Lições Adultos
Lição 6 - A morte de Cristo e a lei
3 a 10 de maio
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Cr 7–9
VERSO PARA MEMORIZAR:
"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio
do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, Aquele que
ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus" (Rm
7:4).
Leituras da Semana:
Rm 7:1-6; 8:5-8; Rm 7:7-13; Rm 4:15; At 13:38, 39; Gl 3:10
Um homem está dirigindo muito acima do limite de velocidade. De
repente, ele vê piscando em seu espelho retrovisor as luzes vermelhas e
azuis de um carro da polícia e ouve o toque da sirene. Ele para o carro, e
pega a carteira de motorista. O policial se aproxima, pega a carteira e
volta para a viatura.
O motorista imagina qual seria o valor da multa, porque estava muito
acima do limite de velocidade e também se preocupa com sua capacidade
de pagar a multa. Alguns minutos depois, o policial volta e diz: "OK,
senhor, o que faremos para que você não tenha que enfrentar a
penalidade da lei novamente é abolir a lei. Você não precisa mais se
preocupar com o limite de velocidade."
Por mais ridícula que seja essa história, não é muito diferente da teologia
que ensina que, depois da morte de Jesus, os Dez Mandamentos foram
abolidos.
Nesta semana, estudaremos a morte de Jesus e o que isso significa em
relação à lei.
Domingo
Ano Bíblico: 1Cr 10–12
Mortos para a lei (Rm 7:1-6)
Segunda
Ano Bíblico: 1Cr 13–16
A lei do pecado e da morte (Rm 8:1-8)
Paulo assegura ao cristão que "nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te
livrou da lei do pecado e da morte" (Rm 8:1, 2). Se lêssemos esses versos à
parte de seu contexto imediato, poderia parecer que Paulo estivesse se
referindo a duas leis opostas: a lei da vida e a lei do pecado e da morte.
No entanto, a diferença não está com a lei, mas com o indivíduo antes e
depois que ele recebe Cristo.
Terça
Ano Bíblico: 1Cr 17–20
O poder da lei
3. De acordo com Romanos 4:15, 5:13 e 7:7, qual é a função da lei? O que
Romanos 7:8-11 diz sobre o efeito da lei sobre a pessoa que a
transgride?
R- Suscita a ira; revela a transgressão; atribui pecado; condena o pecador
e produz morte.
Cada instrumento tem seu propósito. Assim como uma chave é utilizada
para abrir uma fechadura ou uma faca é usada para cortar, a lei é utilizada
para definir o pecado. Se não fosse pela lei de Deus, não haveria nenhum
método absoluto para saber quais ações são aceitáveis ou inaceitáveis
diante dEle. Embora o pecado não possa existir sem a lei, Paulo deixa claro
que a lei não é parceira do pecado: "Acaso o bom se me tornou em
morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como
pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que,
pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno" (Rm 7:13).
Quando foi a última vez que alguém pecou contra você, isto é,
transgrediu a lei de Deus de uma forma que o prejudicou? Como essa
experiência o ajuda a entender o grande erro da afirmação de que a lei
de Deus foi abolida depois da cruz?
Quarta
Ano Bíblico: 1Cr 21–24
A lei impotente
Como vimos, embora em certo sentido a lei "fortaleça" o pecado, em
outro sentido, a lei é extremamente impotente. Como pode a mesma
coisa ser ao mesmo tempo poderosa e impotente?
Aqui, novamente, a diferença não está na lei, mas na pessoa. A lei obriga
aquele que descobre que é pecador a reconhecer que está contrariando a
vontade de Deus e, portanto, seguindo no caminho da morte. Ao
descobrir seu pecado, o pecador pode decidir seguir a lei ao pé da letra.
No entanto, o fato de que ele já pecou fez dele um candidato à morte.
5. Leia Atos 13:38, 39; Romanos 8:3; Gálatas 3:21. O que esses textos nos
dizem sobre a lei e a salvação?
R- Em Cristo somos justificados de todas as coisas das quais não podemos
ser justificados pela lei de Moiés. Ele fez o que a lei não podia fazer,
porque estava enfraquecida pela natureza pecaminosa. A lei não se opõe
às promessas, mas mostra que as promessas só podem ser cumpridas pela
graça.
Algumas pessoas acreditam que a estrita observância da lei garante a
salvação, mas isso não é um ensinamento bíblico. A lei define o pecado
(Rm 7:7). Ela não o perdoa (Gl 2:19-21). Por isso, Paulo observa que a
mesma lei que fortalece o pecado também é "enferma" (Rm 8:3). Ela é
capaz de convencer o pecador dos pecados, mas não pode torná-lo justo.
Um espelho pode mostrar as nossas falhas, mas não pode corrigi-las.
Como Ellen G. White escreveu: "A lei não pode salvar aqueles a quem ela
condena. Ela não pode resgatar os que perecem" (Signs of the Times, 10
de novembro de 1890).
Quando consideramos totalmente a finalidade da lei, é mais fácil entender
por que Jesus Se tornou o sacrifício expiatório pela raça humana. A morte
de Jesus colocou os pecadores em um relacionamento correto com Deus e
com Sua lei santa, justa e boa (Rm 7:12). Ao mesmo tempo, Sua morte
mostrou a inutilidade da salvação pela observância da lei. Afinal, se a
obediência à lei pudesse nos salvar, Jesus não precisaria ter morrido em
nosso lugar. O fato de que Ele morreu por nós, revela que a obediência à
lei não pode nos salvar. Precisamos de algo muito mais drástico.
Apesar das muitas promessas de poder para obedecer à lei de Deus, por
que essa obediência não é suficiente para garantir nossa salvação?
Considere sua observância da lei. Se sua salvação dependesse de sua
obediência, quanta esperança você teria?
Quinta
Ano Bíblico: 1Cr 25–27
A maldição da lei (Gl 3:10-14)
6. O que os textos a seguir dizem sobre a natureza humana? Como
podemos ver a realidade dessa verdade a cada dia? Sl 51:5; Is 64:6; Rm
3:23
R- O ser humano nasce em pecado; somos contaminados e nossa justiça é
como trapo de imundícia; murchamos e somos arrebatados pela
iniquidade. Estamos destituídos da glória de Deus.
Com exceção de Cristo, todos os seres humanos têm uma experiência
comum, visto que todos foram infectados pelo pecado de Adão.
Consequentemente, nenhum ser humano comum jamais pode alegar ser
totalmente justo. Há alguns, como Elias e Enoque, que viveram
excepcionalmente perto de Deus, mas nenhum deles foi capaz de viver de
modo completamente irrepreensível. Na verdade, foi com essa realidade
em mente que Paulo declarou: "Todos quantos, pois, são das obras da lei
estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que
não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-
las" (Gl 3:10). A verdade é que a lei exige total e completa obediência.
Quem, a não ser Jesus, algum dia já prestou essa obediência?
Pense no que Paulo disse: "Os que se apoiam na prática da lei estão
debaixo de maldição" (Gl 3:10, NVI). Por isso, a lei não pode nos salvar.
Assim, somos amaldiçoados com a morte. Como o reconhecimento dessa
verdade nos ajuda a valorizar o que recebemos em Jesus? De que forma
manifestamos essa valorização em nossa vida? Leia 1 João 5:3.
Sexta
Ano Bíblico: 1Cr 28, 29
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 758-764: "Está
Consumado".
"A lei requer justiça - vida justa, caráter perfeito; e isso o homem não tem
para dar. […] Mas Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e
desenvolveu caráter perfeito. Estes Ele oferece como dom gratuito a
todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim
obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus.
Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. […] Assim, a
própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser 'justo
e justificador daquele que tem fé em Jesus'" (Rm 3:26, ARC; Ellen G.
White, O Desejado de Todas as Nações, p. 762).
A morte de Jesus demonstrou a permanência da lei de Deus. Quando
nossos primeiros pais pecaram, Deus poderia ter abolido a lei, eliminando
a penalidade da transgressão. No entanto, isso significaria uma existência
miserável em uma sociedade sem leis. Em vez disso, Deus escolheu enviar
Seu Filho como nosso substituto. Por isso, Ele recebeu a justa penalidade
pelo pecado, conforme exigido pela lei, em favor de todas as pessoas.
Mediante a morte de Jesus, a humanidade está em novo relacionamento
com Deus. Isso significa que, pela fé em Jesus, podemos ter o perdão de
nossos pecados e nos tornar perfeitos aos olhos de Deus.
3. Por que é falsa a ideia de que a lei de Deus foi abolida depois da cruz?
Quando as pessoas defendem esse pensamento, o que elas realmente
querem dizer que foi abolido? Qual mandamento as pessoas alegam que
foi abolido?
Domingo
Ano Bíblico: 2Cr 5–7
Agora leia Romanos 5:20. Quando a lei "foi introduzida" (NVI), abundou
o pecado, no sentido de que a lei definiu claramente o que é o pecado.
No entanto, em vez de trazer o resultado natural do pecado, que é a
morte, Paulo diz o seguinte: "Onde abundou o pecado, superabundou a
graça". Em outras palavras, não importa quão perverso seja o pecado, a
graça de Deus é suficiente para cobri-lo na vida dos que clamam Suas
promessas pela fé.
Segunda
Ano Bíblico: 2Cr 8, 9
A graça e a lei não são contrárias. Elas não negam uma à outra. Em vez
disso, são fortemente ligadas. A lei, uma vez que não pode nos salvar,
mostra por que precisamos da graça. A graça não se opõe à lei, mas à
morte. Nosso problema não é a lei em si, mas a morte eterna, que
resultou da transgressão da lei.
Por que é tão fácil ser enganado pelo pensamento de que, se não somos
salvos pela lei, já não temos que obedecê-la?
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Terça
Ano Bíblico: 2Cr 10–13
Não importa como vemos esses versos, devemos sempre lembrar que a
pessoa que luta com o pecado ainda é capaz de fazer escolhas certas. Se
esse não fosse o caso, todas as promessas paulinas (e também de outros
autores) acerca do poder sobre o pecado não teriam sentido. Além disso,
como Mateus 5 demonstra, geralmente o pecado começa antes que um
ato seja cometido. Consequentemente, uma pessoa transgride a lei
simplesmente por pensar em algo pecaminoso. Normalmente, essa
realidade poderia ser uma fonte de frustração. No entanto, no contexto
de Romanos 7, o indivíduo pode estar desamparado, mas não está
desesperado. Para a pessoa que vive no Espírito, a lei sempre presente
serve como constante lembrete de que a libertação da condenação é
alcançada por meio de Jesus (Rm 7:24–8:2).
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Quarta
Ano Bíblico: 2Cr 14–16
A finalidade da lei (Rm 9:30–10:4)
O título da lição desta semana vem de Romanos 10:4: "O fim da lei é
Cristo". Muitos dos que foram condicionados a pensar negativamente
sobre a lei interpretam automaticamente o texto da seguinte forma:
"Cristo tornou a lei obsoleta". No entanto, essa interpretação contradiz
as muitas referências no livro de Romanos e em outras partes do Novo
Testamento que falam sobre a contínua relevância da lei.
Muitos judeus eram sinceros em seu desejo de justiça, mas sua busca foi
em vão (Rm 10:2). Eles eram zelosos em servir a Deus, mas queriam
fazer isso do seu jeito. Eles haviam tomado um objeto da revelação de
Deus (a lei) e confundido com a fonte de sua salvação. Por mais que a lei
seja boa, não é boa o suficiente para salvar alguém. Na verdade, em
lugar de tornar justa uma pessoa, a lei destaca a pecaminosidade dessa
pessoa. Ela aumenta a necessidade de justiça. Por isso, Paulo descreveu
Cristo como o "fim" da lei. Ele não é o "fim" no sentido de acabar com a
lei, mas no sentido de ser a "finalidade" da lei, Aquele para quem a lei
aponta. A lei conduz o pecador a Cristo quando aquele se arrepende e
olha para o Salvador em busca de salvação. A lei lembra a todos os
cristãos de que Cristo é a nossa justiça (Rm 10:4).
As pessoas que encaram a lei seriamente estão sempre em perigo de cair
no legalismo e de procurar "estabelecer a sua própria" justiça (Rm 10:3).
À medida que procuramos obedecer à lei de Deus, como evitar cair nessa
armadilha sutil?
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Quinta
Ano Bíblico: 2Cr 17–20
5. Leia Gálatas 3:23, 24. Que imagens Paulo usou para descrever o
propósito da lei? Qual é o significado dessas imagens?
Além de seu papel como tutor, a lei também funcionava como guardião
que protegia o crente até que "viesse a fé" (Gl 3:23). Aqui, novamente,
vemos que Cristo é o "fim", o objetivo, ou finalidade, da lei. Paulo
apresentou esse ponto explicitamente, quando disse que a lei nos
conduziu a Cristo, "a fim de que fôssemos justificados por fé" (v. 24).
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Sexta
Ano Bíblico: 2Cr 21–23
Estudo adicional
"A lei nos revela o pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de
Cristo e a fugir para Ele em busca de perdão e paz mediante o exercício
do arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
[...]
"A lei dos Dez Mandamentos não deve ser considerada tanto do lado
proibitivo, como do lado da misericórdia. Suas proibições são a segura
garantia de felicidade na obediência. Recebida em Cristo, ela realiza em
nós a purificação do caráter que nos trará alegria através dos séculos da
eternidade. Para os obedientes ela é um muro de proteção.
Contemplamos nela a bondade de Deus que, revelando aos homens os
imutáveis princípios da justiça, procura resguardá-los dos males que
resultam da transgressão" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p.
234, 235).