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diversidade como, por exemplo, a união estável, o que por consequência também não admitia
o divórcio; além disso possuía base patrimonial, o patriarcado era predominante portanto o
casamento e formação de família eram intimamente relacionados a poder, patrimônio e status
social, nada tinha a ver com a afeição, como é atualmente. O conceito de família não se
manteve com o passar dos anos, pois assim como a sociedade, muda gradativamente de
acordo com a nossa evolução. Atualmente o conceito de família moderno, abandonou o
modelo patriarcal anteriormente usado, dando lugar ao principio da igualdade que rege que o
homem e a mulher são iguais e ambos compartilham de igualdade de direitos e deveres, esse
principio também recai sobre os filhos, não há mais distinção entre filhos, como anteriormente
eram divididos entre legítimos, ilegítimos, legitimados e adotivos, todos são iguais em direitos,
e ficam afastados de acepção, isso parte também do (principio da pluralidade familiar) que
admite a diversidade de formas de constituição familiar, hoje a família não tem ligação com
casamento e sim afeição (principio da afetividade) , sendo admitido famílias matrimoniais,
família proveniente de união estável, homo afetiva, monoparental, anaparental, pluriparental
e multiparentalidade. Principio da dignidade humana e da solidariedade também
possibilitaram esses avanços para a evolução do conceito. E por fim o principio da monogamia,
que não é explicito todavia em nossa legislação no código penal diz (Art. 235 - Contrair alguém,
sendo casado, novo casamento. Pena - reclusão, de dois a seis anos) anteriormente esse
principio estava relacionado com o crime de adultério, anterior a existência do divórcio, hoje
com a existência do divórcio, este principio bate de frente com o principio da afetividade e a
liberdade da constituição de famílias poliafetivas.
De um lado fica a família constituída pelo de cujus, conjuntamente com sua ex mulher e filhos,
ficando comprovado que mesmo após o divorcio, ambos mantinham dependência emocional e
financeira, pois o de cujos contribuía economicamente com a ex esposa.
De outro lado fica a companheira do de cujus que comprovou também relação com este,
apesar de não possuir antigo vinculo de sociedade conjugal, nem filhos proveniente da relação
(Ambos possuíam filhos de relacionamento anterior).
É necessário levar em consideração no entanto que a relação do de cujus com sua ex esposa,
pode ser considerada sociedade de fato todavia não como união estável pois há falta de um
elemento essencial: objetivo de formar família. Com a dissolução do matrimonio nos termos
do art. 1.724 do CC/02 e