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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Inabilidade dos ventrículos se encherem e se esvaziarem de sangue adequadamente (com
pressões intraventriculares normais)
Desordem estrutural ou funcional que diminui a capacidade do ventrículo se encher de
sangue ou ejetá-lo
Brasil causa principal cardiopatia isquêmica crônica
Incidência de 2% aumentando envelhecimento populacional, maior prevalência das
doenças precursoras e melhora no tto de doenças que limitavam a sobrevida, como o IAM
FISIOPATOLOGIA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE ALTO DÉBITO ocorre nas condições que exigem um maior
trabalho cardíaco para atender a demanda metabólica ou pelo desvio do sangue do leito
arterial para o venoso através de fístulas
Débito, apesar de alto, ainda é insuficiente para satisfazer a demanda
Eduardo Frank Marsaro
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
LEI DE FRANK-STARLING
QUANTO MAIOR A PRÉ-CARGA/RETORNO VENOSO/VDF MAIOR SERÁ O DC E A FE
Ventrículo dilata e aumenta o VDF, logo, mantém o DC
Dilatação ventricular na IC sistólica esvaziamento incompleto do ventrículo e
hipervolemia devido à ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Aumento excessivo do VDF desestrutura as fibras miocárdicas
CLÍNICA
CONGESTÃO PULMONAR
Dispneia aos esforços
Ortopneia
Dispneia paroxística noturna (DPN)
Tosse seca, noturna, associada a DPN
Congestão brônquica broncoespasmo asma cardíaca
CONGESTÃO SISTÊMICA
Disfunção do VE hipertensão pulmonar IVD Insuficiência biventricular
Síndrome edemigênica MMII, bolsa escrotal, ascite, derrame pleural, hepatomegalia
dolorosa, sciedade precoce, dor abdominal difusa, náuseas, diarreia, enteropatia
perdedora de proteínas
Choque cardiogênico hipoperfusão orgânica generalizada. Hipotensão grave (PAS < 80)
que não responde à reposição volêmica
EXAME FÍSICO
PULSO ARTERIAL início normal; baixa amplitude na IC avançada; pulso alternans
marcador de mau prognóstico
PULSO VENOSO E TURGÊNCIA JUGULAR turgência jugular patológica (TJP) a 45º é
marcador precoce e fidedigno; pulso venoso com aumento de onda A e onda V gigante;
pesquisa do refluxo hepatojugular
PRECÓRDIO cardiopatia dilatada – ictus de VE difuso, fraco e desviado para
esquerda/baixo, ictus de VD palpável e proeminente; cardiopatia hipertrófica – ictus de VE
em posição normal, porém sustentado; cardiopatia restritiva – ictus de VE não se altera
AUSCULTA CARDÍACA presença de B3 (sistólica) e B4 (diastólica), sopro sistólico por
insuficiência mitral/tricúspide
APARELHO RESPIRATÓRIO estertoração pulmonar em terços inferiores, predominando
à direita; sibilos (asma cardíaca); síndrome do derrame pleural, mais comum no lado
direito; respiração de Cheynes-Stockes (períodos de apneia alterados com hiperpneia)
ANASARCA com predomínio das áreas dependentes de gravidade; alterações de pele e
fâneros (hiperpigmentação, perda de pelos, ictiose)
HEPATOPATIA CONGESTIVA dolorosa, pode se manifestar como hepatite aguda, não dá
tempo de fazer cirrose antes do paciente ir a óbito
DIAGNÓSTICO
RX DE TÓRAX
Cardiomegalia índice cardiotorácico > 50%
PA coração mergulha no diafragma – VE; ponta do coração se eleva – VD
Sinais de congestão inversão/cefalização do padrão vascular (mais proeminentes em
ápices), linhas B de Kerley (ingurgitamento linfático, paralelas ao diafragma), infiltrados
Eduardo Frank Marsaro
intersticiais uni ou bilaterais (predomínio à direita pela menor irrigação linfática), derrame
pleural e tumor fantasma (derrame intercisural arrendondado)
ECG
Alterações inespecíficas
ECG normal VPN 90%
Sobrecarga VE, VD e átrios, alterações secundárias da repolarização, bloqueios de ramo,
arritmias, zona eletricamente inativa
ECODOPPLERCARDIOGRAMA
Fração de ejeção <50% disfunção sistólica // < 40 = reduzida
Diâmetro sistólico final > 3,7 e diâmetro diastólico final > 5,7
Cineangiocoronariografia
Ressonância magnética cardíaca
SPECT e PET
Holter
Estudo eletrofisiológico
PROGNÓSTICO
Eduardo Frank Marsaro
COMPLICAÇÕES
TEP formação de trombos nas ileofemorais e pélvicas ou AD e VD
Tromboembolismo sistêmico formação de trombos murais ou no interior dos
átrios e ventrículos fatores de risco: FE < 30%, fibrilação atrial, acinesia apical nesses
casos, fazer anticoagulação
Arritmias cardíacas extrassístoles ventriculares, flutter e fibrilações atriais,
taquicardia ventricular e bloqueio AV
Morte 50-60% morte súbita, provavelmente por fibrilação ventricular
TRATAMENTO IC SISTÓLICA
Fatores desencadeantes
Ma adesão ao tto/medicaão inadequada/HAS 50%
Evolução da doença 22%
Infecção (pneumonia/ITU) – 8%
Isquemia– 8%
Outros
Vacinar anualmente influenza e a cada 5 anos pneumococo
Estágio A tratar o fator de risco
Estágio B betabloqueador + IECA/BRA
Estágio C betabloqueador +IEca + espironolactona e diurético
BETABLOQUEADORES
Succinato de metropolol, carvedilol, bisoprolol (preferível na DPOC – seletivo B1), nebivolol
(idosos)
Bloqueio da ação tóxica da noradrenalina
Para todos os pacientes, mesmo que assintomáticos
Manter FC > 60, suspender se < 50
Não iniciar se paciente agudamente descompensado
Iniciar em dose mínima e aumentar paulatinamente até dose máxima
Suspender BB em caso de choque cardiogênico, edema agudo de pulmão, bloqueio AV ou
sinoatrial avançado, bradicardia sintomática.
Contraindicação formal asma e bradicardia
IECA
Para todos os pacientes com IC sistólica, sintomáticos ou não
Ação arteriolodilatação (diminui pós-carga), venodilatação (reduz pré-carga), redução
da miocardiotoxicidade da angiotensina
Contraindicação: K > 5,5; Cr > 3,0
ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA
Espironolactona e eplerenona
Para IC sistólica sintomática NYHA II-IV, FE < 35 e NYHA II
Contraindicado se K > 5,5
Redução da miocardiotoxicidade da aldosterona, prevenção da hipocalemia pelos outros
diuréticos (diminui morte súbita por arritmia ventricular)
HIDRALAZINA + NITRATO
Para pacientes refratários à terapia padrão; pacientes negros com IC, já em uso de BB e
IECA, em NYHA II-IV; pacientes com intolerância aos IECA e antagonistas da AGTII
Hidralazina vasodilatador arteriolar direto reduz pós-carga, efeitos adversos
Nitrato venodilatador reduz pré-carga
Se PAS > 100, se não digoxina
IVABRADINA
Inibidores específicos da corrente If
Para pacientes NYHA II – IV em terapia otimizada, com FC > 70bpm e ritmo sinusal
ICFEN ICFER
Principal causa HAS Principal causa DAC
Ictus normal Ictus desciado
B3 normal B3 presente
Presença de B4 Rx cardiomegalia
Eduardo Frank Marsaro