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Fotográfica
Material Teórico
História da Fotografia no Brasil
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
História da Fotografia no Brasil
• Introdução;
• Hercule Florence e a Descoberta da Fotografia no Brasil;
• Uma Grande Novidade Desembarca no Brasil: O Daguerreótipo;
• Os Pioneiros (e o Olhar Estrangeiro) no Século XIX;
• O importante trabalho de Marc Ferrez;
• Militão e Augusto Malta, Cronistas Fotográficos;
• Os Fotoclubes e a Fotografia Moderna Brasileira;
• Bob Wolfenson: O Mago da Fotografia de Moda no Brasil.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer a história da fotografia no Brasil desde a chegada do pri-
meiro daguerreótipo ao Rio de Janeiro, em 1839, bem como as ex-
periências exitosas do francês radicado no país, Hercule Florence.
· Reconhecer os fotógrafos pioneiros no nosso país, entre estrangeiros
e os brasileiros natos.
· Valorizar a fotografia contemporânea brasileira como forma de ex-
pressão e de trabalho profissional.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE História da Fotografia no Brasil
Introdução
A história da fotografia no Brasil está ligada à chegada do primeiro daguerreóti-
po ao Rio de Janeiro, em 1839 – mesmo ano em que a criação do francês Louis-
-Jacques-Mandé Daguerre foi anunciada, oficialmente, em Paris – e também às
pesquisas e ao trabalho do francês Hercule Florence (1804-1879), realizadas em
Vila de São Carlos, atual cidade de Campinas, em São Paulo. Florence tornou-se
internacionalmente conhecido como inventor de um dos primeiros métodos de
fotografia do mundo.
Entre 1840 e 1860, a daguerreotipia se difunde pelo país. A partir desse mo-
mento, nomes como Victor Frond (1821-1881), Marc Ferrez (1843-1923), Augus-
to Malta (1864-1957), Militão Augusto de Azevedo (1837-1905) e José Christiano
Júnior (1832-1902) marcam o pioneirismo da fotografia no Brasil. O valor expres-
sivo e também documental de suas obras, dedicadas ao registro de aspectos varia-
dos da sociedade brasileira da época, como por exemplo, os escravos de Christiano
Júnior, ou a paisagem urbana de Militão, são fundamentais para compreendermos
o desenvolvimento da fotografia no Brasil.
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em 1824, e trabalhou inicialmente como caixeiro. Posteriormente, empregou-se
em uma tipografia e livraria onde também executava serviços de desenhos como
mapas e retratos. Em 1825, partiu com a comitiva da Expedição Langsdorff para
explorar o interior do Brasil. Sua função era registrar, por meio de desenhos e pin-
turas, aspectos da flora, da fauna, das paisagens, dos povos e costumes existentes
nos locais visitados. Ao final da expedição, que durou quatro anos, Florence se
radicou em Campinas (SP), onde viveu até a sua morte.
No início da década de 1930, ele iniciou pesquisas com o objetivo de desenvol-
ver um sistema diferente de impressão, que não precisasse das tradicionais máqui-
nas impressoras. Assim, ele criou a poligrafia (polygraphie), pranchas de madeira
embebidas em tinta capazes de imprimir.
Em 1933 – ano considerado como a descoberta isolada da fotografia no Brasil –,
Florence obtém outros resultados positivos de suas pesquisas, desta vez em relação
à sensibilização de papéis fotográficos utilizando-se de sais de prata fotossensíveis,
como o cloreto de prata. Esse momento representa um importante marco na história
da fotografia mundial, embora o fato seja pouco reconhecido. Ele obtém resultados
práticos e os registra em seus diários científicos, em 1834, quando usa pela primeira
vez o verbo photographier (fotografar, em português) (Fig. 2), anterior ao uso do
termo por John Frederick William Herschel (1792-1871), na Inglaterra, em 1839.
No mesmo diário, na data de 19 de fevereiro de 1934, ele escreveu photographie.
Figura 2 – Verbo photographier (fotografar) achado em trecho de diário de Hercule Florence, escrito em 1834
Fonte: revistapesquisa.fapesp.br
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terá contribuído de forma decisiva para o entusiasmo do imperador com
a fotografia, constantemente manifestado ao longo dos quase cinquenta
anos que lhe restariam de exercício do poder (AGUILAR, 2000, p. 230).
Figura 4 – Louis Compte. O Paço da Cidade, com a tropa formada à sua frente, 1840. Daguerreótipo
Fonte: Wikimedia Commons
O invento foi adquirido pelo jovem Imperador do Brasil, Dom Pedro II, antes
mesmo de completar 15 anos. Ele se tornou um grande entusiasta da daguerreoti-
pia e também o primeiro fotógrafo nascido no país. O imperador se transformou
em um dos maiores colecionadores de fotografia do século XIX. Hoje, o acervo se
encontra na Biblioteca Nacional. Ele promoveu a arte fotográfica brasileira e difun-
diu a nova técnica por todo o país.
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UNIDADE História da Fotografia no Brasil
1 Impressão sobre papel, por meio de prensa, de escrito, desenho ou imagem fotográfica executado com tinta sobre
uma superfície calcária ou uma placa metálica.
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(1861), primeira publicação com fotografias realizada na América Latina e, segundo
Pedro Vasquez, o “mais ambicioso trabalho fotográfico realizado no país, durante o
século XIX” (BRASILIANA FOTOGRÁFICA, 2016). As imagens retratam paisagens
e a vida rural do Rio de Janeiro, Minas Gerais e da Bahia. A publicação foi um im-
portante marco para a fotografia e para as artes gráficas no Brasil.
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Figura 7 – Alberto Henschel. Retrato de criança, c.1870. Recife, Pernambuco. Frente e verso, carte-de-visite
Fonte: https://bit.ly/2zabdsy.
Ajudado por amigos, Ferrez vai à Europa comprar novo material de trabalho.
Ao retornar, em 1875, participa de uma importante expedição geológica ao Norte
do Brasil. O resultado foi mais de 200 fotografias que ele expôs em duas oportuni-
dades: 1877 e 1878. Pronto, ele estava novamente reestabelecido financeiramen-
te e como profissional.
Figura 8 – Carimbo utilizado por Marc Ferrez em suas fotografias. Acervo Instituto Moreira Salles
Fonte: https://bit.ly/1eY8cwO.
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Ferrez retratou cenas dos períodos do Império e início da República, entre
1865 e 1918, sendo que seu trabalho é um dos mais importantes legados visuais
daquela época. Suas obras mostram o cotidiano brasileiro na segunda metade
do século XIX, principalmente da cidade do Rio de Janeiro, então capital brasi-
leira. Há fotos da Floresta da Tijuca, da Praia de Botafogo, do Jardim Botânico
do Rio de Janeiro, da Ilha das Cobras, focadas nas imagens urbanas de uma
cidade que começava a se expandir, em um período anterior à reurbanização
empreendida pelo prefeito Francisco Pereira Passos, no início do século XX.
Mas Ferrez não se limitou a ser um grande fotógrafo de paisagem, ele também
foi um excelente retratista.
Figura 9 – Marc Ferrez. Entrée de Rio: de Nova Cintra, c.1890. Baía de Guanabara, Rio de Janeiro.
Acervo Fundação Biblioteca Nacional
Fonte: fotografia.ims.com.br
Figura 10 – Marc Ferrez. Vue topographique de Botafogo, c. 1890. Botafogo, Baía de Guanabara e Pão de Açúcar,
Rio de Janeiro. Acervo Fundação Biblioteca Nacional
Fonte: fotografia.ims.com.br
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UNIDADE História da Fotografia no Brasil
Figura 11 – Marc Ferrez. Estação da estrada de ferro Central do Brasil, c. 1899. Campo de Santana, Rio de Janeiro.
Acervo Fundação Biblioteca Nacional
Fonte: https://bit.ly/1eY8cwO.
Figura 12 – Marc Ferrez. Retrato de Machado de Figura 13 – Marc Ferrez. Menino índio, c.1880,
Assis, 1890. Fotografia Mato Grosso. Acervo Instituto Moreira Salles
Fonte: Wikimedia Commons Fonte: fotografia.ims.com.br
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Figuras 14 e 15 – Marc Ferrez. Exposição Antropológica Brasileira: artefatos e aspectos da vida indígena, 1882.
Acervo Fundação Biblioteca Nacional
Fonte: https://bit.ly/2KK72s4.
Figura 16 – Marc Ferrez. Vista do Pão de Açúcar tomada do morro da Urca, c.1912. Acervo Instituto Moreira Salles
Fonte: fotografia.ims.com.br
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O que Militão fez ao chegar à capital paulista pode ser relacionado ao que ocor-
reu em fins da década de 1850 e princípio dos anos 1860, em Recife, pelas mãos
do fotógrafo francês Theophile Auguste Stahl (1828-1877) e, no Rio de Janeiro,
com o alemão Revert Henry Klumb (c.1825-1886), ou seja, o registro das trans-
formações urbanas nas grandes cidades.
Figura 17 – Militão Augusto de Azevedo. Mosteiro de São Bento (São Paulo, SP), 1862. Fotografia
Fonte: enciclopedia.itaucultural.org.br
O alagoano Augusto César Malta de Campos foi um dos mais importantes fo-
tógrafos do Brasil no início do século XX. Seu trabalho como fotógrafo oficial do
Distrito Federal (então, no Rio de Janeiro) entre as décadas de 1900 e 1930, gerou
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um gigantesco acervo documental sobre as transformações pelas quais passou a
capital do Brasil na época. Foi um verdadeiro cronista fotográfico, registrando ima-
gens da vida cotidiana, a arquitetura, as alterações urbanísticas (como as primeiras
favelas), manifestações culturais como festas, o carnaval, as “Batalhas das Flores”
e desfiles cívicos e militares. O acervo de Malta é composto por mais de 80 mil
fotografias (BORGES, s/d).
Figura 18 – Augusto Malta. Grupo de homens fantasiados para o carnaval, As Marrequinhas, 1913.
Democráticos carnavalescos, Rio de Janeiro. Acervo Instituto Moreira Salles
Fonte: fotografia.ims.com.br
Os Fotoclubes e a Fotografia
Moderna Brasileira
Ainda que o Photo Club do Rio de Janeiro tenha sido criado antes, em 1910,
a pesquisadora Maria Teresa Bandeira de Mello entende que o Foto Clube Brasi-
leiro, fundado em 1923 por um grupo de amadores, seja efetivamente o primeiro
clube de fotógrafos organizado no Brasil ao promover exposições, cursos teóricos
e práticos, debates, concursos, excursões, salões e a publicação das revistas Photo
Revista do Brasil e Photogramma. A intenção do grupo do Foto Clube Brasileiro,
também com sede no Rio, era debater as relações entre arte e fotografia (ENCI-
CLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL apud MELLO, 1998).
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UNIDADE História da Fotografia no Brasil
Figura 19 – Hermínia Borges. Instrução divulgada, 1926. Fotografia. Figura 19 – Hermínia Borges. Instrução
divulgada, 1926. Fotografia. Fonte: https://bit.ly/2KBW5K3. Fotógrafa, pintora e desenhista, Hermínia é uma das
pioneiras da fotografia de expressão pessoal no Brasil. Ela participa, em 1923, juntamente com seu marido, João
Nogueira Borges e um grupo de amigos, da criação do Foto Clube Brasileiro, que tem como primeira sede a casa
dos dois em Laranjeiras, no Rio de Janeiro/RJ.
Fonte: enciclopedia.itaucultural.org.br
1940-1950
Dentro do Foto Cine Clube Bandeirante, a partir do final dos anos 1940, ob-
serva-se a experimentação de uma nova linguagem fotográfica, nos trabalhos do
húngaro radicado no Brasil Thomaz Farkas e do paulista Geraldo de Barros. Os
trabalhos de Farkas permitem identificar a preocupação com pesquisas formais,
exploração de planos e texturas, além da escolha de ângulos inusitados (Fig. 20).
Geraldo de Barros – pintor, fotógrafo e designer –, por sua vez, notabiliza-se pelas
cenas montadas, pelos recortes e desenhos que realiza sobre os negativos. Ele foi
um dos expoentes da vanguarda na arte brasileira, precursor da arte concreta e
pioneiro na fotografia abstrata (Fig. 21).
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Figura 20 – Thomaz Farkas. Salto ornamental na piscina do Estádio do Pacaembu, São Paulo/SP, 1945. Fotografia
Fonte: fotografia.ims.com.br
Outro fotógrafo que marcou época foi o piauiense José Medeiros (1921-
1990), que dos 25 aos 40 anos, integrou a equipe da revista O Cruzeiro, então
a maior do país. O departamento de fotografia da publicação revolucionou o
tratamento dado à imagem na imprensa nacional nos moldes de revistas estran-
geiras como Life, Paris Match e Der Spiegel, tornando a fotorreportagem seu
principal atrativo.
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UNIDADE História da Fotografia no Brasil
Figura 22 – José Medeiros. A pedra da Gávea, o morro Dois Irmãos e as praias de Ipanema e do Leblon,
Rio de Janeiro, 1952. Fotografia
Fonte: fotografia.ims.com.br
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Figura 23 – Luís Humberto. Palácio da Alvorada, 1979. Fotografia
Fonte: enciclopedia.itaucultural.org.br
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UNIDADE História da Fotografia no Brasil
A década de 1990 ficou marcada por várias ações protagonizadas pelos pró-
prios fotógrafos brasileiros e também pesquisadores, como a criação do Núcleo de
Amigos da Fotografia (Nafoto), que concebeu maio como o Mês Internacional da
Fotografia de São Paulo. Destaque, também, para a iniciativa do Masp, que con-
juntamente com a multinacional Pirelli, cria, em 1991, a Coleção Pirelli / Masp de
Fotografia, adquirindo obras de fotógrafos brasileiros no intuito de estabelecer um
ponto de referência da fotografia nacional.
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A Coleção Pirelli / Masp de Fotografia representa a produção contemporânea brasileira, ofe-
recendo condições para seu estudo e divulgação. Ela parte do reconhecimento do valor da
Explor
Óbvio que o nome de Sebastião Salgado (1944-) deve ser acrescentado a essa
lista. Repórter fotográfico desde a década de 1970, Salgado realiza ensaios temá-
ticos dedicados às questões sociais, políticas e ambientais que afetam o mundo,
como Trabalhadores (documenta o trabalho manual e as difíceis condições de vida
dos trabalhadores em várias regiões do mundo), em 1996, Gênesis (2013) e Êxo-
dos (2016), entre outros, sendo reconhecido mundialmente.
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Explor
Fique por dentro dos concursos fotográficos que ocorrem no Brasil e no Exterior, como o
2º Concurso Internacional Photo Nature 2018; o 30º Concorso Fotografico Internazionale; o
UNESCO: Youth Eyes on the Silk Roads; o 25º Prêmio CNH Industrial de Jornalismo; e o VI Sa-
lão Nacional de Arte Fotográfica, entre outros, acessando o portal da Confoto (Confederação
Brasileira de Fotografia) (Fig. 28) https://goo.gl/knddmE
Figura 28 – Página inicial da Confederação Nacional de Fotografia (Confoto). Acesso em: 7 jul. 2018
Fonte: http://www.confoto.art.br/fotografia/
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Muitas de suas obras fazem parte dos acervos do Museu de Arte de São Paulo
(Coleção Pirelli-Masp), Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Bra-
sileira – FAAP, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC-USP), Zacheta
National Gallery of Art (Varsóvia) e muitas coleções particulares. Wolfenson se-
gue baseado em São Paulo.
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UNIDADE História da Fotografia no Brasil
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Dicas de Fotografia
https://goo.gl/LJeh
Instituto Moreira Salles (IMS)
https://goo.gl/PH5yr9
Associação Brasileira de Fotógrafos (Abrafoto)
https://goo.gl/beCD3g
Livros
Geração 00: A nova fotografia brasileira
CHIODETTO, Eder (Coord.). Geração 00: A nova fotografia brasileira. São Paulo:
Edições Sesc: São Paulo, 2013.
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Referências
AGUILAR, Nelson (Org.). Mostra do redescobrimento: o olhar distante. São
Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000.
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UNIDADE História da Fotografia no Brasil
VASQUEZ, Pedro. Brasil, Memória das Artes – Biografia de Luis Humberto. In:
Fundação Nacional de Artes/Funarte, [2018]. Disponível em: < http://www.fu-
narte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/infoto/biografia-de-luis-humberto/>.
Acesso em: 7 jul. 2018.
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