Introdução
Este trabalho tem como objectivo falar das Penas Alternativas de Prisão, no entanto, irei
focar muito mais no nosso país para deixar o leitor com conhecimentos básicos sobre
esse tipo de penas
Fundamentação Teórica
Pena
Sá (2013) sugere que as alternativas penais, por serem formas de punição, mais
adequadas aos crimes de média ou pequena gravidade, não deixam de ser punitivas e,
portanto, devem ter uma carga de reprovação ética da conduta do infractor.
Definição de conceito
Trata-se de outra modalidade de pena que vem como uma alternativa a pena restritiva de
liberdade, podendo ser entendida como pena restritiva de direito.
Segundo Pereira (2004) penas alternativas nada mais são do que medidas alternativas ou
alternativas penais que não impliquem em perda da liberdade da pessoa. O princípio
básico das penas alternativas consiste no fato de que a punição não deva afectar a
liberdade da pessoa, ou seja, é uma medida não privativa de liberdade, mas restritiva de
direitos.
Para Azevedo (2009) deve-se estar atento às afirmações que apresentam alternativas
penais como resposta eficaz aos problemas de superlotação dos presídios e à diminuição
do custo da execução da pena. Isso porque a aplicação das alternativas à prisão não
reduz a população prisional, tampouco diminui os custos na execução penal, eis que se
constata a ampliação do número de pessoas submetidas ao controle penal através das
alternativas penais (…)
Portanto, Pereira salienta que o objectivo é de impedir que o condenado por crime de
menor potencial ofensivo seja levado a prisão, tendo contacto com criminosos
condenados por crimes graves o que fatalmente o levará a reincidência, ofensa a sua
dignidade, etc., afastando-o mais da possibilidade de se ressocializar, quando o
objectivo do cárcere deveria justamente ser o oposto (2004, p.9).
Portanto, não são aplicadas as penas alternativas segundo o Código Penal em citação,
prescrito no artigo 103, sob seguintes modos:
1.É proibida a aplicação das medidas e das penas alternativas sempre que o agente tiver
praticado algum dos seguintes crimes:
a) Homicídio voluntário, seja consumado, tentado ou frustrado;
b) Violação sexual;
c) Rapto ou tráfico de pessoas;
d) Tráfico de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas;
e) Terrorismo ou outro tipo de criminalidade organizada ou associação criminosa;
f) Cometidos com o uso de arma de fogo ou com violência ou ameaça graves
contra as pessoas;
g) Cometidos contra criança, incapaz, idoso ou mulher grávida;
h) De acidente de viação de que resulte morte, praticada com excesso de
velocidade, em estado de embriaguez ou sob efeito de substância estupefaciente
ou psicotrópica.
A introdução das penas alternativas, como foi visto é uma forma de diminuir a
superlotação das penitenciárias bem como de deixar em liberdade condicional dos
criminosos de menor porte, isto é aqueles que cometeram penas leves e ou médias.
As penas alternativas não significam a não punição do infractor, mas sim que este possa
pagar por seus crimes fora da cadeia, podendo no entanto, pagar uma multa por praticar
actividades comunitárias como forma alternativa de pagar a sua o seu crime.
Pode-se dizer que é uma boa forma de punir esses tipos de infractores ao invés de juntá-
los com os criminosos de grande calibre senão possam ser induzidos a praticarem mais
crimes que possam ser fatais.
Referências bibliográficas