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Sager Cama is DUVIDAS PRINCIPAIS res re rT “ 4 Cenario Positivo Vee INe SUITE LKe)S) em Renda Fixa e Variavel iEIoY-] Pe ee Mel. ste ano consecutivo As mudangas em estudo DESH 10 SU portabilidade e CONSELHEIROS oO desafio do tremamento e qualificacao Uma idéia mencionada pelos consultores 6 a adocao do conselheiro profissional independente, que reduziria o risco de conflitos de interesses. NOVEMBRO 2005 Cmca sate porno ds popanaa te quien tinaneato dos cnn, Age is vor edge apatagoanetr sansa oa “Sopra oi Jean aResotuso CPCs edna re qe abe cago yr dhe ris Sh Som a questo dts comets inden Scns, Como rsd, a ulead dos conse ios em povocade elo em cada ee 9 CONSELHEIROS - 0 DESAFIO DO TREINAMENTO & DA QUALIFICAGAO dos os profissionais Tigados ao sistema, interes- sados em acompanhar de perto 0 mercado. les constatam que “atualmente estécrescen- do 0 envolvimento das fundagies ligadas a rmul- tinacionais e nas entidades patrocinadas pelas estatais ha demanda forte pela profissionaliza- coe pelo teinamento”. E verdade que uma par- Cela do mercado tem criticado o custo financeiro da adequago as novas exigéncias, que afeta par- ticularmente as fundagdes de menor porte, mas Luiz Alberto Alvernaz iembra que "a transparén- cia tem um custo” e Ber Carvathaes aponta um caminho: “concordo com a iia de que @ quanti- dade de requerimentos deveria ser dosada de acordo com o porte de cada entidade, Para aque- las que no tém escala suficiente a saida sera aderir a0 modelo de fundos multipatrocinados. “Estimamos que devem sobreviver no atual sis- tema apenas as entidades com patrimonio a par- tirde RS 100 milhdes. As demais devem passar para 0 modelo multipatrocinado”, Desse modo, poderdo continuar dentro do sistema fechado de previdéncia complementar, que oferece melhores regras de governanca do que a previdéncia aber- ta, observa Conteudo Na pritica, dado o grau de preocupasiio trocuzido pela CGPC n° 13, todas as EFPCS esto ‘voltadasao treinamento, mas os especialistaslem- Os programas de qualificagao de conselheiros no Brasil tem avangado mas ainda estao em estagio embrionario bram que é preciso diferenciar os programas por sua qualidade. “Treinamento de conselheiros hoje ‘em dia é “hors concours”, ou seja, virou uma es- pécie de “Clovis Bornay” do mercado, mas nem todos esto discutindo o conteddo desses trei- ‘namentos”. Um dos melhores exemplos 6a maté ria atuarial, assunto em que geralmente hi aceita- 0 integral das recomendagdes feitas pelos atu- fvios das fundacoes. E bom lembrar que o atuirio tem responsabi- lidades mas a patrocinadora e 0 fundo também tem, mas a questio é complexa e acaba ficando ‘como se fosse um filho sem pai, ninguém quer se aprofundare discutir com o atusrio”. A definiga das premissas atuariais, entretanto, di ‘deve ser uma responsabilidade da patrocinadora e das fundos e os conselheiros pre cisam estar mais atentos a essa parte téenica, as- sim como também na drea de investimentos, para poderem exercer de fato seu poder fiscalizador De modo geral, os dois consultores afirmam «que a parte legal esté sendo bem atendida pelos programas de treinamento, mas as reas atuarial ¢ financeira exigem maior empenho. Conselheiro independente ‘Uma idéia mencionaca polos conultores é audogio do conselheto profssional independen- te, que reduzriaorsco de conlits de interesses Quando o consetheiro 6 funcionério da patroci- nadora, por exemplo, ele pe encontrar difcul- dade para tomar certs decsdes. Nos fundos li- tgndos a estatais « complexidade € muito maior Porque eles indicam conselheirs também para as compan nas quai tm participaso, oque no avonteee nos fundos de pensio das empresas rmultinacionais, que usam 05 servigos de bancos. “O conselheiro independente seria muito impor- tante para melhorar a governangae atransparén- cia", Baer Carvalhaes lembra que nos sub-com tés hoje o conselheio contribui mas nlo tem po- der de voto. “Como independente, ele votaria porque seria um conselheir de fato”.O Instituto Brasileiro de Governanga Corporativa (BGC) de- FUNDOS DE PENSAO. O DESAFIO DO TREINAMENTO E DA QUALIFICACAO - CONSELHEIROS fine como modelo ideal de governanga corporati- vva que © Conselho tenha pelo menos metade de sua composigdo formada por conselheiros inde- pendentes. Esse é um conceito que jé esti comegando a ser absorvido pelas patrocinadoras dos fundos de pensiio e é visto com bons olhos pelo gover- ‘no, Para que o conselheiro independente seja ado- tado nas entidades ligadas is estatais, serd preci so superar alguns obstéculos, a comegar pela le- _islagZo (Lei n® 108), que exige que os consethei- ros sejam participantes do fundo de pensdo. Em seus projetos de adequagao & CGPC n° 13, a Wate son Wyatt tem incluido essa sugestio e a idéia {oi muito bem recebida por alguns fundos ligados 4 multinacionais e outros, de grande porte, com palrimOnio acima de RS 500 milhes. "As entida- ‘des que tém estruturas menores ainda nfo perce- bbem de que modo isso poderia agregar qualidade aos seus conselhos", De acordo com a advogada Aparecida Pa- aliarini, integrante da Comissio Técnica Naci nal de Assuntos Jurfdicos da Abrapp, a figura do consetheiro independente pode trazer resul- tados bastante positivos. Ela lembra que esse ‘modelo Foi adotado por vérias empresas fami res, quando modernizaram e profissionalizaram 1 administragdo. “O intuito de se buscar a pro- fissionalizagdo do setor & muito saudavel. Man- ter um conselheiro despreparado no contribui para o fomento e para a eredibilidade dos fun- sdos de pensio”, pondera Pagliarini, Ela acre: centa ainda que as EFPCs ligadas as estatai também podem ter um consetheiro independen- te, “Para isso, basta mudar 0 estatuto”, Preparo irregular Naavaliagio feta por Willam Ei Junior, pro- fessor ttularda FGV, coordenador do Cento de Estudos em Finangas a FGVfEscola de Adi nistragao de Empresa de Sto Paulo (GV CEF)¢ mmembro do Conselho Deliberative do FGV Pre- vic os programas de qualifcagdo de conselhei- NOVEMBRO 2005 O Conselho da FGV Previ possui profissionais altamente especializados tanto do ponto de vista atuarial como em relagaéo a conjuntura e perspectivas macroeconémicas. ros no Brasil tém avangado mas ainda esto ‘emestigio embrionério. “A qualificagao € ex- tremamente benéfica e necessiria diante das responsabilidades ampliadas e temos uma boa oferta de cursos, mas quando olhamos a reali- dade do mercado percebemos que ainda hé resultados bastante irregulares”. A propria FGV ministra cursos e William Bid Junior des- taca um programa recente, elaborado para uma fundacao de grande porte, a pedido dos seus aposentados, que sentiam a necessidade de estar melhor preparados para intervir na ges- to da entidade. “Essa consciéncia é funda- ‘mental e eu reconheco que ja fiquei surpreso, em alguns contatos com os participantes & conselheiros, ao perceber casos surpreenden- tes de qualificagio, mas ainda hé um longo caminho a percorrer porque hi muita gente sem preparo adequado! Um dos segmentos mais atrasados esta nas entidades de previdéncia dos Estados e Municipios. “Elas ainda esti na pré-histéria do sistema, estio no mesmo estégio em que se encontravam os fundos de pensio hd 15 anos”, comenta William Eid Junior. ‘Nocaso da FGV Previa situactio dos mem- bros da diretoria e dos Conselhos é bastante atipica, reconhece Bid. "Nés somos um caso & parte porque a FGY possui capacitaglo técni: a elevada € no Conselho temos a participa ‘lo de ex-ministros, ex-secretirios e gestores altamente especializados tanto do ponto de Vista atuarial como em relago a conjuntura e perspectivas macroeconOmicas. CONSELHEIROS - © DESAFIO DO TREINAMENTO E DA QUALIFICACAO Fundagao CEEE COsconselheiros da Fundagao CEEE de Segu- ride Socal tm sido cada Vez mais atuantes © partcipavos. com uma visto integra de taba Tho segundo avaiao diretor presidente da entid- de, Dalmiro Schaf Lopes. Aos 25 anos de idae, patriménio de R$ 2,4 bilhées ¢ 11 mil participan- tes dos quis 19 mil pensionistas, a fandagi0 aposta na qualilicagio dos conseleiros como fonma de asseguar 9 ineresse dos paticipantes “No chegamos a pensar na possibiidade de ter conselhetos externos porque os resultados tém Sido muito bors, com una stuagdo bastante int fgradae participative", explica Dalmire Lops. O mais dificil € qualificar as pessoas na 4rea atuarial porque nos demais temas os conselheiros ja tem seus referenciais profissionais e pessoais No Conselho Deliberativo da Fundagio, hi tus representantes eleitos com mandatos des- ccompassados ¢ tr8s indicados pela patrocinado- ra, mas o presidente observa que todos mostram cequilibrio na conjugaedo de esforgos para defen- der o interesse dos participantes, “até porque {todos eles sto participantes”, Em 2005, como parte dos estudos para adequagio as exigéncias da Re- solugtio CGPC nf 13, Fundagfo CEEE promoveu ‘um programa de treinamento formal na PUC, ofe- recendo curso de gestio para os conselheiros e colaboradores. Em 2006 0s programas de qualifi- cago terdo seqlléncia, com énfase na prepara- {glo em relagdo as responsabilidades, atribuigdes, premissas atuariais, contabilidade, investimentos. ‘0 mais dificil 6 qualificar as pessoas na érea atuarial porque nos demais temas os conselhe’- Como algumas fundagées tém enfrentado o desafio 10s jétém seus referencinis profissionais e pesso- ais, Para facilitar a compreensio do assunto, a Fundagao CEEE mantém uma agenda permanente de palestras feitas por atuatios. “Além disso, e3- tamos preparando um estudo que detatha cuids- dosamente todos os aspectos da Resolugio para a montagem de relat6rios mensais «le acom= panhamento bastante rigorosos. Fundagdo Coelba Marcos César Siva Trindade Mello, diretor superintendents da Fandagio Coclba de Previ- Sencia Complementar(aelba),lembra que ares- ponsabilidade dos eonselheros dos fendos de pensio jf vem sendo cobrada com maior igor desde 0 desenvolvimento dos planos de Cont buigdo Defnida, modalidade que se caacteriza tame, pelo maior isco assumido pelo parc pant do plano de benef. “0 6reoreguador, com a edigo de medidas leats, tm dividdo a responsabilidad dos dir- gemtes dos fundos com o8 canssheires”. Esse € tm fat imeversvele que deve cesces,inTuenc ado também pela Resolutio CMN 3121 de 2003, segundo a qual os Conseheios Fiscais sto obi gad aeviarsemesralmente SPC relatrio de Scompanhamento des investments, com os e- tudos de Divergéncias Nao-Planejadas INa Foca, os conseheios integra 08 res- prctivoscolegiados, com mandatos de ts anos para.o Conselho Deliberativo ede dois anos para {Conselho Fiscal. No ois Colegiados ¢pratiea- dia a paridae entre representantes do patrocina- dor dos participate ativose dos asistdos, Nao houve mudanga nos eitros de escolha dos con- selbciros, Prem, recomenda-te que tanto o Con- felho Deliberative quanto 0 Conselho Fiscal se- Jam composios de pessoas que apresentem om perfil profissional adequado, No caso do Conse- Tho Deliberativo,énecessrio tr disponibilidade de tempo, visio gerl empresa, hablidade para einem andlise de elatros ze FUNDOS DE PENSAO. renciais, contibeis e financeiras, auséncia de conflitos de interesse, alinhamento com os valores da entidade, conhecimento das melho- res praticas de governanga corporativa e bons cconhecimentas da Lei de Previdéncia Comple- mentar. Para © Conselho Fiscal, além dessas qualificagées precisa-se ter formagio acadé- ‘mica na rea contabil-financeira Previ-Ericsson A PrevicEricsson tem como principio man- ter no Conselho somente profissionais quali ficados, especializados nas dreas de investi- ‘mento, finangas, gestio de recursos e de ris- cos. Segundo Agostinho Tadeu Auriechio, superintendente da entidade, por se tratar de pessoas especializadas nas suas dreas, no ha necessidade de um treina- mento especifico, mas apenas de orientagio. “Os conselheiros tém um bom senso de an: critica e nés $6 procuramos mant®-Ios atua- dos em relagdo B legislagtio e as novidades do setor.” Sto realizadas reunides a cada duas semanas, para que todos os conselheiros par- ticipem da tomada de decisbes, (0 superintendente da Previ-Eriesson ob- serva que os conselheiros nao deveriam ser sobrecarregados com mais responsabilidades ddo que aqueles que possuem nas préprias pa- twocinadoras. "Afinal sto atividades idéntieas € no se pode ter graus de responsabilidades iferentes.” Para Auricchio, o aumento das atribuigdes « responsabilidades dos consetheiros das Fun- ddagdes, anunciado pelos reguladores do se- tor, precisa ser analisado com cuidado. No caso dos fundos de penso que representam funci- onérios das empresas privadas, os conselhei- ros esto bem preparados para exercer suas funges. A patrocinadora nao indica um con- selheiro que no tenha conhecimento especi- fico, Mesmo aquele eleito pelos funcionrios ‘geralmente tem proparo para assumir 0 cargo. “Na empresa privada, as pessoas que se ccandidatam tém perfil para o cargo”, comenta Auricchio, NOVEMBRO 2005 Desban ‘A Desban — Fundagio BDMG de Seguridade Social tem investido de maneira consistente para melhorar a capacitacio dos seus conselheros. Luiz Alberto Pinheiro de Carvalho, diretor de seguri- ddade da fundacdo, informa que nao s6 os conse Ineiros, mas dietores e alguns funcionstios tam- bém estio fazendo os cursos oferecidos pela Abrapp. “A Desban jé fazia isso ha mais tempo. Agora, estamos dando maior €nfase”, Entre as iniciativas da Desban, estio 0s seminaios pro- movidos junto ao departamento de Recursos Hu- manos da patrocinadora, visando formar novos tcnicos dentro da empresa. Ele considera o treinamento importante por- que amplia o conhecimento dos consetheiros, Ccumprindo um objetivo da fundagao. “Isso ajuda a melhorar o perfil de atuago dessas pessoas, methorando 0 desempenho dos Conselhos nos momentos de tomada de decisées”. Ele admite 4que hé maior dificuldade em encontrar candida tos aos cargos de dirigente de fundacao au con- selheiro, em virtude do aumento do nivel de res- ponsabilidade Economus Nivaldo Cyrillo, superintendente do Econo- mus, enfatiza que os Conselheiros devem estar atualizados com o sistema de Previdéncia Com- plementar, as normas, alteragdes legais, novas ten- déncias ete”, Nesse sentido, o Economus oferece {reinamentos externos, participagio em semindri- 05 € cursos. “Nas reunides mensais dos Conse- hos, geralmente convidamos um profissional do ‘mercado para falar de economia, investimentos, atudria e outros temas relevantes para 0 exercicio da fungao”, informa Cyrille. Atualmente, os fundos de pensio estio mais rigidos na formacao dos Conselhos, exigindo cur- so superior, conhecimentos de contabilidade, atu- ria, investimentos, andlise de balancos etc. Por isso, diz Cyrillo, é fundamental que haja, antes da eleigao ou indicago de conselheiros, total cons- cientizagao sobre essas responsabilidades, que no so poucas”. © DESAFIO DO TREINAMENTO E DA QUALIFICAGAO - CONSELHEIROS

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