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2.1 Origens
O ser humano está em constante construção de tal forma que não age de
modo definido e nem herdado, no entanto na prática se cria pela singularidade da
noção de autonomia e liberdade. Desse jeito, o direito ao desprendido crescimento
da personalidade é a constatação da autonomia da pessoa pelo meio da defesa das
liberdades, proporcionando o ato da pessoa de acordo com seus desígnios e sua
vontade. (BELTRÃO, 2015)
O Código Civil brasileiro de 1916 que foi mais tarde revogado pela lei
10.406 de 2002 procedeu legalmente como uma das bases do pensamento jurídico
no século XIX a autonomia privada. Diante da individualização exagerada havia o
desejo dominante das partes que conduzia todo o desdobramento das relações
privadas no qual existia intenso pensamento de liberdade como ausência total de
intervenção do Estado. (FACHIN; GONÇALVES, 2011)
Nem sempre nos contratos a pessoa terá total liberdade, como é no caso
do contrato de adesão no qual as cláusulas são primeiramente estabelecidas por
uma das partes contraentes, de maneira que o outro não detém poder de discutir as
exigências, nem incorporar alterações no plano proposto; ou concorda plenamente
ou se nega por completo. A ausência de entendimento e de conversa provoca uma
situação de diferença econômica e de desvantagem psíquica para o contratante
hipoteticamente mais frágil. (Apud MESSINEO; GONÇALVES, 2017, p. 98)