Você está na página 1de 92

Curso de

Transmissão em Corrente Contínua

HARMÔNICOS E FILTROS CA

Antonio de Pádua Guarini


ONS

PATROCÍNIO: ORGANIZAÇÃO:

APOIO:
Harmônicos

Introdução
Com o desenvolvimento tecnológico do setor
elétrico estão sendo introduzidas, nos sistemas,
cargas com características não lineares que geram
uma série de problemas para a qualidade de
energia.
Os efeitos destas cargas são manifestados na
forma de distorções harmônicas e/ou subsíncrona.
Estas distorções podem ser de regime permanente
ou transitório e podem afetar o desempenho e a
vida util dos equipamentos das redes elétricas.
Harmônicos

De Onde Eles Veêm?


Equipamentos Saturáveis
Transformadores
Reatores Não Lineares
Dispositivos a Arco
Forno a Arco
Máquinas de Solda
Lâmpadas Fluorescentes
Equipamentos de Eletrônica de Potência
Conversores Estáticos CA/CC/CA
Principais Conversores Estáticos CA/CC/CA
Sistemas CCAT
Sistemas Ponto a Ponto e “Back-to-Back”
Reatores Controlados a Tiristores (RCT)
Retificadores Industriais
Acionamento de Motores de Velocidade Variável
Motores CC
VSI – PAM ou PWM
CSI - Comutação Natural ou Comutação Forçada
Cicloconversores
Cascatas Subsíncronas de Conversores
Fornos de Indução
Ferrovias Eletrificadas e Metrô
Harmônicos
Problemas Criados por Harmônicos
Aquecimento e Perdas
Máquinas Rotativas
Transformadores
Capacitores
Distorção da Tensão nos Barramentos dos
Conversores
Interferências
Circuitos de Telefonia
Circuitos de Sinalização Ferroviária
Efeitos no Sistema de Controle
Amplificação ou Instabilidade Harmônica
Conversores
Geram harmônicos de tensão e de Corrente que, por
sua vez, serão introduzidos nos sistemas CC e CA.
Tipos de Harmônicos
Harmônicos Característicos
São os harmônicos gerados pelos conversores sob
condições normais de operação (Equilibradas)
Uma ponte de N pulsos terá os seguintes
harmônicos:
Tensão CC Nk
Corrente CA Nk ± 1 ( N= Número de Pulsos e k = 1, 2, 3,….)
Logo, uma ponte de 6 pulsos terá harmônicos de tensão CC
de ordem 6k (6,12, 18, 24,….) e de corrente CA , 6k ± 1(5, 7,
11, 13,……)
Conversores
Tipos de Harmônicos
Harmônicos Não Característicos
Condições de Desequilíbrio das Tensões CA
Diferenças nas Reatâncias entre Transformadores
Diferenças nas Reatâncias entre Fases de um
mesmo Transformador
Assimetrias nos Instantes de Disparo (Erros no
Sistemas de Controle)
Não Inteiros (“Interharmonics”)
Batimento de Frequências Operação com
diferentes freqüências nos terminais retificador e
inversor.
Harmônicos

Métodos Para Redução dos Níveis de Harmônicos


Aumento do Número de Pulsos
Configuração 12 Pulsos (YY/YD)
Configuração Acima de 12 Pulsos
Problemas de Conexões nos Transformadores
(Zig-Zag e Delta Expandido)

Custos Elevados

Filtros
Harmônicos Gerados por Sistemas CCAT

1 3 5 Id
ia

ib
Simplificações
a:1
ic • Corrente CC Sem Ondulação
(“Ripple”)
ea 4 6 2
• Tensões CA Senoidais (Sem
Distorções)
eb

ec Ud• Reatâncias de Comutação não são


Afetadas por Desequilíbrios de
ica 7 9 11
Tensões
• Resistências dos Enrolamentos dos
a√3 : 1
iab Transformadores, Quedas de Tensão
nas Válvulas e nos Reatores CC
ibc Consideradas sob a Forma de
Quedas de Tensão Constantes
10 12 8
Influência do Reator CC no Ripple da Corrente CC

Sistema de 6 Pulsos Sistema de 12 Pulsos


Influência da Reatância no Ripple da Corrente CC

Sistema de 6 Pulsos Sistema de 12 Pulsos


Harmônicos - Série de Fourier
• Análise em Série de Fourier

1
An = f (θ ) . c o s ( n θ ) d θ
π 0


1
Bn = f (θ ) . s e n ( n θ ) d θ
π 0

A0 1 2π
= f (θ ) . d θ
2 π 0

• Valor RMS e Ângulo de Fase

A n2 + B n2
Cn =
2
A − Bn
φ = tg − 1 [ n ] ou φ = tg − 1 [ ]
N Bn N An

• Expressão Geral da Série de Fourier


A0 ∞
F (θ ) = + [ An ∗ c o s(n θ ) + B n ∗ se n (n θ )] ou
2 n =1
A0 ∞
F (θ ) = + [C n ∗ se n (n θ + φ n )]
2 n=1
Forma de Onda das Correntes CA ( µ = 0 )
Harmônicos de Correntes CA - Ponte YY ( µ = 0 )

• Limites de Integração
π
f (θ) = Id 0<θ<
3
π 2π
f (θ) = 0 <θ<
3 3

f (θ) = − Id <θ<π
3
• Resolvendo encontra-se:
A0
=0
2
4I nπ nπ
A n = I ( n ) r = d sen cos
nπ 2 6
B n = I ( n )a = 0
Harmônicos de Correntes CA - Ponte YY ( µ = 0 )

• Valor Eficaz do n-ésimo Termo da Série


6
I ( n )0 = C n = Id n = 6 k ± 1 para k = 1,2,3....

• Valor Eficaz da Corrente Fundamental

6 I ( 1) 0
I (1) 0 = Id ∴ I ( n )0 =
π n
• Valor Eficaz Total da Corrente CA

1 2π 2
I=
2π 2
[ f (θ )] dθ =
2

3
Id
Harmônicos de Correntes CA - Ponte YY ( µ = 0 )

• Solução Geral para a Fase “a”


2 3 1 1 1 1
ia = I d co s θ − cos 5 θ + cos 7 θ − co s 1 1θ + co s 1 3θ ...
π 5 7 11 13

• De maneira análoga obtem-se para as Fases “b” e “c”


2 3 1 1 1
ib = I d cos (θ − 120 ) − cos 5(θ − 120 ) + cos 7 (θ − 120 ) − ...
π 5 7 11
2 3 1 1 1
ic = I d cos (θ + 120 ) − cos 5(θ + 120 ) + cos 7 (θ + 120 ) − ...
π 5 7 11
• Sequência de Fase dos Harmônicos

Sequência Ordem n
Positiva 7, 13, 19, 25, ... 6k + 1
Negativa 5, 11, 17, 23, ... 6k - 1

I1 = Sequência Positiva
Harmônicos de Correntes CA - Ponte Y ( µ = 0 )

• Limites de Integração
2Id π
f (θ ) = 0< θ <
3 6
I π π
f (θ ) = d < θ <
3 6 2
I π 5π
f (θ ) = − d < θ <
3 2 6
2I 5π
f (θ ) = − d < θ < π
3 6
• Resolvendo encontra-se:
A0
=0
2
2
8I d nπ nπ 2 3 nπ
A n = I(n )r = sen cos = I d sen n = 6k ± 1
nπ 3 2 6 nπ 2
B n = I ( n )a = 0
Harmônicos de Correntes CA - Ponte Y ( µ = 0 )

• Valor Eficaz do n-ésimo Termo da Série


6
I ( n )0 = C n = Id n = 6 k ± 1 para k = 1,2,3....

• Valor Eficaz da Corrente Fundamental
6 I ( 1) 0
I (1) 0 = Id ∴ I ( n )0 =
π n
• Valor Eficaz Total da Corrente CA
2 3 1 1 1 1
ia = I d co s θ + cos 5 θ − co s 7 θ − co s 11θ + cos 13θ ...
π 5 7 11 13

• De maneira análoga obtem-se para as Fases “b” e “c” e


conclui-se que a sequência de fase destes harmônicos
será a mesma do caso YY
Harmônicos de Correntes CA – 12 Pulsos ( µ = 0 )

• Corrente Total de Linha na Fase “a”


i a = i aYY + i aY ∆
4 nπ nπ 2 3 nπ
A n = I( n)r = I d sen cos + I d sen
nπ 2 6 nπ 2
B n = I ( n )a = 0
2 6
I ( n )1 2 P = Id n = 12k ± 1 p a ra k = 1 ,2 ,3 ....

2 6
I (1)12 P = Id
π
• Solução Geral
4 3 1 1 1 1
ia = I d cos θ − cos11θ + cos13θ - cos 23θ + cos 25θ...
π 11 13 23 25
Formas de Onda das Correntes CA ( µ 0)
Harmônicos de Correntes CA - Ponte YY ( µ 0)

• Limites de Integração
cos α − co s (θ − π 6 ) π π
f (θ ) = I d +α < θ < +α+µ
cos α − cos ( α + µ ) 6 6
π 5π
f (θ ) = I d +α+µ < θ < +α
6 6
co s α − co s (θ − 5 π 6 ) 5π 5π
f (θ ) = I d 1 − +α < θ< +α+µ
cos α − cos ( α + µ ) 6 6

• Resolvendo encontra-se
A0 2 3 Id s e n 2 ( α + µ ) − s en ( 2 α ) − 2 µ
= 0 A 1 = I (1 ) r =
2 π 4 [ co s α − co s (α + µ )]

2 3 Id co s 2 α − co s 2 (α + µ )
B 1 = I (1 ) a =
π 4 [ co s α − co s ( α + µ )]
Harmônicos de Correntes CA - Ponte YY ( µ 0)

• Valor Eficaz da Corrente Fundamental

[co s 2 α − co s 2 (α + µ )] + [s en 2 (α + µ ) − s en 2 α − 2 µ ]
2 2

I (1 ) = I (1 ) 0
4 [ cos α − co s (α + µ )]

6
I (1 ) 0 = Id I (1 ) < I (1 ) 0 em ≈ 1%
π

Pr I (1 ) r
tg φ (1 ) = =
Pa I (1 ) a

s e n 2 (α + µ ) − s en 2 α − 2 µ
φ (1 ) = tg − 1
co s 2 α − co s 2 ( α + µ )
Harmônicos de Correntes CA - Ponte YY ( µ 0)

• Componentes das Correntes Harmônicas


nπ nπ
4 I d sen sen
3 2 µ µ
A n = I (n )r = F cos (1 + n ) α + − H cos (1 − n ) α +
π n [ cos α − cos (α + µ )] 2 2

nπ nπ
4 I d s en s en
3 2 µ µ
B n = I ( n )a = F sen (1 + n ) α + + H s en (1 − n ) α +
π n [cos α − cos (α + µ )] 2 2

• Valor Eficaz das Correntes Harmônicas para n=6k ±1


6 Id F2 + H2 − 2 F H cos( 2α + µ) µ
I( n ) = sen ( n + 1)
πn[cos α − cos(α + µ)] 2 F = 2
n +1

µ µ µ
F cos(1 + n ) α + − H cos(1 − n ) α + sen ( n − 1)
2 2 2
φ ( n ) = tg −1 H =
µ µ n −1
F sen (1 + n ) α + + H sen (1 − n ) α +
2 2
Harmônicos de Correntes CA - Ponte Y ( µ 0)

• Limites de Integração
Id 2( cos α − cos θ )
f (θ ) = − 1− α <θ <α+µ
3 cos α − cos (α + µ )
Id π
f (θ ) = α+µ <θ< +α
3 3
Id cos α − cos(θ − π 3) π π
f (θ ) = 1+ +α < θ < +α+µ
3 cos α − cos( α + µ ) 3 3
2I d π 2π
f (θ ) = +α+µ < θ < +α
3 3 3
Id cos α − cos (θ − 2 π 3) 2π 2π
f (θ ) = 2− +α < θ < +α+µ
3 cos α − cos (α + µ ) 3 3
Id 2π
f (θ ) = +α+µ <θ < π+α
3 3
Harmônicos de Correntes CA - Ponte Y ( µ 0)

• Componentes das Correntes Harmônicas


2 3 Id µ µ
I ( n )r = F cos(1 + n ) α + − H cos(1 − n ) α +
π n [ cos α − cos (α + µ )] 2 2

2 3 Id µ µ
I ( n )a = F sen (1 + n ) α + + H sen (1 − n ) α +
π n [cos α − cos (α + µ )] 2 2

• Valor Eficaz das Correntes Harmônicas para n=6k ±1

6 Id F2 + H 2
− 2 F H c o s (2 α + µ )
I (n ) =
π n [ c o s α − c o s ( α + µ )] 2

µ µ
sen ( n + 1) sen ( n − 1)
F= 2 H = 2
n +1 n −1
Harmônicos de Correntes CA - 12 Pulsos ( µ 0)

• Corrente Total de Linha (Fase a)


I r = I rY Y + I rY ∆
I a = I aY Y + I aY ∆

i a 12 P = 2i a 6 P
I (1 )12 P = 2 I (1 )6 P sen ( n − 1)
µ
H = 2
• Valor Eficaz das Correntes Harmônicas para n=12k ±1 n −1

µ
2 6 Id F 2 + H 2 − 2 F H cos (2 α + µ ) sen ( n + 1)
I(n ) = F= 2
π n [ cos α − cos ( α + µ )] 2 n +1
Magnitudes das Correntes em Função de eµ
Harmônicos de Tensão CC - Ponte YY

• Limites de Integração
1 π π
f (θ ) = (e a + e c ) − e b +α <θ< +α+µ
2 6 6
π π
f (θ ) = e ab +α+µ < θ< +α
6 2
1 π π
f (θ ) = − (e c + e b ) + e a +α <θ< +α+ µ
2 2 2
π 5π
f (θ ) = − e ca +α+ µ < θ< +α
2 6
• Valor Médio da Tensão CC
cos α + cos(α + µ ) 3 2
U d = U dio U dio = E
2 π
Harmônicos de Tensão CC - Ponte YY

• Resolvendo-se encontra para n=6k (k = 1, 2, ... ):


U dio π µ µ
A nYY = cos n ( n − 1) cos( n + 1) α + cos( n + 1)
(n 2
−1 ) 6 2 2

µ µ
− ( n + 1) cos( n − 1) α + cos( n − 1)
2 2

U dio π µ µ
B nYY = cos n ( n − 1) sen ( n + 1) α + cos( n + 1)
(n 2
)
−1 6 2 2

µ µ
− ( n + 1) sen ( n − 1) α + cos( n − 1)
2 2
Harmônicos de Tensão CC - Ponte Y

• Limites de Integração

1 π π
f (θ ) = e ca + e ab +α<θ< +α+µ
2 3 3
π 2π
f (θ ) = e ab +α+µ<θ< +α
3 3
1 2π 2π
f (θ ) = − e bc − e ca +α<θ< +α+µ
2 3 3

f (θ ) = − e ca +α+µ<θ<π+α
3
Harmônicos de Tensão CC - Ponte Y

• Valor Médio da Tensão CC


A0 3 2 cos α + cos ( α + µ )
= E
2 π 2

• Resolvendo-se encontra para n=6k (k = 1, 2, ... ):

3 2E µ µ µ µ
A nY∆ = (n − 1) cos(n + 1) cos(n + 1) −(n + 1) cos(n − 1) α + cos(n − 1)
π(n 2 − 1) α+
2 2 2 2

3 2E µ µ µ µ
B nY∆ = (n − 1) sen(n + 1) cos(n + 1) −( n + 1) sen(n − 1) α + cos(n − 1)
π(n 2 − 1) α+
2 2 2 2
Harmônicos de Tensão CC – Pontes YY / Y
• Valor Médio da Tensão CC
A0 cos α + cos (α + µ )
= U d = U di 0
2 2
3 2
U di 0 = E
π

• Valor Eficaz dos Harmônicos da Tensão CC


U dn 1 2
Ud0
=
2
[
K + G 2 − 2 K G cos( 2α + µ) ] p n = 6, 12, 18, 24, ...

c o s [( n + 1 ) µ 2 ] cos[( n − 1) µ 2 ]
K = G =
n +1 n −1

• Desprezando o Efeito das Reatâncias CA ( µ=0)


U dn
= 2
1
( ) (
n 2 + 1 − n 2 − 1 cos 2 α )
U di 0 n −1

• Para α = 0 e µ=0
U dn 2
= 2
U di 0 n −1
Harmônicos de Tensão CC - 12 Pulsos
• Valor Médio da Tensão CC

cos α + cos (α + µ ) U = 2
3 2
E
U d = U di 0 (12 ) di 0 (12 )
2 π

• Resolvendo-se encontra para n=12k (k = 1, 2, ... ):

3 2 E π µ µ
A = cos n +1 (n − 1) c o s ( n + 1) α + c o s ( n + 1)
n
(
π n2 −1 ) 6 2 2

µ µ
− ( n + 1) c o s ( n − 1 ) α + c o s ( n − 1)
2 2

3 2 E π µ µ
Bn = cos n +1 (n − 1) s e n ( n + 1) α + c o s (n + 1)
(
π n2 −1 ) 6 2 2

µ µ
− (n + 1) s e n (n − 1) α + c o s (n − 1)
2 2

• Valor Eficaz dos Harmônicos da Tensão CC

U
U dn
=
1
2
[K 2
+ G 2
− 2 K G cos (2 α + µ ) ]
di 0 (12 )

c o s [( n + 1 ) µ 2 ] c o s [( n − 1 ) µ 2 ]
K = G =
n +1 n −1
Magnitudes das Tensões CC em Função de

Harmônicos Gerados por Sistemas CCAT

1 3 5 Id
ia

ib Principais Tipos de
a:1
ic Desequilíbrios
ea
• Desequilíbrios nas Tensões CA
4 6 2

eb • Diferenças nas Reatâncias dos


Ud Transformadores dos Conversores
ec
ica 7 9 11 • Diferenças nas Reatâncias Entre
Fases de Um Mesmo Transformador

a√3 : 1
iab • Assimetrias nos Instantes de
Disparo
ibc

10 12 8
Harmônicos de Tensão CC - 12 Pulsos ( µ 0)
•Diferentes Reatâncias entre Transformadores
Harmônicos de Correntes CA - 12 Pulsos ( µ 0)

•Diferentes Reatâncias entre Transformadores


Harmônicos de Tensão CC - 12 Pulsos ( µ 0)
•Desequilíbrio nas Tensões CA
Harmônicos de Correntes CA - 12 Pulsos ( µ 0)

•Desequilíbrio nas Tensões CA


Harmônicos de Tensão CC - 12 Pulsos ( µ 0)

•Assimetrias nos Instantes


de Disparo
Correspondência Entre os Harmônicos CA e CC
Filtros CA

Principais Atribuições

• Fornecer parte da potência reativa absorvida


pelos conversores CCAT, RCT e outras cargas
não lineares

• Reduzir as correntes harmônicas nos sistemas


CA desviando-as para a terra

• Tornar a tensão CA tão próxima quanto possível


de uma onda senoidal
Filtros CA

Principais Tipos:
• Filtros Passivos
Convencionais
> Sintonia Simples
> Dupla Sintonia
> Passa Alta (“High Pass”)
Auto Ajustável (“Co-Tuned”)
> Sintonia Simples
• Filtros Ativos
• Configuração Mista
Filtros Passivos – Sintonia Simples
Filtros Passivos – Dupla Sintonia
Filtros Passivos - Passa Alta (“High Pass”)
Filtros Passivos
Comparação Entre Filtros Sintonizados e Passa-
Alta (“High Pass”)
• Vantagens dos Filtros Passa-Alta
Menor dependência da temperatura
Não requer uma sintonia fina
Tolera grandes excurções de freqüência no regime permanente
Reduz os transitórios de tensão
Menor número de elementos chaveáveis
Reatores mais simples

• Desvantagens dos Filtros Passa-Alta


Menor quantidade de potência reativa para o mesmo nível de
filtragem
Maiores perdas
Menor desempenho em termos de filtragem harmônica
Filtros Ativos - Shunt Puro
Configuração Mista - Híbrido em Derivação
Performance e Rating dos Filtros
das Estações Conversoras do
Sistema CCAT de Itaipu
Sistema CCAT de Itaipu
Sistema CCAT de Itaipu – Filtros CA
Projetados para atender os seguintes padrões de
desempenho:
Distorção Harmônica Individual da Tensão CA (D) < 1%;
Distorção de Tensão Harmônica Total (DTHT) < 4%;
Fator de Desequilíbrio de Tensão (K) ≤ 0.5%.
Fator de Interferência Telefônica (TIF) ≤ 35(Foz) / 25 (Ibiúna).
Dimensionados para a atender as seguintes
tolerâncias (harmônicas não-características):
Assimetrias nos instantes de disparo das válvulas: 3,35 µs -
0,06º;
Diferenças nas reatâncias entre os transformadores
conversores por ponte de 12 pulsos (±2%) e entre fase de
cada transformador conversor (±1%);
Desequilíbrios de tensão do sistema CA (V2= 0,5%).
Definição dos Piores Conjuntos Não Consistentes de
Correntes Harmônicas Geradas pelas Estações Conversoras
• Operação do Elo CC de 10 a 100% da Corrente CC
Nominal e Até “Low Ambient Rating” (110%)
Operação Monopolar ou Bipolar com Tensão CC
Nominal
Operação Bipolar com Tensão CC Reduzida em um
pólo com relação ao outro bipolo
Operação de pólos em “High Mvar” – Alto
Consumo de Reativos Retificador Inversor
Xc max Xc max
α max Xc nom γ min Xc nom
Xc min Xc min
Contemplando:
Xc max
α nom Xc nom
Xc min
Xc max
α min Xc nom
Xc min
Harmônicos de Tensão CC em Função da Variação da
Corrente CC – 12 Pulsos
Harmônicos de Correntes CA em Função da Variação da Corrente CC –
12 Pulsos
Harmônicos de Correntes CA em Função da Variação da Corrente CC –
12 Pulsos
Harmônicos Característicos de Correntes CA em Função da Variação da
Corrente CC – 12 Pulsos – Terminal Inversor
Harmônicos Característicos de Correntes CA em Função da Variação da
Corrente CC – 12 Pulsos – Terminal Inversor
Harmônicos Não Característicos
3º Harmônico de Corrente CA em Função da Variação do
Desequilíbrio de Tensão CA e da Corrente CC (V2=0.5 e
V2=2.0%)
Gráfico de Harmônicos de Correntes CA - Inversor
12.49
Ordem Fase

11.25 03 A
03 A
10.00

8.76

7.52
Ih (A)

6.28

5.03

3.79

2.55

1.31

0.06
10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00 90.00 100.00 110.00

Corrente CC (% Idn)
Harmônicos Não Característicos
5º / 7º Harmônicos de Corrente CA em Função da Variação da
Corrente CC para X=±2% e com V2=0.5% e V2=2.0%
Gráfico de Harmônicos de Correntes CA - Inversor
13.06
Ordem Fase

11.77 05 A
07 A
10.48 05 A
07 A

9.19

7.90
Ih (A)

6.61

5.32

4.03

2.74

1.45

0.16
10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00 90.00 100.00 110.00

Corrente CC (% Idn)
Definição dos Piores Conjuntos Não Consistentes de
Correntes Harmônicas Geradas pelas Estações Conversoras
Ordem de Estágios - Correntes Harmônicas (A)
Harmônico 1 2 3 4 5 6
2 0.8 1.0 1.2 1.8 2.0 2.2
3 5.0 7.2 9.4 13.5 15.6 17.7
4 0.7 1.0 1.2 1.7 1.9 2.1
5 9.2 13.9 18.5 27.7 32.3 37.0
6 0.8 1.0 1.2 1.7 1.9 2.1
7 8.4 12.5 16.7 25.0 29.2 33.3
8 0.6 0.7 0.9 1.2 1.3 1.4
9 3.3 4.8 6.3 9.0 10.5 11.9
10 0.3 0.6 0.7 0.9 1.0 1.1
11 146.5 219.8 293.0 439.6 512.8 586.1
12 0.3 0.4 0.4 0.7 0.8 0.8
13 94.3 141.5 188.5 282.8 330.0 377.1
15 1.9 2.8 3.5 5.2 5.9 6.7
17 3.4 5.1 6.7 10.1 11.8 13.4
19 2.8 4.2 5.6 8.4 9.8 11.2
21 1.2 1.7 2.2 3.2 3.6 4.1
23 32.5 48.7 64.9 97.4 113.6 129.8
25 29.4 44.1 58.7 88.1 102.9 117.5
27 1.0 1.4 1.9 2.8 3.2 3.6
29 2.1 3.1 4.2 6.2 7.3 8.3
31 1.9 2.9 3.7 5.6 6.6 7.5
35 12.9 19.4 25.7 38.6 45.1 51.5
37 12.0 18.0 24.0 36.0 42.0 48.0
41 1.4 2.2 2.9 4.4 5.1 5.8
43 1.3 2.1 2.8 4.1 4.7 5.5
47 7.7 15.4 15.4 23.1 27.0 30.8
49 6.9 10.5 13.9 20.8 24.3 27.7
Consideração das Configurações da Rede Básica

Aspectos Relevantes
• Configurações do Sistema a Serem Analisadas
Consideração do Efeito Pelicular
> Linhas de Transmissão
> Equipamentos
Representação de Cargas

Definição dos Critérios a Serem Utilizados


• Interação entre Diversas Fontes de Correntes Harmônicas Provenientes de
Cargas Especiais no Sistema
Critério para Composição Destas Fontes
Diagrama Unifilar da Rede na Região da SE Ibiúna
Campinas
Bateias
GUA

Poços Nordeste

GUA Norte
ANH
XAV MFO IBIUNA
CAV
ESA
ANH
Centro
CS
Oeste
INT
CBA
F Zrc
Gerdau Zrn
Tijuco
Preto
CBA Piratininga
Carbocloro

H. Borden
Baixada

CS Sul
Embuguaçu
Diagrama de Impedâncias R / X da SE Ibiúna 345 kV
Barra Ibiúna 345kV (Impedância Própria)

0,40

0,30

0,20

0,10
Parte Imaginária (pu)

0,00 Carga Pesada - Paralelo


0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 Carga Pesada - Série
Carga Leve - Paralelo
Carga Leve - Série
-0,10

-0,20

-0,30

-0,40

-0,50
Parte Real (pu)
Diagrama de Impedâncias R / X da SE Ibiúna 345 kV
Projeto dos Filtros CA
Circuito Equivalente da SE Ibiúna 345 kV

SY T
Zn

ih
ih = Corrente Harmônica

Zn = Impedância de Sistema CA

ZF = Impedância do Filtro
ZF

SY = Compensador
Síncrono

T = Transformador do
Compensador Síncrono

ih Zn Un Un = Tensão Harmônica
Z
Filtros CA

Filtros Sintonizados
Filtros Dessintonizados, contemplando:

• Variações na Frequência do Sistema CA


Regime permanente (∆ ∆f = 0,1 Hz)
∆f maiores)
Transitórios – “rating” (∆

• Variação da Capacitância
α (T-To)}
Com a temperatura - C = Co {1-α
Devido à perda de componentes (fusíveis internos ou externos)

• Erro de Sintonia Inicial


Ajustes na indutância através de TAP’s (±1%)
Ajustes na capacitância através da remoção ou adição de
unidades de capacitor
Projeto de Filtros CA

Principais Correntes Harmônicas utilizadas no


Dimensionamento dos Ramos Série e Paralelo de 3º/5º
Harmônicos dos Filtros - Acrescida em 10 % do Sistema CA

Filtro 3°°/5°° - Cálculo do Rating- Correntes Harmônicas


Estágios de Operação do Elo CC / N°° Conversores
Ordem harm 1 / 2cnv 2 / 3cnv 3 /4cnv 4 / 6cnv 5 / 7cnv 6 / 8cnv
2 0,8 1,0 1,2 1,8 2,0 2,2
3 5,0 7,2 9,4 13,5 15,6 17,7
4 0,7 1,0 1,2 1,7 1,9 2,1
5 9,2 13,9 18,5 27,7 32,3 37,0
6 0,6 1,0 1,2 1,7 1,9 2,1
7 8,4 12,5 16,7 25,0 29,2 33,3
Cálculo dos “Rating” dos Componentes dos
Filtros CA
Capacitores 49
• Tensão fase neutro no capacitor: UM = Un
n=1

49
• Corrente Térmica por fase (RMS): IT = In2
n=1

• Potência Total Reativa por fase (incluindo harmônico):


49
QT = 2
2 . π . 50 . n . C . Un
n=1

Reatores 49
• Corrente Térmica por fase (RMS): IT = In2
n=1

Resistores
49
• Corrente Térmica (RMS): In2
IT =
n=1
Projeto de Filtros CA
Principais Correntes que entram nos Componentes dos Ramos
de 3º/5º Harmônicos dos Filtros ZRC e ZRN
ORDEM C1 L1 C2 L2 R
1 102,4 102,4 6,8 109,8 1,7

3 12,9 12,9 23,5 32,8 1,9


5 20,4 20,4 60,3 29,1 2,8
7 1,6 1,6 2,6 0,7 0,9
TOTAL(A rms) 105,2 105,2 65,1 117,8 3,9
Itermico (A rms) 105,3 105,3 65,5 118,3 3,8

Imax.harm(A rms) 27,7 49,7 3,4

Ispec.harm(A rms) 32,8 57,7 4,0


Itrip sobrecarga
36,1 63,5 4,4
harmônica (A rms)
Constante de Tempo (s) 300 300 120
Configuração Completa dos Filtros CA da SE Ibiúna

3º / 5º 11º 13º HP1 HP2 Shunt


Q (Mvar) 59 109,4 111,4 237 296,4 294
C1 (µF) 1,16 2,417 2,468 5,273 6,591 6,552
L1 (MH) 405 24,06 16,87 2,318 2,318 -
R (ohm) 2500 3990 3300 46,76 46,76 -
C2 (µF) 4,281 - - - - -
L2 (ohm) 110,1 - - - - -
Bancos de Filtros CA do Elo CC na SE Ibiúna Valor do Mvar que cada
Banco Fornece a 60 Hz

Nº do Filtro Filtro Ha rm ônico Re a tivo (Mva r)


9 ZRA HP 237
7 ZRB HP 237
4 ZRC 3º / 5º e 11º / 13º 280
11 ZRD Shunt 294
2 ZRE 11º / 13º 221
8 ZRF HP 237
12 ZRG Shunt 294
6 ZRH HP 237
3 ZRK 11º / 13º 221
10 ZRL HP 296
1 ZRM 11º / 13º 221
5 ZRN 3º / 5º - HP 296
Sobrecarga nos Filtros de 3°° e 5°°
Harmônicos na SE Ibiúna 345 kV
Introdução

Desde 1988, têm sido identificadas situações com


elevados índices de distorção de 5° harmônico na SE
Ibiúna 345 kV, principalmente em períodos de carga
leve (GCOI/SCEL-002/92).
Concluía que “os níveis de harmônicos existentes na
SE Ibiúna eram superiores aos esperados e causados
pelo excesso de harmônicos presentes no sistema de
CA associado às cargas industriais”.
Apontava medidas operativas a ser empregadas, tais
como abertura de circuitos de 345 kV e energização de
bancos de capacitores na SE Ibiúna, na tentativa de
reduzir os índices de distorções harmônicas.
Introdução
O Elo CC de FURNAS foi projetado para que
somente um filtro (ramo) de 3°°/5°° harmônicos fosse
capaz de garantir a qualidade de sua operação.
A existência de um segundo filtro forneceria a garantia
de confiabilidade e disponibilidade necessárias,
possibilitando a retirada de operação de um dos filtros
para manutenção sem conseqüências ou restrições
para o sistema.
Ao longo dos últimos anos foram identificadas diversas
ocorrências de sobrecarga harmônica nos filtros de
3°/5° harmônicos do Elo CC na SE Ibiúna.
Tal problema tem obrigado a utilização contínua dos
dois ramos sintonizados de 3°/5° harmônicos, o que
dificulta severamente a realização de manutenções
preventivas.
Introdução
Mesmo assim na operação contínua com os dois
ramos sintonizados de 3°/5° harmônicos tem ocorrido
sobrecarga harmônica nas condições de carga leve e
média.

Medidas operativas para evitar o desligamento destes


filtros e a conseqüente redução da potência do Elo CC
para 160MW tem sido adotadas.

Tais medidas envolvem, atendendo as condições de


segurança do SIN, o desligamento de um dos circuitos
da LT 345 kV Interlagos / Ibiúna e/ou de um dos
circuitos da LT 500 kV Ibiúna / Bateias.
Medições na SE Ibiúna 345 kV e Monitoramento na Região
Campinas
Bateias
GUA

Poços Nordeste

GUA Norte
ANH
XAV MFO IBIUNA
CAV
ESA
ANH
Centro
CS
Oeste
INT
CBA
F Zrc
Gerdau Zrn
Tijuco
Preto
CBA Piratininga
Carbocloro

H. Borden
Baixada

Cosipa
CS Sul
Embuguaçu
Filtros CA da SE Ibiúna
DIAGRAMA UNIFILAR E ESQUEMA DA PLACA DE PROTEÇÃO DOS
RAMOS DE 3ºE 5ºHARMÔNICOS DOS FILTROS ZRC e ZRN DA SE
IBIÚNA 345 kV

PLACA DE PROTEÇÃO
85%
ALARME (710 mV)
FILTRO PASSA CONVERSOR INTEGRADOR
TRANSACTOR
ALTA (f > 60 Hz) AC / DC (Janela 10 min)
100%
TRIP (827 mV)
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.2 : Padrões de Desempenho da Rede Básica
Objetivos:
Definir os Índices Globais para Distorções Harmônicas
Individuais de Tensão Até a ordem 50;
Definir os Índices Globais para Distorções
Harmônicas Totais de Tensão.
Submódulo 3.8 : Requisitos Técnicos para a Conexão à
Rede Básica
Objetivos
Definir os Índices Individuais para Distorções
Harmônicas Individuais de Tensão Até a ordem 50;
Definir os Índices Individuais para Distorções
Harmônicas Totais de Tensão
Procedimentos de Rede - Submódulos 2.2 e 3.8
Vh - Distorção Harmônica Individual de Tensão
onde:

vh
Vh = 100 Distorção harmônica de ordem h
v1
em porcentagem da fundamental;
v h tensão harmônica de ordem h em Volts;
v1 tensão fundamental nominal em Volts.
DTHT ou D - Distorção Total Harmônica de Tensão
É a raiz quadrada do somatório quadrático das
tensões harmônicas de ordens 2 a 50.

DTHT = V 2
h
ou D= Vh2 (em %)
Procedimentos de Rede - Submódulo 3.8
Padrões Individuais de Tensões Harmônicas
•Limites individuais Valores máximos que podem
ser atingidos no ponto de conexão
devido a contribuição de um Acessante.

13,8 kV ≤ V < 69 kV V ≥ 69 kV
ÍMPARES PARES ÍMPARES PARES
ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%)
3 a 25 1,5% 3 a 25 0.6%
todos 0,6% todos 0,3%
≥ 27 0,7% ≥ 27 0,4%
D =3% D = 1,5%

•Considerar para cada ordem h Tensão harmônica resultante


em qualquer ponto de conexão é obtida da combinação dos
efeitos provocados por diferentes cargas não lineares.
Procedimentos de Rede - Submódulo 2.2
Padrões Individuais de Tensões Harmônicas
•Limites Globais Valores máximos que podem ser
atingidos no sistema com todas as
fontes de perturbações em operação.
V < 69 kV V ≥ 69 kV
ÍMPARES PARES ÍMPARES PARES
ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
≥8 1% ≥8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
≥ 27 1% ≥ 27 0,5%
DTHT = 6% DTHT = 3%

•Considerar para cada ordem h Tensão harmônica


resultante em qualquer ponto do sistema obtida da
combinação dos efeitos provocados por diferentes Agentes.
Principais Conclusões e Recomendações da
Campanha de Medições Harmônicas
realizadas por FURNAS na SE Ibiúna 345 kV
Principais Conclusões

Os resultados das medições e análises do


comportamento do Elo CC mostraram que as
sobrecargas nos ramos de 3°° e 5°° harmônicos dos
filtros ZRC e ZRN são de caráter sistêmico.

Não foram identificadas quaisquer violações dos


índices de distorções harmônicas total ou
individuais de tensão constante do Submódulo 2.2
“Padrões de Desempenho da Rede Básica” dos
Procedimentos de Rede do ONS.
Principais Conclusões

A abertura de um dos circuitos da LT 345 kV Interlagos /


Ibiúna foi a mais efetiva na redução da sobrecarga
harmônica, embora possa não ser suficiente para
eliminá-la.
A abertura de um dos circuitos da LT 345 kV Ibiúna /
Tijuco Preto, foi a segunda mais efetiva na campanha de
medições e passou a ser a alternativa quando da
impossibilidade de abrir um circuito da LT 345 kV
Interlagos / Ibiúna.
Recomendação

Compra em carácter emergencial de dois bancos de


filtros de 3°/5° harmônicos de 59 Mvar a ser
instalado na SE Ibiúna 345 kV.
Recomendações

Através da Resolução Nº 739, de dezembro de 2003 a


ANEEL autoriza FURNAS a implantar reforços nas
instalações de transmissão de energia elétrica da SE
Ibiúna de 345 kV, ou seja, a instalação de dois novos
filtros de 3º / 5º harmônicos de 59 Mvar cada.

Nesta resolução a ANEEL estabeleceu como limite a


data de 30 de junho de 2005 para início de operação
comercial destes filtros.
Procedimentos Operativos adotados para cobrir
todas as condições de carga, de modo a
minimizar as sobrecargas nos ramos de 3º e 5º
harmônicos da SE Ibiúna
Procedimentos Operativos

A partir das análises do comportamento o Elo CC deverá


operar diariamente o mais “flat” possível, ou seja, com uma
potência transmitida pelo Elo CC fixa.
Procedimentos para o Controle de Sobrecarga
Harmônica na SE Ibiúna
Ocorrendo a sobrecarga harmônica nos ramos de 3° e 5°
harmônicos dos filtros ZRC e ZRN da SE Ibiúna adotar os
seguintes procedimentos:
Reduzir a tensão na barra de 345 kV da SE Ibiúna ao
valor mínimo da faixa de operação.
Procedimentos Operativos

Continuando a sobrecarga harmônica:


Abrir um dos circuitos da LT 345 kV Interlagos / Ibiúna.
A potência no Elo CC deverá estar em no máximo 5200
MW. Entretanto a abertura de um circuito desta LT, no
terminal de Ibiúna, condicionada ao atendimento da
seguinte inequação
FTR Cabreúva 440/230 kV + FTR Embu-Guaçu
440/345 kV + F LT 345 kV Ibiúna / Interlagos C1 e C2
+ F LT 345 kV Tijuco Preto / Baixada C1, C2 e C3 <
5000 MW;
Inequação esta que atende plenamente as condições
de carga leve e mínima.
Procedimentos Operativos

Persistindo o alarme de sobrecarga harmônica:

Na impossibilidade do atendimento desta inequação,


estando a região Sul recebendo energia da
região Sudeste, com o fluxo nas LT 500 kV Ibiúna/
Bateias no sentido de Ibiúna para Bateias abrir um
dos circuitos da LT 345 kV Ibiúna / Bateias.

LT 500 kV Ibiúna / Bateias C1 e C2 < 1558 MW


(2x900A).
Procedimentos Operativos

Persistindo o alarme de sobrecarga harmônica:

Na impossibilidade do atendimento da inequação,


estando a região Sudeste recebendo energia da
região Sul, com o fluxo nas LT 500 kV Ibiúna/
Bateias no sentido de bateias para Ibiúna abrir um
dos circuitos da LT 345 kV Ibiúna / Tijuco Preto.
Verificar se a inequação abaixo está sendo atendida

LT 345 kV Ibiúna / Tijuco Preto C1 e C2 <


1400MW.

Você também pode gostar