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SACROILÍACA
Introdução
As afecções musculoesqueléticas atingem cada vez mais pessoas na sociedade moderna, tendo
a dor como queixa mais comum. Podendo acontecer em condições agudas ou crônicas, as
perturbações do sistema musculoesquelético são apontadas como a principal causa das dores
crônicas e da incapacidade física¹
O grau da lesão pode variar de um simples estiramento muscular à uma distensão de
ligamentos, um deslocamento de articulação, e assim por diante¹.
Dentre os tipos de enfermidades musculoesqueléticas que mais afetam as pessoas na
atualidade está a dor lombar, considerada um problema de saúde pública, em decorrência do
alto índice de pessoas afetadas. Dentre as causas, acredita-se que a Disfunção da Articulação
Sacroilíaca esteja envolvida na maioria dos casos, provavelmente por mal alinhamento ou
movimento anormal nesta articulação¹.
A Quiropraxia tem se apresentado como uma alternativa de diagnóstico e tratamento e das
doenças e distúrbios musculoesqueléticos e dos efeitos destas desordens na saúde em geral¹.
A prática da Quiropraxia encontra-se centrada no objetivo de remover o complexo subluxação
vertebral (redução da mobilidade ou desarranjo articular), fazendo uso de ajustamento de
1
Pós-graduanda em Traumato Ortopedia com Ênfase em Terapia Manual.
2
Orientadora: Fisoterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Bioética e Direito em
Saúde.
2
Ressalta-se que a pelve feminina é mais leve, menos espessa e mais larga que a do homem,
pode abrir para fora na frente e possui um sacro mais largo⁷.
A cintura pélvica como uma unidade apoia o abdome e liga, de maneira dinâmica, a coluna
vertebral e os membros inferiores. Trata-se de um anel osteoarticular fechado, composto de
seis ou sete ossos que abragem os dois inominados: o sacro e o cócix (formado por um ou
dois ossos) e os fêmures, e por seis ou sete articulações, que incluem as duas sacroilíacas, a
sacrococcígea, a sínfise púbica e as duas articulações do quadril³.
São bastante comuns as disfunções pélvicas causadas pelo desequilíbrio entre as forças para
cima e oblíqua dos músculos abdominais, e para baixo e lateral dos adutores sobre o púbis,
sucessivas quedas sobre os pés, onde as forças de recepção no solo podem ser desiguais, que
acabam levando a um cisalhamento do púbis com estiramento dos ligamentos pubianos
associados ou não, a um bloqueio do ramo pubiano em superioridade, o que pode caracterizar
uma disfunção sacroilíaca¹⁷.
Nestas condições o tratamento recomendado é a utilização de técnicas de mobilização e
manipulação da região pélvica e articulações sacroilíacas, além de alongamento manual dos
músculos. Estas manobras objetivam aliviar a dor e melhorar o grau de funcionalidades por
meio de técnicas manuais de inibição dolorosa e estabilização muscular, assim como também
estimular a propriocepção, produzir elasticidade às fibras em aderência, estimular a produção
de líquido sinovial e correção postural¹⁸.
Entre as opções de tratamento manual para as disfunções sacroilíaca, a Quiropraxia tem sido
considerada como uma alternativa eficiente.
A história da Quiropraxia é antiga, foi descoberta por Palmer (1895), que fundou a primeira
escola para formação de quiropraxistas, na cidade de Davenport, Estado de Iowa, nos Estados
Unidos da América, em 1897. A Teoria da Quiropraxia desenvolvida por Palmer tem os
métodos inspirados em diversas fontes, incluindo a manipulação médica, ‘bonesetting’ e a
Osteopatia, tendo também incorporado aspectos originais desenvolvidos por ele mesmo¹⁹.
O termo (Quiropraxia) deriva de duas raízes gregas: Quiro (mãos) e Práxis (praticar), logo a
Quiropraxia significa ‘praticar com as mãos⁹.
Nos últimos tempos, a Quiropraxia tem sido uma das modalidades mais popularmente
utilizadas de terapia manual. Exercida mundialmente, é regulamentada por lei em cerca de 40
jurisdições nacionais²⁰.
É uma profissão da saúde que lida com o diagnóstico, o tratamento e a prevenção das desordens
do sistema neuro-musculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral, havendo
nela uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com
enfoque particular nas subluxações²¹
Os conceitos e os princípios que distinguem e diferenciam a filosofia da Quiropraxia (que
sustentam conceitos como holismo, vitalismo, naturalismo, conservadorismo, racionalismo
crítico, humanismo e ética) de outras profissões de saúde são de grande valia para a maioria dos
7
Conforme proposições de Makofsky (2006) citado por Freitas (2010)²⁸, o teste de Gillet
começa com o teste de flexão em pé. Com o paciente em posição ereta, explica o autor, o
avaliador inicia o monitoramento e a movimentação bilateral na parte inferior das EIPS
(Espinha Ilíaca Póstero Superior), solicitando ao paciente que este realize uma flexão de
tronco. Considera-se o teste positivo no lado em que a Espinha Ilíaca Póstero Superior (EIPS)
se movimenta primeiro, centrando-se em uma posição mais superior, gerando representação
de uma fixação do ilíaco no sacro. Segundo o autor, o resultado positivo deste teste não é
específico quanto à natureza da lesão, porém, indica a existência de alguma alteração.
Destaca-se também que no teste de Gillet o paciente deve permanecer em pé, com terapeuta,
atrás do mesmo, mantendo o polegar na Espinha Ilíaca Póstero-Superior (EIPS), no lado que
está sendo examinado. Enquanto isso, o outro polegar fica apoiado na linha média do sacro,
no nível do forame S2. Ao paciente é solicitado que flexione o joelho e quadril, aproximando
o joelho do corpo. Normalmente, o polegar que está na Espinha Ilíaca Póstero Superior
(EIPS) deve se deslocar inferiormente, em comparação com o polegar oposto e
posteriormente o paciente realiza uma extensão de quadril, sendo que o polegar do avaliador
deve deslocar-se superiormente em comparação com o polegar oposto (SALLÉ, 2002 apud
FREITAS, 2010)²⁸.
9
Ainda segundo Souza (2006)²⁷, esta manobra é utilizada para restrição do pequeno braço em
rotação posterior, e é efetuada com o paciente em decúbito lateral com a fixação voltada para
baixo, joelho da perna superior flexionado, leve flexão da coluna lombar e sem rotação
vertebral. Terapeuta toma um apoio manual do seu pisiforme na porção sacral ao nível do
pequeno braço do paciente, e simultaneamente executa o thrust para correção em rotação
anterior do ilíaco.
No caso desta manobra, esclarece Souza (2006)²⁷ que é utilizada para a restrição do grande
braço em rotação anterior é efetuada com o paciente em decúbito lateral com a fixação
voltada para cima, joelho da perna superior flexionado, com a coluna vertebral em discreta
tração. Terapeuta toma um apoio manual do seu pisiforme no ísquio do paciente, e
simultaneamente executa o thrust para correção em rotação posterior do ilíaco.
A manobra utilizada para a restrição do grande braço em rotação posterior é efetuada com o
paciente em decúbito lateral com a fixação voltada para baixo, joelho da perna superior
flexionado, leve flexão da região lombar e sem rotação vertebral. Terapeuta toma um apoio
manual do seu pisiforme na porção sacral ao nível do grande braço do paciente, e
simultaneamente executa o thrust para correção em rotação anterior do ilíaco²⁷.
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Verifica-se, portanto, que o quiropraxista vem utilizando cada vez mais a prática dos
procedimentos de manipulação e mobilização articulares para o tratamento dos problemas do
sistema musculoesquelético – como é o caso das disfunções sacroilíacas – em decorrência de
seus efeitos benéficos sobre a restauração da biomecânica e da fisiologia da coluna
vertebral²⁹.
Uma vez que a manipulação constitui a base do tratamento, a Quiropraxia se propõe a
eliminar a perda do jogo articular que resulta em dor, pois se sabe que se o movimento da
articulação não estiver livre, os músculos envolvidos não poderão funcionar sinergicamente,
impedindo o corpo de se manter em estado postural de equilíbrio⁷.
Por fim, o fato é que a Quiropraxia possui seus próprios conceitos, princípios e filosofia, a
torna diferente de outras profissões da área de saúde. Assim, a relação entre a coluna
vertebral, o sistema músculo esquelético, aliadas a função do sistema nervoso, constitui a
essência da profissão⁵.
6. Metodologia
Quanto à metodologia do estudo, tratou-se de uma pesquisa descritiva que é aquela que se
caracteriza frequentemente como estudo que procura determinar status, opiniões ou projeções
futuras nas respostas obtidas. A sua valorização está baseada na premissa de que os problemas
podem ser resolvidos e as práticas podem ser melhoradas por meio da descrição e análise de
observações objetivas e diretas³⁰.
No caso deste estudo teve como finalidade expor algumas considerações sobre a atuação da
Quiropraxia na disfunção articulação sacroilíaca.
Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, que é aquela que se refere a estudos
sistematizados feitos com base em publicações diversas, permitindo ao pesquisador uma gama
de informações sobre o fenômeno pesquisado, principalmente quando os dados estão
dispersos³¹.
A amostra do presente estudo foi composta por artigos publicados nas bases de dados da
Scielo (ScientificElectronic Library Online), Lilacs (Literatura Latino-Americana em Ciências
da Saúde), e na Biblioteca Virtual de Saúde Pública, na linguagem portuguesa.
No levantamento das fontes bibliográficas alguns procedimentos foram utilizados, como
seleção e análise dos textos. Primeiramente fez-se a busca dos artigos nas bases de dados de
forma aleatória. Depois realizou-se a seleção e a análise dos textos, separando-os por títulos.
Em seguida, os artigos foram organizados e identificados por ano de publicação, idioma, fonte
de dados, tipo de estudo, objetivo da pesquisa, separando os que serviram fontes para o
estudo.
7. Resultados e discussão
Teve-se como objetivo neste estudo expor algumas considerações sobre a atuação da
Quiropraxia na disfunção da articulação sacroilíaca.
Com base na literatura revisada, verificou-se que, por sua gravidade, os distúrbios
musculoesqueléticos são considerados como uma das principais causas de morbidade no
mundo inteiro, com considerável impacto na saúde e na qualidade de vida do indivíduo
afetado.
Viu-se também que muitas dessas lesões afetam a Cintura Pélvica, que inclui a articulação do
quadril, vista como uma unidade que apóia o abdome, ligando de forma dinâmica a coluna
vertebral e os membros inferiores, como um anel osteoarticular fechado, composto de seis ou
sete ossos e por seis ou sete articulações, dentre as quais a articulação sacroilíaca, uma forte
articulação sinovial reforçada por ligamentos, mas que comumente é afetada por diversas
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8. Conclusão
Pode-se concluir afirmando que este estudo possibilitou não só maior conhecimento sobre as
abordagens a respeito das disfunções que afetam articulação sacroilíaco, mas ampliação de
ideias respeito dos tratamentos quiropráxicos que envolvem as lesões músculoequeléticos e da
importância dessa prática ser executada com absoluta segurança, fazendo uso dos preceitos e
princípios da Quiropraxia, buscando-se ter conhecimento dos sintomas e compreender, de
forma mais holística, o indivíduo/paciente, que por conta de disfunções ou lesões capazes de
provocar muitas vezes dores intensas, acaba tendo seus movimentos restringidos e seu
equilíbrio corporal afetado.
Por fim, como afirmam as diversas abordagens que tratam do assunto, a Quiropraxia
possibilita o conhecimento das falhas no sistema biomecânico, favorecendo a restauração do
13
movimento das articulações, para que assim o corpo restabeleça a harmonização de suas
funções.
9. Referencias bibliográficas
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