Compartimentos intracelulares
A formação da proteína acontece graças à informação que
está no RNA mensageiro. A informação está nos genes que não
saem do núcleo, portanto, RNA mensageiro vai com a
informação até o citosol onde vai ser traduzido pelos
ribossomos. O reticulo endoplasmático rugoso é assim
chamado por causa dos ribossomos “aderidos” a ele... Na
verdade, os ribossomos não ficam grudados no RER. Quando
tem uma proteína que precisa entrar no RER para ir para seus
destinos, as subunidades ribossomais encostam no RER e
traduzem o RNA mensageiro, quando acaba a tradução as
subunidades se soltam e voltam a ser livres no citosol. Nem toda 2. Fagocitose de bactérias: tem seus próprios genomas e
síntese proteica ocorre no RER. Os ribossomos estão livres no sintetizam parte das suas proteínas.
citosol, quando o RNA mensageiro sai do núcleo ele vai para o
citosol, pode ser que ele vá para o RER ou pode ser que ele seja Em algum momento da evolução a célula eucariótica
lido no próprio citosol e quem dita isso é o destino da proteína anaeróbia fagocitou uma bactéria aeróbia surgindo as
que vem na sequência-sinal. mitocôndrias e cloroplastos, gerando uma endossimbiose,
onde ambas se beneficiaram. A célula se beneficiava porque
• Síntese no citosol: destino citosol, mitocôndrias, a bactéria estava fazendo respiração celular, gerando ATP e a
peroxissomos, núcleo. bactéria agora tinha um monte de proteína à sua disposição.
• Síntese no RER: destino RE, Golgi, lisossomos, membrana A mitocôndria um dia foi essa bactéria, tanto é que ela tem
plasmática, secreção. DNA próprio e produz suas próprias proteínas.
Organelas
O que são organelas com endomembranas?
destino. Se a proteína não tiver nenhuma sequência-sinal ela o núcleo, chegando lá a proteína receptora solta a proteína
permanece no citosol. importada e volta para o citosol ao citoplasma para pegar
outra.
Proteínas nucleares
Proteínas que são destinadas ao núcleo, são ativamente
transportadas pelos poros nucleares.
Doenças peroxissomais
Envolve o metabolismo de ácidos graxos de cadeia muito
Peroxissomos longa (AGCML), síntese de fosfolipídeos e ácidos biliares,
Peroxissomos são bolsas membranosas que contêm alguns tipos enzimas antioxidantes.
de enzimas digestivas. Sua semelhança com os lisossomos fez 2 grupos:
com que fossem confundidos com eles até bem pouco tempo. • Defeito de uma única enzima: Adrenoleucodistrofia ligada
Entretanto, hoje se sabe que os peroxissomos diferem dos ao X, Doença de Refsum.
lisossomos principalmente quanto ao tipo de enzimas que • Doença da biogênese dos peroxissomos: Defeito na
possuem. Peroxissomo tem função de desintoxicação, já o importação de proteínas para os peroxissomos. Síndrome de
lisossomo é de digestão intracelular. Zellweger, Condrodisplasia risomélica tipo I,
• Oxidases: são responsáveis pela catálise da reação de adrenoleucodistrofia neonatal.
oxidação de substratos, envolvendo o oxigênio molecular EX.: Adrenoleucodistrofia: Do filme “O óleo de Lorenzo”. Essa
(O₂) como o aceptor final de elétrons, com consequente doença causa alteração em uma enzima que faz o
produção de peróxido de hidrogênio (H₂O₂). metabolismo de AGCML, de um ácido graxo específico. E
• Catalases: têm por função catalisar a reação de quando os AGCML não são metabolizados, eles acabem
decomposição do (H₂O₂) (tóxico) numa outra que não seja fazendo rotas alternativas gerando produtos tóxicos. O que o
prejudicial à célula. No caso, a água. Seguindo a reação: 2 pai de Lorenzo conseguiu foi que esses AGCML não fizessem
H₂O₂ → 2 H₂O + O₂. essa rota alternativa e não gerassem os produtos tóxicos. Essa
Aspectos funcionais: saída não cura a doença, mas retarda sua progressão.
• Degradação de peróxido de hidrogênio. EX.: Síndrome de Zellweger – S. cérebro-hepato-renal
• Desintoxicação. Quadro clínico: Hepatomegalia, retardo mental, perda
• Metabolismo de lipídios (metabolismo de ácidos graxos e auditiva, cegueira, elevados níveis de minerais no sangue,
síntese de colesterol). ataques epiléticos, hipotonia muscular, “rasgos” faciais.
• Ciclo do ácido glioxílico.
• Foto-respiração.
O transporte das proteínas para o Golgi acontece por uma Uma vez que a terminação caboxílica da proteína tenha
evaginação da membrana do RER. Essa vesícula formada leva passado pela membrana a proteína é liberada dentro do
a proteína até o Golgi, lá a vesícula se fusiona com a lúmen do RE.
membrana do Golgi. Do Golgi Vi surgir outra vesícula que vai
levar a proteína modificada para o seu destino final.
Todas as proteínas que estão nas células foram parar ali através
do transporte vesicular.
Síntese de proteínas:
Retículo endoplasmático e síntese de proteínas: Arranjo de proteínas: Sinais que determinam o arranjo da
proteína transmembrana.
1. Proteína transmembrana de passagem única.
A sequência da tradução é igual a proteína que vai para o
lúmen, porém, aqui existe um segunda sequência sinal que é
hidrofóbica, como é hidrofóbica esse pedaço vai permanecer
na membrana, não entrando no RER, fazendo ligação com as
caldas hidrofóbicas da MP.
Transporte por vesículas chama t-SNARE. Quando as SNAREs se reconhecem elas meio
que se “dão as mãos” e então a vesícula encosta na organela
As proteínas que irão para o sistema golgiense, endossomos, alvo e então acontece a fusão.
lisossomos e superfície celular entram primeiro no RE (vindas do
citosol). Mas o transporte por vesículas não acontecem só das Existem medicamentos que clivam SNAREs. A toxina botulínica
coisas que saem, tudo que entra na célula, que foi endocitado ela cliva SNARE, se você não tem SNARE não há o fusionamento
também entra pelo transporte vesicular. da vesícula, não libera acetilcolina e não vai ter a contração
muscular.
A partir daí as proteínas serão transportadas por vesículas de
transporte. Há 2 vias: secretória/exocítica e endocítica.
CLATRINA, que puxam a parte da membrana que vai se Proteínas SNAREs atuam na fusão de membranas.
destacar e formar a vesícula.
Vias secretoras
• A maioria das proteínas é quimicamente modificada no RE.
• No interior do RE ocorre a formação de pontes dissulfídicas,
pela oxidação de pares de cadeias laterais de cisteínas.
• As pontes dissulfídicas dão estabilidade para as proteínas Retículo Endoplasmático Liso
quando elas encontram mudanças de pH e enzimas no
exterior da célula.
• No RE ocorre a glicosilação, formando glicoproteínas.
• O citosol não tem enzimas de glicosilação.
3. As asparaginas
glicosiladas tem uma
sequência de 3 peptídeos:
Asparagina-X-Serina
Asparagina-X-Treonina
X = qualquer aminoácido.
Síntese de fosfatidilcolina
Aqui as chaperonas têm uma função completamente
Exportação de lipídios do REL:
diferente das chaperonas da mitocôndria. No RER as
chaperonas são responsáveis por marcar as proteínas
aberrantes. Então, essas proteínas marcadas para morrer
recebem uma molécula chamada ubiquitina. Toda proteína
que ubiquitinada é entregue ao proteassomo (sistema que
destrói proteína).
Complexo de Golgi
Modificação e distribuição das proteínas no Golgi
Lisossomos
• Sacos membranosos contendo enzimas hidrolíticas que
conduzem a digestão intracelular.
• Cerca de 40 tipos de enzimas estão presentes, as hidrolases
ácidas que agem em pH ácido, dentro do lisossomo.
• Sua membrana contém transportadores que permitem que
os produtos finais da digestão de macromoléculas como
aminoácidos, açucares e nucleotídeos, sejam transportados
para o citosol.
• A membrana mantém uma bomba de H + dirigida por ATP,
que bombeia H+ para dentro do lisossomo mantendo o pH
ácido. As enzimas do lisossomo só atuam em pH ácido.
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Via regulada:
→ Classe 3: Não há ligação com o LDL e o receptor. A Anticorpo monoclonal que se liga à PCSK9 impedindo que ela
proteína receptora não reconhece o LDL. se ligue ao receptor.