Um
exemplo
de mau
exemplo
Francisco Rogério Madeira Pinto
Jurista
Carlos Medeiros da Silva foi um desses seres subterrâneos, com entrada ga-
rantida no catálogo da noite de Heráclito. Estéril, sem obra citável ou mesmo
legível, serviu com eficiência doentia ao principal artífice de toda legislação
liberticida brasileira, sempre que chamado: Francisco Campos. Chamado foi,
várias vezes, e Carlos Medeiros da Silva seguiu-o de escrivão, meticuloso e
perfeccionista. Deixou como profunda lição de Direito a tese de que só há ar-
bitrariedade se não existe lei que a regule. Arbitrariedade não é a violação da
lei, é tortura sem legislação que a autorize. Nenhum outro aspecto é relevante.
Escreva-se a legislação com correção técnica, e a arbitrariedade da tortura
desaparece. Era um homem da lei. O Judiciário brasileiro contemporâneo fler-
ta com o cadáver ritualizado de Carlos Medeiros da Silva.
Q
obras raras amealhadas em
uem passa pela
constantes viagens à Europa.
Rua General Ur- nos revela o percurso
O seu antigo proprietário deu
quiza, no bairro ambíguo dos juristas
nome ao prédio agora edificado.
do Leblon, e se defronta em relação aos regimes
A denominação de “laboratório”
com o edifício Ministro de força que ajudaram
não foi construída como um
Carlos Medeiros Silva a legitimar. Trata-se de
uma metáfora aleatória e muito
não imagina que na- um personagem menos
menos forjada pelos detratores arcabouço jurídico da ditadura militar
quele endereço existia reconhecido, ou mes-
do jurista. Ela foi cunhada pelo em sua primeira fase (1964-1969)
um importante “labo- mo desconhecido, entre
primeiro presidente do ciclo mi- e sua posterior atuação na arena
ratório”. Nele foram aqueles que estudam
litar, o general Castelo Branco, pública durante a década de 1970.
elaborados alguns dos algumas das figuras de
como uma forma de reconheci- Delimitado em sua atuação a partir de
principais remédios proa de nosso autori-
mento pela rapidez e eficiência 1964, observa-se um percurso que se
– ou venenos – insti- tarismo. Nesse meio,
com que Carlos Medeiros Silva inicia com o franco apoio às medidas
tucionais para o país: Francisco Campos é,
atendia às emergências jurídicas de exceção, mas que vai se afastando
constituições, leis, de- certamente, o juriscon-
do regime.1 e estabelecendo reservas ao regime
cretos, decretos-leis, sulto mais lembrado e
Este artigo objetiva descor- que, inicialmente, contribuiu para
atos institucionais e isso se deve, além de
tinar alguns aspectos da his- estabelecer.
uma infinidade de ou- sua intensa contribuição
tória desse importante jurista Carlos Medeiros Silva fazia parte
tras fórmulas jurídicas pessoal para os regimes
brasileiro, privilegiando a sua de uma geração com sólida formação
produzidas a serviço de autoritários, pelo fato de
participação na formulação do intelectual, responsável por moldar a
todos os governos bra- sua obra ter ambições
sileiros desde a década legislação brasileira a partir da década
de 1930, especialmen- de 1930 e que teve ativa participação
te às nossas ditaduras. em regimes autoritários. Sua história
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A partir de 1966, Carlos Medeiros teria que exercer uma missão: a de coordenar, como ministro da Justiça, os trabalhos
posição de protagonismo, que, até então, não parecia ser de seu de reorganização constitucional, dentro dos postulados da
interesse. Convocado por Castelo Branco para outra missão, iria revolução de 31 de março”.11
assumir o cargo de ministro da Justiça e passaria a lidar com O seu nome era novamente acionado para atuar nos mo-
a exposição típica dessa função. Seu nome estaria cada vez mentos de crise. Em discurso com ministro da Justiça no TSE,
mais presente nas manchetes de jornais, envolvido nas disputas proferido na mesma data de sua visita ao STF, ele retomava
políticas e sofreria com os altos e baixos da notoriedade pública. o argumento de Francisco Campos em “A política e o nosso
Posição difícil para quem era reconhecido por sua discrição. tempo”, de 1935, em que este fazia alusão ao “aspecto trá-
Ao exercer o cargo de ministro da Justiça, Medeiros estava gico das épocas chamadas de transição”12 como fundamento
consciente de seu papel como institucionalizador da revolução para referendar “a técnica do estado totalitário a serviço da
e da consequente missão de produzir o arcabouço jurídico do democracia”.13 Tanto no texto de Francisco Campos quanto
regime. Em discurso de despedida no STF, em 25 de agosto de no de Medeiros, sobressai a concepção de que o momento
1966, declarava: “Como é notório, fui convocado pelo senhor exigia inovações e que as fórmulas jurídicas existentes eram
presidente da República para o desempenho de outra elevada obsoletas para lidar com os desafios que se apresentavam:
Carlos
Medeiros
teria que
exercer uma
posição de
protagonismo,
que, até então,
não parecia
ser de seu
interesse
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(estado de sítio, estado de guerra, estado de emergência, atos com maiores edições de decretos-leis durante a ditadura
adicionais, atos complementares e atos institucionais), era militar foram os de 1967 e 1969, exatamente os anos em
uma oportunidade para efetivar mudanças legislativas que não que foram outorgadas novas constituições.20 Desse modo, na
poderia ser desperdiçada. Desse modo, mais do que a imagem primeira fase do regime militar, o período de maior produção
de um desprezo às leis, os regimes autoritários celebram a legislativa coincide com a atuação de Carlos Medeiros Silva
legalidade. E é nesse momento que se estabelece a estreita como ministro da Justiça (19 de julho de 1966 a 15 de março
relação entre autoritarismo e direito, a qual se concretiza em de 1967) e o segundo se dá posteriormente ao chamado golpe
um processo de intensa produção legislativa para dar suporte dentro do golpe, após a edição do AI-5, e a tomada do poder
institucional ao novo regime e, também, como prêmio àqueles pela junta militar com o impedimento de Costa e Silva.
setores da sociedade que apoiaram o restabelecimento da No cargo de ministro da Justiça, Medeiros busca corrigir a
ordem. falta de senso de oportunidade legislativa do regime. É durante
Exemplar desse fenômeno é o pico legislativo que se dá seu curto período no ministério que produziu os principais mar-
nos primeiros anos após a tomada do poder. Com base em cos jurídicos da ditadura em seu momento inicial: além do Ato
estudo sobre a produção legislativa de decretos-leis entre Institucional nº 1, escrito antes de sua posse como ministro
1937 e 1987, pode-se observar que, entre 1937 e 1946, sua da Justiça, deve-se ao jurista a Constituição de 1967, o Ato
edição atingiu média anual de 988. Durante a ditadura militar, Institucional nº 4, Ato Institucional nº 12, a Lei de Imprensa
o ápice se deu entre 1966 e 1969, com média anual de 268 (Lei nº 5.250, de 09/02/1967), a Lei de Segurança Nacional
decretos-leis, e de apenas 74 entre 1970 e 1988.19 Os anos (Decreto-Lei nº 314, de 13/03/1967) e o Decreto nº 200, de
No cargo
de ministro
da Justiça,
Medeiros busca
corrigir a falta
de senso de
oportunidade
legislativa
do regime
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só aumentou nos anos subsequentes e acabou por gerar uma da ditadura que não contava com sua contribuição.49 Para ele,
cisão entre os chamados liberais e os conservadores. o AI-5 teria acabado “com uma situação constitucional para
Mais do que ninguém, Medeiros era identificado como levar-nos a uma ditadura”, repetindo a advertência que “uma
pertencente à segunda vertente (conservadores e antiliberais). situação excepcional sem prazo” seria um absurdo.50
Contudo, mesmo uma figura como a dele, envolvida de forma A sua primeira manifestação se deu na forma de uma
tão orgânica com a fundação do regime, ao longo dos anos, foi conferência pronunciada em agosto de 1973 na Escola Superior
se afastando e criticando o caminho adotado pelos militares de de Guerra com o tema O poder judiciário na conjuntura política
cercear os instrumentos jurídicos de atuação advocatícia e de nacional.51 Em razão de seu conteúdo e da importância de seu
intensificar os instrumentos legislativos autoritários, mesmo emissor, o pronunciamento mereceu destaque na imprensa da
que ele tivesse, pessoalmente, contribuído para a confecção época com a publicação de vários trechos.52 Era a primeira mani-
dessas normas. festação pública de Medeiros desde o adoecimento do presidente
Afastado desde 1969 do papel – seja oficial ou não oficial – Costa e Silva, quando três ministros militares tomaram o poder,
de consultor jurídico da do regime, a partir de 1973, iniciam-se impedindo que um civil, o vice-presidente Pedro Aleixo, assumis-
suas investidas para oferecer saídas institucionais que resguar- se a Presidência do país. O instrumento jurídico justificador da
dassem o governo militar, mas que estabelecessem limites ação foi o AI-12, outro ato institucional da lavra de Medeiros.53
ao que denominava arbítrio. Suas críticas endereçavam-se, Em 1973, o jurista concentrava suas críticas contra a
especialmente, ao AI-5, um dos raros instrumentos jurídicos Emenda Constitucional nº 1, de 1969, e, em particular, às res-
O golpe de
Estado, tal
como defendia
Medeiros, seria
uma “obra de
restauração”
para evitar a
destruição do que
seria tradicional
no campo
político, social e
econômico
JULHO • AGOSTo • SETEMBRo 2018 109
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diferentemente de outros próceres de decisório e na crença de que, para a garante no poder por meio das armas.
nosso pensamento jurídico autoritário, defesa dessa ideia, mecanismos de Tratava-se de uma defesa da autorida-
como Vicente Rao e Francisco Campos, exceção podem e devem ser utilizados. de, a qual poderia alçar à forma de um
não se pode negar sua coerência antili- Sua crítica, contudo, não era quanto à regime autoritário, mas que renegava
beral ao longo de toda a sua carreira. O natureza dessas medidas, mas quanto sua degeneração em ditadura. Diferen-
jurista não oscilou entre adesões e trai- ao seu tempo de atuação, o qual poderia ças sutis, que certamente faziam mais
ções ao credo liberal. Seu compromisso perverter a organização institucional do sentido para juristas, mas não evitaram
era com uma concepção de Estado de Estado para transformá-lo apenas em que em nome do Estado se procedesse
Direito representativa do conservado- instrumento da vontade daquele que se a várias violências.
rismo de nossas elites, fundamentada,
precipuamente, na ideia de ordem, O autor é doutor em Direito pela Universidade
de afastamento popular do processo de Brasília (UnB).
rogeriomadeira@ig.com
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notas de rodapé
1. Veja, 9 de março de 1983, p. 29. A denominação 16. MEDEIROS SILVA, 1964b, p. 3. 38. Ibid, p. 475.
aparece com algumas variações nos textos que fazem
referência à Medeiros, como, por exemplo, “laboratório 17.MEDEIROS SILVA, 1964c, p. 450, grifos nossos. 39. MEDEIROS SILVA, 1964b, p. 1
de atos institucionais” (Veja, 12.10.77).
18. Nesse sentido cf. PEREIRA, 2010, p. 45. 40. MEDEIROS SILVA, 1964c, p. 450.
2. Nesse sentido, o livro de Francisco Campos (2001), O
19. GOMES, 2011, p. 113. 41. Veja, 09 de março, 1983, p. 29.
Estado Nacional: sua estrutura, seu conteúdo ideológico,
de 1940. 20. Ibid, p. 114. 42. Nesse sentido VIANNA, 1991, p. 178.
3. Cf. declaração ao Jornal do Brasil, de 28.08.1977, 1º 21. CPDOC-FGV. Verbete Carlos Medeiros Silva. 43. Folha de São Paulo, 4.03.1983, Primeiro Caderno, p. 6.
caderno, p. 12.
22. MEDEIROS SILVA, 1969, p. 286, grifos do autor. 44. Entre estas exceções, o próprio Carlos Medeiros e
4. CPDOC-FVG. Verbete Carlos Medeiros Silva; RECONDO, Miguel Reale. Este, por exemplo, era um antiliberal con-
2018, P. 115-116. 23. BARBOSA, 2009, p. 84; Folha de São Paulo, 15.05.77, victo em sua juventude, atuando fortemente como um dos
p. 2, primeiro caderno. mais importantes ideólogos do movimento integralista.
5. Em entrevista para o Jornal do Brasil, (10/11/1977, p.
12), Medeiros afirmou: “eu bati à máquina bem antes, o 24. A comissão era formada por Levi Carneiro, Orosimbo 45. SILVEIRA, 2013, p. 206.
documento secreto que seria a Carta de 37. As folhas Nonato, Miguel Seabra Fagundes e presidida por Temís-
manuscritas me eram passadas por Francisco Campos, tocles Cavalcanti. 46. Refiro-me aqui à frase de Jarbas Passarinho, então
então secretário de Educação do Distrito Federal”, con- ministro do Trabalho e da Previdência Social, durante
cluindo o seu papel como simples redator: “Fui apenas 25. Veja, 12.10.1977, p. 25. reunião em que se decidia a edição do AI-5 em 1968.
o datilógrafo”.
26. Capítulo que foi posteriormente modificado no texto 47. MEDEIROS SILVA, 1964c, p. 449-450. Essa foi a
6. MEDEIROS SILVA, 1966c, p. 411. final da Constituição por pressão de Afonso Arinos, Daniel mesma justificação apresentada por Francisco Campos
Krieger e Pedro Aleixo. Para uma análise mais detalhada em sua revisão crítica da Constituição de 1937 e do Estado
7. BRASIL, 1965, p. 3903; MEDEIROS SILVA, 1966a, do processo constituinte de 1967 cf. BARBOSA, 2009, Novo (PORTO, 2012, p. 32-33).
p.428-430. Consta sua participação como membro das pp. 91-100.
comissões elaboradoras das seguintes legislações: lei de 48. CHAGAS, 2014, p. 77.
executivos fiscais (1938); lei de desapropriações (1941); 27.MEDEIROS SILVA, 1966d, p.3-4.
código rural (1941-1942); comissão de defesa territorial 49. Cf. O Globo, 11.12.77, Matutina, O país, p. 6; Jornal
antiaérea (1939-1942); comissão do fundo de indenização 28. Nos debates sobre os 40 anos da implantação do do Brasil, 13.12.1977, 1º caderno, p. 3.
(1942); lei do inquilinato (1946); comissão de reparação Estado Novo, Medeiros observava muitas similaridades
de guerra (1946); revisão do código de minas (1947); lei entre os dos regimes, afirmando que era um exagero 50. Jornal do Brasil, 10.12.1977, 1ª pagina e página 7
orgânica do Ministério Público Federal (1950); membro da chamar de fascista a Constituição de 1937: “Nela havia do 1º Caderno.
comissão nacional de política agrária (1951-52); comissão muita coisa inédita boa, que não foi colocada em prática”
(Jornal do Brasil, 10.11.77, Governo e Política, p. 12). 51. MEDEIROS SILVA, 1973.
elaboradora dos atos constitutivos da Petrobrás (1953); re-
gulamentos gerais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros 29. MEDEIROS SILVA, 1966d, p. 5. 52. Cf. O Globo, de 09.08.73, Matutina, Geral, p. 8 e Veja,
do Distrito Federal (1956). Participou da Comissão Nereu 15.08, 1973, p. 21.
Ramos de reforma constitucional (1956), da comissão que 30. Ibid, p. 5.
elaborou os anteprojetos de organização administrativa e 53. Jornal do Brasil, 7.4.78, 1º Caderno, Nacional, p. 9 e
judiciária de Brasília (1959) e das comissões de reforma 31. Nesse sentido a proposta de Oliveira Vianna em O CHAGAS, 1970; 1999 e 2014.
administrativas de 1956, 1960, 1963 e 1964. idealismo da Constituição, 1939.
54. MEDEIROS SILVA, 1973, p. 6.
8. MEDEIROS SILVA, 1966c, p. 412. 32. MEDEIROS SILVA, 1966d, p. 4.
55. Veja, 12 de outubro de 1977, p. 25-26.
9. CHAGAS, 2014, p. 112. 33. MEDEIROS SILVA, 1969, p. 282-289.
56. Veja, 12 de outubro de 1977, p. 26; O Globo,
10. Ibid, p. 71. 34. Folha de São Paulo, 23.01.77, Primeiro Caderno, p. 5. 11.12.1977, matutina; O país, p. 6.
11. MEDEIROS SILVA, 1966c, p. 415. 35. Para um panorama da importância que Medeiros 57. Jornal do Brasil, 12.08.74. p. 12, Caderno Política e
dava ao tema, conferir seu texto denominado “Técnica Governo, 1º caderno.
12. CAMPOS, 2001, p. 13. Legislativa” in Revista Forense, vol. 165, n. 635-636, mai./
jun., 1956, p. 397-399. 58. O Globo, 07.06.1974, matutina, Rio, p. 9.
13. Ibid, p. 29.
36. Jornal do Brasil, 30.01.77. Caderno Especial: 1967- A 59. Jornal do Brasil, 17.02.78, 1º caderno, p. 8.
14. MEDEIROS SILVA, 1966c, p. 414. constituição que nasceu morta.
15. MEDEIROS SILVA, 1964a, p. 474. 37. MEDEIROS SILVA, 1966a, p. 475
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