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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO
ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Novembro de 2017
NATAL, RN
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2017.1
Novembro de 2017
NATAL, RN
CcACavalcanti de Albuquerque
Neto
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2017.1
CcACavalcanti de Albuquerque
Neto
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2017.1
RESUMO
___________________________________________________________________________
A crescente necessidade energética mundial induz a busca por novos recursos
petrolíferos, fazendo a indústria investir na produção de reservatórios não convencionais, que
são aqueles cujo acesso é mais difícil e possuem uma maior necessidade tecnológica para o
seu desenvolvimento. A exemplo nós temos os reservatórios Tight Gas, que possuem baixas
permeabilidades. No passado esses reservatórios eram considerados antieconômicos, pois
exigiam altos custos e a produção era baixa. Com o estudo e investimento em técnicas como o
fraturamento hidráulico, tornou-se possível a produção de grandes volumes de gás
compensando os custos inerentes a produção. O fraturamento tem por finalidade aumentar o
índice de produtividade e injetividade, criando um caminho de alta condutividade entre o
poço e o reservatório através do bombeio do propante, entretanto análises para potencializar a
produção tornam-se imprescindíveis, visto que essa técnica envolve custos consideráveis.
Dessa forma, o objetivo deste trabalho consiste em fazer uma análise de como as propriedades
do propante irão impactar em termos produtivos. Os estudos foram realizados através do
software da CMG (Computer Modelling Group) versão 2013.1 com o auxílio de um programa
auxiliar desenvolvido no Microsoft Office Excel 2007. Foram feitas mudanças na quantidade
em massa de seis propantes intitulados de Propante “A”, “B”, “C”, “D”, “E” e “F”, avaliados
as suas propriedades e sua influência na produção de um reservatório Tight Gas perfurado
com poço vertical. Foi constatado que o aumento demasiado de algumas propriedades não
trouxe benefícios produtivos significativos, reforçando a necessidade de se fazer uma análise
criteriosa quanto a um projeto de fraturamento. O bombeio de 90000 𝑙𝑏𝑚 do Propante “A”
foi o que apresentou o melhor resultado.
Palavras-Chaves: Fraturamento hidráulico, propante, reservatórios Tight Gas
CcACavalcanti de Albuquerque
Neto
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2017.1
ABSTRACT
__________________________________________________________________________
The increasing global energetic demand forces the researchers to search for new
extraction approaches of oil resources, inducing the industry to invest in the production of
unconventional reservoirs, which access is more difficult and requires the use of high
development technologies. An example of this kind are the tight gas reservoir that present a
permeability bellow 0.1 MD. In the past, these reservoirs were considered uneconomical,
once that they were expensive and had a low production. The study and investment in
techniques, such as hydraulic fracturing, made it possible to produce large volumes of gas,
making up the production cost. The purpose of fracturing is to increase the productivity and
injectivity index, creating a path of high conductivity between well and reservoir through the
pumping of proppant. However, analyses to enhance the production become indispensable,
since this technique involves considerable costs. Thus, the objective of this work was to
perform an analysis of how the proppant properties will impact in production. The studies
were conducted using the IMEX module from CMG (Computer Modelling Group) version
2013.1, assisted with a complementary program developed in Microsoft Office Excel 2007.
During this work the mass of proppant were varied in six concentrations and entitled as
proppant "A","B", "C", "D", "E" and "F", evaluating its properties and influences in the
production of a tight gas reservoir drilled vertically. It was discovered that the increase of
some properties didn't result in significant benefits to production, reinforcing the necessity to
make careful analysis in the design of fracturing projects. The pumping of 90000 lb. of
proppant "A" presented the best result in this study.
Keywords: Hydraulic fracturing, proppant, Tight Gas Reservoir
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DEDICATÓRIA
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por sempre me dar amparo nos momentos de fraqueza. Agradeço ao
corpo docente do curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte por me dar suporte intelectual para a realização das minhas atividades profissionais e
acadêmicas, especialmente a pessoa de meu orientador, Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe
Rodrigues, pela de minha coordenadora, Profª. Drª. Jennys Lourdes Meneses Barillas e aos
meus Profs. Dr. Edney Rafael Viana Pinheiro Galvão, Dr. José Altamiro Carrilho dos Santos
e Dr. Tarcilio Viana Dutra Júnior por terem acreditado na minha capacidade, por toda ajuda
no âmbito acadêmico, por serem elementos facilitadores de todo esse estudo e por terem me
dado a oportunidade de aplicar e adquirir novos conhecimentos ao lado deles. Agradeço
também aos meus amigos e companheiros de estudo Amanda Braun Barbosa Araújo, Dennise
Lorenna Gomes Camilo, Everton de Lima de Andrade, Fabricia Minelly Ferreira da Silva,
Henrique Borges de Moraes Juviniano, Igor Lisboa Bezerra, Rafael Breno Pereira de
Medeiros, Ricardo de Castro Madruga Filho, Sarah Miyako Kasuya de Oliveira, Thaise Maria
Silva de Paula e Yago Ramon Gouveia Cabral, que sempre estiveram presentes do meu lado
ao longo da minha graduação. Agradeço a minha namorada Jéssica Salustio da Silva pelo
apoio as minhas atividades acadêmicas e a todos os momentos maravilhosos da minha vida
com o qual ela me proporcionou. Agradeço a toda a minha família, em especial ao meu pai
Carlos Magno Pereira do Nascimento, a Minha mãe Karla Susanna Correia Cavalcanti de
Albuquerque e a minha irmã Rafaela Cavalcanti de Albuquerque Nascimento por todo amor,
dedicação e oportunidades que proporcionaram a minha Pessoa. Agradeço a Agência
Nacional de Petróleo (ANP), ao Programa de Recursos Humanos (PRH-ANP 43), ao
Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP) por todo o incentivo a formação na Engenharia de Petróleo, por todo apoio
financeiro e por terem sido elementos fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 2
1.1 OBJETIVOS GERAIS................................................................................................ 3
1.1.1 Objetivos Específicos............................................................................................... 3
2 ASPECTOS TEÓRICOS............................................................................................... 6
2.1 RESERVATÓRIOS NÃO CONVENCIONAIS........................................................ 6
2.1.1 Reservatórios não Convencionais no Brasil.............................................................9
2.1.2 Reservatórios não Convencionais de Gás................................................................ 11
2.2 FRATURAMENTO HIDRÁULICO.......................................................................... 18
2.2.1 Histórico do Fraturamento Hidráulico..................................................................... 18
2.2.2 Aspectos Técnicos do Fraturamento Hidráulico...................................................... 20
2.2.3 Mecânica do Fraturamento Hidráulico.................................................................... 25
2.2.4 Fluido deFraturamento............................................................................................. 29
2.2.5 Agente de Sustentação............................................................................................. 36
2.2.6 Parâmetros Ótimos para o Fraturamento................................................................. 44
3 MATERIAS E MÉTODOS........................................................................................... 47
3.1 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS.................................................................. 47
3.1.1 Módulo WINPROP..................................................................................................48
3.1.2 Módulo BUILDER...................................................................................................48
3.1.3 Módulo IMEX.......................................................................................................... 48
3.2 CONDIÇÕES INICIAIS............................................................................................. 49
3.2.1 Modelo de Fluido.....................................................................................................49
3.2.2 Modelo de Reservatório........................................................................................... 50
3.2.3 Propriedades da Rocha e dos Fluidos...................................................................... 51
3.2.4 Características Operacionais do Poço Produtor....................................................... 55
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................. 61
4.1 ANÁLISE DA PRODUÇÃO SEM O FRATURAMENTO.......................................62
4.2 ANÁLISE DA PRODUÇÃO COM O FRATURAMENTO......................................63
4.2.1 Análise Comparativa para Diferentes Propantes..................................................... 63
4.2.2 Análise da Produtividade do Modelo Base para Diferentes Massas........................ 71
4.2.3 Análise da Produtividade para Diferentes Meshes...................................................77
4.2.4 Análise Comparativa para Perdas de Condutividade da Fratura............................. 81
5 CONCLUSÕESE RECOMENDAÇÕES...................................................................... 88
5.1 CONCLUSÕES.......................................................................................................... 88
5.2 RECOMENDAÇÕES................................................................................................. 92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 94
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ÍNDICE DE FIGURAS
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Figura 19 - Propagação da fratura. Em (a) a fratura atinge apenas a zona desejada, em (b) a
fratura atinge, além do reservatório, camadas não desejadas e em (c) a fratura atinge uma
zona de água................................................................................................................. 33
Figura 20 - Guia para seleção do fluido de fraturamento para um poço produtor de gás. ....... 35
Figura 21 - Guia para seleção do fluido de fraturamento para um poço produtor de óleo ...... 36
Figura 22 - Seleção do tipo de propante de acordo com a temperatura e a tensão. ................. 38
Figura 23 - Diagrama de Krumbein para esfericidade e arredondamento dos grãos. .............. 40
Figura 24 – Vista tridimensional do reservatório .................................................................. 51
Figura 25 – Curva de permeabilidade relativa para o sistema gás/óleo em função da saturação
de gás ........................................................................................................................... 52
Figura 26 – Curva de permeabilidade relativa para o sistema óleo/água em função da
saturação de água ......................................................................................................... 53
Figura 27 – Viscosidade do gás e do óleo em função da pressão ........................................... 54
Figura 28 – Fator volume formação do gás em função da pressão ........................................ 55
Figura 29 – Poço produtor localizado no centro do plano “ij” do reservatório. ...................... 56
Figura 30 – Trecho canhoneado do poço produtor no centro do plano “ik” doreservatório. ... 56
Figura 31 – Vista da fratura hidráulica no plano “ij”............................................................. 58
Figura 32 – Produção acumulada de gás para o reservatório não fraturado............................ 62
Figura 33 - Permeabilidade dos propantes para diferentes tensões de fechamento para 2
lbm/ft² .......................................................................................................................... 64
Figura 34 – Volume fraturado para diferentes massas dos propantes. ................................... 65
Figura 35 – Comprimento de fratura para diferentes massas de propante. ............................. 66
Figura 36 – Espessura da fratura propada para diferentes massas de propantes. .................... 67
Figura 37 – Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes
propantes. ..................................................................................................................... 68
Figura 38 – Folds of increase para diferentes propantes. ....................................................... 70
Figura 39– Permeabilidade do Propante A para diferentes tensões de fechamento para 2
lbm/ft² . ........................................................................................................................ 72
Figura 40 – Volume fraturado para diferentes massas do Propante A.................................... 73
Figura 41 – Comprimento e espessura da fratura para diferentes massas do Propante A. ...... 74
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Figura 42 – Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes
massas do Propante A................................................................................................... 75
Figura 43 – Folds of Increase para diferentes massas do Propante A. ................................... 76
Figura 44 - Permeabilidade do Modelo de Referência com diferentes meshes e tensões de
fechamento para 2 lbm/ft² ............................................................................................. 78
Figura 45 - Volume fraturado para diferentes meshes do Propante A. ................................... 79
Figura 46 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes
meshes do Propante A. ................................................................................................. 80
Figura 47 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes
meshes do Propante A considerando as perdas.............................................................. 82
Figura 48 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A
mesh 40/80 considerando e desconsiderando as perdas. ................................................ 83
Figura 49 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A
mesh 30/60 considerando e desconsiderando as perdas. ................................................ 84
Figura 50 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A
mesh 20/40 considerando e desconsiderando as perdas. ................................................ 85
Figura 51 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A
mesh 16/30 considerando e desconsiderando as perdas. ................................................ 86
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Volume recuperável de gás não convencional das principais bacias sedimentares
brasileiras ..................................................................................................................... 10
Tabela 2 - Valores do coeficiente de Poisson e módulo de Young para diferentes tipos de
rocha. ........................................................................................................................... 27
Tabela 3 - Fluidos de fraturamento e condições para utilização ............................................ 32
Tabela 4 - Níveis aceitos de qualidade da água para o fraturamento...................................... 32
Tabela 5 - Principais aditivos utilizados no fluido de fraturamento ....................................... 34
Tabela 6 - Resistência ao esmagamento para diferentes propantes. ....................................... 39
Tabela 7 – Composição do fluido ......................................................................................... 49
Tabela 8 – Número de blocos utilizados para o refinamento do reservatório. ........................ 50
Tabela 9 – Dimensões do reservatório e dos blocos. ............................................................. 50
Tabela 10 – Propriedades do reservatório ............................................................................. 51
Tabela 11– Parâmetros operacionais do poço produtor. ........................................................ 56
Tabela 12 – Propriedades genéricas para as simulações da fratura. ....................................... 57
Tabela 13 - Características técnicas dos propantes para 2 lbm/ft². ......................................... 63
Tabela 14 - Produção acumulada e fator de recuperação no fim da vida produtiva do poço
para diferentes propantes. ............................................................................................. 69
Tabela 15 – Características técnicas do Propante A para 2 lbm/ft². ....................................... 71
Tabela 16 - Produção acumulada e fator de recuperação no fim da vida produtiva do poço
para diferentes massas do propante A ........................................................................... 75
Tabela 17 – Características técnicas do Propante A com diferentes meshes para 2 lbm/ft². ... 77
Tabela 18 - Produção acumulada e fator de recuperação no fim da vida produtiva do poço
para diferentes meshes do Propante A. ......................................................................... 80
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𝑘𝑝 - Permeabilidade do Propante
𝑚𝑝 - Massa de Propante
𝑁𝑝𝑟𝑜𝑝 - Número de Propante
𝜍𝐻 - Tensão Horizontal
𝜍𝐻′ - Tensão Horizontal Efetiva
𝜍𝐻𝑚𝑎𝑥 - Tensão Horizontal Máxima
𝜍𝐻𝑚𝑖𝑛 - Tensão Horizontal Mínima
𝜍𝑣 - Tensão Vertical
𝜍𝑣′ - Tensão Vertical Efetiva
𝜍𝑡𝑒𝑐 - Tensão Tectônica
𝑝 - Pressão de Poros
𝑝𝑤𝑓 - Pressão de Fluxo do Fundo do Poço
𝑝𝑏𝑑 - Pressão de Ruptura
𝜌𝑏𝑢𝑙𝑘 - Densidade Bulk
𝜌𝑓 - Massa Específica da Formação
𝜌𝑚 - Massa Específica Média
𝜌𝑝 - Massa Específica do Propante
𝑟𝑒 - Raio de Drenagem
𝑟𝑤 - Raio do Poço
𝑟𝑤′ - Raio Equivalente
𝑠𝑘𝑖𝑛 - Dano a Formação
𝑇0 - Resistência a Tração
𝑣 - Coeficiente de Poisson
𝑉𝑓𝑟𝑎𝑡𝑝𝑟𝑜𝑝 - Volume da Fratura Propada
𝑉𝑟𝑒𝑠 - Volume do Reservatório
𝜙𝑝 - Porosidade do Pacote de Propante
𝑤𝑐𝑠 - Espessura da Fratura Propada na Tensão de Fechamento
𝑤𝑜 - Espessura de Fratura Ótima
𝑤𝑝 - Espessura da Fratura Propada
𝑥𝑓 - Comprimento da Fratura
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CAPÍTULO I:
INTRODUÇÃO
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1 INTRODUÇÃO
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fraturamento é bombeado a uma pressão maior do que a de ruptura da rocha até que a mesma
seja fraturada.A fratura se manterá aberta com o bombeio de um agente de sustentação,
também conhecido como propante, para o interior da fratura. O propante é o responsável por
possibilitar a criação de um caminho de maior condutividade para o fluxo de fluidos do
reservatório para o poço (ou vice-versa) (THOMAS et al, 2004).
O fraturamento hidráulico tem uma maior influência em formações de baixas
permeabilidades (THOMAS et al, 2004), como é o caso dos reservatórios de tight gas e shale
gas, sendo uma excelente forma de aumentar produção desses tipos de reservatórios,
entretanto se faz necessário uma análise criteriosa quanto ao processo, pois esta técnica
envolve custos operacionais consideráveis.
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CAPÍTULO II:
ASPECTOS TEÓRICOS
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2 ASPECTOS TEÓRICOS
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permeabilidade abaixo de 0,1 mD, enquanto outros o definem em termos da relação entre
permeabilidade do reservatório e viscosidade dos fluidos nele contido (CANDER, 2012). A
Figura 1 ilustra a definição de reservatórios não convencionais em termos das propriedades
permeabilidade e viscosidade.
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formações com baixíssima permoporosidade (tight oil, tight gas, shale oil e shale gas) e
hidratos de gás (methane hydrates). A ANP também define em sua portaria nº 21/2014 os
reservatórios não convencionais como sendo aqueles portadores de hidrocarbonetos que
possuem permeabilidade inferior a 0,1 𝑚𝐷.
Os reservatórios não convencionais diferem dos convencionais não somente na sua
formação geológica como também na sua forma de ser desenvolvido, são reservatórios de
acesso mais difícil e de baixa produtividade, fazendo necessário o uso de técnicas que
proporcionem uma maior extração de óleo e gás, o que vai atrelar um maior custo operacional
a sua produção (ANP, 2010).
A Figura 2 ilustra a pirâmide de reservatórios de gás, sobrelevando os não
convencionais em termos de volume e sua maior necessidade de recursos tecnológicos e
financeiros para o seu desenvolvimento.
Tendo em vista que as maiorias dos reservatórios do mundo são do tipo não
convencional, associado à crescente necessidade por petróleo e a disponibilidade de volumes
consideráveis de gás não convencional em algumas bacias sedimentares do mundo, se faz
necessário o investimento em técnicas que permitam a produção desses reservatórios de forma
economicamente viável.
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O sucesso norte americano fez com que o governo brasileiro realizasse ações para
quantificar os recursos não convencionais do país. O Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), o Ministério de Minas e Energia (MME) e outras instituições têm
trabalhado na aquisição de dados da geologia das formações e na reavaliação das informações
já existentes com o intuito de desenvolver no futuro os reservatórios não convencionas do
Brasil, que além de contribuir para a geração de emprego, também iria manter as atividades
exploratórias das bacias maduras (CTMA e PROMINP, 2016).
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou, em 2013, a 12ª
Rodada de Licitações de blocos para a exploração de hidrocarbonetos. O aumento da oferta de
gás natural onshore foi o principal objetivo da rodada e pela primeira vez no país se frisou a
possibilidade de se desenvolver reservatórios não convencionais. Esse momento estava aliado
ao êxito histórico dos Estados Unidos na produção de gás de folhelho. (CTMA e PROMINP,
2016)
As reservas de gás não convencional no Brasil são consideradas significativas e se
desenvolvidas irão propiciar o crescimento do mercado de gás do país (LAGE, 2013).Estima-
se que o Brasil possua um volume de gás não convencional de 1279 trilhões de pés cúbicos.
Este volume estaria esperado nas bacias onshore do São Francisco, Recôncavo, Parecis,
Parnaíba, Paraná, Potiguar, Solimões e Amazonas e nas bacias offshore da Foz do Amazonas
e Pelotas. (EIA, 2015).
O Brasil possui potencial para o desenvolvimento de ambos os recursos, porém os
recursos não convencionais não tiveram prioridade de desenvolvimento devido aos altos
custos atrelados a sua explotação. Devido a importantes recursos não convencionais existentes
no país é esperado que somente no futuro esses reservatórios sejam desenvolvidos em
detrimento aos recursos convencionais (CTMA e PROMINP, 2016). A Figura 3 ilustra as
principais bacias do Brasil com potencial de recursos não convencionais. A Tabela 1 mostra
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Tabela 1 – Volume recuperável de gás não convencional das principais bacias sedimentares brasileiras
Bacia sedimentar Volume de gás recuperável (TCF)
Parecis 124
Amazonas 99,9
Parana 80,5
Parnaíba 64
Recôncavo 20
Solimões 11,1
Potiguar 0,5
São Francisco -
Pelotas -
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171 milhões de 𝑚³ 𝑑𝑖𝑎, com uma produção líquida de 99 milhões de 𝑚³ 𝑑𝑖𝑎, descontando-se
o gás para reinjeção, queima e outras atividades intrínsecas ao processo produtivo. Uma
significante parte do gás produzido poderá ser advinda do Pré-sal, porém fatores como
elevada profundidade, lamina d’água e distância das plataformas de produção para a costa
fará com que o cenário de busca mude para fontes onshore, principalmente nas proximidades
dos potenciais consumidores, aumentando a importância do desenvolvimento dos
reservatórios de gás não convencional, em especial nas bacias do Parnaíba, Recôncavo e São
Francisco (CTMA e PROMINP, 2016).
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Neste tópico será discutido a respeito dos principais reservatórios de gás não
convencional, intensificando as suas características, propriedades físicas e ocorrências no
cenário mundial. São eles os reservatórios de gás apertado (tight gas), de gás de folhelho
(shale gas), metano em camadas de carvão (coalbed methane) e hidratos de metano (methane
hidrates).
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sistema a rocha geradora funciona como rocha reservatório além de possuir também
características selantes (CIPOLLA et al, 2010).
Típicos reservatórios de gás de xisto possuem espessura de 50 a 600ft, porosidade de 2
a 8%, TOC de 1 a 14% e profundidade de 1000 a 13000ft e permeabilidade de 0,00001 a
0,0001 mD (CIPOLLA et al, 2010).
Em muitos casos a produção econômica desse tipo de reservatório somente se torna
bem sucedida com a criação de fraturas que se estendam com uma grande área superficial ao
longo do reservatório. Normalmente nos tratamentos em reservatórios de gás de xisto são
utilizados grandes volumes de fluido de fraturamento de baixa viscosidade para promover as
fraturas e agentes de sustentação de baixo diâmetro e em pequenas concentrações.
Fraturamento feito nessas condições proporcionam fraturas estreitas e de grande
comprimento.
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A extração do hidrato de metano tem como princípio básico o inverso da sua reação de
formação. O aumento da temperatura e a redução da pressão proporcionarão condições
favoráveis para que ocorra a liberação do gás. Os processos se baseiam no deslocamento do
equilíbrio termodinâmico do diagrama de fases, são eles a estimulação térmica, a injeção de
inibidores e a despressurização (GANDARA et al, 2015).
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Figura 7 – Água e gás sendo produzidos através de um reservatório de metano em camadas de carvão
A redução da saturação de água nas fraturas provoca uma redução na pressão e uma
consequente dessorção das moléculas de gás presentes na superfície do carvão, a fase gasosa
permeia lentamente pelos microporos da rocha até atingir as fraturas naturais para serem
produzidas, conforme ilustra a Figura 8.
Figura 8 - Produção através de metano em camadas de carvão. Em (a) ocorre a dessorção do gás, em (b)
a difusão através do meio poroso e em (c) o fluxo através das fraturas naturais.
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Figura 10 - Fluido de fraturamento bombeado sem propante para iniciar a ruptura da formação.
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Figura 12 - Fluido de fraturamento bombeado com propante para o interior da fratura hidráulica.
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fator de recuperação não é significativo da mesma forma, porém contribui para o aumento da
vazão e conseqüentemente influencia na melhora do fluxo de caixa. De maneira geral o
fraturamento em conjunto com a acidificação de matriz são os métodos mais bem-sucedidos
de estimulação de poços na indústria petrolífera até o momento (THOMAS et al, 2004).
Um projeto eficaz de estimulação por fraturamento hidráulico envolve muitos
parâmetros e lida com fatores que na maioria das situações são apenas aproximações. No
entanto foram realizados progressos significativos no estudo do fraturamento, especialmente
no que diz respeito a softwares para modelagem de fraturas, o que permitiu aprimorar os
projetos de engenharia na área e auxiliar a tomada de decisões, principalmente no âmbito
financeiro (ALLEN; ROBERTS, 2012).
Formações rochosas a certa profundidade estão submetida a tensões que poderão ser
decompostas em seus vetores constituintes. A mais facilmente entendida delas é a tensão
vertical ou tensão de overburden, correspondente ao peso das camadas de rochas sobrepostas.
Para uma formação a uma profundidade 𝐻, a tensão vertical, 𝜍𝑣, é dada pela Equação 1, onde
𝜌𝑓 é a massa específica das formações sobrepostas ao reservatório e 𝑔 é a aceleração da
gravidade (ECONOMIDES; HILL; EHLIG-ECONOMIDES, 2009).
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𝜍𝑣 = 𝑔 𝜌𝑓 𝑑𝐻 (1)
0
𝜌𝑚 𝐻 (2)
𝜍𝑣 =
144
Desde que o peso da sobrecarga esteja disposto em todos os grãos da rocha e no fluido
contido no espaço poroso, a tensão vertical efetiva 𝜍𝑣′ é dada pela Equação 3, onde 𝛼 é a
constante poroelástica de Biot, que para reservatórios de hidrocarbonetos é de
aproximadamente 0,7 e 𝑝 é a pressão de poros da formação (ECONOMIDES; HILL; EHLIG-
ECONOMIDES, 2009).
𝜍𝑣′ = 𝜍𝑣 − 𝛼𝑝 (3)
𝑣 (4)
𝜍𝐻′ = 𝜍′
1−𝑣 𝑣
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Tabela 2 - Valores do coeficiente de Poisson e módulo de Young para diferentes tipos de rocha.
Módulo de Coeficiente
Litologia
Young (10⁶psi) de Poisson
Arenito macio 0,1-1,0 0,2-0,35
Arenito médio 2,0-5,0 0,15-0,25
Arenito duro 6,0-10,0 0,1-0,15
Calcário 8,0-12,0 0,3-0,35
Carvão 0,1-1,0 0,35-0,45
Folhelho 1,0-10,0 0,28-0,43
𝜍𝐻 = 𝜍𝐻′ + 𝛼𝑝 (5)
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As tensões nas proximidades do poço sofrem forte influência das tensões iniciais, da
diferença de pressão entre a formação e o poço e do efeito do fluxo causado por esse
diferencial de pressão.
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Figura 18 - Propagação da fratura para um poço horizontal em relação a sua orientação com as tensões
horizontais.
Para formações rasas ou que tiveram parte da sua litologia removida devido a
fenômenos como a erosão, a menor tensão atuante poderá ser a vertical, neste caso a fratura se
propagará horizontalmente. Caso contrário, a fratura se propagará verticalmente, com a menor
tensão sendo a horizontal mínima.
A produção de óleo e gás de um reservatório fraturado hidraulicamente está
intimamente ligada aos parâmetros geométricos da fratura, como altura, comprimento e
espessura. O crescimento real e o modo com a fratura irá se propagar é um fenômeno
complexo e difícil de prever com certeza.
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a 10 𝑙𝑏 ) geram fraturas com maior espessura (Petro Wiki-SPE, Fracturing fluids and
𝑓𝑡³
additives, 2016).
A densidade do fluido é outro parâmetro importante para o fraturamento, pois irá
impactar na pressão que será exercida para romper a rocha. Formações com baixas pressões
requerem o uso de fluidos de menor densidade, em contrapartida, formações com maiores
pressões requerem fluidos mais densos. Esse parâmetro também está relacionado ao retorno
do fluido a superfície após a estimulação (Petro Wiki-SPE, Fracturing fluids and additives,
2016).
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A depender das características da rocha a ser fraturada bem como dos fluidos nela
presentes diferentes tipos de fluido de fraturamento podem ser utilizados. Os principais tipos
são:
Fluidos a base água;
Fluidos a base espuma;
Fluidos a base óleo;
Fluidos a base ácido.
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Figura 19 - Propagação da fratura. Em (a) a fratura atinge apenas a zona desejada, em (b) a fratura
atinge, além do reservatório, camadas não desejadas e em (c) a fratura atinge uma zona de água.
Segundo Meiners et al. (2013) além da fase contínua, aditivos são adicionados ao
fluido para lhe conferir as propriedades necessárias para a operação de fraturamento
hidráulico, tais como:
Transporte do agente de sustentação;
Prevenção de precipitados insolúveis;
Marco Aurélio da C. C. A. Neto 33
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Aditivo Função
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Figura 20 - Guia para seleção do fluido de fraturamento para um poço produtor de gás.
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Figura 21 - Guia para seleção do fluido de fraturamento para um poço produtor de óleo
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A tensão efetiva sob o pacote de propante atua no sentido de fechar a fratura, para tal a
resistência do material de sustentação deverá ser elevada o suficiente para resistir ao
esmagamento provocado por essas tensões (CACHAY, 2004). A Tabela 6 apresenta os
valores de resistência ao esmagamento para diferentes propantes.
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A Figura 23 ilustra o diagrama de Krumbein, onde quanto maior for o valor, mais
arredondado e esférico será o grão.
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𝑚𝑝 (8)
𝑤𝑝 =
2𝑥𝑓 𝑓 (1 − 𝜙𝑝 )𝜌𝑝
𝐶𝑝 = 𝑤𝑝 (1 − 𝜙𝑝 )𝜌𝑝 (9)
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𝑚𝑝 (10)
𝐶𝑝 =
2𝑥𝑓 𝑓
2.2.5.4 Condutividade
𝑘𝑝 𝑤𝑝 (11)
𝐹𝐶𝐷 =
𝑘𝑥𝑓
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O teste padrão API consiste em medir o fluxo de fluido através de uma camada de
propante que se encontra pressurizada entre placas de aço. O propante é testado a uma
concentração de 2𝑙𝑏 𝑓𝑡2, ou seja, 2𝑙𝑏 de propante por 1𝑓𝑡² que representaria a área fraturada.
𝐶𝑙𝑎𝑏 (13)
𝐶𝑓 𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑡𝑢 = 𝐶𝑝
2 𝑙𝑏
𝑓𝑡²
𝐶𝑓 𝑒𝑓 = 𝐶𝑓 𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑡𝑢 𝐹𝐶 (15)
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Neste tópico será discutido a respeito dos parâmetros geométricos ótimos para uma
fratura hidráulica a depender do propante utilizado e das características do reservatório.
As dimensões da fratura é um parâmetro importante a ser considerado em um projeto
de fraturamento, pois está diretamente ligada ao aumento da produtividade, da injetividade e
dos custos operacionais (ALOBAIDI. 2014).
O folds of increase representa a razão entre o índice de produtividade com o
fraturamento e o mesmo antes da estimulação, ou seja, é um parâmetro representativo do
aumento de produção .
A determinação da geometria ótima será calculada para se obter um folds of increase
(FOI) ideal para o tipo e a quantidade de propante utilizado. Para estes cálculos Valko (2001)
introduziu um parâmetro denominado de número de propante 𝑁𝑝𝑟𝑜𝑝 conforme mostra a
Equação16, onde 𝑘𝑝 é a permeabilidade do propante, 𝑘 é a permeabilidade da formação, 𝑉𝑟𝑒𝑠 é
o volume do reservatório. A razão entre a massa de propante 𝑚𝑝 e a sua densidade bulk,
Equação 17, é o volume de fratura empacotado com propante conforme expõe a Equação 18.
2𝑘𝑝 𝑚𝑝 (16)
𝑁𝑝𝑟𝑜𝑝 =
𝑘𝑉𝑟𝑒𝑠 (1 − 𝜙𝑝 )𝜌𝑝
𝑚𝑝 (18)
𝑉𝑓𝑟𝑎𝑡 𝑝𝑟𝑜𝑝 =
(1 − 𝜙𝑝 )𝜌𝑝
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−0,583 +1,48ln
(𝑁 𝑝𝑟𝑜𝑝 ) (20)
1+0,142 ln (𝑁 𝑝𝑟𝑜𝑝 )
0,1 < 𝑁𝑝𝑟𝑜𝑝 < 10 𝑜 𝐹𝐶𝐷𝑜 = 1,6 + 𝑒
𝑁𝑝𝑟𝑜𝑝 > 10 𝑜 𝐹𝐶𝐷𝑜 = 𝑁𝑝𝑟𝑜𝑝 (21)
𝑘 𝑝 𝑚𝑝 (22)
𝑥𝑓𝑜 =
2𝑘𝑓 (1 − 𝜙𝑝 )𝜌𝑝 𝐹𝐶𝐷𝑜
𝑚𝑝 (23)
𝑤𝑜 =
2𝑥𝑓𝑜 𝑓 (1 − 𝜙𝑝 )𝜌𝑝
O folds of increase o mesmo pode ser calculado através de uma relação entre o raio de
drenagem do reservatório, 𝑟𝑒 , raio do poço, 𝑟𝑤 , o raio equivalente, 𝑟𝑤′ e o dano a formação,
𝑠𝑘𝑖𝑛, conforme mostra a Equação 24.
𝑟𝑒 (24)
𝑙𝑛 𝑟𝑤
𝐹𝑂𝐼 = 𝑟𝑒
𝑙𝑛 𝑟𝑤′ + 𝑠𝑘𝑖𝑛
𝑥𝑓 (25)
𝑟𝑤′ = 𝜋
𝐹𝐶𝐷 + 2
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CAPÍTULO III:
MATERIAIS E MÉTODOS
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3 MATERIAS E MÉTODOS
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A modelagem de fluido, criada por Bessa Júnior (2014), foi desenvolvida com base
em uma análise PVT. Foi desenvolvido um modelo de gás condensado cuja composição pode
ser averiguada a partir da Tabela 7.
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Número de Blocos
Direção i 31
Direção j 81
Direção k 11
Total 27621
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Propriedades da rocha
Profundiadade (ft) 13124
Temperatura (°F) 125
Pressão inicial do reservatório (psi) 2900
Volume de gas-in-place (SCF) 5,46E+09
Permeabilidade horizontal (mD) 0,01
Permeabilidade Vertical (mD) 0,01
Porosidade (%) 2
Saturação de gás (%) 80
Saturação de água (%) 20
Adaptado de Bessa Júnior (2014).
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Figura 25 – Curva de permeabilidade relativa para o sistema gás/óleo em função da saturação de gás
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Figura 26 – Curva de permeabilidade relativa para o sistema óleo/água em função da saturação de água
A viscosidade é uma propriedade dos fluidos que exprime a sua resistência ao fluxo.
Gases quando submetidos a baixas pressões (comportamento ideal), apresentam um
incremento de viscosidade com o aumento de temperatura, em contrapartida quando
submetido a altas pressões (comportamento não ideal) a sua viscosidade tende a crescer com o
aumento de pressão e com o decréscimo de temperatura, comportando-se de forma
semelhante a um líquido (ROSA. 2011). A Figura 27 ilustra a viscosidade do gás e do óleo
em função da pressão.
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O Fator volume formação do gás é uma propriedade dos gases que relaciona o volume
que ele ocupa em uma determinada condição de pressão e temperatura com o volume que ele
ocuparia em condições padrão. A Figura 28 ilustra o comportamento do fator volume de
formação com a pressão.
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Parâmetros operacionais
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3.3 METODOLOGIA
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CAPÍTULO IV:
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Neste tópico será avaliada a produção de gás através do reservatório fraturado com
diferentes propantes, mudanças nas suas características e quantidades bombeadas.
Para desenvolver uma metodologia para otimizar um projeto de fraturamento, foi feito
um estudo com diferentes propantes, de modo a averiguar através de simulações aquele que
iria se apresentar mais vantajoso em termos produtivos. Com a escolha do bombeio de
90000 𝑙𝑏𝑚, foi feito um confronto entre propantes cerâmicos, com o mesmo mesh e
submetidos as mesmas condições de pressão e temperatura. A Tabela 13 mostra as principais
características desses propantes.
Propante A B C D E F
Massa específica (lbm/ft³) 230,88 216,088 230,88 169,104 162,24 162,24
Porosidade (%) 46 46 47 42 41 44
Densidade bulk (lbm/ft³) 124,8 116,688 122,304 97,968 96,096 91,104
Mesh 30/60 30/60 30/60 30/60 30/60 30/60
Arredondamento e Esfericidade 0,9X0,9 0,8X0,8 0,85X0,8 0,85X0,85 0,85X0,85 0,9X0,9
Temperatura (°F) 125 125 125 125 125 125
Tensão de fechamento (psi) 5237,32 5237,32 5237,32 5237,32 5237,32 5237,32
Permeabilidade do propante (mD)
224112,8 27207,6 125066,3 177225,5 138500,8 54028,1
@ 5237,32 psi
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Esta análise tem o intuito de avaliar a escolha do propante para uma operação de
fraturamento e como a variação das características dos propantes iria impactar na produção do
reservatório. Todos os propantes são reais e possuem diferenças em suas propriedades.
Figura 33 - Permeabilidade dos propantes para diferentes tensões de fechamento para 2 lbm/ft²
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apesar de possuírem maior porosidade entre os casos em estudo, foram os que obtiveram
menor volume fraturado. Isso ocorreu devido a sua massa específica aparente ser maior do
que aos outros propantes.
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propada. Por possuir baixa permeabilidade e volume de fratura propada, o Propante B foi o
que possuiu o menor comprimento de fratura.
A Figura 36 ilustra a variação da espessura da fratura para os diferentes casos em
estudo. A espessura ótima foi calculada com base nas equações do Sub-Tópico 2.2.6 e é
diretamente proporcional ao volume de fratura empacotada e inversamente proporcional aos
demais parâmetros geométricos da fratura.
O Propante F foi que proporcionou a maior espessura de fratura devido ao seu maior
volume de fratura em detrimento aos outros parâmetros geométricos. Por possuir o menor
volume fraturado dos casos em análise e um alto comprimento de fratura, o Propante A foi o
que proporcionou a menor espessura.
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Figura 37 – Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes propantes.
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Tabela 14 - Produção acumulada e fator de recuperação no fim da vida produtiva do poço para
diferentes propantes.
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Propriedade Propante A
Massa específica (lbm/ft³) 230,88
Porosidade (%) 46
Densidade bulk(lbm/ft³) 124,8
Mesh 30/60
Arredondamento e Esfericidade 0,9X0,9
Temperatura (°F) 125
Tensão de fechamento (psi) 5237,32
Permeabilidade do propante (mD) @ 5237,32psi 224112,7667
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Figura 39– Permeabilidade do Propante A para diferentes tensões de fechamento para 2 lbm/ft² .
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Com base nas Equações descritas nos Sub-Tópicos 2.2.5 e 2.2.6, foram calculados os
parâmetros geométricos da fratura para o Propante A, com a variação de massas de
10000 𝑙𝑏𝑚 a250000 𝑙𝑏𝑚. A Figura 41 ilustra a mudança no comprimento e na espessura da
fratura para o contínuo incremento de propante.
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Figura 42 – Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes massas do
Propante A.
Tabela 16 - Produção acumulada e fator de recuperação no fim da vida produtiva do poço para
diferentes massas do propante A
Massa de propante (lbm) Produção acumulada (10⁹ SCF) Fator de recuperação (%)
Sem fratura 1,35 24,77
10000 2,30 42,3
50000 3,60 65,99
90000 3,75 68,65
130000 3,77 69,12
170000 3,78 69,27
210000 3,785 69,33
250000 3,787 69,36
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Através da análise do fator de recuperação para cada caso estudado, foi escolhido
aquele que se mostrou mais vantajoso em termos produtivos levando-se em conta a
quantidade de propante. No caso de90000 𝑙𝑏𝑚de propante bombeado o fator de recuperação
foi de 68,65%, foi perceptível que para aumentar a sua recuperação em 0,47%, caso de
130000 𝑙𝑏𝑚, se fazia necessário aumentar a massa de propande em 55,55% e para aumentar
a recuperação em 0,71%, caso de 250000 𝑙𝑏𝑚, se fazia necessário aumentar a massa de
propante em 177,77%.
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Através dessas análises foi possível atestar que o aumento demasiado de propante
bombeado e conseqüentemente no volume fraturado não trará aumento significativo na
produção até certo ponto. Dessa forma o bombeio de 90000 𝑙𝑏𝑚por apresentar melhor
produtividade em relação à massa de propante bombeada, foi escolhido como o modelo de
referência para as próximas análises.
Com a escolha de 90000 𝑙𝑏𝑚 do Propante A como referência, foi feito um confronto
entre diferentes meshesde modo a avaliar a sua influência na produtividade do reservatório. A
Tabela 17 mostra as propriedades do Propante A para cada mesh.
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O Propante A com mesh 16/30, maior diâmetro dos grãos, foi o que apresentou a
maior permeabilidade, sendo 339,6% maior do que a do modelo inicial 30/60 para a tensão de
fechamento em estudo. O Propante A com mesh 40/80, menor diâmetro dos grãos, foi o que
apresentou a menor permeabilidade, sendo 48,9% menor do que a do modelo inicial 30/60
para a tensão de fechamento em estudo.
Maiores permeabilidades são alcançadas com propantes de maiores diâmetros,
entretanto os mesmos estão mais suscetíveis a perdas na condutividade devido ao
esmagamento e a produção de finos do que os propantes de diâmetros menores (CACHAY,
2004).
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O Propante A com mesh 40/80 foi o que apresentou o maior volume fraturado, sendo
apenas 1.01% maior do que modelo inicial 30/60 para 90000 𝑙𝑏𝑚. O Propante A com mesh
16/30 foi o que apresentou o menor volume fraturado, sendo apenas 2.73% menor do que
modelo inicial 30/60 para 90000 𝑙𝑏𝑚.O volume da fratura propada está relacionado com a
massa de propante, a sua massa específica e a sua porosidade. Ambos os casos possuem
massa específica e porosidade semelhantes, acarretando em uma densidade bulk próxima para
cada mesh, como a massa de propante bombeada também foi a mesma não houve mudança
significativa no volume fraturado para o modelo de referência.O mesmo também ocorreu para
diferentes massas bombeadas.
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a Figura 46. A Tabela 18 indica os valores de produção acumulada e fator de recuperação para
cada mesh.
Figura 46 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes meshes do
Propante A.
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Conforme foi explicitado no Sub-tópico 2.2.5, mesmo que seja aplicada a correção da
concentração de propante na tensão de fechamento, a mesma ainda retrata valores de
condutividade de fratura mais altos do que a realidade, pois está sendo desconsiderados
fatores como a produção de finos, dano causado ao pacote de propante pelo fluido de
fraturamento, variações das tensões e do regime de fluxo. Esses fatores descritos são
responsáveis por reduzir a condutividade da fratura. Para os casos em estudo foi considerado
o fator de condutividade efetiva de 50%, conforme recomendado por Rahmam (2010). A
Figura 47 ilustra a produção acumulada de gás para o tempo de vida do poço considerando
perda de 50% na condutividade para cada caso. A Tabela 19 indica os valores de produção
acumulada e fator de recuperação para cada mesh considerando as perdas.
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Figura 47 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para diferentes meshes do
Propante A considerando as perdas.
Tabela 19 - Produção acumulada e fator de recuperação no fim da vida produtiva do poço para
diferentes meshes do Propante A considerando as perdas
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Figura 48 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A mesh 40/80
considerando e desconsiderando as perdas.
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Figura 49 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A mesh 30/60
considerando e desconsiderando as perdas.
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Figura 50 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A mesh 20/40
considerando e desconsiderando as perdas.
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Figura 51 - Produção acumulada de gás durante a vida produtiva do poço para o Propante A mesh 16/30
considerando e desconsiderando as perdas.
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CAPÍTULO V:
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
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5 CONCLUSÕESE RECOMENDAÇÕES
5.1 CONCLUSÕES
A recuperação para o poço não fraturado foi de apenas 1,35 ∙ 109 𝑓𝑡³, ou seja, apenas
24,767% do volume de gas in place do reservatório. Essa avaliação foi primordial para
que posteriormente fossem feitos confrontos entre a produção com e sem o
fraturamento hidráulico.
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O volume da fratura propada em condições estáticas poderá ser maior a depender das
características do propante. Quanto maior for a massa de propante e menor for a sua
densidade bulk, maior será o volume fraturado. Uma menor densidade bulk é obtida
com propantes de menor massa específica e maior porosidade.
A geometria ótima obtida através dos cálculos foi de fraturas estreitas e com grande
comprimento, ressaltando de tal forma os conceitos descritos no Capítulo 2 deste
trabalho sobre a geometria para reservatórios de gás de baixa permeabilidade.
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um aumento significativo na produção e que acima desse limite o mesmo não faria
diferença relevante.
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5.2 RECOMENDAÇÕES
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