeros cristalizam-se quando se solidificam.
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Após termos tratado das ligações químicas, estamos prontos a discutir a
estrutura cristalina dos sólidos.
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Cristais
Em química e mineralogia, um cristal é uma forma da matéria
na qual as partículas constituintes estão agregados
regularmente, criando uma estrutura cristalina que se
manifesta macroscopicamente por assumir a forma externa de
um sólido de faces planas regularmente arranjadas, em geral
com elevado grau de simetria tridimensional;
Um cristal é geralmente definido como um sólido com seus
átomos arranjados em um reticulado periódico tridimensional;
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Célula unitária
Célula unitária: agrupamento de átomos representativo
de uma determinada estrutura cristalina específica.
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O conceito de célula unitária é usado para
representar a simetria de uma determinada
estrutura cristalina.
Qualquer ponto da célula unitária que for
transladado de um múltiplo inteiro de
parâmetros de rede ocupará uma posição
equivalente em outra célula unitária.
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Parâmetros de rede
Geometricamente uma célula
unitária pode ser representada
por um paralelepípedo.
O comprimento das três
arestas do paralelepípedo (a,
b e c) e os três ângulos entre
as arestas ( 𝛼, 𝛽 𝑒 𝛾 ). Esses
parâmetros são chamados
parâmetros de rede.
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Estrutura cristalina é a designação dada ao
conjunto de propriedades que resultam da forma
como estão espacialmente ordenado os átomos ou
moléculas que o constituem.
Apenas os sólidos cristalinos tem essa característica
(o espaçamento ordenado dos átomos ou moléculas).
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Metálicos (Pb, Ni) Iónicos (NaCl)
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Atribuindo valores específicos aos parâmetros de rede,
podem construir-se células unitárias de diferentes tipos.
No ano de 1848, o cientista francês A. Bravais propôs que o
estudo das estruturas cristalinas poderia ser elaborado com
a utilização de 7 sistemas cristalinos básicos;
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Um reticulado espacial é um arranjo
infinito, tridimensional, de pontos no
qual todo ponto tem a mesma vizinhança
e se chama ponto do reticulado.
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No caso dos metais, as ligações envolvidas (metálicas) não
são direccionais. Portanto, não há restrições a priori quanto à
quantidade e à posição dos átomos vizinhos mais próximos.
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Neste caso, a célula unitária tem geometria cúbica, com os átomos
localizados em cada um dos vértices e nos centros das faces do cubo.
Vamos chamá-la de CFC.
𝒂 = 𝟐𝑹 𝟐
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Nos metais, todos os átomos possuem o mesmo número de
coordenação – o número de vizinhos mais próximos ou
“átomos em contacto”. Na estrutura CFC, o número de
coordenação é 12.
O factor de empacotamento atómico (FEA) é a fracção do
volume da célula unitária que corresponde a volume de esferas
rígidas atómicas.
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Outra célula unitária cúbica possui oito átomos em todos os vértices
e um átomo no centro. Trata-se da estrutura cristalina cúbica de
corpo centrado (CCC). Na representação de esferas rígidas, a esfera
central e a dos vértices fazem contacto através da diagonal do cubo.
Com isso, tem-se a relação entre aresta e raio atómico da forma:
𝟒𝑹
𝒂=
𝟑
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Na estrutura CCC, cada átomo (que sempre pode
fazer o papel de átomo central) está ligado a 8 átomos
vizinhos, sendo este o número de coordenação.
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Nem todos metais possuem célula unitária com estrutura cúbica.
Deve ser mencionada também a estrutura hexagonal compacta
(HC). Nela, como indicado no nome, a célula possui formato
hexagonal.
As faces superior e inferior da célula são compostas de 6 átomos
que formam hexágonos regulares e que se encontram através de um
átomo central. Outro plano contribui com 3 átomos e se localiza
entre os planos superior e inferior.
ahc=6R/(2)1/2
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Conhecer a estrutura de um sólido cristalino permite
conhecer sua densidade teórica. Ela é dada por :
𝑛𝐴
𝜌= ;
𝑉𝑐 𝑁𝐴
Sendo n o número de átomos na célula unitária, A o
peso atómico, 𝑉𝑐 o volume da célula unitária e 𝑁𝐴 o
número de Avogadro.
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Alguns metais, assim como alguns não-metais, podem ter mais de uma
estrutura cristalina, o que é conhecido como polimorfismo. Em
sólidos elementares, o fenómeno é chamado também de alotropia.
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.
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Uma direcção cristalográfica é definida como sendo
uma linha entre dois pontos, ou um vector.
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2.Determina-se a projecção do vector em cada um dos
três eixos. Elas são medidas em termos dos parâmetros
a, b e c da célula unitária;
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As seguintes etapas devem ser seguidas para se determinar
os índices de Miller referentes a um plano cristalográfico:
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3.Estes números são multiplicados (e não divididos)
por factores comuns obtendo-se números inteiros (e
não necessariamente mínimos).
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Certos materiais possuem propriedades anisotrópica,
ou seja, as suas propriedades dependem das direcções
e dos planos das medidas.
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A estrutura cristalina dos materiais pode ser
determinada por métodos de difracção. Os
principais métodos são: difracção de raios x,
difracção de electrões e difracção de neutrões.
Estes métodos fornecem informações sobre a
natureza e os parâmetros do reticulado, assim como
detalhes a respeito do tamanho, da perfeição e da
orientação dos cristais. Dentre os métodos acima
mencionados, o mais utilizado é a difracção de
raios x.
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Os materiais de engenharia são em geral
policristalinos, isto é, são constituídos de
milhões de pequenos cristais denominados
grãos.
Os raios-x utilizados para analisar materiais
policristalinos devem ser monocromáticos, ou
seja, o feixe deve apresentar um único
comprimento de onda e estar em fase.
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Se um feixe de raios x com uma determinada
frequência (ou comprimento de onda) incidir sobre
um átomo isolado, electrões deste átomo serão
excitados e vibrarão com a mesma frequência do
feixe incidente. Estes electrões vibrando emitirão
raios x em todas as direcções e com a mesma
frequência do feixe incidente. Em outras palavras,
o átomo isolado espalha (espalhamento de raios x)
o feixe incidente de raios x em todas as direcções.
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A figura mostra um feixe monocromático de raios x,
com comprimento de onda, incidindo com um ângulo
em um conjunto de planos cristalinos com espaçamento
d.
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Quando os átomos estão regularmente
espaçados em um reticulado cristalino e a
radiação incidente tem comprimento de onda da
ordem deste espaçamento, ocorrerá
interferência construtiva para certos ângulos
de incidência e interferência destrutiva para
outros.
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Só ocorrerá reflexão, isto é, interferência construtiva, se a
distância extra percorrida por cada feixe for um múltiplo
inteiro de 𝜆. Por exemplo, o feixe difractado pelo segundo
plano de átomos percorre uma distância PO +OQ a mais do
que o feixe difractado pelo primeiro plano de átomos. A
condição para que ocorra interferência construtiva é:
𝑷𝑶 + 𝑶𝑸 = 𝒏𝝀 = 𝟐𝒅 𝒔𝒆𝒏𝜽
onde n = 1, 2, 3, 4...
Esta equação é conhecida como lei de Bragg e os ângulos 𝜃
para os quais ocorre difracção são chamados ângulos de
Bragg.
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WILLIAM D. CALLISTER, Jr.; Materials science and
engineering, Third edition, JohnWiley, New York,
1994.
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Estamos gratos pela atenção
dispensada !