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UNIDADE I

ECOLOGIA E COSSISTEMAS BRASILEIROS

OBJETIVO DA UNIDADE

Objetiva ao cursista compreender os conceitos básicos em


ecologia, bem como a interação de organismos com o meio onde vivem.
Ainda, estender este estudo às relações entre espécies e os ciclos básicos
de renovação da vida.

1.1 CONCEITUANDO ECOLOGIA

Ecologia é um conceito que a maioria das pessoas já possui


intuitivamente, ou seja, sabemos que nenhum organismo, sendo ele uma
bactéria; um fungo; uma alga; uma árvore; um verme; um inseto; uma ave ou o
próprio homem; pode existir autonomamente sem interagir com outros ou
mesmo com ambiente físico no qual ele se encontra. Ao estudo dessas inter-
relações entre organismos e o seu meio físico chama-se ecologia.
A ecologia é um ramo da biologia que estuda as relações entre os
organismos vivos e entre os organismos e seus ambientes. É a ciência que
estuda os ecossistemas, ou seja, é o estudo científico da distribuição e
abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua
distribuição e abundância. As interações podem ser entre seres vivos e/ou com
o meio ambiente.
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A ecologia é um ramo da biologia que estuda as relações entre os


organismos vivos e entre os organismos e seus ambientes. A palavra
“ecologia” foi proposta pela primeira vez pelo biólogo e zoólogo alemão Ernst
Haeckel, em 1869. Deriva do grego “oikos”, que significa “casa”, e “logos”, que
significa “estudo”. Assim, literalmente, a ecologia significa o estudo do “lugar
onde se vive”. O estudo do “ambiente da casa” inclui todos os organismos
contidos nela e todos os processos funcionais que a tornam habitável.

Para que possamos delimitar o campo de estudo em ecologia


devemos, em primeiro lugar, compreender os níveis de organização entre os
seres vivos. Portanto, podemos dizer que o nível mais simples é o do
protoplasma, que é definido como substância viva. O protoplasma é o
constituinte da célula, portanto, a célula é a unidade básica e fundamental dos
seres vivos. Quando um conjunto de células, com as mesmas funções estão
reunidas, temos um tecido. Vários tecidos formam um órgão e um conjunto de
órgãos forma um sistema. Todos os sistemas reunidos dão origem a
um organismo. Quando vários organismos da mesma espécie estão reunidos
numa mesma região, temos uma população. Várias populações num mesmo
local formam uma comunidade. Tudo isto reunido e trabalhando em harmonia
forma um ecossistema. Todos os ecossistemas reunidos num mesmo sistema,
como aqui no Planeta Terra, tem-se a biosfera.

A ecologia, portanto, trata do estudo das interações entre os organismos


que vivem em um ambiente em constante mudança, conectadas no tempo
(evolução) e espaço (padrões de distribuição).

o A ecologia pode ser dividida em Autoecologia, Demoecologia


e Sinecologia. Entretanto, diversos ramos têm surgido utilizando
diversas áreas do conhecimento: Biologia da Conservação, Ecologia da
Restauração; Ecologia Numérica; Ecologia Quantitativa; Ecologia
Teórica; Macroecologia; Ecofisiologia; Agroecologia; Ecologia da
Paisagem. Ainda pode-se dividir a Ecologia em Ecologia Vegetal e
Animal e ainda em Ecologia Terrestre e Aquática.

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o As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema


também influencia na distribuição e abundância deles próprios. Como
exemplo inclui-se a competição pelo espaço, pelo alimento ou por
parceiros para a reprodução, a predação de organismos por outros,
a simbiose entre diferentes espécies que cooperam para a sua mútua
sobrevivência, o comensalismo, o parasitismo e outras.

o Com a maior compreensão dos conceitos ecológicos e da verificação


das alterações de vários ecossistemas pelo homem, levou ao conceito
da Ecologia Humana que estuda as relações entre o Homem e
a Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua
saúde, não só física, mas também social. Com o passar do tempo
surgiram também os conceitos de conservação; que se impuseram na
atuação dos governos: quer através das ações de regulamentação do
uso do ambiente natural e das suas espécies, quer através de várias
organizações ambientalistas que promovem a disseminação do
conhecimento sobre estas interações entre o homem e a biosfera. Há
muitas aplicações práticas da ecologia, como a biologia da conservação,
gestão de zonas úmidas, gestão de recursos naturais (agricultura,
silvicultura e pesca), planejamento da cidade e aplicações na economia.

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Bioma → Unidade biológica ou espaço geográfico caracterizado de acordo


com o macroclima, a fitofisionomia (aspecto da vegetação de um lugar), o solo
e a altitude específicos. Alguns, também são caracterizados de acordo com a
presença ou não de fogo natural. A definição para bioma seria, “comunidade de
plantas e animais, geralmente de uma mesma formação, comunidade biótica”.

Biomassa → É a massa da matéria orgânica presente em um ser que vive ou


em um conjunto de seres vivos.

Biosfera → Conjunto de locais do planeta Terra capaz de abrigar formas de


vida.

Biotopo → Conjunto dos aspectos físicos e químicos de um determinado


ambiente.

Cadeia Alimentar → Seqüência linear de alimentação em que os produtores


servem de alimento para os consumidores primários, estes para os
secundários e assim por diante, até atingir o nível dos decompositores.

Componentes abióticos → conjunto de todas as influências do meio


(umidade, pressão, temperatura, luminosidade, pH), atuantes sobre os
organismos.

Componentes bióticos → conjunto de seres vivos.

Comunidades biológicas (Biocenose) → Conjunto de seres vivos de


diferentes espécies que coabitam uma mesma região.

Comunidade Clímax → Estágio de máxima estabilidade atingido por uma


comunidade durante o seu desenvolvimento.

Ecologia → Ramo da biologia que estuda as interações entre os seres vivos e


o meio onde vivem.

Ecossistema → Conjunto formado pelas comunidades biológicas em interação


com os fatores abióticos do meio.

Espécie → Conjunto de organismos semelhantes, capazes de se cruzar em


condições naturais, produzindo descendentes férteis.

Habitat → Local onde vive determina espécie.

Nicho ecológico → Conjunto de atividades que a espécie desempenha em


seu habitat (modo de vida alimentar, reprodutivo).

População → Conjunto de seres da mesma espécie que habitam determinada


região geográfica.

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Relações ecológicas → É o tipo de interação entre os seres de uma


comunidade biológica. Pode ser intra-específica ou interespecífica, harmônica
ou desarmônica.

1.2 RELAÇÕES ENTRE ESPÉCIES

A sobrevivência e reprodução determinam as taxas de crescimento


populacional e o ajustamento evolutivo de indivíduos dentro das populações. E
dependem de quão bem o indivíduo lida tanto com os fatores biológicos quanto
com os fatores físicos de meio ambiente. Para reproduzir, os indivíduos devem
obter recursos suficientes para defender territórios, atrair parceiros, produzir
ovos e acumularem descendentes. Para sobreviver, eles devem tolerar o
estresse físico do ambiente e também evitar a detecção e captura pelos
predadores e a infecção pelos organismos patogênicos.
As plantas e os animais utilizam diversas estruturas e comportamentos
para obterem comida e evitar que sejam comidos ou parasitados. De fato, essa
diversidade é uma das mais marcantes características da vida. Cada tipo de
organismo tem seu lugar próprio na natureza. Muito dessa diversidade resultou
da seleção natural agindo nos caminhos através dos quais os vegetais e os
animais procuram recursos e escapam da predação.

Podemos classificar as relações entre seres vivos inicialmente em


dois grupos:

• Intraespecíficas, que ocorrem entre seres da mesma espécie;


• Interespecíficas, entre seres de espécies diferentes.

É comum diferenciar-se as relações em harmônicas e


desarmônicas. Nas harmônicas não há prejuízo para nenhuma das partes
associadas, e nas desarmônicas há.

Relações Intraespecíficas Harmônicas

a) Colônias: agrupamento de indivíduos da mesma espécie que revelam


um grau de interdependência e se mostram ligados uns aos outros, sendo
impossível a vida quando isolados do conjunto, podendo ou não ocorrer
divisão do trabalho.

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Ex.: As cracas, os corais e as esponjas vivem sempre em colônias.

b) Sociedades: são agrupamentos de indivíduos da mesma espécie que


têm plena capacidade de vida isolada, mas preferem viver na coletividade.
Os indivíduos de uma sociedade têm independência física uns dos outros.
Pode ocorrer certo grau de diferenciação de formas entre eles e de divisão
de trabalho com alguns insetos denominados sociais (que formam
sociedade). A comunicação é feita através dos ferormônios - substâncias
químicas que servem para essa função. Os ferormônios são usados na
demarcação de territórios, atração sexual, transmissão de alarme,
localização de alimento e organização social.

Ex.: As formigas, as abelhas e os cupins.

Relações Intraespecíficas Desarmônicas

a) Canibalismo: canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma


espécie.

Ex.: Ocorrem com escorpiões, aranhas, peixes, planárias, roedores, etc. Na


espécie humana, quando existe, recebe o nome de antropofagia (do grego
anthropos, homem; phagein, comer).

Relações Interespecíficas Harmônicas

a) Comensalismo: é uma associação em que uma das espécies — a


comensal — é beneficiada, sem causar benefício ou prejuízo ao outro (não-
comensal).

Ex.: A rêmora é um peixe dotado de ventosa com a qual se prende ao


ventre dos tubarões, aproveita os restos alimentares que caem na boca do
seu grande "anfitrião".

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A Entamoeba colié um protozoário comensal que vive no intestino


humano, onde se nutre dos restos da digestão.

b) Inquilinismo: é a associação em que apenas uma espécie (inquilino) se


beneficia, procurando abrigo ou suporte no corpo de outra espécie
(hospedeiro), sem prejudicá-lo. Trata-se de uma associação semelhante ao
comensalismo, não envolvendo alimento.

Ex.: Peixe-agulha e holotúria, o peixe-agulha apresenta um corpo fino e


alongado e se protege contra a ação de predadores abrigando-se no interior
das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-los.

As epífitas (epi, em cima) são plantas que crescem sobre outras plantas
sem parasitá-las, usando-as apenas como suporte. Ex.: as orquídeas e as
bromélias.

c) Mutualismo: associação na qual duas espécies envolvidas são


beneficiadas, porém, cada espécie só consegue viver na presença da outra,
associação permanente e obrigatória entre dois seres vivos de espécies
diferentes.

Ex. 1: Líquens - constituem associações entre algas unicelulares e certos


fungos. As algas sintetizam matéria orgânica e fornecem aos fungos parte
do alimento produzido. Esses, por sua vez, retiram água e sais minerais do

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substrato, fornecendo-os às algas. Além disso, os fungos envolvem com


suas hifas o grupo de algas, protegendo-as contra desidratação.

Ex. 2: Cupins e protozoários - ao comerem madeira, os cupins obtêm


grandes quantidades de celulose, mas não consegue produzir a celulase,
enzima capaz de digerir a celulose. Em seu intestino existem protozoários
flagelados capazes de realizar essa digestão. Assim, os protozoários se
valem em parte do alimento do inseto e este, por sua vez, se beneficia da
ação dos protozoários. Nenhum deles, todavia, poderia viver isoladamente.

Ex.3: Ruminantes e microorganismos - no estômago dos ruminantes


também se encontram bactérias que promovem a digestão da celulose
ingerida com a folhagem.

Ex.4: Bactérias e raízes de leguminosas - no ciclo do nitrogênio, bactérias


do gênero Rhizobium produzem compostos nitrogenados que são
assimilados pelas leguminosas, por sua vez, fornecem a essas bactérias a
matéria orgânica necessária ao desempenho de suas funções vitais.

EX.5: Micorrizas - são associações entre fungos e raízes de certas plantas,


como orquídeas, morangueiros, tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é
um decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e outros nutrientes
minerais; em troca, recebe matéria orgânica fotossintetizada.

d) Protocooperação: trata-se de uma associação bilateral, entre espécies


diferentes, na qual ambas se beneficiam; contudo, tal associação não é
obrigatória, podendo cada espécie viver isoladamente.

Ex.1: Alguns animais que promovem a dispersão de algumas plantas


comendo-lhes os frutos e evacuando as suas sementes em local distante; a
ação de insetos que procuram o néctar das flores e contribuem
involuntariamente para a polinização das plantas.

EX.2: Caramujo paguro e actínias - também conhecido como bernardo-


eremita, trata-se de um crustáceo marinho que apresenta o abdômen longo
e mole, desprotegido de exoesqueleto. A fim de proteger o abdômen, o
bernardo vive no interior de conchas vazias de caramujos. Sobre a concha
aparecem actínias ou anêmonas-do-mar (celenterados), animais portadores
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de tentáculos urticantes. Ao paguro, a actínia não causa qualquer dano,


pois se beneficia, sendo levada por ele aos locais onde há alimento. Ele,
por sua vez, também se beneficia com a eficiente "proteção" que ela lhe dá.

EX.3: Pássaro-palito e crocodilo - o pássaro-palito penetra na boca dos


crocodilos, alimentando-se de restos alimentares e de vermes existentes na
boca do réptil. A vantagem é mútua, porque, em troca do alimento, o
pássaro livra os crocodilos dos parasitas. Obs.: A associação ecológica
verificada entre o pássaro-palito e o crocodilo africano é um exemplo de
mutualismo, quando se considera que o pássaro retira parasitas da boca do
réptil. Mas pode ser também descrita como exemplo de comensalismo;
nesse caso o pássaro atua retirando apenas restos alimentares que ficam
situados entre os dentes do crocodilo.

Ex.4: Anu e gado - o anu é uma ave que se alimenta de carrapatos


existentes na pele do gado, capturando-os diretamente. Em troca, o gado
livra-se dos indesejáveis parasitas.

e) Esclavagismo ou sinfilia: é um tipo de relação ecológica entre seres


vivos onde um ser vivo se aproveita das atividades, do trabalho ou de
produtos produzidos por outros seres vivos.

Ex.: Os pulgões do gênero Aphis, habitam formigueiros e são beneficiados


pela facilidade de encontrar alimentos e até mesmo pelos bons tratos a eles
dispensados pelas formigas (transporte, proteção, etc). Essa associação é

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considerada harmônica e um caso especial de protocooperação por muitos


autores, pois a união não é obrigatória à sobrevivência.

Relações Interespecíficas Desarmônicas

a) Amensalismo ou Antibiose: relação na qual uma espécie bloqueia o


crescimento ou a reprodução de outra espécie, denominada amensal,
através da liberação de substâncias tóxicas. É a relação em que um dos
seres é prejudicado sem que disso resultem benefícios para o outro.

Ex.: Os fungos Penicillium notatum eliminam a penicilina, antibiótico que


impede que as bactérias se reproduzam. As substâncias secretadas por
dinoflagelados Gonyaulax, responsáveis pelo fenômeno "maré vermelha",
podem determinar a morte da fauna marinha. A secreção e a eliminação de
substâncias tóxicas pelas raízes de certas plantas impedem o crescimento
de outras espécies no local.

b) Parasitismo: o parasitismo é caracterizado pela espécie que se instala


no corpo de outra, dela retirando matéria para a sua nutrição e causando-
lhe, em conseqüência, danos cuja gravidade pode ser muito variável, desde
pequenos distúrbios até a própria morte do indivíduo parasitado. É uma
associação obrigatória para o parasita. De um modo geral, a morte do
hospedeiro não é conveniente ao parasita, mas muitas vezes ela ocorre.

Ex.: Algumas plantas, como as ervas-de-passarinho, cipó-chumbo.

c) Predatismo: o predatismo é o ato de um animal capturar outro para


alimentar-se. O predador e a presa pertencem a espécies diferentes. Os
predadores são geralmente maiores e menos numerosos que suas presas,
sendo exemplificados pelos animais carnívoros. As duas populações - de
predadores e presas - geralmente não se extinguem e nem entram em
superpopulação, permanecendo em equilíbrio no ecossistema. Para a
espécie humana, o predatismo, como fator limitante do crescimento
populacional, tem efeito praticamente nulo.

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Algumas espécies desenvolveram adaptações para se defenderem


ao predatismo:

• Mimetismo; é uma forma de adaptação em que muitas espécies se


tornam semelhantes às outras, disso obtendo algumas vantagens. Ex.: a cobra
falsa-coral é confundida com coral-verdadeira, muito temida, e, graças a isso,
não é importunada pela maioria das outras espécies.

• Camuflagem; é uma forma de adaptação morfológica pela qual uma


espécie procura confundir suas vítimas ou seus agressores revelando cor(es)
e/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do ambiente. Ex.: o louva-a-deus, que é
um poderoso predador, se assemelha a folhas; o bicho-pau assemelha-se a
galhos, confundindo seus predadores.

• Aposematismo: trata-se de espécies que exibem cores de advertência,


cores vivas e marcantes para afastar seus possíveis predadores, que já a
reconhecem pelo gosto desagradável ou pelos venenos que possui. Ex.: muitas
rãs apresentam cores vivas que indicam veneno ou gosto ruim.

As relações entre as espécies caem convenientemente em três


grandes categorias definidas pelo efeito de interação em cada um dos grupos.

• Competição que é negativa para ambas as espécies;

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• Consumidor-recurso: positivo para o consumidor e negativo para o


recurso;
• Mutualismo que é positivo para ambas as espécies.
As marcas nas asas que fazem com que a mariposa se confunda com
o fundo de seus locais de repouso durante o dia as capacitam a escapar de
serem notadas pela maioria dos predadores. Por suas persistentes cores e
fragrâncias, as flores chamam a atenção para si e atraem os insetos e
pássaros que carregam o pólen de uma flor para outra efetuando a fertilização.
Os agentes cuja influência tem formado essas adaptações são biológicos, e
seus efeitos diferem daqueles dos fatores físicos de duas maneiras. Primeiro,
os fatores biológicos trazem à tona atributos interativos; o predador forma a
adaptação de sua presa para a fuga, mas a sua própria adaptação para a
perseguição e captura é formada, exatamente como se esperaria, pela presa.
Segundo, os fatores biológicos tendem a diversificar as adaptações mais do
que promover similaridade. Em resposta ao estresse físico do ambiente, muitos
tipos de organismos chegam a soluções semelhantes. Deste modo, a maioria
das plantas do deserto reduziu ou dividiu finamente as folhas para minimizar o
estresse por calor e a perda de água. Mas, em resposta aos fatores biológicos
em seus ambientes, cada organismo se especializa, perseguindo um
sortimento diferenciado de presas, esforçando-se para evitar um conjunto de
predadores e organismos patológicos, e engajarem-se em arranjos
cooperativos com um único conjunto de polinizadores, dispersores de
sementes, ou microorganismos intestinais.
O consumo cobre todos os tipos de interações, incluindo aquelas entre
herbívoros e plantas e aquelas entre os parasitos e os seus hospedeiros. Estas
são as mais fundamentais interações na natureza porque tudo deve comer, e a
maioria dos organismos arrisca-se a ser comida. As relações: predador-presa;
herbívoro-planta e parasito-hospedeiro; são consideradas especiais, dentre as
relações consumidor-recurso; que organizam as comunidades biológicas numa
série de cadeias de consumidores. Nós as vimos antes sob o ponto de vista de
cadeias alimentares. Em todas as interações, consumidor-recurso, se por um
lado o consumidor se beneficia podendo sua população aumentar, por outro
lado os recursos sofrem, tanto no nível individual como no populacional. Deste
modo, enquanto a energia e os nutrientes movem-se na cadeia alimentar para
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cima, os mecanismos de controle populacional e a seleção natural exercem


sua influência em ambas as direções.

1.3 ECOSSISTEMAS NO BRASIL

Designa o conjunto formado por todos os


atores bióticos e abióticos que atuam simultaneamente sobre determinada
região. Considerando como fatores bióticos as diversas populações
de animais, plantas e bactérias e os abióticos os fatores externos como a água,
o sol, o solo, o gelo, o vento. São chamados agroecossistemas quando além
destes fatores, atua ao menos uma população agrícola. A alteração de um
único elemento costuma causar modificações em todo o sistema, podendo
ocorrer perda do equilíbrio existente. Todos os ecossistemas do mundo formam
a Biosfera. Um ecossistema é o conjunto de todas as relações entre fauna,
flora e o meio ambiente de determinada região.

o Os estudos de representatividade ecológica levam em consideração


diversos elementos tais como, riqueza biológica, vegetação,
biogeografia, distribuição de áreas protegidas e antropismo. Os estudos
de representatividade têm por objetivo verificar como os diversos
ecossistemas – biomas, ecorregiões e biorregiões – estão sendo
representados por meio de ações conservacionistas como: áreas
protegidas, corredores ecológicos, projetos de preservação de espécies
etc. Obtém-se, assim, uma identificação e análise de lacunas, que
deverão ser consideradas na definição de prioridades de conservação.
Os métodos de identificação de ecorregiões, análise de lacunas, gestão
biorregional e ecorregional estão sendo utilizados; pelas principais
instituições conservacionistas mundiais, o que resulta na padronização
de procedimentos e eficiência nas ações.
o Ecossistemas brasileiros: amazônico; caatinga / semiárido; zona dos
cocais; mata atlântica; cerrado; pantanal mato-grassense; costeiros;
campos sulinos e mata de araucárias.

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Amazônia
 A Amazônia é a maior floresta tropical úmida do planeta, com cerca de
5,5 milhões de km², sendo que 3,3 milhões estão em território brasileiro.
O restante se divide entre Guiana Francesa, Suriname, Guiana,
Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Localizada na Região
Norte do país, abrange 47% do território nacional. Já a Amazônia Legal,
criada em 1966, engloba uma área total de 4,9 milhões de km², ou 60%
do território nacional. Há três tipos de floresta amazônica: matas de terra
firme, mata de igapó e mata de várzea. As matas de terra firme possuem
as árvores mais altas, que em algumas espécies podem alcançar 65 m.
Nos terrenos mais baixos localiza-se a mata de igapó, formada por
espécies de ramificação baixa e densa, como a vitória-régia. A mata de
várzea é um tipo de transição entre as duas primeiras, cuja composição
varia de acordo com a proximidade dos rios.

Caatinga / Semiárido
 A caatinga ocupa cerca de 10% do território brasileiro, se estendendo
pelos estados do Maranhão, Piauí Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais. A
vegetação mais rala do semi-árido, localizada no Sertão nordestino é
conhecida como Caatinga. Já as áreas mais altas, que enfrentam secas
menos severas e que estão localizadas mais próximas do litoral
caracterizam o agreste. A área de transição entre a Caatinga e a
Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais.

Zona dos Cocais


• A zona dos cocais aparece principalmente nos estados do Maranhão e
Piauí. Sua vegetação é caracterizada pelo predomínio de palmeiras,
entre as quais se destacam o babaçu, a carnaúba e os buritis.
Essas matas têm grande importância comercial, pois do babaçu se
extraem, entre outras substâncias, óleos, fibras e glicerina, e da
carnaúba, a cera. Nos últimos anos, a zona dos Cocais tem sido
devastada para o aumento das áreas de pastagens. Isso não ocorreria,
entretanto, se fosse feito um reflorestamento, uma vez que as espécies

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vegetais aí encontradas são capazes de se reproduzir com grande


velocidade.

Mata Atlântica
 Até a época do descobrimento do Brasil, a Mata Atlântica recobria todo o
litoral brasileiro, desde o norte do Rio Grande do Sul até o Rio Grande
do Norte. Atualmente, só 4% da cobertura original persistem, mas
mantém o posto de floresta mais biodiversa do mundo. Nela vivem 15%
de todas as espécies animais e vegetais do planeta. Entretanto, ostenta
também o triste índice de ecossistema mais agredido do mundo.

Cerrado
 O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro, com uma área
nuclear que equivale a 22% do território nacional; sendo que há grandes
manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas manchas menores
na Caatinga e na Mata Atlântica, apresentando desde campos limpos
sem vegetação lenhosa até o cerradão, uma formação arbórea densa,
encontrada no centro do país.

Pantanal Mato-Grossense
 O Pantanal Mato-Grossense ocupa a parte oeste dos estados do Mato
Grosso e do Mato Grosso do Sul, perfazendo 1,8% do território nacional.
Estende-se ainda por parte do Paraguai, Bolívia e Argentina, onde é
conhecido como chaco. É a maior planície de inundação contínua do
planeta coberta por vegetação em sua maior parte aberta, que configura
uma das mais ricas e completas reservas de vida selvagem do planeta.
O Pantanal também conta com uma das maiores redes fluvial do país. É
atravessado pelo Rio Paraguai e por alguns de seus afluentes, como os
rios São Lourenço, Sepotuba, Taquari, Miranda, Negro e Nabileque.

Ecossistemas costeiros
• Estão localizados próximos à Mata Atlântica e apresenta características
semelhantes. São formados pelas restingas, manguesais, praias,
rochedos e outras formas. As restingas ocupam os solos arenosos dos
cordões litorâneos e dunas. A Plataforma Continental, composta por

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terrenos planos arenosos ou lamacentos abriga os ecossistemas


bênticos. As praias e os rochedos tomam a zona das marés e também
são tomados por algas, o que também acontece com os recifes e as
ilhas. Já os manguezais e os campos salinos de origem flúvio-marinha
florescem sobre terrenos cuja composição seja mais salina.

Campos sulinos
 De maneira genérica, os campos da região Sul do país são chamados
de "pampas", denominação que corresponde somente aos tipos de
campo encontrados no Rio Grande do Sul. Em outras partes da região
encontram-se as matas de araucárias (espécie de pinheiro, típica do
Paraná) e, também, campos semelhantes à savana.

Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais)


 No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m,
destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária
angustifolia, que já ocupou 2,6% do território nacional. Nestas florestas
coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo
dominadas, no entanto, pelo pinheiro do Paraná.

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Chama-se biosfera a região de nosso planeta onde habitam todos os


seres vivos. Nela, a vida é permanentemente possível. Essa parte da Terra é o
espaço que vai desde a altitude de 6.200 metros até profundidades de cerca de
10.100 metros. Isso inclui todos os ambientes onde existe vida: o terrestre, o de
água salgada e o de água doce.

Uma parte da biosfera que pode ser estudada de modo isolado recebe
o nome de ecossistema. Ou seja, o ecossistema é um conjunto que
compreende os seres vivos, o meio ambiente onde vivem e as relações que
esses seres mantêm entre si e com o meio. Desta forma, um complexo de
seres viventes (e vírus) e ambientes físicos onde estes habitam é denominado
ecossistema. Há vários ecossistemas existentes e relacionados entre si. Por
exemplo: um pequeno lago de uma floresta é considerado um ecossistema,
onde habitam pequenos organismos e outros maiores – e a própria floresta é,
também, um ecossistema.

Há nos ecossistemas fluxos de energia, que entram no ciclo via


fotossíntese – energia luminosa – que provém energia aos animais e
microorganismos não-fotossintéticos, sendo esta dissipada na forma de calor.
Assim, os produtores exercem uma função única e imprescindível para
manutenção e sobrevivência dos sistemas vivos – sendo que a produção de

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energia por estes organismos é limitada e variada de acordo com a


disponibilidade de água, uma vez que a perdem proporcionalmente à
quantidade de CO2 que assimilam. Sabe-se, também, que a disponibilidade de
nutrientes também contribui para uma maior ou menor eficiência fotossintética.

Ecossistemas aquáticos, como recifes de coral e estuários, são mais


produtivos em termos de energia; devido principalmente à disponibilidade de
água, luz solar e temperatura. Diferentemente da energia, os nutrientes
permanecem nos ecossistemas, sendo reciclados por componentes físicos e
bióticos – principalmente por reações de óxido-redução, integradas em ciclos
de nutrientes. O material não assimilado pelos consumidores - assim como os
próprios e os restos vegetais - são alimentos para animais detritívoros e para
os decompositores. Assim, a regeneração dos nutrientes ocorre no solo,
principalmente pela ação dos detritívoros, fungos e bactérias e pela
decomposição de rochas, liberando novas moléculas nutricionais ao
ecossistema.

O Brasil é o país de maior biodiversidade do Planeta. Foi o primeiro


signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), e é considerado
megabiodiverso – país que reúne ao menos 70% das espécies vegetais e
animais do Planeta –, pela Conservation International (CI). A biodiversidade
pode ser qualificada pela diversidade em ecossistemas, em espécies
biológicas, em endemismos e em patrimônio genético. Devido a sua dimensão
continental e à grande variação geomorfológica e climática, o Brasil abriga sete
biomas, 49 ecorregiões, já classificadas, e incalculáveis ecossistemas.

1.4 CICLOS BIOGEOQUIMICOS


Os ciclos biogeoquímicos representam a movimentação natural de
elementos químicos no ecossistema entre os seres vivos (componentes
bióticos) e o meio ambiente (componente abiótico). Com a morte de um
organismo, a matéria orgânica que compõe o mesmo é degradada por agentes
decompositores e seus elementos químicos retornam ao ambiente, sendo
reaproveitados por outro organismo vivente. O fato de o planeta Terra ser um
sistema dinâmico respondendo ao pressuposto de Lavoisier (na natureza nada

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se perde tudo se transforma), o movimento e a estocagem da matéria afeta


todos os processos físicos, químicos e biológicos, propiciando a ciclagem de
macro e micro nutrientes.

Entre os principais ciclos destacam-se: o do átomo de carbono (C), do


nitrogênio (N), do fósforo (P), do oxigênio (O), do hidrogênio (H) e o da
molécula de água (H2O). Átomos de carbono se incorporam em compostos
orgânicos através da fotossíntese (absorvido na forma de nitratos por plantas
comidas por animais, produzindo excreção de nitrato, que volta ao solo), da
água (evaporação, à chuva, e assim por diante).

Os caminhos percorridos ciclicamente entre o meio abiótico e o biótico


pela água e pelos elementos químicos carbono, oxigênio e nitrogênio
constituem os ciclos biogeoquímicos. São processos naturais que reciclam
elementos em diferentes formas químicas do meio ambiente para os
organismos, e, depois, vice-versa. Água, carvão, oxigênio, nitrogênio, fósforo e
outros elementos percorrem estes ciclos, unindo os componentes vivos e não-
vivos da Terra. Sendo a Terra um sistema dinâmico, em evolução, o
movimento e a estocagem de seus materiais afetam todos os processos
físicos, químicos e biológicos.

Um ciclo biogeoquímico é o movimento ou o ciclo de um determinado


elemento ou elementos químicos através da atmosfera, hidrosfera, litosfera e
biosfera da Terra. Os ciclos estão intimamente relacionados com processos
geológicos, hidrológicos e biológicos. Como exemplo, pode-se lembrar que um
modesto conhecimento sobre o ciclo geológico (aqui referido como um conjunto
dos processos responsáveis pela formação e destruição dos materiais da
Terra, subdividido em: ciclo hidrológico e ciclo das rochas) é valioso para o
conhecimento e compreensão de nosso ambiente, que é intimamente
relacionado aos processos físicos, químicos e biológicos. Por exemplo, para
avaliar o impacto ambiental de um material perigoso, como a gasolina, que
vazou para o subsolo, as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo,
rochas e água deveriam ser entendidas. Essa compreensão ajudaria a
responder perguntas como: Quão séria foi a contaminação? Quanto o

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contaminante poderá mover-se? Quanto o dano ambiental poderá ser


minimizado?

Na Natureza, nada se cria nada se perde tudo se transforma.


Este é o princípio de conservação da matéria, enunciado por Lavoisier.
Os elementos químicos ora estão participando da estrutura de moléculas
inorgânicas, na água, no solo ou no ar, ora estão compondo moléculas de
substâncias orgânicas, nos seres vivos. Pela decomposição cadavérica ou
por suas excreções e seus excrementos, tais substâncias se decompõem e
devolvem ao meio ambiente os elementos químicos, já na forma de
compostos inorgânicos.

O Ciclo do Carbono

Essencial para a atividade fotossintética dos seres clorofilados e para a


manutenção do calor fornecido pelo Sol, o dióxido de carbono (CO2) entra na
composição do ar atmosférico na proporção de 0,04%.

A atividade respiratória dos seres vivos e as combustões em geral,


lançam anualmente mais de cinco bilhões de toneladas desse gás na
atmosfera, provocando poluição. O aumento significativo de gás carbônico na
atmosfera vem provocando um aquecimento cada vez maior do planeta,
reduzindo a perda de calor para o espaço exterior (efeito estufa). Nos seres
vivos, o carbono tem um papel estrutural e seus compostos são consumidos
como reservatórios de energia. Ao fim dos processos respiratórios, que visam a

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liberação da energia contida nas moléculas orgânicas, o gás carbônico


reaparece com um dos produtos finais, sendo devolvido ao meio abiótico para
reiniciar o ciclo.

O Ciclo do Oxigênio

Encontrado no ar numa proporção de 20,94%. Seu ciclo está intimamente


ligado ao ciclo do carbono. Durante a fotossíntese, os organismos retiram CO2
do ambiente e desprendem oxigênio (O2). O oxigênio liberado para a
atmosfera é proveniente da quebra de moléculas de água durante a
fotossíntese. À medida que a atividade fotossintética produz e libera O2 livre,
esse gás vai sendo reprocessado na respiração aeróbia, restaurando a água
como produto final. Durante a respiração, os seres aeróbios, consomem O2 e
liberam CO2 para o ambiente.

O Ciclo do Nitrogênio

Encontrado no ar atmosférico numa proporção de 78,09%, o nitrogênio


(N2) é indispensável à formação dos aminoácidos que constituem as proteínas,
porém os organismos superiores não conseguem absorvê-lo diretamente do ar.
As plantas absorvem o nitrogênio do solo na forma de nitratos (NO3). No solo e
nos ecossistemas aquáticos, o nitrogênio é transformado em nitratos pelos
organismos fixadores de nitrogênio (cianobactérias), pelas bactérias

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nitrificantes e pelos decompositores. As descargas elétricas dos relâmpagos


combinam átomos de nitrogênio com átomos de oxigênio, formando nitratos
que se precipitam para o solo. As bactérias do gênero Rhizobium que formam
nódulos nas raízes das leguminosas, retêm o nitrogênio livre, formando
nitratos. Elas se nutrem dos carboidratos produzidos pelas leguminosas e
fornecem os nitratos que produziram. As cianobactérias também são capazes
de assimilar o nitrogênio livre, produzindo nitratos. Alguns fungos também são
assimiladores de N2. Entretanto os decompositores e as bactérias nitrificantes
do solo desempenham os papeis mais importantes no ciclo do nitrogênio. As
bactérias de putrefação decompõem as proteínas produzindo, entre outros, a
amônia (NH3) e os íons amônio (NH4+). Algumas plantas absorvem os íons
amônio. As bactérias nitrificantes ou nitrosas (Nitrosomonas sp. e
Nitrosococcus sp.) oxidam a amônia dando ácido nitroso que reage com outras
substâncias e origina nitritos (NO2). As bactérias nítricas (Nitrobacter) oxidam
os nitritos em nitratos. As bactérias denitrificantes decompõem a uréia e a
amônia, liberando nitrogênio molecular para a atmosfera.

O Ciclo da Água
A água no estado líquido está continuamente evaporando. Nas altas
camadas atmosféricas ela se condensa, formando as nuvens, de onde
resultam as chuvas. Ela pode também se precipitar na forma de neve ou de
granizo. A precipitação pluvial ocasiona a formação de lençóis subterrâneos e
de nascentes de rios. Os rios drenam para os mares. Parte dessa água é
absorvida pelos seres vivos e utilizada em seu metabolismo. Através da
transpiração, respiração e excreção os seres vivos devolvem a água para o
ambiente.
O Ciclo do Cálcio
Todos os minerais (cálcio, ferro, fósforo, enxofre, etc.) circulam pelos
seres vivos, pela água, pelo ar e pelo solo. Vamos tomar como exemplo o
cálcio. Os carbonatos e fosfatos de cálcio são encontrados na organização do
corpo dos espongiários (espículas), corais, conchas de moluscos, carapaças
de crustáceos e nos esqueletos dos equinodermos e dos vertebrados. Após a
morte desses animais, essas estruturas se decompõem lentamente e seus
sais se dissolvem na água e no solo. Com o passar do tempo, pode ocorrer a

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deposição e sedimentação desses sais, surgindo os terrenos sedimentares de


calcário (mármore, etc.). A erosão das rochas calcárias devolve os sais de
cálcio para as águas onde poderão voltar a ser absorvidos pelos seres vivos.

RESUMO DA UNIDADE

Nesta unidade estudamos a composição da biosfera, no que se refere


a sua formação desde um simples organismo até sua completa relação com a
natureza; tratamos também de alguns conceitos ligados ao tema a ecologia.
Continuando nosso avanço, o estudo das relações entre espécies determinou
os vários tipos existentes, sempre dentre as relações harmônicas ou
desarmônicas. Ainda assim, nos ecossistemas a percepção de que as
características de uma conhecida fauna e flora pertencem a uma determinada
região, onde estão completamente adaptados. De outra forma, a concepção da
vida mostrada através dos ciclos biogeoquímicos, conduz o entendimento de
que na natureza nada se cria tudo se transforma.

PARA SABER MAIS

Sites:

• http://www.brasilescola.com/biologia/ecologia.htm

• http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ecologia.htm

Vídeos:

• Acesse o youtube e assista ao vídeo “cadeia alimentar” – 9:06min.

• Acesse o youtube e assista ao vídeo “pirâmides ecológicas” – 8:19min.

REFLEXÕES SOBRE A APRENDIZAGEM

A biota terrestre possui a flora mais rica do mundo, com até 56.000
espécies de plantas superiores, já descritas; acima de 3.000 espécies de
peixes de água doce; 517 espécies de anfíbios; 1.677 espécies de aves; e 518
espécies de mamíferos; pode ter até 10 milhões de insetos. É preciso lembrar
que abriga, também, a maior rede hidrográfica existente e uma riquíssima
diversidade sociocultural. O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo

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espaço necessário à sua sobrevivência e reprodução, mas também às suas


funções vitais, incluindo o seu comportamento, através do metabolismo. Por
essa razão, o meio ambiente, e a sua qualidade, determina o número de
indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat. Por outro lado, os
seres vivos também alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem.
O exemplo mais dramático de alteração do meio ambiente por organismos é a
construção dos recifes de coral por minúsculos invertebrados,
os pólipos coralinos.

SUGESTÕES DE LEITURA
COELHO, Ricardo Motta Pinto. Fundamentos em Ecologia. Porto Alegre.
Artmed.

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