Núcleo de Transplante Renal

Transplante Renal
Índice
Pré-transplante 4
Informações Gerais 5
Lista de espera 8
O preparo pré transplante 10
Quais os principais exames do pré-transplante? 10
Para doadores e receptores 10
Para os receptores 11
Para os doadores 12
Acompanhamento Psicológico 12
Como é a internação? 13
Quais os procedimentos do pré-operatório? 14
O Transplante 15
A cirurgia 15
Como é a cirurgia do doador? 15
Como é a cirurgia do receptor? 15
Resultados do transplante 15
Quais as vantagens? 16
Quais os possíveis desconfortos? 16
Quais os riscos do transplante? 16
Pós-transplante 17
Período de internação 17
Acompanhamento ambulatorial 19
Medicamentos 19
Quais as complicações mais frequentes do transplante? 22
A vida no pós-transplante 24
Como é a alimentação para o transplantado renal? 25

Termo de Recebimento
Eu, ____________________________________________________________________,
Rg:______________________________declaro ter recebido as orientações referentes ao
Manual de Transplante Renal do Hospital Samaritano de São Paulo.

Assinatura: ______________________________

Data: _____/_____/_____
 Pré-transplante

Informações gerais A grande maioria das doenças que prejudicam os rins é silenciosa.

O que é o transplante de rim?

O transplante é um procedimento cirúrgico que transfere um rim saudável de um indivíduo Quais são os principais sinais de alerta de um funcionamento
para outro. Esse novo rim irá fazer as funções que os rins doentes não podem mais fazer. incorreto dos rins?
> Urinar muito à noite;
Quais são as funções do rim? > Pressão alta;
São cinco as principais funções: > Fraqueza, anemia;
> Eliminar as impurezas do sangue; > Atraso no crescimento;
> Regular a pressão arterial; > Inchaço nos pés e no rosto.
> Produzir hormônios; Se essas doenças forem diagnosticadas e tratadas precoce e corretamente a perda de
> Participar na formação e na manutenção dos ossos; função dos rins pode ser evitada ou retardada?
> Estimular a produção de glóbulos vermelhos.
Quem pode ser transplantado?
Nos casos em que a função renal está muito prejudicada e sem possibilidade de O transplante de rim só está indicado em pessoas que apresentam prejuízo grave das
recuperação (doença renal crônica) é necessário substituir sua função, seja por diálise* ou funções renais e sem chance de recuperação dessas funções. O paciente é submetido à
transplante. uma avaliação clínica pela equipe transplantadora que inclui vários exames para que seja
*Programa de Transplante de Rim: no prazo de 90 (noventa) dias após o início do indicado o transplante.
tratamento dialítico, as unidades de diálise devem obrigatoriamente apresentar ao
paciente apto, ou ao seu representante legal, a opção de inscrição em uma equipe de Quem pode ser doador?
transplante renal. Qualquer pessoa adulta que seja saudável, tenha função renal normal e não apresente,
durante extensa e minuciosa avaliação médica, evidências de risco de doença renal ou de
Quais são as doenças que podem levar ao transplante de rim? outros órgãos vitais pode ser doadora, desde que demonstre espontaneamente esse desejo.
Hipertensão arterial, diabetes, infecções urinárias de repetição, calculose renal, nefrites, Para o doador, a falta de um rim modifica pouco sua vida, já que a ausência de um rim será
mal formações do aparelho urinário, entre outras. compensada pelo outro órgão sadio.

Quais os tipos de doador?

Um transplante renal pode ser realizado a partir de doadores vivos ou doadores falecidos.

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 Doador vivo É necessário que o doador vivo cumpra os seguintes requisitos:
Nesse caso o doador passa a viver com apenas um rim, o que é perfeitamente compatível > Encontre-se em bom estado de saúde física e mental;
com uma vida normal. > Tenha mais que 21 anos;
> Tenha compatibilidade sanguínea com o receptor;
A legislação brasileira permite a doação de rim entre parentes com grau de parentesco até > Tenha passado pelo estudo imunológico;
quarto grau, entre cônjuges e sob autorização judicial em outras situações. > Realize todos os exames exigidos para este tipo de cirurgia;
> Seja um doador voluntário.

Diagrama de definição de graus de parentesco

Doador falecido
Avós Indivíduos falecidos (que vão a óbito em quadro de morte encefálica) podem ter seus
Pai e mãe
órgãos doados para receptores compatíveis e podem salvar inúmeras vidas, desde que se
Tios
obtenha a autorização familiar.
2º grau
Cabe à família do paciente falecido dar a autorização para a doação de órgãos e tecidos.
1º grau Primos Pessoas não identificadas ou com causa de morte não esclarecida não podem ser doadoras.
3º grau

2º grau Qual a legislação brasileira para doação de órgãos?

Receptor 4º grau A primeira lei que regularizou o transplante de órgãos foi a nº4.280/63. Em janeiro de 1998
Irmãos
entrou em vigor a Lei nº9.434/97, que ampliava os critérios da doação em vida. Ela permitia
que qualquer pessoa juridicamente capaz pudesse doar para transplante um de seus órgãos
3º grau Sobrinhos duplos, desde que a doação não comprometesse a sua saúde e que fosse de forma gratuita.
1º grau
Filhos
Resumidamente essa lei determina:
> Proibição da comercialização de órgãos;
> Definição dos critérios para a doação (doador vivo e falecido);
> Punição para os infratores;
Como você sabe, a lei 10.211, de 23 de março de 2001, em seu artigo 9º, permite a doação de
orgãos até o quarto grau de consanguinidade, fora dessas situações e da doação entre cônjuges, > Exibição pública da lista de espera;
faz se necessária autorização judicial. > Proibição de doação por pessoa não identificada (sem documentos) ou sem autorização
familiar.
Art. 9º: É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e
partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes
consanguíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra
pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.

§ 4º O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e diante de testemunhas,

especificamente o tecido, órgão ou parte do corpo objeto da retirada.

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 Resgatando alguns pontos importantes
Lista de espera
Não há número suficiente de doadores falecidos para todas as pessoas que precisam de um
transplante e, por isso, os pacientes que necessitam de um rim de doador falecido precisam
ser inscritos em uma lista de espera.
Qual o tempo na fila para conseguir um rim?
Varia e depende da oportunidade de surgir um doador que seja aceito pela equipe de
transplante e compatível com o receptor.
Os pacientes inscritos na lista para transplante com doador falecido podem ser chamados
a qualquer momento, por isso é muito importante que sejam localizados facilmente,
mantendo o endereço residencial e telefones atualizados, e que estejam em boas condições
para a cirurgia.
Os pacientes inscritos na lista de espera serão orientados nas consultas a coletar amostra
de sangue para testes de compatibilidade a cada 90 dias, ou após receberem transfusão de
sangue, para que se mantenham ativos na lista de espera.
Como funciona a central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos?
Setor da Secretaria de Estado da Saúde – é o órgão responsável por receber as inscrições
dos pacientes na lista de espera, que são encaminhadas pelas equipes de transplante e por
armazenar os dados de todos os pacientes. Esse órgão também recebe as informações dos
doadores falecidos e realiza a seleção de receptores e a distribuição dos órgãos doados.
No Brasil, há leis que regem as listas de transplante e os critérios de distribuição de órgãos,
que são sempre técnicos e médicos.
Como é feita a seleção do doador?
O melhor doador de rim é aquele que, além da compatibilidade do tipo sanguíneo, tenha os
antígenos de histocompatibilidade (HLA) – compatibilidade do tecido – mais semelhantes
aos do receptor. Assim, os melhores doadores são os irmãos gêmeos univitelinos, que
são raros. Em segundo lugar na preferência para a doação, vêm irmãos e/ou irmãs com
antígenos de histocompatibilidade idênticos. Por último estão os doadores distintos
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imunologicamente. O transplante com doador vivo apresenta estatisticamente sobrevida
um pouco maior do rim transplantado, mas não é o mais indicado em alguns casos.
Quais as etapas para a escolha do doador vivo?
É um processo que segue, normalmente, os seguintes passos:
1. São afastadas as contra-indicações de ordem física e de fundo emocional;
2. Compara-se o grupo sanguíneo do doador com o do receptor, que devem ser compatíveis;
3. Realiza-se a prova-cruzada (cross-match) para avaliar se existem anticorpos no receptor
dirigidos contra os antígenos do doador, que possam causar rejeição imediata;
4.Verifica-se a compatibilidade (HLA), semelhança entre o receptor e o doador;
5. Estuda-se o doador para verificar se ele pode doar sem prejuízos para a sua saúde e se
não tem alguma doença transmissível.
Quais as etapas para o doador em morte encefálica?
Há uma rotina e um protocolo nacionais que são seguidos rigidamente pelas equipes de
captação. Os principais passos são os seguintes:
1. Constatar a morte encefálica e obter a autorização da família;
2. Afastar qualquer doença que inviabilize o transplante;
3. Reconhecer a viabilidade do órgão a ser doado;
4. Realizar as provas de compatibilidade;
5. Procurar o receptor mais adequado;
6. Enviar o órgão ao local da cirurgia do receptor.
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 O preparo pré-transplante Para os receptores
Os exames mais comumente solicitados aos receptores estão listados abaixo, mas variam
Os pacientes e possíveis doadores são avaliados em consultas médicas pela equipe de acordo com a indicação médica.
transplantadora, que vai analisar a história clínica de cada um, realizar exame físico
completo e solicitar os exames necessários para que o transplante possa ser realizado. Avaliação laboratorial:
> Sorologias para doenças infecciosas: Hepatite B, Hepatite C, HIV, Chagas, Sífilis,
É importante que nas consultas, os pacientes levem consigo todos os exames relacionados Toxoplasmose, Citomegalovírus e Epstein-barr vírus;
à sua doença e se possível um encaminhamento médico com histórico de seu tratamento. > Provas de coagulação;
> Provas de função renal.
O transplante não é a cura da doença, mas sim um dos tipos de tratamento possíveis. As
consultas são muito importantes para esclarecimento de dúvidas. Avaliação do abdômem:
> Ultrassom do abdômem.
Quais os principais exames do pré-transplante?
Avaliação cardíaca:
Para doadores e receptores > RX tórax;
> Tipagem sanguínea: verifica a compatibilidade dos tipos de sangue do doador e do receptor. > ECG;
> Ecocardiograma.
Grupos Sanguíneos para Transplante
Pode receber orgão de Pode doar para pessoa do Avaliação da bexiga:
Grupo Sanguíneo
pessoa do tipo tipo > Uretrocistografia retrógrada e miccional;
O O O, A, B, AB > Estudo urodinâmico.
A O, A A, AB
B O, B B, AB Algumas vezes é necessário cirurgia na bexiga ou nos rins próprios antes da realização do
transplante.
AB O, A, B, AB AB

IMPORTANTE: O fator RH não contra-indica o transplante Avaliação de permeabilidade de vasos:

> Ultrassom doppler dos vasos ilíacos e femorais.
- Tipagem HLA: exame realizado nos leucócitos ou células brancas do sangue. A tipagem
identifica características semelhantes entre os indivíduos. Avaliação dentária: para se ter certeza de que não há infecção ou cáries.

- Prova-cruzada de linfócitos (cross-match): revela se o receptor tem anticorpos dirigidos Avaliação ginecológica (quando mulher): é necessário realizar um exame ginecológico,
contra os antígenos do doador, e se rejeitará o órgão. Prova-cruzada positiva: significa que incluindo Papanicolaou e Mamografia pelo menos seis meses antes do transplante.
existem anticorpos e pode ocorrer rejeição. Nesse caso o transplante é em geral contra-
indicado com esse doador.

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 Avaliação da próstata (quando homem): nos pacientes com mais de 40 anos pelo na decisão e no equilíbrio emocional do doador, do receptor e da família, não são raros
urologista, pelo menos um ano antes do transplante. problemas emocionais, como reações de ajustamento com sintomas depressivos e ansiosos.

Avaliação psicológica O acompanhamento psicológico: quem se beneficia?

O acompanhamento psicológico objetiva auxiliar o paciente a atravessar o período crítico
Os receptores devem ter sua carteira de vacinação completa. em que se encontra, determinado pelo processo da doença, possibilitando ao paciente
buscar a elaboração e integração subjetiva dos acontecimentos.

Para os doadores O acompanhamento psicológico: como

Após escolha do doador vivo mais adequado, este precisará fazer alguns exames como: é feito?
de sangue, urina, raio X de tórax, eletrocardiograma, ultrassom de abdômen e pelve, e > Faz-se necessário estimular a verbalização
angio-ressonância de vasos renais. Outros exames e avaliações de especialistas poderão ser das emoções para que o paciente consiga:
indicados. entrar em contato com seus receios
relacionados ao transplante;
Os doadores são estimulados a perderem peso antes da cirurgia, pois a obesidade > Identificar o conhecimento real ou
incrementa o risco de infecção da ferida cirúrgica. fantasioso que envolve o tratamento;
> Regular expectativas;
Os pacientes ou seus responsáveis legais serão orientados pelo médico do transplante > Elaborar as dificuldades advindas com as
a assinar um Termo de Autorização para o transplante, acrescido da assinatura de mudanças na imagem corporal e na vida;
testemunhas, uma cópia será entregue ao Ministério Público, outra cópia entregue ao perceber a totalidade de sua personalidade, e não somente aos aspectos relativos à sua doença.
paciente e a original arquivada no prontuário do paciente.
Quais as vantagens do acompanhamento psicológico?
Acompanhamento Psicológico Cuidado mais efetivo com a saúde física e mental possibilita que o paciente:
> Compreenda da situação que será submetido;
O diagnóstico: o que ocasiona no paciente > Minimize as fantasias que podem envolver um transplante;
A repercussão do diagnóstico de insuficiência renal crônica sobre o modo de vida do > Seja participativo no seu tratamento e na tomada de decisões;
paciente é bastante significativa. A adaptação à condição de portador de uma doença > Assuma responsabilidades.
crônica requer todo um conjunto de mudanças nos hábitos de vida, questionamentos Desta forma, busca-se uma atuação preventiva planejando intervenções psicológicas
relacionados à possibilidade de se submeter ao transplante e às expectativas de melhoria e a garantia de que o paciente se posiciona conscientemente acerca da realização do
na qualidade de vida. procedimento.

A doação: que processo é esse? Como é a internação?

O processo de doar e receber um rim pode ativar conflitos psicológicos que influenciam Em caso de transplante com doador vivo, a internação ocorre em geral de um a três dias

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antes da cirurgia, de acordo com a necessidade de preparo de cada paciente. Em caso de
transplante com doador falecido a internação deve acontecer assim que o receptor for
avisado da chance de um transplante.
O paciente deverá levar ao hospital todos os resultados de exames relacionados ao preparo
do transplante, inclusive as imagens. Além disso, deve levar seus documentos e roupas de
sua preferência.
O transplante não deve ser realizado se o paciente tiver no momento alguma infeção ou
doença viral. É mais seguro retardar a operação até estar bem, devido ao risco de infeções
sérias. Avise a equipe se estiver com alguma queixa, tomando algum antibiótico e se tiver
recebido transfusão de sangue nas últimas três semanas.
Logo após a internação os pacientes e familiares vão receber informações sobre o
funcionamento do hospital e sua rotina.
Quais os procedimentos do pré-operatório?
O objetivo desta etapa é deixar o paciente nas melhores condições clínicas para a cirurgia.
São realizados exames pré-operatórios e avaliação pela equipe de anestesistas que se
necessário farão medicamentos pré-anestésicos. Poderá ser realizada sessão de diálise
antes do transplante de modo a melhorar o estado físico do receptor.
Os demais cuidados pré-operatórios são semelhantes àqueles das cirurgias abdominais:
higiene do corpo e tricotomia (raspagem dos pêlos de parte do abdômem) pode ser necessária.
Os receptores podem necessitar de dietas especiais no caso de serem hipertensos ou
diabéticos. Alguns pacientes precisarão de restrição de ingestão de líquidos.
Os doadores geralmente recebem soro por via endovenosa antes da cirurgia para ficarem
bem hidratados.
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O Transplante
A cirurgia
Como é a cirurgia do doador?
A cirurgia do doador começa um pouco antes que a do receptor, em salas próximas ou
contíguas. No caso de doador vivo, faz-se a retirada do rim selecionado, realiza-se a técnica
de preparo do rim e então ele é levado para ser implantado no receptor.
A permanência do doador vivo no hospital é de três a quatro dias, tempo em geral previsto
para essas cirurgias. Várias são as técnicas possíveis de retirada de um rim para doação,
elas devem ser discutidas com o cirurgião antes do procedimento.
Se for doador falecido, o rim é retirado previamente, lavado, resfriado e guardado em
recipiente específico para mantê-lo gelado (o tempo máximo para retirada é de 30 minutos
após a parada do coração. O rim pode suportar até 48 horas como tempo máximo de
preservação extracorpórea – o ideal é que seja transplantado dentro das primeiras 24
horas).
Como é a cirurgia do receptor?
O cirurgião coloca o novo rim no abdômem do paciente, próximo à bexiga, logo acima
da virilha, do lado direito ou esquerdo. A cirurgia dura de 3 a 6 horas. O cirurgião conecta
a artéria e veia do novo rim à artéria e veia do paciente. O sangue flui pelo novo rim e
produz urina, da mesma maneira como faziam os próprios rins do paciente, quando
eram saudáveis. O novo rim pode começar a trabalhar imediatamente ou pode levar
algumas semanas para funcionar, sendo necessário continuar a diálise. Seus próprios rins
permanecem onde eles estão, a menos que estejam causando infeção ou hipertensão.
A permanência habitual no hospital pode durar de 5 a 15 dias e após a alta hospitalar o
paciente passa a ser acompanhado regularmente no ambulatório.
Resultados do transplante
Os resultados dos transplantes renais são na sua grande maioria satisfatórios.
O transplante de rim oferece uma chance de melhor qualidade de vida e uma
independência da diálise. A diálise, por melhor e mais moderna que seja, não substitui
plenamente o rim, mas o rim transplantado sim. Aquelas pessoas que se submeteram a um
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transplante renal com êxito, podem geralmente ter uma dieta normal e ingerir líquidos à
vontade. O mesmo pode se dizer de sua atividade física.
O paciente necessitará, no entanto de seguimento médico e uso constante de remédios,
(medicações imunossupressoras) pois o novo rim será sempre um “corpo estranho” no
organismo do transplantado.
Quais as vantagens?
> O rim transplantado funciona como um rim normal;
> O paciente sente-se mais saudável;
> Há poucas restrições na dieta;
> Não há mais necessidade de diálise.
Quais os possíveis desconfortos?
> É necessário submeter-se a uma cirurgia;
> Muitas vezes é necessário esperar por um doador compatível;
> Existe a possibilidade de o organismo rejeitar o novo rim;
> Há necessidade de usar medicamentos para o resto da vida;
> O acompanhamento médico precisa continuar.
Quais os riscos do transplante?
> Existe um risco anestésico e cirúrgico envolvido em qualquer ato cirúrgico, apesar do
transplante de rim ser uma cirurgia até certo ponto simples.
> Podem haver efeitos colaterais importantes e complicações relacionadas ao uso das
medicações imunossupressoras.
> O rim transplantado pode não funcionar e o paciente precisará retornar à diálise.
Informações Importantes:
> O transplante renal é um tratamento e não a cura da doença renal crônica;
> O rim transplantado tem uma duração limitada;
> Todos os medicamentos têm efeitos colaterais e teremos que conviver com eles.
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Pós-transplante
Período de internação
Como são os primeiros dias pós-transplante?
Após a cirurgia, iniciam-se os cuidados médicos que vão durar por toda a vida do
transplantado.
Logo após a cirurgia o paciente pode ser encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
ou à unidade semi-intensiva do hospital, onde pode ficar de um a três dias, para que seja
acompanhado mais intensivamente pelos médicos e enfermeiros. A seguir, o paciente é
encaminhado aos quartos das enfermarias do Hospital, onde permanecerá até receber alta
hospitalar e ser então encaminhado para acompanhamento ambulatorial.
Ao acordar da anestesia o paciente estará recebendo por uma veia, soro e medicações para
evitar dor, infecções e rejeição. Esses medicamentos depois passam a ser administrados por
boca. Eventualmente haverá um dreno (pequeno tubo) próximo ao local do corte cirúrgico
que serve para eliminar sangue e líquidos acumulados, que é retirado em poucos dias.
O paciente transplantado também estará utilizando uma sonda vesical (sonda no canal da
urina) que é colocada durante a cirurgia para proteger a cirurgia e controlar a quantidade
de urina. A sonda vesical é geralmente retirada no 4º dia, mas pode ser necessária a sua
manutenção por mais tempo.
Em geral, o paciente já chega do centro cirúrgico respirando espontaneamente, sem ajuda
de aparelhos, mas pode necessitar desses aparelhos por um tempo mais prolongado.
É recomendado jejum nas primeiras 8-12 horas após a cirurgia, seguido de dieta leve, mas a
equipe médica pode modificar essas recomendações de acordo com a recuperação de cada
paciente.
O paciente pode ajudar a evitar complicações cirúrgicas
> Fazendo os exercícios respiratórios e tossindo quando for solicitado para diminuir a
chance de infecção pulmonar;
> Saindo da cama tão cedo quanto possível, de acordo com a recomendação médica, para
evitar trombose das veias das pernas e ajudar o intestino e pulmão a funcionarem melhor;
> Alertando corretamente a equipe médica e de enfermagem sobre sintomas e sinais que
observe;
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 > Colaborando para que os exames e medicamentos sejam realizados nos horários
programados.
Durante todo o período de internação hospitalar, o paciente será observado com ajuda
de aparelhos, se necessário, para que seu estado clínico se equilibre mais rapidamente.
Será feito controle de temperatura, pressão arterial e volume de urina regularmente.
Nesse período o paciente receberá visitas dos médicos transplantadores, cirurgiões,
fisioterapeutas e nutricionistas e realizará exames de sangue rotineiramente. Outros
procedimentos e exames poderão ser necessários e o paciente será previamente avisado.
Após a cirurgia não é recomendado que o paciente receba mais do que dois visitantes por
vez. Familiares que estiverem, portanto resfriados ou com qualquer infecção, não devem vir
ao hospital.
Alta hospitalar
A alta ocorre em geral após uma semana de cirurgia, mas vai depender da recuperação de
cada paciente.
Antes da alta a equipe médica e de enfermagem dará orientações importantes. Para o
sucesso do transplante, é necessário que todas essas orientações sejam rigorosamente
cumpridas.
Ao sair do hospital o paciente transplantado ou seu cuidador deve:
> Saber tomar os medicamentos corretamente, sem dúvidas;
> Onde e quando retornar para avaliação médica no ambulatório;
> Ter um pedido de exames para o retorno médico;
> Conhecer os sinais de alerta mais importantes que devem ser observados em casa: febre
(temperatura >37,8ºC), inchaço, calor, vermelhidão (rubor) no local operado, ardência ao
urinar, dificuldade para respirar, vomitos e diarréia).
A retirada de pontos ocorre entre sete e dez dias após a cirurgia, no próprio ambulatório.
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Acompanhamento ambulatorial
Qual a rotina de acompanhamento?
Após a alta, o transplantado faz exames laboratoriais e passa em consulta médica
inicialmente 2 vezes na semana no primeiro mês e posteriormente 1 vez por semana até
o terceiro mês do transplante. Os três primeiros meses são os mais difíceis e perigosos,
porque é o período em que ocorre o maior número de complicações, rejeições, infecções
e ajuste de medicamentos. A partir do terceiro mês, os exames e consultas médicas vão
se espaçando e passam a acontecer uma vez por mês no primeiro ano, com aumento
progressivo de intervalo , de acordo com a evolução clínica do paciente.
Os pacientes precisam estar cientes dos enormes riscos de perda do transplante e de
complicações que acontecem quando não tomam corretamente os medicamentos, mesmo
após muitos anos de transplante. Por causa desses riscos são realizados exames e consultas
por toda a vida.
Medicamentos
O que são os medicamentos imunossupressores e por que é necessário tomá-los?
Nosso organismo tem um sistema muito complexo (sistema imunológico) que reconhece
e reage contra tudo o que for estranho a ele. Como o rim transplantado é reconhecido
como “estranho”, pois ele veio de outra pessoa, seu organismo tentará reagir contra o rim e
destrui-lo. Os imunossupressores agirão diminuindo a ação do sistema imunológico para
que não aconteça rejeição.
O sucesso do transplante depende muito do uso correto dos medicamentos. Nenhuma
alteração de medicação ou introdução de novos medicamentos deve ser feita sem
autorização médica.
Quais medicamentos serão tomados após a cirurgia?
A escolha dos medicamentos é feita pelo médico da equipe do transplante de acordo com a
necessidade particular de cada paciente.
Vários medicamentos devem ser tomados após a cirurgia. Os imunossupressores,
protetores do estômago, antibióticos, medicamentos para controle de pressão arterial,
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 entre outros. Os pacientes serão informados para que servem, quais são os efeitos colaterais
mais importantes de cada um, e como obter os medicamentos, pois a maioria deles é
disponibilizada gratuitamente pelo governo.
Quais são os medicamentos
imunossupressores?
Geralmente o paciente toma três medicamentos
imunossupressores combinados. Os principais
são: Prednisona, Azatioprina, Micofenolato Sódico,
Micofenolato Mofetila, Ciclosporina, Tacrolimo,
Rapamicina e Everolimo.
Quais os efeitos indesejáveis podem ocorrer com o uso de imunossupressores?
Prednisona
Seus efeitos colaterais mais comuns são: aumento do apetite, aumento da quantidade
da gordura no rosto e nas costas, aparecimento de espinhas (acnes), retenção de líquidos,
hipertensão arterial e pode também desencadear diabetes mellitus.
Azatioprina e Micofenolato Sódico/ Mofetila
Seus efeitos colaterais mais comuns são: podem causar problemas no fígado (icterícia
ou amarelão), diminuição dos leucócitos (células brancas do sangue) e diarreia pode ser
ocasionada pelo uso de Micofenolato
Ciclosporina e Tacrolimo
Seus efeitos colaterais mais comuns são: hipertensão arterial e retenção de líquidos,
elevação da creatinina do sangue, tremores. Aumento da gengiva e crescimento
aumentado de pêlos e cabelo com o uso de Ciclosporina.
Todos estes medicamentos deixam o seu organismo mais suscetível a infecções e tumores,
por isso, você fica internado no momento do transplante, para não pegar infecção e terá sua
temperatura medida várias vezes por dia.
Rapamicina e Everolimo
Seus efeitos colaterais mais comuns são: aumento nos níveis de colesterol e perda de
proteína pela urina.
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Caso surjam efeitos imprevistos informar o médico.
Outros medicamentos imunossupressores podem ser utilizados no hospital como
Thimoglobulina, Basiliximab (Simulect) e Solumedrol.
Por quanto tempo terei que tomar os medicamentos?
Os medicamentos imunossupressores devem ser tomados para sempre, enquanto durar o
rim transplantado. Nas primeiras semanas em dose mais alta, depois, ao longo do tempo, a
dose de cada um dos medicamentos vai diminuir, porém sempre vai ser preciso tomá-los,
caso contrário o rim transplantado será rejeitado e será necessário retornar à diálise.
Como devo tomar os medicamentos?
> Tome os medicamentos rigorosamente como foram prescritos. Verifique a dose, a
hora e os dias em que devem ser tomados. Não deixe de tomar nenhuma das doses dos
medicamentos sem ordem do médico da equipe de transplante;
> Se errar a dose, anotar o fato e comentar com o médico na próxima consulta;
> Se vomitar antes de 20 minutos após tomar a medicação, tome novamente a mesma;
> Jamais tomar qualquer medicação que não tenha sido prescrita;
> Siga sempre a última receita;
> Antes de tomar a medicação conferir o nome, a dosagem e a validade do mesmo.
E se eu esquecer de tomar uma dose de imunossupressor?
> Caso haja esquecimento, tomar logo que se lembrar, se ainda estiver no mesmo dia.
Nunca tome duas doses de uma só vez.
Quais os cuidados devo ter com os medicamentos?
> Manter sempre os medicamentos em suas embalagens originais. Não trocar os
medicamentos de caixa e tampouco juntá-los com outros;
> Aprender os nomes dos medicamentos e saber para que eles servem;
> Ter sempre uma reserva de cada medicamento. Não espere o medicamento acabar para
solicitar receita médica ou providenciar a aquisição dos medicamentos;
> Guardar a medicação de maneira ordenada, limpa e seca, protegida da luz, do calor e da
umidade;
> Verificar a validade dos medicamentos.
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 Os pacientes que desejarem, receberão um caderno que deve funcionar como um diário.
Nele podem ser anotados os medicamentos, doses e horários em que são tomados e
também as dúvidas e queixas. Esse caderno deve ser sempre levado às consultas e todas as
modificações nos medicamentos devem ser nele anotados, assim como o peso e pressão
arterial.
Quais as complicações mais frequentes do transplante?
Rejeição
Um dos principais problemas após o transplante é a rejeição. O sistema imunológico
protege o organismo de infecções e de tudo que lhe for estranho. As células deste sistema
percorrem cada parte do corpo procurando e conferindo se existe algo diferente do que
elas estão acostumadas a encontrar. Estas células identificam o órgão transplantado como
sendo algo diferente do resto do corpo e ameaçam destrui-lo, rejeitá-lo.
Para evitar a rejeição é necessário usar a medicação imunossupressora por toda a vida.
Mesmo tomando esta medicação é possível ocorrer uma rejeição aguda. Mas isto não
significa que o paciente vai perder o transplante, pois existem tratamentos antirrejeição.
Quais os tipos de rejeição?
Rejeição hiperaguda: ocorre nas primeiras 24 horas do pós-transplante ou até mesmo
durante a cirurgia. É quando o receptor apresenta anticorpos dirigidos contra o rim
transplantado antes mesmo do transplante, causando a perda rápida e irreversível do
órgão.
Rejeição aguda: ocorre a partir do 3º dia após o transplante, podendo acontecer a qualquer
momento no curso do pós-transplante, sendo mais comum nos três primeiros meses. É o
tipo mais comum de rejeição precoce e a única para a qual existe tratamento efetivo;
Rejeição ou nefropatia crônica: é o desgaste do rim que ocorre ao longo da evolução
do transplante, levando à perda funcional lenta e progressiva do rim transplantado. A
presença de proteínas na urina pode ser um indicador desta situação.
O diagnóstico de rejeição é realizado por biópsia do rim transplantado e, por isso, esse
exame pode ser necessário. Esse procedimento pode ser feito com anestesia local ou no
centro cirúrgico se houver necessidade. È feita uma punção sobre o rim transplantado e
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retirado um pequeno fragmento desse rim, que será analisado por um médico patologista.
Após a biópsia é necessário algumas horas de repouso e a urina pode ficar avermelhada.
Infecção
O uso de medicamentos imunossupressores deixa o paciente mais sensível ao
aparecimento de infecções, que podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos e outros
microorganismos menos frequentes.
As infecções bacterianas mais frequentes são as infecções pulmonares e as infecções
urinárias, que devem ser evitadas e tratadas rapidamente quando acontecerem. Infecção
por Citomegalovírus é também bastante frequente nos primeiros seis meses após o
transplante.
É importante salientar que os quadros infecciosos em pacientes transplantados podem
ter caráter mais grave e apresentações atípicas, ou seja, diferentes dos pacientes que
não fazem uso de imunossupressores. Portanto, a ocorrência de febre ou qualquer outro
sintoma que sugira presença de infecção (mal-estar, dor, calor, rubor) sempre deve ser
investigada. Pode ser necessária a internação para realização de exames e tratamento
adequado deste quadro.
Quais as possíveis complicações cirúrgicas?
Todo paciente transplantado está sujeito a passar por algumas complicações que podem
levar à internação.
As principais são: tromboses de vasos renais (obstrução de uma artéria ou veia do rim
transplantado), linfocele (coleções de linfa próximas ao órgão transplantado), fístula
urinária (vazamento de urina para fora do sistema urinário), entre outras: hematoma
(acúmulo de sangue), ruptura renal (rompimento do rim transplantado) e hemorragias.
Tumores
Alguns tipos de tumores aparecem com mais frequência em quem é transplantado renal,
já que o sistema imunológico fica menos ativo com o uso de medicamentos, entre eles os
tumores de pele e linfomas.
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 A vida no pós-transplante
Após o transplante, apesar das recomendações e exigências médicas, o transplantado pode
levar uma vida normal.
Quais as recomendações que devem ser seguidas em casa:
> Restringir, no início, visitas de número grande de pessoas e frequentar ambientes
fechados e com aglomeração de pessoas;
> Manter-se afastado do contato com pessoas portadoras de enfermidades contagiosas;
> Conservar a casa sempre limpa e arejada, especialmente os banheiros;
> Lavar as mãos com água e sabonete antes e depois de usar o banheiro, comer ou chegar
em casa;
> Seguir a dieta orientada para o seu caso e não consumir alimentos preparados em lugares
desconhecidos;
> Verificar o controle de pressão arterial e temperatura, se for solicitado;
> Utilizar protetor solar de alto fator (FPS>30) ao sair de casa, assim como bonés, chapéus e
roupas que protejam do sol;
> Não suspender, sob hipótese alguma, a medicação imunossupressora;
> Observar as datas de consultas e de retirada de medicamentos para que não haja falhas.
Quando posso retornar ao trabalho ou escola?
O médico indicará ao paciente quando poderá retornar à sua rotina e às outras atividades
cotidianas. De maneira geral todos os transplantados podem voltar a trabalhar e estudar.
Quais os cuidados gerais que devo ter?
> Vacinações: é preciso mantê-las em dia, mas antes de tomar qualquer tipo de vacina,
deve consultar o médico;
> Atividade sexual: após seis a oito semanas de transplante, é permitido o retorno à
atividade sexual, no entanto, é fundamental discutir com seu médico qual será o método
anticoncepcional a ser usado.
> Tratamento dentário: caso seja necessária a realização de um tratamento dentário,
com risco de infecção, deve avisar o médico, pois provavelmente será administrado um
antibiótico por determinado período;
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> Fumo, álcool e demais drogas: são hábitos prejudiciais à saúde e devem ser
intensamente desaconselhados após o transplante;
> Exercícios físicos: devem ser evitados no primeiro mês da cirurgia, aumentados
gradativamente e estimulados de acordo com orientação médica. Ao fazer esportes como
futebol, handebol ou lutas marciais deve-se evitar traumas no abdomem.
Como é a alimentação para o transplantado renal?
A alimentação deve ser equilibrada e requer cuidados conforme o medicamento utilizado,
resultados dos exames laboratoriais e do acompanhamento médico.
O uso de medicamentos imunossupressores que previnem a rejeição podem causar
alguns efeitos colaterais como: aumento da glicemia, aumento do colesterol e triglicérides,
aumento da pressão arterial, aumento do ácido úrico e aumento de apetite levando ao
ganho de peso corporal.
Seguem orientações gerais:
> O controle do peso corporal é importante, assim, modere nas quantidades dos alimentos;
> A ingestão de fibras (legumes, verduras e frutas), ajuda no controle do peso corporal,
auxilia no funcionamento do intestino, além de conter vitaminas e minerais;
> Consuma pouco açúcar e os seus derivados, para controlar os níveis de açúcar no sangue;
> Uma alimentação rica em gordura contribui no aumento de colesterol, podendo também
levar ao quadro de obesidade;
> Prefira carnes brancas sem a pele, use leite e derivados desnatados e evite as frituras;
> Use pouco sal, o sódio controla a pressão arterial e reduz a retenção de
líquido;
> Prefira os temperos naturais. Evite o consumo de alimentos enlatados e salgadinhos;
> Os líquidos preferencialmente devem ser a água filtrada ou mineral e o suco natural, caso
não tenha contra-indicação;
> A dieta fracionada aliada a boa mastigação dos alimentos contribui para evitar os
desconfortos gástricos.
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 Notas importantes
> Leia atentamente o rótulo das embalagens e observe a lista de ingredientes usados no
preparo do alimento.
> Lave as verduras e os legumes antes de cozinhá-los.
> Antes de consumir as verduras e frutas cruas, elas devem ser desinfetadas com solução
bactericida própria para os alimentos (proceda a esterilização conforme descrito no manual
do fabricante).
> Evite a ingestão de ovo cru e das carnes cruas como a ostra, carne bovina e peixe.
> Em caso de maionese use a industrializada.
> Prefira os alimentos preparados próximo dos horários das refeições, em caso de sobra
guarde-os em geladeira e evite reaquecer várias vezes os alimentos.
> Observe a data de validade dos produtos industrializados. Não consuma alimentos com
aspecto, cheiro e cor alterados e os alimentos com embalagem ou tampas estufadas devem
ser desprezados.
> Ao comer fora de casa, observe a higiene do local, a procedência e a qualidade dos
alimentos. Escolha preparações grelhadas, assadas ou cozidas.
> A dieta individualizada será definida conforme a orientação médica e dos exames
laboratoriais

Este manual foi elaborado pelo núcleo de Transplante Renal do Hospital Samaritano e foi
baseado no manual de transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
(ABTO). Não tem por objetivo esclarecer todas as dúvidas dos doadores e receptores renais,
mas sim trazer informações que os ajude a lidar com essa nova situação de forma mais
tranquila e com chance de maior sucesso.

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 É proibida a reprodução total ou parcial deste material por fotocópias ou outros meios, sejam eles
eletrônicos ou impressos, sem a permissão expressa do Hospital Samaritano de São Paulo.

Fonte: Núcleo de Transplante Renal

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Revisado pelo Comitê de Educação aos Paciente e Familiares Produzido: Assessoria de Comunicação Corporativa |dezembro de 2010