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art. 1579.

º Livro IV – Título
I .

ARTIGO 1579.º
A afinidade

A afinidade é de acordo com o disposto no art.º 1584 do C.C. .”…O vinculo…”.


Enquanto que o parentesco tem na sua base um vinculo de sangue, a afinidade
emerge de um matrimónio e é, portanto, um vinculo jurídico familiar que resulta
de um casamento. Sem casamento não há afinidade, um concubino nunca gera
afinidade.
Já porem a adopção plena, faz nascer a afinidade, uma vez que o adoptado adquire
a situação de filho do adoptante e integra-se com os seus descendentes na família
deste. A afinidade determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o
parentesco. Assim existem duas linhas de afinidade: linha recta, que pode ser
descendente ou ascendente e linha colateral. Salvo disposição em contrário os efeitos
da afinidade na linha recta não têm limites e na linha colateral a afinidade só é relevante até
ao sexto grau.

ARTIGO 1580.º
A adopção

A adopção é uma filiação resultante de uma decisão de uma autoridade pública e,


entre nós, de uma autoridade judicial, como se impõe no n.º 1 do art.º 1973.º do
C.C., ao estabelecer-se que o vinculo da adopção constitui-se por sentença judicial.
Sendo assim, a adopção como acto de adoptar, é um acto criador de uma relação
legal de filiação, mais ou menos compreensiva sem necessária dependência de um
substracto biológico.
O regime actual assenta essencialmente na distinção entre duas espécies de
adopção, consoante há uma maior ou menor integração do adoptado na família do
adoptante; adopção plena, que se traduz numa integração tão profunda do
adoptado na família do adoptante que desaparecem, salvo raríssimas excepções,
todos os traços da filiação biológica; e adopção restrita, que consiste numa
interrupção bastante mais moderada do adoptado na família do adoptante.
O que está na base do instituto da adopção, é proporcionar uma família, que se
traduz neste caso por um lar onde impere o amor familiar, àqueles que por
qualquer motivo não a conseguem encontrar entre os que os geraram. Da mesma
maneira que se geram filhos para com eles constituir uma família, também o
mesmo fim deve nortear os que adoptam filhos.

ARTIGO 1581.º
Principio constitucional do direito de família

Direito de constituir família e direito de contrair casamento: Lê-se no n.º 1 do art.º


36º da CRP, que todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento
em condições de plena igualdade.

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