Você está na página 1de 6

IGOR ROSA DA SILVA

LINDINÉA DA SILVA CUNHA

Estudo Dirigido do texto: As marcas do período

Professora: Vera Lúcia


Disciplina: História do Brasil II

Rio de Janeiro, 2017

1
1) Conjuntura europeia no início do século XIX?
No início do século XIX, a Europa estava passando por conjunturas que refletiram
não apenas em seu continente mais globalmente. Grandes marcos no período
dezenovicista como destaque o processo que a Inglaterra estava passando pelo auge da
revolução industrial e grande potência mundial. E a outra face é a expansão napoleônica
que fez o bloqueio continental sendo uma ordem vinda da França, para o fechamento do
comercio com a Grã-Bretanha. Pois, os ingleses eram a maior frota naval daquele período.
O bloqueio impunha-se a todos, inclusive os Lusitanos, que deveria fechar seus portos
para a Inglaterra.

2) Estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro

• Relações comerciais já estabelecidas na colônia


Com a chegada da família real em 1808, o príncipe regente desfez o pacto colonial que
era a praticado o comercio apenas com a sua metrópole. E, no mesmo ano decretou
abertura dos portos para às nações amigas.
• A abertura dos portos
O príncipe regente quebrou o trato que a colônia tinha com sua Metrópole de
comercialização. Pois, a administração se encontra agora em terras brasileiras, com isso
o Império Lusitano criou tratados um deles já foi mencionada na questão acima abertura
dos portos apenas para as nações amigas que tecnicamente era para a Inglaterra que estava
sofrendo com o bloqueio continental pela França Napoleônica. Mas, em 1810 o Brasil “A
nova Lisboa” fez o tratado de Aliança e amizade e do comercio e navegação firmados
entre os Ingleses e Portugueses.
• Posição do Rio de janeiro no contexto colonial
Desde meados do século XVII, O Rio de Janeiro começa a se projetar politicamente e
economicamente. Com o advento da mineração os portos do Rj eram pontos estratégicos
para a exportação dos metais preciosos para a Metrópole. Dando sequência, em 1763 se
tornou-se em Capital da Colônia. Sendo o centro das atividades econômicas o comercio
se expandiu exponencialmente no centro urbano, visando a ascensão do tráfico negreiro
no início do século XVIII para os trabalhos braçais. Temos também, o desenvolvimento
das lavouras de café que irá se desenvolver já no século seguinte.
• Inversão brasileira
Explicado pela historiografia o deslocamento da metrópole que era Lisboa para o Rio de
Janeiro que se tornou da noite para o dia a cabeça do Império. Pois, esse momento
provocou desdobramento políticos e econômicos tanto para Portugal quanto no Brasil.
Enquanto a família real estava instalada na colônia, a administração lusa ficou restrita a
uma regência. Nessa inversão, Lisboa ficou a ser instruída pelas as ordens que vinham do
Rio de Janeiro, e o próprio Rj passou a comandar a gestão de todo o Brasil.
• Centralização politica

2
Com o próprio príncipe na colônia o poder se centralizou-se no Rio de Janeiro, que se
impôs a ser a unidade. O Rio de Janeiro originou a ser a nova metrópole; assim muitas
capitanias ou (províncias) estavam com os descontentamentos dessas atitudes que
administração estava mais restrita do que era Lisboa. Tivemos conflitos pela as ações do
Estado nas colônias, mas no fim a corte saiu vitoriosa e continuando-se sendo o centro do
poder.
• Mudanças Culturais
Com advento da instalação da família real no Brasil, a colônia passou por alterações por
costumes e adotou novos valores estéticos, como a difusão do estilo Neoclássico, com
influências pela versão francesa. D. João, contratou a missão francesa com intuito de
agregar uma cultura mais sofisticada. No Rio de Janeiro, adotada como capital do
Império, foram promovidas diversas modificações redesenhado; assim o príncipe D. João
estruturou: uma Biblioteca Real foi construída e o primeiro jornal do país foi criado.
Novos prédios públicos foram criados como a Casa da moeda, Banco do Brasil, a
Academia Real Militar e o Jardim Botânico.

3) Discursão historiográfica sobre o movimento de independência.

• Movimentos de insatisfação: no Brasil e em Portugal


Com administração no Brasil, era crescente a insatisfação em Portugal, por causa do
advento da inversão que submetia os lusos colônia brasileira. Além da crise que o
território estava passando. Quando terminou a guerra napoleônica D. João VI continuava
no Brasil, visto que os lusitanos não aceitavam esse deslocamento na administração.
Denominada de acordo com a historiografia “aceleração da história” no continente
europeu estava em transformação, com o declínio do antigo regime para o surgimento de
uma sociedade burguesa, por essas conjunturas que irá enfatizar em Portugal em 1820, a
chamada Revolução do Porto, que denominado conjuntos de portugueses irão lutar pelo
ideal de liberalismo. Assim, o interesse de derrubar sua monarquia absolutista para a
instalação de uma no modelo constitucional parlamentarista – semelhante no modelo
inglês. Mas, para isso teriam que trazer a corte de volta para Portugal, o que ocorreu D.
João voltou para sua terra natal, contudo deixou o seu filho D. Pedro II no Brasil. Porém,
o Brasil também lutava por reino unitário e não queriam ser novamente uma propriedade
de Portugal, visava-se a independência.

• Interesses políticos dos setores dominantes


Os interesses políticos entre os setores eram objetivos para os brasileiros, propugnavam
a separação de Portugal e ter a independência com a família real instalada na colônia,
como influência dada pela revolução americana. Já em Portugal com influências na
Revolução francesa, queriam a retomada da família real para Lisboa, e lutavam pelo
liberalismo e uma monarquia, não mais absolutista e sim, constitucional parlamentar –
também a retomada do Brasil em colônia portuguesa.

• Medidas das Cortes portuguesas

3
Com a morte da rainha, d. João foi forçado a voltar para Portugal, pois as cortes
portuguesas estavam impondo a retomada do futuro rei de Portugal. Então, com a volta
de D. João VI, as cortes ordenaram também o regresso do Príncipe d. Pedro, que o pai
havia deixado com a “carta branca” com amplos poderes, a reger o Brasil. Nessa situação,
o Brasil não só perderia a centralização do poder, como também a sua autonomia se
administração voltasse a centralizar em Lisboa.
• Retomada do processo de independência
Com a imposição da corte Portuguesa no Brasil, o príncipe D. Pedro resolveu ficar no Rio
de janeiro. Por seguinte, convocou uma assembleia brasílica que integrada por deputados
de todas as províncias, se contraporia as tentativas de ser independentes. Nesse contexto,
a retomada de independência tornou-se simbólico com o grito do Ipiranga em 7 de
setembro de 1822. Mas, a separação definitiva de Portugal ocorreu ainda da coroação do
Príncipe em Imperador do Brasil, efetivamente no mês de dezembro que o Brasil se separa
de Portugal.

4) Medidas das Cortes, decisões de D. Pedro e Guerras de independência.

A medida da corte portuguesa era clara; restabelecer o regime colonial de volta no


Brasil, e volta-se a centralização voltada para Portugal. As decisões que foram feitas por
D. Pedro, interferiram nos planos do governo Português. Recusava-se a obedecer às
Cortes e decide permanecer no Brasil. A partir daí, acelera-se o processo da
Independência. Pois, a ideia de Independência não era imposta para todos os brasileiros,
militantes portugueses não aceitaram o reconhecimento da separação entre Portugal e
Brasil. Além de, alguns tentarem restaurar a colonização. Por essas conjunturas, algumas
regiões do território nacional ocorreram guerras e violentas e sangrentas, contudo
localizadas e com menos de um ano de duração.

5) Papel da imprensa no contexto da independência.

O papel da imprensa foi importante para o desempenho no processo de Independência.


Nesse período ocorreu uma proliferação sem precedentes de jornais e o surgimento de
centenas de panfletos de caráter político-doutrinário. Para isto também contribuiu a
relativa liberdade de Imprensa instaurada em 1821 e a criação de diversas outras
tipografias além da Impressão Régia centralizada no Rj. A imprensa, um dos principais
instrumentos da luta política essencialmente de opinião quase sempre vinculadas a
oligarquias de partidos.

6) Poder do Rio de Janeiro: imposição da independência; dissolução da


constituinte; constituição de 1824; convocação da assembleia geral (1826);
questões políticas do primeiro reinado. O gosto pelo o que vinha da Europa.

4
A independência não esfriou a atmosfera. O debate político generalizou-se. Na base
de todas as polemicas e, sobretudo, dos debates da Assembleia no Rio de Janeiro. A
formulação da Constituinte, instalada em maio de 1823.
Contudo, essa Constituinte durou apenas cinco meses. Pois, D. Pedro I preservava o
seu autoritarismo acima do poder legislativo e do Judiciário. Resistiu, porém, à tentação
de tentar governar sem freios e, em 1824, outorgou ao país uma Constituição de espirito
liberal, uma monarquia constitucional unitária.
A convocação da assembleia geral de 1826, surgiu para a finalidade de legitimar o
novo império. Convocada a Assembleia Geral Legislativa, a primeira sessão preparatória
da Câmara dos Deputados vem a ocorrer somente em 29 de abril de 1826, e a sessão de
abertura da primeira legislatura da Assembleia Geral Legislativa (reunião conjunta da
Câmara dos Deputados e da Câmara dos Senadores), no dia 6 de maio do mesmo ano,
quando enfim os deputados e senadores puderam participar do processo legislativo
brasileiro, regulamentando os dispositivos constitucionais e criando as instituições
previstas na Carta outorgada, três anos e meio após a proclamação da
Independência. Durante o período imperial, as legislaturas eram de quatro anos, mas as
sessões legislativas duravam apenas quatro meses.
O Rio de Janeiro sem dúvidas virou referencias para outras províncias brasileiras. A
cidade fluminense, não só as transformações urbanísticas, mas principalmente as
mudanças de gostos, valores e comportamentos. Com a família real e nobres portugueses
na Capital brasileira, passou a receber influencias da Europa, sobretudo da Inglaterra e da
França, as mais variadas influencias, que conviviam ou conflitavam com os costumes
tidos por tradicional.

7) Formação da sociedade brasileira

A divisão social brasileira continuou sendo a mesma no período colonial; população


de homens livres e escravos. O Brasil neste contexto demográfico estava da seguinte
maneira: mulatos, negros nascidos livres e o liberto, o caboclo, o cafuzo, o índio e o
branco pobre, portugueses e negros escravocratas. Além do processo de imigração que o
comercio promovia com os ingleses, espanhóis, franceses, italianos, suíços, alemães e
africanos (trazidos pela exploração – tráfico negreiro).

8) Política externa: de D. João VI para Pedro I (Cisplatina, Reconhecimento da


independência e questão sucessória em Portugal); Revolução de 1830 na
França e seus reflexos no Brasil.

A política externa de D. João, no Brasil teve por foco o continente europeu e a defesa
dos interesses da casa de Bragança, a dinastia que reinavam em Portugal. Após a morte
do rei D. João VI, o trono por direito era de seu filho que estava no Brasil.
Desde a época colonial as relações dos brasileiros com os seus vizinhos se
concentravam praticamente na bacia do Rio da prata. Em 1821, o império anexa à

5
província cisplatina que ocorreu uma guerra entre portugueses e espanhóis por esse
território e a Inglaterra como mediadora impôs entre eles a independência do território,
com o nome de República Oriental do Uruguai. Ou seja, esse conflito se tornou como
uma derrota para o Império brasileiro.
A revolução de 1830, foi o rei d. Carlos X, ao tentar dissolver a câmara dos deputados
e limitar a liberdade de imprensa, desatou um movimento revolucionário que o depôs e
instalou uma nova monarquia, com Luís Felipe duque d e Orleans, o “rei-cidadão”. A
situação francesa foi comparada à brasileira, e d. Pedro, a Carlos X.

9) Abdicação: 07/04, discussão historiográfica.

No ano de 1831, a insatisfação com o governo de D. Pedro I era nítida com a reação
da população rumores de golpe de Estado com a guerra entre brasileiros e portugueses a
se travar nas ruas, acuado o rei de forma estratégica renunciou o trono em favor do seu
filho Pedro, que tinha apenas 5 anos de idade. Em discursões historiográfica, 7 de abril
de 1831 a verdadeira independência do Brasil. Hoje, prevalece a opinião de que em 1808,
com chegada da família real lusitana no Rio de Janeiro, o país deixou de ser colônia.

10) Mudanças de estilo sem romper com o horror da escravização humana.

Mesmo com os processos de mudanças no Brasil, contudo uma coisa não mudou que
foi o sistema escravista. Pelas ruas do Rio de Janeiro, ou de Recife continuaram a passar
negros com grilhões ao pescoço e mascaras de flandres. A base econômica ainda era
escravocrata, a mesma que fortaleceu o sistema colonial.

Você também pode gostar