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Centro de Ensino Superior Potrich Ltda.

Faculdade Morgana Potrich – FAMP


ALUNO(A):

CURSO: MEDICINA PERÍODO: 1 PROFESSOR(A): Ricardo Nunes


VALOR DA DATA: NOTA:
AVALIAÇÃO: 26 _______ / _______ / ______

AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA, CULTURA E ÉTICA

1. “(...) A introdução da máquina a vapor intensifica o ritmo produtivo, as fábricas passam a demandar
mais mão-de-obra, e as cidades crescem nas periferias. As péssimas condições de trabalho começam
a chamar a atenção dos administradores. O corpo, tomado como meio de produção pelo capitalismo
emergente, será objeto de políticas, práticas e normas. Surgem as primeiras regulações visando à
saúde nas fábricas. Dentre estas, a redução da excessiva carga horária de trabalho...” (Moacyr Scliar,
1978).
Segundo o texto acima, o modelo histórico que impulsionou o início da medicina socializada seria:
a) A Revolução Russa que trouxe o modelo comunista de ordem econômica para a sociedade pós
feudal.
b) A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra do século XIX, que inaugurou o processo de saúde
do trabalhador.
c) A primeira grande guerra mundial, que alavancou os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
d) A segunda grande guerra mundial, que trouxe um novo paradigma de saúde das populações
urbanas.
e) A Revolução Socialista Soviética que, dentre os seus ideais, trazia a ideia de distribuição das
riquezas em favorecimento aos mais pobres e aos mais doentes.

2. Dentre os fatos históricos que influenciaram para o surgimento da Medicina social e coletiva no
mundo, pode-se considerar como incorreto:
a) Revolução Francesa: a higiene urbana tinha como preocupação central a análise das regiões de
amontoamento que significassem ameaça à saúde humana, como os cemitérios e os matadouros,
propondo sua ‘re-localização’ e o controle da circulação do ar e da água.
b) Revolução Industrial: Iniciou a era da medicalização das cidades; por fim, com o desenvolvimento
do proletariado industrial na Inglaterra, a medicina inglesa começa a tornar-se social através da ‘lei dos
pobres’.
c) Revolução Socialista Soviética: O processo de economia estatal deveria estar totalmente voltado às
questões sanitárias e à medicalização da sociedade mais pobre.
d) Revolução Industrial: Nesse contexto de crescente urbanização dos países europeus e de
consolidação do sistema fabril, a concepção de causação social passa a se fortalecer como
interpretação das relações entre as condições de trabalho das populações e da classe trabalhadora e
o aparecimento de doenças.
e) Final do Sistema Feudal: com fim do modelo feudal de sociedade e a expansão comercial, as
cidades tornam-se cada vez mais importantes econômica e politicamente. O mercantilismo impulsiona
a indústria nascente, e a produção torna-se elemento central na atividade econômica dos países e o
surgimento de grandes populações urbanas causaram um grande problema de saúde pública.

3. Em relação às desigualdades sociais, marque a opção que menos se destaca a questão da


desigualdade e sua relação direta com a falta de saúde das populações:

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a) A falta de recursos públicos para a saúde gera exclusão social.
b) Os menos favorecidos economicamente tendem a ser menos informados em relação ao tratamento
de sua saúde.
c) Há uma razão diretamente proporcional na relação saúde – economia.
d) As classes mais abastadas economicamente sempre tem o acesso à melhores condições de saúde.
e) A melhora da economia mundial gera um desequilíbrio social, que é refletido na piora da qualidade
de saúde para todos.
Questão anulada

4. “(...) O termo biopolítica, aparece por primeira vez no ensino de Foucault em sua conferência ‘O
nascimento da medicina social’, proferida no Rio de Janeiro em 1974. É pois, justamente no contexto
da medicina, que a noção de biopolítica será gerada: “o capitalismo que se desenvolveu entre os
confins do século XVIII e o início do XIX, socializou um primeiro objeto, o corpo, em função da sua
força de trabalho...” Macedo, LF (2013).
Em relação à biopolítica e sua caracterização com o as práticas de medicina social, identifique a
alternativa incorreta:
a) Segundo Foucault, o corpo é uma realidade biopolítica e a medicina é uma estratégia da biopolítica.
b) A partir de seus mecanismos de controle, regulação e normatização, a biopolítica tem por objetivo
manter uma média de consumo entre a população e assegurar compensações financeiras a partir
disso.
c) A biopolítica instala mecanismos de previsão e de regulamentação em torno do consumo popular
que é inerente a uma população, e mesmo, de mecanismos capazes de otimizar um estado de vida.
d) Nesses fundamentos da biopolítica, o Estado não tem participação ativa de controle da população.
e) A domesticação dos corpos, através de cenários sutis de controle é o que define a estratégia da
biopolítica no ambiente da medicalização.

5. “(...) Com os efeitos do biopoder sobre a população, a medicalização passa a funcionar em uma
vertente exclusivamente cosmética, através da dissolução da fronteira entre medicamento e doença,
que vai aos poucos sendo substituída por uma nova conexão, a do medicamento com o bem-estar..”
A partir do conhecimento sobre biopolítica e biopoder, analise os exemplos abaixo e identifique qual
não faz relação alguma com as políticas de controle da população:
a) A proliferação e mesmo uma certa banalização do uso dos medicamentos que visam a performance
sexual, tais como o Viagra e similares por consumidores que não possuem disfunção erétil.
b) A percepção de que o mau-humor, a tristeza, a angústia e outros estados emocionais,
demasiadamente humanos, são considerados patológicos, e portanto, erros de programação a serem
corrigidos através de medicamentos existentes para esse fim.
c) A busca de motivações pessoais para a melhoria do bem-estar, através de práticas de exercícios
físicos e de alimentação saudável.
d) A lógica do consumo no mercado capitalista globalizado de “produtos de beleza” que vise a redução
das marcas de expressão em cidadãos da terceira idade.
e) A busca desenfreada de cirurgias estéticas, como a “lipo-escultura” e o implante de silicones em
adolescentes brasileiras.

Considere o texto abaixo para responder as questões 6 e 7:


“O documentário Sicko, de Michael Moore, mostra como o “sonho americano” vira pesadelo quando
trata-se de saúde (e outras “cositas más”). O que existe nos EUA é uma verdadeira máfia dos planos
de saúde, aliás, a palavra máfia vem de uma gíria árabe, mahyas, que quer dizer “agressivo
ostentando, gabando”, perfeita descrição para a segregação criada pela falta de um sistema universal
para os americanos. Sendo o principal exemplo de país capitalista do mundo, não teria como ser

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diferente, teria? SIM, TEM! Michael mostra exemplos bem sucedidos, como Canadá e França. Mostra
Cuba também, com sua medicina igualitária e humanizada, e numa total ironia temos Guantánamo,
com um tratamento de ponta para seus “pacientes”, como já dizia a canção: Guantanamera, guajira
guantanamera! Juro que a primeira vez que a ouvi fiz o trocadilho com “quanta lameira”, creio que
várias pessoas também!” Rede Humaniza SUS. Disponível em:
http://www.redehumanizasus.net/79508-analise-do-documentario-sicko-de-michael-
moore#sthash.QbNqe99C.dpuf.

6. Segundo o documentário e, pelo que foi abordado em sala de aula sobre a medicina socializada,
marque a opção incorreta:
a) O fato de a maioria da população estadunidense serem contrários a um sistema de saúde reflete
aspectos de sua própria cultura e de seus valores capitalistas, em que o cidadão deve ser responsável
pelo seu provento e pelos seus custos, incluindo custos médico-hospitalares.
b) A maioria dos médicos estadunidenses se posicionam contra a universalização da saúde, alegando
que seus honorários cairiam, a carga de trabalho aumentaria, a qualidade e a complexidade dos
tratamentos piorariam. Além disso, os pacientes não poderiam escolher seus médicos. Tal ocorrência
seria a “socialização” da saúde, fato ligado ao “comunismo”.
c) A universalização do processo de saúde se dá pelo fato de o governo garantir, sem recolhimento
algum, a assistência e a garantia de saúde a toda a população.
d) Os aspectos ressaltados nos outros países mostrados no filme em oposição às características
americanas foram, por exemplo: no Canadá, a universalização e o retorno pelos impostos pagos,
sendo os procedimentos totalmente custeados pelo governo caso o paciente não possa pagar.
e) Na Inglaterra, os baixos custos dos medicamentos e ausência de custos nos hospitais públicos,
além da boa remuneração e qualidade de trabalho do médico que trabalha para o sistema público de
saúde.

7. A relação política entre Cuba e os Estados Unidos é bastante desigual. Tal fato ocorre devido às
suas características culturais e de posições políticas e históricas distintas. Em relação à assistência à
Saúde, assinale o que for correto em relação a essas duas nações:
a) Em Cuba, a relação do sistema político não dá direitos à assistência à saúde para a população.
b) Em Cuba, no quesito assistência à saúde, o progresso científico é arcaico e não há preparo médico
para as questões de medicina preventiva.
c) Nos EUA, a universalização da saúde é uma realidade atingida pela política de inclusão do
presidente Obama, que inaugurou em 2013 o sistema de saúde gratuito e igualitário a todos os
cidadãos, denominado de “Obama-Care”.
d) EUA e Cuba conseguem prover saúde igualitária e universal à toda a população, sendo exemplos
no mundo todo.
e) Em Cuba, o regime socialista, adotado por Fidel Castro e, atualmente, por seu irmão, Raul Castro
prevê uma medicina social, baseada em prevenção de doenças, sem custos adicionais para a
população assistida.

8. Em relação ao termo “medicina socializada”, assinale a opção correta:


a) É a medicina praticada somente pelos países socialistas.
b) É a medicina praticada por nações que possuem regimes capitalistas, somente.
c) É a medicina praticada por países que querem garantir uma assistência universal e igualitária a
todos os seus cidadãos, independente do regime político adotado.
d) Somente Cuba consegue gerir essa política assistencialista.
e) É adotado por países sulamericanos e não serviria como política para países do hemisfério norte.

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9. “A palavra biopolítica consta no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, que dá a seguinte
definição ambígua: ciência interdisciplinar que estuda a integração e reconciliação da sociedade
moderna e de suas instituições com a infraestrutura de apoio orgânico básico (natureza, clima, saúde
do solo, pureza das águas etc). Como apontado por Foucault, é necessário que haja condições
históricas para o aparecimento de um “objeto de discurso”, uma vez que não seria possível falar sobre
qualquer coisa em qualquer momento. Assim, essa preocupação de intervir nos “determinantes do
adoecimento humano” decorre da grande crise instalada nos sistemas de saúde, que não mais
conseguiam gerir as “doenças”, intervindo apenas no processo de cura.” Dentro desses aspectos,
assinale a opção incorreta:
a) Foucault considera que há um simbolismo em toda a nossa noção de acesso à saúde.
b) No entendimento de Foucault, a sociedade viveria dentro de uma fábula de interesses dos
detentores de poder.
c) Não haveria espaço para ação governamental, segundo a teoria a biopolítica.
d) Seria a saúde um meio de enriquecimento das classes detentoras de poder.
e) O consumo capitalista seria a chave para se garantir o poder.

10. Biopoder, conforme entendido por Foulcault, em seu livro “A História da Sexualidade – A Vontade
de Saber”, poderia ser entendido como:
a) Uma forma de vivenciar o socialismo para os produtos e políticas de origem médico-hospitalar.
b) Uma gestão calculista sobre a vida da população, colocando-a, sob a vigilância das grandes
corporações e do governo.
c) Uma forma de gerenciar o DNA dos cidadãos para formar pessoas de uma só etnia (eugenia).
d) Políticas distintas de assistência médica para a população carente.
e) Política de segregação social, em que o cidadão de menor poder econômico seria assistido pelo
Estado e os outros não teriam essa assistência social.

11. O Estado de Bem Estar Social, que configurou em maior benefícios de saúde e educação para as
populações dos países da Europa, consolidado no pós II Guerra Mundial, pode ser definido como:
a) O reconhecimento de que, no capitalismo liberal, baseada na livre concorrência, a assistência
constitui um desvio moral.
b) O Estado que, ao incorporar a luta pelas reformas, universaliza direitos, essencialmente, voltados a
proteção ao trabalhador.
c) O Estado garantidor de direitos mínimos para o trabalhador e máximo para o sistema de acumulação
capitalista.
d) O Estado garantidor de mínimos direitos, como educação e saúde a todos os cidadãos, não como
caridade, mas como direito.

12. Ainda sobre a definição do Estado de Bem Estar Social, consolidado no século XX em grande
número de países, pode ser definido como:
a) Organizador de sistemas de garantias legais tendo como objetivo organizar, fora da esfera privada,
o acesso a bens e serviços que assegurem a proteção social em face a vulnerabilidade social.
b) Um sistema que previne os riscos sociais diante da pobreza individualmente construída e se propõe
garantir uma rede de serviços somente na área da saúde.
c) Organizador de sistemas de garantias legais tendo como objetivo organizar, no âmbito da esfera
privada, o acesso a bens e serviços que assegurem a proteção social em face a vulnerabilidade social.
d) Um sistema de proteção social que está destinado exclusivamente aos segmentos que se
encontram fora do mercado de trabalho: doença, deficiência, infância e velhice.
e) A questão social não foi pensada, na construção do Estado de Bem Estar Social como um problema
público e portanto fora dos preceitos legais.

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13. Em A História da Sexualidade (Rio de Janeiro, Graal, 1980), Foucault nos traça rapidamente os
fundamentos históricos da medicina social, situando o contexto histórico em que ela se torna
necessária e desempenha um papel importante. Com base nessa obra, assinale a afirmativa correta.

a) A medicina social surge a partir das epidemias que ocorrem na Europa no século XVIII.
b) A medicina social surge como resposta aos protestos e à promiscuidade da classe trabalhadora
inglesa.
c) A medicina social surge como um saber para o controle das epidemias e do espaço urbano na
França.
d) A medicina social surge como forma de disciplinar as sociedades coloniais sujeitas a toda forma de
contaminação.
e) A medicina social surge na Europa como forma de controle do espaço (França), como controle do
corpo dos trabalhadores (Inglaterra) e como técnica de formação e preservação do corpo do soldado
(Alemanha).

14. Michel Foucault, no difundido livro A História da Sexualidade, analisa, entre outras questões, o
surgimento da medicina social, refletindo sobre processos que ocorreram na Inglaterra do século
XIX, e conclui que a medicina inglesa:
a) consistia no questionamento crítico da prática e do saber médicos, incumbindo às universidades e
à corporação dos médicos o encargo da formação médica e a distribuição dos diplomas;
b) constituiu-se através da imposição da quarentena, que pressupunha a permanência de cada pessoa
em sua casa para imediata localização, além de vigilância constante para verificação do contágio, ou
não, da doença;
c) preocupou-se com o controle da circulação da água e do ar, opinando na construção de largas
avenidas no espaço urbano e na demolição de casas edificadas em pontes;
d) constituiu essencialmente um controle da saúde e do corpo das classes mais pobres para torná-las
mais aptas ao trabalho e menos perigosas às classes mais ricas;
e) estatizou-se desde o século XVII através da criação de administradores médicos nomeados pelo
governo para atender a todos os moradores de uma determinada região.

QUESTÕES DISSERTATIVAS (VALOR: 2 PONTOS CADA)

15. Dê o significado sociológico de “medicina social”.


É um conjunto de políticas adotadas por um ente governamental com a finalidade de garantir a
assistência à saúde a toda a população, através da arrecadação de impostos.
16. Qual a importância da Revolução Industrial para o surgimento da medicina coletiva?
Com a revolução industrial, a sociedade inglesa iniciou os primeiros aspectos formais de medicina
coletiva com políticas de implantação de assistência à saúde dos trabalhadores para reduzir os
prejuízos com a mão de obra doente.
17. Qual a influência dos estudos do filósofo Michel Foucault para a percepção do progresso da saúde
coletiva no mundo?
Com os estudos de Foucault, foi identificado a percepção de controle social, através das ferramentas
que gerenciam a saúde no mundo.

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18. Quais os aspectos da “Medicina Urbana” desenvolvida na França pós Revolução Francesa?
Análise das regiões insalubres do espaço urbano (acúmulo de sujeira, pessoas e perigos); controle da
qualidade do ar e da água, tidos como fonte de miasmas e doenças e, por fim, controle da distribuição
e frequência das fontes necessárias à vida nas cidades.
19. Em que período histórico surgiu o conceito de Estado do Bem Estar Social (Wellfare State)? E,
com que propósito essa política surgiu?
Pós 2ª guerra mundial. Essa política surgiu com a finalidade de assistir a população nas áreas mais
nobres de seu envolvimento social (saúde, educação e moradia), para devolver a dignidade humana
dessas pessoas.
20. Por que o princípio da Solidariedade está presente em políticas de Medicina Socializada? Justifique
a resposta.
Como a medicina socializada requer a contribuição de impostos, quem contribui mais paga ajuda a
garantir mais serviços de saúde para quem contribui menos. As pessoas pagam de acordo com sua
renda e recebe os serviços de acordo com sua necessidade.

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