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PARA QUEM CURSA O 8.O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2017


Disciplina: Prova: NOTA:
Colégio
PORTUGUÊS DESAFIO

Texto para as questões 1 e 2.

(Disponível em: <https://ateondedeuprairdebicicleta.com.br/category/bike-no-transito/dia-mundial-sem-carro-


bicicleta-no-transito/>. Acesso em: 23 jul. 2017.)

OBJETIVO 1 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 1
A campanha divulgada no cartaz tem por finalidade
a) criticar as pessoas que não utilizam bicicletas como meio de transporte.
b) divulgar um novo meio de transporte e uma cidade de sonho.
c) incentivar as pessoas a utilizarem outro tipo de transporte que não o carro.
d) informar sobre a existência de uma cidade de sonhos.
e) orientar as pessoas para o uso correto de uma bicicleta.

RESOLUÇÃO
A campanha divulgada no cartaz tem por objetivo incentivar as pessoas a utilizarem
outros meios de transporte que não o carro.
Resposta: C

QUESTÃO 2
Analise as afirmações a seguir:
I. No cartaz, a expressão “cidade de sonho” é um exemplo de linguagem conotativa.
II. A expressão “sonho de consumo” refere-se à bicicleta da imagem.
III. Em “Deixe...”, usou-se o modo imperativo para estimular as pessoas a aderirem à
campanha.

É correto o que se afirma em:


a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I apenas.
e) II apenas.

RESOLUÇÃO
Erro: II. A expressão “sonho de consumo” refere-se, no cartaz, ao carro, que para
muitos é considerado desse modo.
Resposta: B

OBJETIVO 2 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


Texto para as questões de 3 a 9.

O LOBO E O CORDEIRO

Estava o cordeiro a beber água num riacho cristalino, quando apareceu um lobo que
estava há alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
– Que desaforo é esse de turvar a água que estou bebendo? – disse o monstro,
arreganhando os dentes. – Espera que vou castigá-lo por tamanha má-criação!
O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:
– Como posso turvar a água que o senhor está bebendo se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a torcer.
– Além disso – inventou o lobo – sei que você andou falando mal de mim no ano
passado.
– Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
– Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
– Como poderia ser meu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, usou sua razão de animal esfomeado e
não disse mais nada: pulou sobre o pescoço do animalzinho e o devorou.

(Esopo. Fábula. Disponível em: <http://conscienciapoliticarazaosocial.blogspot.com.br/2013/01/o-lobo-e-o-


cordeiro-de-esopo-recontada.html>. Acesso em: 16 jul. 2017. Adaptado.)

QUESTÃO 3
Considere as afirmações:
I. O texto é uma fábula, pois, a partir de uma pequena história envolvendo animais, há uma
lição a ser retirada dos fatos relatados.
II. No texto há representação dos estereótipos do comportamento humano: o lobo repre-
sentando a força e o poder; e o cordeiro representando a inocência e a injustiça.
III. O cordeiro tem a sua representação como um ser injusto por turvar a água que o lobo
deveria beber, enquanto o lobo representa os seres injustiçados por serem considerados
mais fortes.

É correto o que se afirma em:


a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) I e II apenas.
e) I e III apenas.

OBJETIVO 3 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


RESOLUÇÃO
Erro: III. No texto, o cordeiro é representado como injustiçado e impotente, pois,
embora aja correta e eticamente, suas ações são distorcidas e desprezadas. O lobo tem
sua representação como injusto e, ainda que aja e pense em desacordo com os
princípios morais, é beneficiado e se sobressai.
Resposta: D

QUESTÃO 4
Em “...quando apareceu um lobo que estava há alguns dias sem comer...”, o conectivo em
destaque pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:
a) no momento em que.
b) uma vez que.
c) desde que.
d) mesmo que.
e) embora.

RESOLUÇÃO
No período apresentado, a conjunção quando exprime tempo; o mesmo ocorre com no
momento em que. Temos em b – causa; c – condição; d e e – concessão.
Resposta: A

QUESTÃO 5
A moral que melhor se aplica ao texto é:
a) “Muitas vezes quem quer enganar acaba enganado”.
b) “Uma boa ação se paga com outra”.
c) “Mais vale a calma e a prudência à fúria desenfreada”.
d) “O tirano sempre vai encontrar um argumento capaz de justificar sua tirania”.
e) “Contra a força não há argumentos”.

RESOLUÇÃO
A moral dessa fábula resume-se numa mostra de que nem sempre os argumentos são
capazes de mudar a ideia daquele que possui força maior.
Resposta: E

QUESTÃO 6
Em “...procurava algum animal apetitoso para matar a fome”, o trecho em destaque só não
pode ser substituído, sem alteração de sentido por:
a) tendo em vista matar a fome.
b) conforme sua necessidade de matar a fome.
c) com a intenção de matar a fome.
d) a fim de matar a fome.
e) com o objetivo de matar a fome.

OBJETIVO 4 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


RESOLUÇÃO
O trecho em destaque indica a finalidade do que foi expresso na oração anterior. A
única opção que não indica finalidade é a que consta na alternativa b. O conectivo con-
forme indica conformidade, ou seja, exprime uma regra, um modelo adotado para a
execução do que se declara na oração principal.
Resposta: B

QUESTÃO 7
Sem prejuízo de sentido, as palavras em destaque nas frases a seguir podem ser substituídas
pelas sugeridas entre parênteses, exceto em:
a) “Estava o cordeiro a beber água num riacho cristalino.” (límpido)
b) “...procurava algum animal apetitoso...” (delicioso)
c) “Que desaforo é esse de turvar a água...” (sujar)
d) “...trêmulo de medo, respondeu com inocência...” (culpa)
e) “...usou sua razão de animal esfomeado...” (faminto)

RESOLUÇÃO
A única substituição que não pode ser feita é aquela indicada na alternativa d – a
palavra inocência significa singeleza, pureza, e não culpa, como informa a alternativa.
Resposta: D

QUESTÃO 8
No trecho “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a
torcer”, a alteração em que a conjunção mas é substituída sem perda de sentido original é:
a) “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, isto é, não deu o rabo a torcer”.
b) “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, portanto não deu o rabo a
torcer”.
c) “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, assim não deu o rabo a torcer”.
d) “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, porque não deu o rabo a
torcer”.
e) “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, porém não deu o rabo a
torcer”.

RESOLUÇÃO
Mas é uma conjunção coordenativa sindética adversativa que expressa oposição,
adversidade. O mesmo ocorre com porém. Temos em a e d – explicação; b e c –
conclusão.
Resposta: E

OBJETIVO 5 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 9
Sem encontrar um motivo justo e consciente para devorar o cordeiro, o lobo usou sua razão
de “animal esfomeado”, revelando predomínio da
a) força física sobre a razão.
b) emoção sobre a força física.
c) fome sobre a força física.
d) esperteza sobre a força física.
e) lógica sobre a fome.

RESOLUÇÃO
A fábula mostra que, ante a decisão dos que são maus, nem uma justa defesa tem
força – isso é retomado, consolidando a crítica à supremacia do mal em relação ao
bem, tema que subjaz a fábula.
Resposta: A

Texto para as questões de 10 a 15.

DA UTILIDADE DOS ANIMAIS

Terceiro dia de aula. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram


animais de todos os feitios. É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso
que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e além disso são
muito úteis. Quem não sabe que o cachorro é o maior amigo da gente? Cachorro faz muita
falta. Mas não é só ele não. A galinha, o peixe, a vaca...Todos ajudam.
– Aquele cabeludo ali, professora, também ajuda?
– Aquele? É o iaque, um boi da Ásia Central. Aquele serve de montaria e de burro de
carga. Do pelo se fazem perucas bacaninhas. E a carne, dizem que é gostosa.
– Mas se serve de montaria, como é que a gente vai comer ele?
– Bem, primeiro serve para uma coisa, depois para outra. Vamos adiante. Este é o
texugo. Se vocês quiserem pintar a parede do quarto, escolham pincel de texugo. Parece que
é ótimo.
– Ele faz pincel, professora?
– Quem, o texugo? Não, só fornece o pelo. Para pincel de barba também, que o
Arturzinho vai usar quando crescer.
Arturzinho objetou que pretende usar barbeador elétrico. Além do mais, não gostaria de
pelar o texugo, uma vez que devemos gostar dele, mas a professora já explicava a utilidade
do canguru:
– Bolsas, malas, maletas, tudo isso o couro do canguru dá pra gente. Não falando na
carne. Canguru é utilíssimo.
– Vivo, fessora?
– A vicunha, que vocês estão vendo aí, produz... produz é maneira de dizer, ela fornece,
ou por outra, com o pelo dela preparamos ponchos, mantos, cobertores etc.

OBJETIVO 6 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


– Depois a gente come a vicunha, né fessora?
– Daniel, não é preciso comer todos os animais. Basta retirar a lã da vicunha, que torna
a crescer...
– E a gente torna a cortar? Ela não tem sossego, tadinha.
– Vejam agora como a zebra é camarada. Trabalha no circo, e seu couro listrado serve
para forro de cadeira, de almofada e para tapete. Também se aproveita a carne, sabem?
– A carne também é listrada? – pergunta que desencadeia riso geral.
– Não riam da Betty, ela é uma garota que quer saber direito as coisas. Querida, eu nunca
vi carne de zebra no açougue, mas posso garantir que não é listrada. Se fosse, não deixaria
de ser comestível por causa disso. Ah, o pinguim? Este vocês já conhecem da praia do
Leblon, onde costuma aparecer, trazido pela correnteza. Pensam que só serve para brincar?
Estão enganados. Vocês devem respeitar o bichinho. O excremento – não sabem o que é? O
cocô do pinguim é um adubo maravilhoso: guano, rico em nitrato. O óleo feito com a gordura
do pinguim...
– A senhora disse que a gente deve respeitar.
– Claro. Mas o óleo é bom.
– Do javali, professora, duvido que a gente lucre alguma coisa.
– Pois lucra. O pelo dá escovas de ótima qualidade.
– E o castor?
– Pois quando voltar a moda do chapéu para homens, o castor vai prestar muito serviço.
Aliás, já presta, com a pele usada para agasalhos. É o que se pode chamar um bom exemplo.
– Eu, hem?
– Dos chifres do rinoceronte, Belá, você pode encomendar um vaso raro para o living de
sua casa. Do couro da girafa, Luís Gabriel pode tirar um escudo de verdade, deixando os pelos
da cauda para Teresa fazer um bracelete genial. A tartaruga-marinha, meu Deus, é de uma
utilidade que vocês não calculam. Comem-se os ovos e toma-se a sopa: uma de-lí-cia. O
casco serve para fabricar pentes, cigarreiras, tanta coisa... O biguá é engraçado.
– Engraçado, como?
– Apanha peixe pra gente.
– Apanha e entrega, professora?
– Não é bem assim. Você bota um anel no pescoço dele, e o biguá pega o peixe, mas
não pode engolir. Então você tira o peixe da goela do biguá.
– Bobo que ele é.
– Não. É útil. Ai de nós se não fossem os animais que nos ajudam de todas as maneiras.
Por isso que eu digo: devemos amar os animais, e não maltratá-los de jeito nenhum.
Entendeu, Ricardo?
– Entendi. A gente deve amar, respeitar, pelar e comer os animais, e aproveitar bem o
pelo, o couro e os ossos.

(Carlos Drummond de Andrade. Da utilidade dos animais. In: Para gostar de ler. 4. ed. São Paulo: Ática, 1979.
v. 4, p. 17-20.)

OBJETIVO 7 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 10
O objetivo principal do texto é mostrar
a) a preservação dos animais pelos homens.
b) a contradição entre o que se diz e o que se faz.
c) a destruição das espécies animais pelo homem.
d) a importância de amar e respeitar os animais.
e) a utilidade dos animais para os homens.

RESOLUÇÃO
A ironia no final do texto revela a intenção do autor em mostrar que falamos uma coisa
e fazemos outra.
Resposta: B

QUESTÃO 11
Em “Aquele cabeludo ali, professora...”, a vírgula foi usada pelo mesmo motivo com que foi
utilizada em:
a) “Na sala, estampas coloridas mostram animais de todos os feitios”.
b) “Eles têm direito à vida, como nós, e além disso...”.
c) “A galinha, o peixe, a vaca...”.
d) “É o iaque, um boi da Ásia central”.
e) “Daniel, não é preciso comer todos os animais”.

RESOLUÇÃO
No trecho apresentado, a vírgula foi utilizada para separar um vocativo – termo que
serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. O mesmo
ocorre na frase apresentada na alternativa e.
Resposta: E

QUESTÃO 12
No trecho “Eles têm direito à vida, como nós, e além disso são muito úteis”, as palavras em
destaque servem para:
a) opor duas ideias.
b) indicar uma causa.
c) indicar uma consequência.
d) acrescentar uma ideia.
e) introduzir uma explicação.

RESOLUÇÃO
O conectivo em destaque é uma conjunção coordenativa aditiva, que tem por objetivo
indicar uma relação de soma/adição à oração a que está ligada.
Resposta: D

OBJETIVO 8 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 13
No trecho “Se vocês quiserem pintar a parede do quarto, escolham pincel de texugo.
Parece que é ótimo”, as palavras destacadas evidenciam, respectivamente, ideias de
a) hipótese; ordem; incerteza.
b) desejo; conselho; certeza.
c) suposição; dúvida; advertência.
d) advertência; incerteza; descrença.
e) conselho; avaliação; convicção.

RESOLUÇÃO
Quiserem é um verbo e foi conjugado no futuro do subjuntivo – tempo verbal que in-
dica algo que ainda não aconteceu, mas que poderá acontecer; escolham também é um
verbo, conjugado no modo imperativo afirmativo, que indica ordem, conselho ou
pedido; já a expressão Parece que é usada para indicar uma incerteza.
Resposta: A

QUESTÃO 14
“Comem-se os ovos e toma-se a sopa: uma de-lí-cia”.

A mesma regra que justifica a acentuação da palavra destacada no trecho acima justifica a
acentuação de:
a) ótimo.
b) elétrico.
c) óleo.
d) também.
e) utilíssimo.

RESOLUÇÃO
Delícia é acentuada por se tratar de uma palavra paroxítona terminada em ditongo. O
mesmo ocorre com a palavra óleo.
Resposta: C

OBJETIVO 9 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 15
Em “Entendi. A gente deve amar, respeitar, pelar e comer os animais, e aproveitar bem o
pelo, o couro e os ossos”, entre as ações enumeradas estabelece-se uma relação de:
a) confirmação.
b) repetição.
c) contradição.
d) explicação.
e) conclusão.

RESOLUÇÃO
Amar e respeitar opõe-se a pelar e comer os animais, e aproveitar bem o pelo, o couro
e os ossos.
Resposta: C

OBJETIVO 10 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO

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