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REVOLTA DA CHIBATA (1910)

Antecedentes:
Os marinheiros de baixo escalão eram em sua maioria negros (estima-se mais de 80%). E sofriam
com:
- Soldos (pagamentos) miseráveis;
- Má alimentação;
- Trabalho excessivo;
- Opressão e punições físicas por parte dos oficiais;

Reivindicações:
- Melhoria dos soldos e da alimentação a bordo;
- Fim das chibatadas (o chicoteamento de marinheiros, negros em sua maioria, explicitava que eles
eram tratados como se fossem escravos, mesmo duas décadas após a abolição).

Inspiração para a revolta:


- O contato com marinheiros de outros países (principalmente ingleses) permitia a comparação com o
tratamento dispensado aos marinheiros em outros países;
- Revoltas por motivos semelhantes já tinham acontecido em outros países (Ex: a revolta do
Encouraçado Potemkin em 1905, no Mar Negro)

A revolta estava sendo planejada, a data prevista era 25/11/1910 (mas ocorreu dias antes).

Estopim: marinheiro Marcelino Menezes foi condenado a 250 chibatadas (o padrão era 25) por:

Levar cachaça a bordo Dar uma navalhada num cabo

Revolta: 22 de novembro (dia seguinte ao caso da cachaça), no encouraçado Minas Gerais.

Líder: João Cândido, o “Almirante Negro”


1. Outras embarcações aderiram, alguns oficiais foram mortos.
2. Os marujos apontaram os canhões contra o Rio de Janeiro, e disparam tiros de
advertência (no morro do Castelo).
3. Foi concedida a Anistia e decretado o fim dos castigos físicos.

Obs: O governo se aproveitou de uma agitação posterior para prender os líderes marinheiros da
Revolta da Chibata apenas algumas semanas após a anistia.

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