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LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

Disciplina: GEOLOGIA

Tutor: LUIZ RICARDO MENEGHELLI FERNANDES RA: 8094660


Aluno (a): RICARDO RUFINO DA COSTA Turma: DGGEO1902GNSA0S
Unidade GOIANÉSIA

Portfólio (Atividade - Ciclo 2)


Ao longo dos 4,6 bilhões de anos de existência, a Terra tem sido um planeta
dinâmico, em constante mutação. Os continentes e bacias oceânicas mudaram de
tamanho, formato, distribuição, a composição da atmosfera mudou, montanhas e morros
são desgastados pela erosão ao mesmo tempo em que ocorrem erupções vulcânicas e
terremotos, indicativos das forças internas da Terra (WICANDER; MONROE 2009).
Baseado na afirmação exposta anteriormente e nas leituras propostas até agora,
responda as seguintes questões:
1) Como a Terra é dividida internamente?
A Terra é constituída por materiais sólidos, líquidos e gasosos, que se acham
dispostos em camadas concêntricas. De dentro para fora, as camadas da estrutura da
Terra são: núcleo ou barisfera, manto, Crosta Terrestre que forma estrutura interna;
litosfera, mesosfera e atmosfera formam a estrutura externa. A Terra é constituída,
basicamente, por três camadas:
- Crosta Terrestre: Camada superficial sólida que circunda a Terra. Representa apenas
1% da massa do planeta. Sua origem ocorreu a partir do resfriamento do magma; sendo,
portanto, a camada superficial. Podemos dividir a crosta terrestre (litosfera) em três
camadas diferentes:
*camada sedimentar superficial: constituída por rochas sedimentares que, em certos
lugares pode atingir vários metros de espessura, já em outros desaparece.
*camada granítica intermediária: é constituída por rochas cuja composição é
semelhante ao granito. Essa camada também é chamada de Sial.
*camada basáltica inferior: é bastante semelhante ao basalto. É também chamada de
Sima.
- Manto: camada logo abaixo da crosta. É formada por vários tipos de rochas que,
devido às altas temperaturas, encontram-se no estado pastoso e recebem o nome de
magma. Trata-se de uma camada intermediária situada acima do núcleo. Tem uma
espessura aproximada de 2,9 mil km, sua composição é de rochas ultrabásicas. Boa

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parte dos fenômenos que afetam a crosta terrestre tem origem na parte superior do
manto. Magma é uma matéria em estado de fusão (pastoso), que constitui boa parte do
núcleo e do manto.
- Núcleo: Compreende a parte central do planeta e acredita-se que seja formado por
metais como ferro e níquel em altíssimas temperaturas. Parte mais interna do planeta.
Pode ser dividido em núcleo externo e interno. O núcleo externo comporta-se como
liquido apesar de sua composição metálica, admite-se que seus componentes estão em
estado de fusão. Estende-se de 2,9 mil km até 5,1 mil km. O núcleo interno vai desde
5,1 mil km até o centro da Terra. O núcleo da Terra é constituído por ferro e níquel. A
temperatura atinge a 4.000/5.000º C.
A litosfera é a camada externa e estruturalmente sólida, envolvendo basicamente a
crosta terrestre, a descontinuidade de Mohorovicic e a porção superior do manto, com
uma profundidade de até 100 km.
A astenosfera encontra-se logo abaixo e também possui uma espessura muito pequena,
estendendo-se até os 670 km e apresentando uma consistência mais pastosa.
A mesosfera, por sua vez, é maior e abrange a zona de movimentação magmática,
envolvendo a maior parte do manto terrestre e alcançado os 2900 km de profundidade.
Por fim, a endosfera abrange o núcleo interno e externo, com as maiores temperaturas e
a profundidade total do planeta, de modo a se estender até os 6378 km correspondentes
ao raio total da Terra. Mais importante do compreender essas divisões do nosso planeta,
é entender que elas não se encontram isoladas umas das outras, de forma que há uma
constante troca de material e, principalmente, de energia. Desse modo, podemos
considerar a Terra não como um elemento estático, mas sim como um corpo
extremamente dinâmico e que apresenta variações conforme a evolução das eras
geológicas.
2) O que são minerais?
Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interação
de processos físico-químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e
denominado não apenas com base na sua composição química, mas também na estrutura
cristalina dos materiais que o compõem. Os minerais são compostos químicos
inorgânicos formados naturalmente e que apresentam uma estrutura molecular bem
definida. Eles podem ser formados na Terra ou surgir no planeta através de meteoritos e
demais corpos espaciais não terrestres.

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3) Como podemos conceituar rochas e quais são os principais tipos existentes?
Rocha é a união natural de minerais, compostos químicos definidos quanto à sua
composição, podem ser encontrados no decorrer de toda a superfície terrestre.
• ígneas ou magmáticas: são rochas formadas pelo esfriamento e solidificação de
elementos endógenos, no caso, o magma pastoso. São exemplos de rochas magmáticas:
granito, basalto, diorito e andesit.
• Sedimentares: esse tipo de rocha tem sua formação a partir do acúmulo de resíduos de
outros tipos de rochas. São exemplos de rochas sedimentares: areia, argila, sal-gema e
calcário.
• Metamórficas: esse tipo de rocha tem sua origem na transformação de outras rochas,
em virtude da pressão e da temperatura. São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse
(formada a partir do granito), ardósia (originada da argila) e mármore (formação
calcária). As mais antigas rochas são as do tipo ígneas e metamórficas, que surgiram
respectivamente na era Pré-Cambriana e Paleozoica. Essas rochas são denominadas de
cristalinas, por causa da cristalização dos minerais que as formaram. Ao contrário das
outras, as rochas sedimentares são de formações mais recentes, da era Paleozoica à
Cenozoica. Essas são encontradas em aproximadamente 5% da superfície terrestre.
Dessa forma, os minerais e as rochas compõem uma parcela primordial da litosfera, que
corresponde ao conjunto de elementos sólidos que formam os continentes e as ilhas.
4) Identifique os conceitos chave do ciclo das rochas e elabore um mapa conceitual.
O ciclo das rochas é o processo de transformação dos três tipos de rochas.
Sabemos que existem três tipos de rochas: ígneas, metamórficas e sedimentares. Sendo
assim, elas estão constantemente alterando suas características, mudando de um tipo
para outro, em um processo cíclico denominado de ciclo das rochas (veja o esquema
abaixo).

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Esquema explicativo do ciclo das rochas
1º transformação das Rochas Ígneas em sedimentares: Por se tratar de um ciclo fechado,
não é possível dizer onde está o seu início e onde está o seu fim. Entretanto, para
entendermos bem o processo, vamos considerar o começo do ciclo na transformação das
Rochas Ígneas. Com os movimentos da terra, muitas rochas ígneas que se formam há
muitos quilômetros abaixo da superfície acabam emergindo, ao longo de milhões de
anos. Essas rochas acabam sofrendo a ação dos agentes externos, como a água, os
ventos, a exposição ao sol e às chuvas, entre outros. Com isso, a rocha vai mudando as
suas características. Esse processo de transformação do solo por agentes externos é
denominado intemperismo e o seu resultado são as rochas sedimentares. Elas se formam
quando os sedimentos gerados pelo intemperismo são depositados em fundos de rios,
lagos e se aglutinam.

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2º transformação das rochas sedimentares em metamórficas: Com o tempo, as camadas
da terra vão se sobrepondo e essas rochas sedimentares vãos se acumulando em
profundidades cada vez maiores. Com isso, passam a sofrer com a pressão da terra e de
seu extremo calor interno, tornando-se mais duras e passando a serem chamadas de
rochas metamórficas. O processo de aquecimento e endurecimento das rochas é
chamado de metamorfismo.
3º transformação das rochas metamórficas em ígneas: Como continuação desse
processo, as rochas metamórficas podem sofrer ainda mais com o calor e pressão da
terra, de tal forma que elas podem começar a derreter, formando as lavas. Com o
endurecimento dessas lavas, temos novamente a formação das rochas ígneas. O
processo de derretimento das rochas é chamado de fusão.
4º transformações diretas: É possível, também, que uma rocha ígnea volte a sofrer com
o metamorfismo e se torne novamente metamórfica. Assim como também é possível
que as rochas metamórficas, ao invés de se aquecerem ainda mais, apareçam na
superfície, sofrendo as ações do intemperismo e se transformando em rochas
sedimentares. Só não é possível que as rochas sedimentares se transformem diretamente
em ígneas, pois mesmo que elas esquentem muito, primeiramente elas se tornam
metamórficas para depois se transformarem em ígneas.
5) O que são dobras e falhas? Quais os tipos e como essas estruturas podem
influenciar as formas de relevo?
As dobras e falhas são fenômenos geológicos originados de ações tectônicas,
que ocorrem no interior da Terra. Dobramentos (como se formam): Tem como origem
os movimentos de pressões horizontais (laterais), que ocorrem num terreno de estrutura
sedimentar, provocadas pelas placas tectônicas. Estas forças fazem com que surjam
dobras (elevações e rebaixamentos) nas camadas superficiais do planeta Terra. Grandes
partes das cadeias montanhosas surgiram deste processo. Grande parte dos dobramentos
que existem no relevo do nosso planeta foi formada lentamente, com início há milhões
de anos. Os dobramentos modernos são aqueles que surgiram recentemente (na escala
de períodos geológicos), ou seja, no Período Terciário (entre 65 milhões e 2,5 milhões
de anos atrás).
Exemplos de Dobramentos Modernos
- Cordilheira dos Andes (América do Sul)
- Cordilheira do Himalaia (Ásia)

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- Alpes (Europa)
- Montanhas Rochosas (América do Norte)
Falhas Geológicas: As falhas são estruturas geológicas que tem como origem as forças
internas verticais (de cima para baixo) ou inclinadas. A ação destas forças geológicas
em áreas compostas por materiais rochosos (resistentes) provocam rupturas. Estas
fraturas (rupturas) dão origem às falhas. As falhas podem originar diversos tipos de
estruturas como, por exemplo, fossas tectônicas e os horsts (área alta com espécies de
degraus dos dois lados). Muitas regiões que possuem estas falhas podem ainda estar em
processo de assentamento (estabilização) e, eventualmente, provocar movimentos
geológicos, ocasionando terremotos. É o caso de San Andreas na Califórnia (EUA), que
tem apresentado movimentos nas últimas décadas e originado terremotos na região. Esta
região da falha sofre a ação das forças de duas placas tectônicas: Placa Norte Americana
e Placa do Pacífico. Exemplos de falhas geológicas:
- Falha Geológica de San Andreas (Califórnia, EUA).
- Falha de San Ramón (Santiago do Chile).
- Falha de Altyn Tagh (China).
- Falha de Montagua (Guatemala).
- Falha de Fagnano-Magallanes (Estreito de Magalhães e Terra do Fogo, extremo sul da
América).
6) Referencias bibliográficas
ASSUMPÇÃO, Marcelo & DIAS NETO, Coriolano M. Sismicidade e estrutura interna
da Terra. In: TEIXEIRA, Wilson et al. org. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de
Textos, 2000. 568p. il. p. 47-50
PENA, Rodolfo F. Alves. "Ciclo das Rochas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ciclo-das-rochas.htm. Acesso em 18 de março
de 2020.
Autor: Pomerol, Charles e outros, Editora: Bookman, Ano de publicação: 2013 Temas
do livro: Geologia, Relevo, Geografia, Geomorfologia.

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